Terça-feira, 20 de Novembro de 2012

Rio lança suspeita de interesses escondidos na Segurança Social

Rui Rio sublinhou ontem que "um poder político desacreditado" está mais vulnerável à influência de interesses privados.

O presidente da Câmara do Porto contou ontem - num colóquio da Faculdade de Economia do Porto sobre "O Estado social ao Estado liberal" - que, em determinada altura da sua vida política, esteve envolvido no estudo de uma reforma da segurança social. Esse esqueleto de reforma nunca chegou a sair do papel. Os motivos? "Nunca os direi, pelo menos enquanto as pessoas envolvidas estiverem vivas".

Nunca se referindo ao que estava em causa nem aos contornos do caso, Rio afirmou apenas que, "se os portugueses soubessem o que se passou" teriam ainda mais motivos que os que já lhes assistem para desconfiarem do papel dos políticos no desenrolar da vida do país. "As pessoas ficariam abismadas", conclui, para não mais se referir ao assunto.

Já antes, na sua intervenção inicial, Rio tinha afirmado que "Temos uma crescente incapacidade política para resolvermos os problemas que temos à frente. E um poder político desacreditado e interesses corporativos mais fortes e capazes de influenciar" a vida de todos, colocando interesses particulares à frente do interesse público.

 

Por António Freitas de Sousa

In Económico

 

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Quinta-feira, 27 de Outubro de 2011

Eduardo Galeano: quatro frases que fazem o nariz do Pinóquio crescer

 

A recuperação do planeta ou daquilo que nos sobre dele implica na denúncia da impunidade do dinheiro e da liberdade humana.
1 – Somos todos culpados pela ruína do planeta.

 

 
Eduardo Galeano não se cansa de dizer verdades
A saúde do mundo está feito um caco. ‘Somos todos responsáveis’, clamam as vozes do alarme universal, e a generalização absolve: se somos todos responsáveis, ninguém é. Como coelhos, reproduzem-se os novos tecnocratas do meio ambiente. É a maior taxa de natalidade do mundo: os experts geram experts e mais experts que se ocupam de envolver o tema com o papel celofane da ambiguidade.
Eles fabricam a brumosa linguagem das exortações ao ‘sacrifício de todos’ nas declarações dos governos e nos solenes acordos internacionais que ninguém cumpre. Estas cataratas de palavras – inundação que ameaça se converter em uma catástrofe ecológica comparável ao buraco na camada de ozônio – não se desencadeiam gratuitamente. A linguagem oficial asfixia a realidade para outorgar impunidade à sociedade de consumo, que é imposta como modelo em nome do desenvolvimento, e às grandes empresas que tiram proveito dele. Mas, as estatísticas confessam.. Os dados ocultos sob o palavreado revelam que 20% da humanidade comete 80% das agressões contra a natureza, crime que os assassinos chamam de suicídio, e é a humanidade inteira que paga as consequências da degradação da terra, da intoxicação do ar, do envenenamento da água, do enlouquecimento do clima e da dilapidação dos recursos naturais não-renováveis. A senhora Harlem Bruntland, que encabeça o governo da Noruega, comprovou recentemente que, se os 7 bilhões de habitantes do planeta consumissem o mesmo que os países desenvolvidos do Ocidente, “faltariam 10 planetas como o nosso para satisfazerem todas as suas necessidades.” Uma experiência impossível.
Mas, os governantes dos países do Sul que prometem o ingresso no Primeiro Mundo, mágico passaporte que nos fará, a todos, ricos e felizes, não deveriam ser só processados por calote. Não estão só pegando em nosso pé, não: esses governantes estão, além disso, cometendo o delito de apologia do crime. Porque este sistema de vida que se oferece como paraíso, fundado na exploração do próximo e na aniquilação da natureza, é o que está fazendo adoecer nosso corpo, está envenenando nossa alma e está deixando-nos sem mundo.
2 – É verde aquilo que se pinta de verde.
Agora, os gigantes da indústria química fazem sua publicidade na cor verde, e o Banco Mundial lava sua imagem, repetindo a palavra ecologia em cada página de seus informes e tingindo de verde seus empréstimos. “Nas condições de nossos empréstimos há normas ambientais estritas”, esclarece o presidente da suprema instituição bancária do mund o. Somos todos ecologistas, até que alguma medida concreta limite a liberdade de contaminação.
Quando se aprovou, no Parlamento do Uruguai, uma tímida lei de defesa do meio-ambiente, as empresas que lançam veneno no ar e poluem as águas sacaram, subitamente, da recém-comprada máscara verde e gritaram sua verdade em termos que poderiam ser resumidos assim: “os defensores da natureza são advogados da pobreza, dedicados a sabotarem o desenvolvimento econômico e a espantarem o investimento estrangeiro.” O Banco Mundial, ao contrário, é o principal promotor da riqueza, do desenvolvimento e do investimento estrangeiro. Talvez, por reunir tantas virtudes, o Banco manipulará, junto à ONU, o recém-criado Fundo para o Meio-Ambiente Mundial. Este imposto à má consciência vai dispor de pouco dinheiro, 100 vezes menos do que haviam pedido os ecologistas, para financiar projetos que não destruam a natureza. Intenção inatacável, conclusão inevitáve l: se esses projetos requerem um fundo especial, o Banco Mundial está admitindo, de fato, que todos os seus demais projetos fazem um fraco favor ao meio-ambiente.
O Banco se chama Mundial, da mesma forma que o Fundo Monetário se chama Internacional, mas estes irmãos gêmeos vivem, cobram e decidem em Washington. Quem paga, manda, e a numerosa tecnocracia jamais cospe no prato em que come. Sendo, como é, o principal credor do chamado Terceiro Mundo, o Banco Mundial governa nossos escravizados países que, a título de serviço da dívida, pagam a seus credores externos 250 mil dólares por minuto, e lhes impõe sua política econômica, em função do dinheiro que concede ou promete. A divinização do mercado, que compra cada vez menos e paga cada vez pior, permite abarrotar de mágicas bugigangas as grandes cidades do sul do mundo, drogadas pela religião do consumo, enquanto os campos se esgotam, poluem-se as águas que os alimentam, e uma crosta seca cobre os desertos que antes foram bosques.
3 – Entre o capital e o trabalho, a ecologia é neutra.
Poder-se-á dizer qualquer cois a de Al Capone, mas ele era um cavalheiro: o bondoso Al sempre enviava flores aos velórios de suas vítimas… As empresas gigantes da indústria química, petroleira e automobilística pagaram boa parte dos gastos da Eco 92: a conferência internacional que se ocupou, no Rio de Janeiro, da agonia do planeta. E essa conferência, chamada de Reunião de Cúpula da Terra, não condenou as transnacionais que produzem contaminação e vivem dela, e nem sequer pronunciou uma palavra contra a ilimitada liberdade de comércio que torna possível a venda de veneno.
No grande baile de máscaras do fim do milênio, até a indústria química se veste de verde. A angústia ecológica perturba o sono dos maiores laboratórios do mundo que, para ajudarem a natureza, estão inventando novos cultivos biotecnológicos. Mas, esses desvelos científicos não se propõem encontrar plantas mais resistentes às pragas sem ajuda química, mas sim buscam novas plantas capazes de r esistir aos praguicidas e herbicidas que esses mesmos laboratórios produzem. Das 10 maiores empresas do mundo produtoras de sementes, seis fabricam pesticidas (Sandoz-Ciba-Geigy, Dekalb, Pfizer, Upjohn, Shell, ICI). A indústria química não tem tendências masoquistas.
A recuperação do planeta ou daquilo que nos sobre dele implica na denúncia da impunidade do dinheiro e da liberdade humana. A ecologia neutra, que mais se parece com a jardinagem, torna-se cúmplice da injustiça de um mundo, onde a comida sadia, a água limpa, o ar puro e o silêncio não são direitos de todos, mas sim privilégios dos poucos que podem pagar por eles. Chico Mendes, trabalhador da borracha, tombou assassinado em fins de 1988, na Amazônia brasileira, por acreditar no que acreditava: que a militância ecológica não pode divorciar-se da luta social. Chico acreditava que a floresta amazônica não será salva enquanto não se fizer uma reforma agrária no Brasil. Cinco an os depois do crime, os bispos brasileiros denunciaram que mais de 100 trabalhadores rurais morrem assassinados, a cada ano, na luta pela terra, e calcularam que quatro milhões de camponeses sem trabalho vão às cidades deixando as plantações do interior. Adaptando as cifras de cada país, a declaração dos bispos retrata toda a América Latina. As grandes cidades latino-americanas, inchadas até arrebentarem pela incessante invasão de exilados do campo, são uma catástrofe ecológica: uma catástrofe que não se pode entender nem alterar dentro dos limites da ecologia, surda ante o clamor social e cega ante o compromisso político.
4 – A natureza está fora de nós.
Em seus 10 mandamentos, Deus esqueceu-se de mencionar a natureza. Entre as ordens que nos enviou do Monte Sinai, o Senhor poderia ter acrescentado, por exemplo: “Honrarás a natureza, da qual tu és parte.” Mas, isso não lhe ocorreu. Há cinco séculos, quando a América foi aprisionada pelo mercado mundial, a civilização invasora confundiu ecologia com idolatria. A comunhão com a natureza era pecado. E merecia castigo. Segundo as crônicas da Conquista, os índios nômades que usavam cascas para se vestirem jamais esfolavam o tronco inteiro, para não aniquilarem a árvore, e os índios sedentários plantavam cultivos diversos e com períodos de descanso, para não cansarem a terra. A civilização, que vinha impor os devastadores monocultivos de exportação, não podia entender as culturas integradas à natureza, e as confundiu com a vocação demoníaca ou com a ignorância. Para a civilização que diz ser ocidental e cristã, a natureza era uma besta feroz que tinha que ser domada e castigada para que funcionasse como uma máquina, posta a nosso serviço desde sempre e para sempre. A natureza, que era eterna, nos devia escravidão. Muito recentemente, inteiramo-nos de que a natureza se cansa, como nós, seus filhos, e sabemos que, tal como nós, pode morrer assassinada. Já não se fala de submeter a natureza. Agora, até os seus verdugos dizem que é necessário protegê-la. Mas, num ou noutro caso, natureza submetida e natureza protegida, ela está fora de nós. A civilização, que confunde os relógios com o tempo, o crescimento com o desenvolvimento, e o grandalhão com a grandeza, também confunde a natureza com a paisagem, enquanto o mundo, labirinto sem centro, dedica-se a romper seu próprio céu.

 

in Pragmatismo Político

 

 

publicado por portuga-coruche às 07:20
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Sexta-feira, 30 de Setembro de 2011

Comunicado do MIC

 
Rescaldo das últimas Assembleias Municipais

Gonçalo Ramos Ferreira
Deputado Municipal eleito pelo
MIC - Movimento Independente de Cidadãos por Coruche

 

No rescaldo do Verão e em vésperas de mais uma Assembleia Municipal, cabe fazer o balanço das duas últimas que, sem grande história, serviram para os vogais comunistas, socialistas e sociais-democratas fazerem o habitual: passarem boa parte das noites com a única preocupação de fazer o elogio do 25 de Abril e dos seus senhores.

Contudo, assistimos a discursos frouxos e palavras gastas, que já não conseguem esconder a desilusão com o golpe que colocou Portugal na actual situação de falência, na bancarrota, às ordens de nações estrangeiras e na mão de organismos como o «FMI».

Não notámos apenas menor fulgor nas comemorações. Reparamos também que hoje já não existe medo por parte dos técnicos da câmara de basear os seus pareceres oficiais em diversas citações do Professor Marcello Caetano que, em estilos pouco ortodoxos mas reveladores de atitudes sem complexos, escrevem assim: “a este respeito veja-se o que nos ensina Marcello Caetano” (sic).

No entanto, e a certa altura, os leitores usavam a palavra liberdade; mas de que liberdade falam?
Uma liberdade que encheu com milhares de cidadãos as vazias prisões Portuguesas? Ou de uma liberdade que permitiu atraiçoar e matar pelas costas milhares na Guiné? Ou será uma liberdade que, mediante os gritos e a exultação socialista, fez morrer de apedrejamento centenas nos estádios de Angola?

A seguir ao 25 de Abril, aqui mesmo e sob o efeito de baixos instintos, foram torturados Portugueses, sendo que outros foram mortos de forma cobarde e a sangue frio com tiros na nuca; inclusive morreram crianças às mãos dos crimes dos bons. Hoje, muitos desses “libertadores” estão bem instalados, auferem chorudas reformas e cantam vivas a uma liberdade apenas para se legitimarem e para melhor nos tirarem o pão da boca.

  • O pouco recomendável estratega do 25 de Abril, Otelo Saraiva de Carvalho, mostra-se arrependido de ter realizado o golpe por meras questões corporativas e recorda da necessidade de um estadista inteligente e honesto como o Dr. Oliveira Salazar.
  • Jacinto Barbosa, presidente da Junta de Freguesia de Coruche numa clarividente e inspirada alocução na AM, relembra como o homem de Santa Comba Dão conhecia bem os Camaradas e do que seria de Portugal às suas mãos.

Prometeram mundos e fundos, mas hoje milhares de famílias Portuguesas passam fome e engane-se quem pense que a situação não vai piorar ainda mais.

Alguns enchem o peito para falar de soberania nacional, combate litoral interior e declínio nacional, esquecendo-se que, se perdemos a nossa independência, se somos hoje um país que despreza o seu interior, se perdemos a nossa indústria, a nossa agricultura e as nossas pescas, é porque todos eles nos desgovernam desde há 37 anos, sem estratégia e sem rumo. Hoje, nem sequer produzimos a comida para colocar nas mesas dos nossos filhos, limitando-nos apenas a chutar as nossas dívidas para os nossos netos. Que dirão eles das gerações antecessoras?

Praticamente todos os melhoramentos do nível de vida nas últimas quatro décadas são atribuídos às propriedades mágicas desta data, esquecendo que em 37 anos (com algumas excepções) a generalidade dos Países demandou inúmeros avanços.

Uma das ideias mais ficcionadas, relaciona-se com a redução da taxa de mortalidade infantil, que é um dos principais indicadores de desenvolvimento de um País. No quadro abaixo, podemos constatar que o decréscimo dessa mesma taxa não é acelerado, nem é fruto de qualquer propriedade mágica ou da introdução de qualquer medida pelos governos pós-25.

 

 

 http://www.miccoruche.org/images/stories/rescaldoAssembleias/mortalidadeinfantilportugal.png

gapminder.org

http://www.youtube.com/watch?v=E22LEBVHDO8&feature=player_embedded

Um manicómio em autogestão, com a liberdade a não se limitar ao encher das prisões.

 
Somos governados por pessoas que mentem compulsivamente na senda de comprar votos e perdemos a capacidade de sermos o que quisermos. Foi-nos roubada a capacidade de sonhar.
 
Quem pretende celebrar constantemente o Abril que não se cumpriu, vê a história apenas com o olho esquerdo. Mas quando se provoca a história ela provoca de volta. Ou não sabiam?

No final do verão e numa altura em que somos novamente chamados (ad eternum) a comemorar datas ultrapassadas como o 5 de Outubro, ficamos a saber pelo Sr. Presidente da Câmara que o novo Centro Escolar vem substituir uma série de edifícios com mais de 50 anos, que durante gerações serviram a população do concelho de Coruche. Nada a acrescentar.

Em jeito de reflexão e numa altura em que se fala tanto de rentabilização de recursos e em que se pedem esforços a todos os portugueses não fará sentindo reduzir o número de vereadores no executivo municipal? Será que três vereadores não conseguem fazer o trabalho de 5? Nós mesmos no passado já mostramos que com pouco é possível fazer muito e este executivo também o pode fazer, mesmo mantendo o muito do bom trabalho que também tem realizado em várias matérias. Despartidarizar o aparelho aqui e ali também é essencial.

 

Continua…

 
«Vou estar de baixa médica quanto tempo eu quiser! Fui um capitão de Abril, não tenho medo!»
 
 
publicado por portuga-coruche às 07:05
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O homem que via passar as vacas

Quando fui informado que o nosso Presidente ia aparecer na televisão pensei que Aníbal ia falar sobre o fim das touradas na Catalunha.
 
Quando fui informado que o nosso Presidente ia aparecer na televisão pensei que Aníbal ia falar sobre o fim das touradas na Catalunha. Tenho a opinião de que Cavaco devia largar o Facebook e passar a publicar as suas ideias no almanaque "Borda D'Água".

Quando ouvi a entrevista, percebi que o nosso Presidente, desta vez, ia fugir aos temas bucólicos e que considerava encerrado o dossiê sobre a poda do fruto da árvore graviola. Surpreendentemente, Aníbal vinha anunciar o Plano Cavaco para a Europa.

O que se passou é fácil explicar. Cavaco viu Passos Coelho na ONU, Durão no Estado da União e (ó ignomínia!!!) Portas aos beijos a Hillary Clinton, e não aguentou. Ele quer-nos fazer crer que é a rainha de Inglaterra mas não quer ser tratado como tal.

Cavaco deu esta entrevista porque precisava de um espaço para expor a sua teoria para a resolução da crise financeira europeia. Também queria os seus 15 minutos de fama. A TVI, e a Judite Sousa, foram o "Speaker's Corner" de Aníbal; até havia imenso barulho de fundo de trânsito e tudo.

Aníbal também tem um plano que põe o BCE a fazer mais do que já faz e outras coisas que poucos perceberam - Portugal tem um professor de economia e finanças como Presidente quando precisava de um padre. "Infelizmente", o discurso do estado da União Europeia e as propostas de Cavaco têm o mesmo impacto, e sucesso, na UE , que a nossa canção no eurofestival da canção.

Há pouco mais a acrescentar. Questionado sobre a Madeira, fugiu para Valpaços - é muito mais zen - uns falam de mais sobre a Madeira, outros de menos.

Quis, de certa forma, acalmar os portugueses em relação ao futuro do País. Mas como diz "desvio de dois biliões", em vez dos habituais dois mil milhões, as pessoas entram em pânico porque parece muito mais dinheiro.

Voltou a repetir que nos alertou, em escritos, desde em 2005, para o que ia acontecer com o País, mas acrescentou que ficou surpreendido com o desvio da Madeira; e só soube a quando do relatório do INE. Será que o "dedinho que adivinha tudo" de Cavaco só tem rede no continente?

Disse, também, que a troika talvez tenha ido longe demais nas exigências… aos pobres? à classe média? aos reformados? Errado (só tinham três tentativas). Cavaco acha que foram longe demais com as exigências à banca, essa classe tão desprotegida. Até foram capazes de, imagine-se, fazer exigências aos bancos portugueses que não fazem aos bancos de outros países… Os bancos na Alemanha têm a vida mais facilitada que os nossos, como é que é possível?! Eu, às vezes, pobre português reduzido a lixo, entro numa dependência do BCP só para ficar a cheirar a triple A.

A certa altura afirmou que demitiu o primeiro-ministro - é o que Angela Merkel chamaria um "Fehlleistung", ou lapso freudiano.

Terminou sossegando-nos a todos, com o anúncio que, dada a situação do País, vai convocar o Conselho de Estado para Outubro - que pena já lá não estar o Dias Loureiro, era dos poucos que sabia como arranjar dinheiro em pouco tempo.

Se fosse obrigado a destacar uma frase da entrevista do nosso presidente, escolhia - 2012 é um ano de resistência - aí, finalmente, é capaz de ter razão…



9 vacas magras

1.
Segundo a contagem do PSD, faz 100 dias de Governo e 93 que começou a crise europeia.
2. Estou a actualizar o meu humor: "estava um alemão, um francês e um portuguesinho …"
3. Suicidas não confiam na velocidade anunciada para o novo TGV.
4. O PSD tem discurso neutrino: regressam facilmente ao tempo de Sócrates, e daí para a situação actual, saltando o tempo de campanha eleitoral.
5. Estado corta 500 euros aos melhores alunos - PT paga a idiota que anda de skate na estrada para fazer anúncios. Espero que as empresas estejam atentas ao cancelamento da verba agora que o Estado promete 420 a quem empregar.
6. Espero que diminuam a TSU das empresas do empresário das orgias, porque ele arranja emprego a muita gente.
7. Para mim, o melhor membro do Governo, até agora, foi o Eduardo Bairrão.
8. A entrevista do "trader" da "City" Alessio Rastani à BBC deu que falar - é claramente um personagem inventado: o nó da gravata é uma tentativa falhada de um príncipe de Gales, que os "traders" dominam.
9. Cada vez que vejo uma estrela cadente desejo que o Rastani não sonhe com a recessão.
 
 
 
 
Por João Quadros
 
 
 
 
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Quarta-feira, 24 de Agosto de 2011

A menina que calou o mundo por 5 minutos

 
 

 

publicado por portuga-coruche às 08:24
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Segunda-feira, 13 de Junho de 2011

Eduardo Galeano fala dos "tempos" actuais

 

 

 

Eduardo Hughes Galeano (Montevidéu, 3 de setembro de 1940) é um jornalista e escritor uruguaio. É autor de mais de quarenta livros, que já foram traduzidos em diversos idiomas. As suas obras transcendem os géneros ortodoxos, combinando ficção, jornalismo, análise política e História

 

 

 

 

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Terça-feira, 7 de Junho de 2011

Boaventura de Sousa Santos - Em 01 Janeiro 2011

Este, como outros artigos que tenho aqui "colado" no blog, trazem-nos "pistas" sobre aquilo que se está e vai passar. As razões e os responsáveis. Apesar de ser de 01 de Janeiro não deixa de estar actualizado.

 

Boaventura de Sousa Santos. "Os mercados cometem crimes contra a humanidade"

por Filipa Martins, Publicado em 01 de Janeiro de 2011   
 
 
Para o sociólogo, Portugal está a ser vitima de um ataque especulativo não justificado dos mercados internacionais

 

 

O primeiro mandato de Cavaco Silva foi medíocre, o presidente Obama tornou- -se um provinciano, os mercados são um bando de criminosos bem vestidos e Saddam Hussein foi morto porque cometeu o erro de querer passar as reservas de petróleo de dólares para euros. O sociólogo Boaventura de Sousa Santos é a delícia de qualquer jornalista, cada frase parece dar um óptimo título. Mas é sobretudo franco, incómodo e fiel à organização do mundo que defende. A conversa aconteceu no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e as palavras foram surgindo da mesma forma que, a acreditar nos mercados, os países entram em bancarrota: por contágio.



Acaba de receber uma bolsa de 2,4 milhões de euros do European Research Council para ajudar a Europa a ver o mundo. Não seria melhor - e trata-se de uma provocação - usar essa quantia para ajudar a Europa a ver-se a si mesma?

(risos) As duas coisas não estão em conflito. A Europa andou vários séculos a tentar ensinar o mundo, com uma visão evangelizadora da religião, depois com o progresso, com a investigação científica e sempre com a ideia de que a Europa não tinha nada a aprender com o mundo, uma vez que a Europa era o centro do melhor saber e do melhor poder. Tinha toda a clarividência e do outro lado estava a barbárie. Chegámos a um ponto em que a Europa começou a ter dúvidas sobre as suas soluções. A crise que vivemos não é apenas uma crise financeira ou económica, como estamos a ver pelo comportamento das lideranças políticas. Há um desconhecimento histórico do que significa ser europeu, de qual é o valor da Europa. Ao mais pequeno sobressalto já não há Europa, há aqueles sujos, incompetentes, pouco cumpridores do Sul da Europa - como os gregos, os portugueses, irlandeses - e os outros - os alemães, os que aguentam. De repente, todo aquele verniz de uma Europa conjunta, solidária, unida, desaparece.

2010 foi o ano do fim das ilusões?

As crises, que já vinham de 2008 e 2009, e que se pensava que poderiam ser superadas em 2010, não o foram. Pelo contrário, estão em constante agravamento e, provavelmente, vão ser muito mais graves para os portugueses a partir de Março. Nesse aspecto, as ilusões terminaram.

Era possível prever o que se passou em 2010?

Em 2009, quer ao nível do défice, quer ao nível da dívida pública, Portugal estava numa situação muito melhor que a Itália, muito melhor que a Grécia, muito melhor que a Irlanda e muito melhor que a Espanha. E não tivemos em Portugal nenhuma daquelas patologias que foram graves, no caso da Grécia iludindo as contas de Bruxelas com a conivência do Goldman Sachs ou, no caso da Irlanda, dominada por meia dúzia de bancos, que - não tendo onde pôr o dinheiro - resolveram criar uma bolha imobiliária. Nós não tivemos nada disso. O que é que nós tivemos? O azar de estar na Europa. Portugal passou a ser um alvo de ataques especulativos que - no fundo - não se justificavam em termos estritamente económicos.

Mas a economia portuguesa está muito exposta ao exterior exactamente porque precisa de financiamento externo.

Portugal poderia perfeitamente pagar a sua dívida, mantendo o crescimento, que estava paralisado porque somos uma economia fraca com uma moeda forte. O nosso défice aumentou todo com o euro. Então porque caímos nessa emboscada?, podemos questionar. Esta crise existe porque não houve um aprofundamento europeu suficiente. Pensei que o euro fosse um estádio desse aprofundamento, mas todos os aprofundamentos que se tentou fazer foram bloqueados. Não conseguimos ter uma política monetária, nem políticas sociais nem fiscais mais ou menos convergentes. Temos apenas uma moeda comum, que beneficia quem pode produzir com uma moeda forte. O euro foi o grande negócio da Alemanha.

Mas Portugal não deixa de estar mais debilitado que outros países...

Portugal está em crise financeira por contágio. Porque é um elo fraco, porque é uma economia fraca, com problemas estruturais, mas não é a Portugal que os capitais financeiros querem atingir. Querem atingir Espanha e Itália. Só que não podem lá chegar sem ir por Portugal, pela Grécia e pela Irlanda. Os nossos comentadores dizem mal do Estado, das políticas sociais, mas depois dizem umas frases suaves sobre os mercados financeiros. Dizem que deviam ser mais regulados e que não deviam ganhar dinheiro com as apostas na bancarrota dos estados e que isso não é uma coisa muito ética. E ficam-se por aí. O que se passa é um crime contra a humanidade: apostar em títulos de dívida e fazer tudo para que esses títulos não sejam pagos, porque quanto mais bancarrota tiverem mais juros vão cobrar a curto prazo. Eles ganham com a falência dos estados. Jogam com elas porque são mundiais e não há nenhum governo mundial para os regular.

O Prémio Nobel Paul Krugman diz que os mercados são um bando de miúdos de 20 e tal anos, bêbados e encharcados em cocaína...

São um bando de criminosos, que andam por aí muito bem vestidos, mas são uns mafiosos. Não há dúvida que se trata de um crime contra a humanidade, porque estão a lançar para a fome populações inteiras, para que uns poucos enriqueçam de uma maneira escandalosa. Estive em Nova Iorque e na 5.a Avenida bateram-se os recordes de venda dos produtos mais caros. Voltaram a abrir as carteiras, têm dinheiro como nunca em Wall Street, aqueles que produziram a crise.

O professor tinha dito que o neoliberalismo tinha falido, mas afinal...

Aí quase tenho de me retratar. Nunca imaginei que o neoliberalismo tivesse canibalizado tanto os estados. O neoliberalismo nacionalizou os estados, os bancos nacionalizaram os estados, não foram os estados que nacionalizaram os bancos. Passou a ideia de que um banco não pode falir. As empresas podem falir, um banco não pode falir. Faliram todos com a Grande Depressão nos EUA, mas nos últimos anos souberam como controlar os estados e começaram por fazer isso nos EUA. Quem é que nos últimos 20 anos financiou as campanhas nos EUA? Wall Street. A campanha do Obama? Wall Street. Quem é que Obama nomeia para seu consultor financeiro mais íntimo? Timothy Geithner. De onde vem Timothy Geithner? De Wall Street. Os abutres dos mercados financeiros estão a destruir a riqueza do mundo para se enriquecerem escandalosamente sem nenhum controlo e há-de haver um momento em que o povo, os governos, vão dizer basta. E os portugueses, quando começarem a sentir no bolso e na cabeça, e não só no bolso, estas medidas que vão começar a ser aplicadas.

O Presidente da República tem dito que não se deve achincalhar os mercados porque eles podem reagir contra nós...

Penso que o senhor Presidente da República está equivocado. Não há outra solução para a Europa que não seja a regulação financeira. Os mercados vão destruir o bem-estar das populações, criar um empobrecimento geral do mundo, para o enriquecimento de poucos. É necessária uma regulação forte. Não digo que seja igual àquela que se viveu nos anos 60 - quando uma empresa de Nova Iorque não poderia investir em Nova Jérsia, que fica do outro lado do rio. Mas hoje os mercados estão globalizados e os estados são nacionais, e ainda por cima não se unem. Aconselho o professor Cavaco Silva a abrir os jornais: na Grécia os juros estão a 12,5% - obviamente o país nunca vai pagar aquela dívida - apesar do dinheiro que lá se injectou.

A fazer fé nas sondagens, Cavaco Silva irá vencer um segundo mandato. Presumo que votará Alegre.

Não é seguro que ele ganhe as eleições, pode haver uma segunda volta e, numa segunda volta, votarei Alegre certamente. Cavaco Silva vai fundamentalmente ser como Presidente a pessoa que já foi, para que as suas ideias se realizem mais depressa precipitará eleições.

Como viu o mandato do Presidente da República?

Foi um mandato medíocre, não foi um mandato de grande rasgo. Precisávamos de um Presidente que tivesse uma magistratura de influência principalmente ao nível europeu. Cavaco Silva poderia ter levado a Bruxelas a imagem se um país de boas contas. Ao contrário, aliou-se àqueles que acham que os mercados sabem tudo, juntou a sua voz aos trauliteiros da desgraça do tipo Medina Carreira. Vozes como essas deviam ser desautorizadas e o nosso Presidente não fez nenhum esforço para recuperar uma margem de manobra exterior.

O FMI vai entrar em Portugal?

Não tenho nenhuma confiança de que os que estão nesse grande mercado lucrativo dos títulos de dívida soberana não estejam com os olhos em Portugal. Para chegar a Espanha, obviamente. Como é que fazem isso? Com outra coisa escandalosa, que são as agências de notação. As empresas dizem que o mundo é dominado por dois poderes: o poder militar dos EUA, que já não é económico, e pela Moody''s. Porque são eles que distribuem a notação e os créditos, controlam a minha conta bancária, a pensão da minha mãe e a comparticipação nos medicamentos. Esses mercados estão ansiosos por mais uma ameaça de bancarrota e isso sobe imediatamente o preço da dívida. Acha normal que o preço da dívida de Espanha esteja exactamente no mesmo valor que o da dívida do Paquistão? São as agências de notação, as mesmas que em 2008 atribuíram as maiores notas aos bancos que faliram. O Lehman Brothers tinha a maior notação. O objectivo é atacar o euro.

Mas têm uma agenda própria?

Têm. São americanas e estão ligadas ao capital financeiro onde estão concentrados os credit default swaps. São um pequeno grupo.

E em 2011, com cortes salariais e o desemprego a crescer, como é que a sociedade se vai adaptar?

Com estas medidas de curto prazo, se não forem compensadas com medidas de médio prazo que tenham a ver com emprego ou crescimento, Portugal vai ficar numa situação muito difícil mesmo no que respeita ao pagamento da sua dívida. Mas as medidas de médio prazo não podem vir de Portugal isolado, têm de vir da Europa.

Isso faz-nos voltar à crise do euro.

Desde o início da crise na Grécia que se mostra que o projecto europeu ou já não existia ou faliu. A Europa não se reconheceu como um todo no momento em que o seu parceiro entra em crise. Os mercados viram ali uma fraqueza. E porque era importante essa fraqueza? Por causa do dólar. Há lutas políticas nestes mercados e eles não são nada cegos. O que está em causa é impedir fundamentalmente que o euro seja uma alternativa ao dólar - e isso estava a começar a ocorrer. Porque é que o Saddam Hussein morreu? Saddam, que foi agente dos EUA, que fez guerra contra o Irão a mando dos EUA, a quem quiseram passar tecnologia nuclear, começou a cometer um erro: começou a ver a debilidade do dólar e a querer pôr grande parte das suas reservas de petróleo em euros. A China recentemente fez um aviso aos EUA: a debilidade do dólar podia fazer com que o país começasse a diversificar as suas reservas. Era muito importante que o dólar mostrasse mundialmente que o euro não é uma maravilha, que é uma moeda frágil e que até pode desaparecer.

Vamos ter confrontos sociais na rua no próximo ano?

É muito difícil prever essa situação porque não há uma relação directa entre o agravamento das desigualdades e a confrontação social. Portugal esteve metade do século xx sem democracia. Há uma cultura autoritária, de obediência, de medo. Foram 50 anos em que os outros países todos organizavam movimento sociais, sindicatos, e em Portugal nada aconteceu. Não pensemos que isto se curou nestes últimos 40 anos porque foram anos demasiadamente fáceis. Até 1974 tínhamos colónias, ficámos sozinhos 10/12 anos e em 1986 já éramos parte da Europa. Mas estou convencido que, no momento em que estas medidas se agravarem, vamos ter uma maior organização social e sobretudo sofreremos o contágio europeu. Vai haver obviamente mais contestação na Europa. É dessa contestação que vai surgir o golpe de asa de que precisamos e vamos tê-lo por pressão popular.

Nas ruas?

Nas ruas. No princípio de 2000, o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, que faleceu recentemente, fez uma coisa que o transformou num pária. Achou que parte da dívida do país era ilegítima e disse aos credores: "Eu pago-vos, se aceitarem, por cada dólar que vos devo, 30 cêntimos. Agora os outros esqueçam!" O Fundo Monetário Internacional achou um escândalo. Disse que Kirchner era um "pária", que a "Argentina não cumpre". A verdade é que a Argentina fez isso mesmo. Os credores tiveram de aceitar. A Argentina levantou a cabeça e fez o seu desenvolvimento económico. Quando morreu Néstor Kirchner, a primeira coisa que fiz foi ir à página do FMI para ver o que dizia. E lá estava um elogio enorme do FMI pela capacidade de pôr a economia da Argentina de novo a crescer. Porque é que Kirchner se recusou a pagar a divida? Por pressão popular.

O mesmo poderá acontecer na Europa?

Nada disto é muito previsível, depende muito dos países e da sabedoria política. As medidas em Portugal estão a ser mais graduais do que foram na Grécia e as pessoas vão amolecendo. Agora há um momento, um limiar, em que as pessoas dizem: "Isto é injusto." Quando muita gente, como a minha mãe, os nossos irmãos, nos ligar e disser: "Agora tenho de pagar todo este medicamento, quando pagava só x. Onde vou ter dinheiro?" Quando isto começar a generalizar-se, é previsível que haja contestação. Não propriamente dos sindicatos. A contestação há-de ter muita espontaneidade, parte das pessoas que vão para a rua protestar. Porque a situação é intolerável.

Uma mudança de governo poderia fazer diferença?

Nas actuais circunstâncias do panorama político, não faz nenhuma. E se fizer, neste momento, será para pior. Olhamos para o programa do PSD e o que está a ser praticado e é o quê? Mais privatização? Fim do Serviço Nacional de Saúde? São mais ou menos as medidas que o Fundo Monetário Internacional vai instituir quando aqui chegar.

E vai chegar?

Incrivelmente, há aí muitos tontos, economistas trauliteiros, que tenho hoje muita dificuldade em respeitar, que até parece que desejam isso. Mas desejam--no porque têm boas reformas, bons empregos, foram ministros ou estão em grandes empresas, são aqueles que não serão nada atingidos por essas medidas. Mas a maioria dos portugueses vai ser duramente atingida, porque são medidas cegas, que passam por privatizar tudo. Vejo comentadores, analistas, sociólogos deste país a dizerem que nós ainda dependemos muito do Estado e que é preciso termos confiança na sociedade. Mas que sociedade? Na filantropia, na caridade, no Banco Alimentar? O que vai ser destes jovens? Trabalho muito com estudantes, quer aqui quer nos EUA, e os meus estudantes nos EUA são cada vez mais velhos. São doutoramentos atrás de doutoramentos para adiar o desemprego. Tenho uma grande estima pelos estudantes de hoje. Às vezes quero levantar muitos problemas, mas os estudantes estão sobretudo preocupados com saber em que é que aquilo vai ajudar às suas empregabilidade. É muito difícil dizer a um estudante que um poema pode ajudar à sua empregabilidade.

Passa grande parte do tempo nos EUA. Obama desiludiu?

Desiludiu bastante. O presidente Obama acabou por, de certa maneira, sucumbir às mesmas crises, às mesmas lógicas. Transformou-se num nacionalista um pouco provinciano, indo esmolar à Índia investimento para criar emprego no Brasil, indo pedir à Índia que os ajudasse a impor os produtos geneticamente modificados em África. E porquê? Porque as grandes empresas de sementes transgénicas são todas elas americanas. Cada presidente americano tem a sua guerra. George W. Bush teve o Iraque, Obama vai ter o Afeganistão, se é que fica por aí. Porque se a gente olhar bem para o que saiu do WikiLeaks só estamos à espera de saber se são os EUA ou Israel que vão atacar o Irão.

O WikiLeaks foi o acontecimento internacional do ano?

Foi. Agora sabemos o que foi feito no Iraque. Os dados que têm saído do WikiLeaks são aterradores, acerca da brutalidade da guerra e das atrocidades que se cometeram, da falsidade dos discursos que se fizeram. Percebemos como é despótico o poder, como é falso e hipócrita. O mundo está feito de falsidade e o WikiLeaks foi uma grande desilusão para quem acreditava que a diplomacia era uma coisa muito nobre.

Acha que houve algum efeito moralizador?

Espero que haja. Mas o WikiLeaks tem algumas debilidades. Uma que é conhecida é que Israel foi poupado. Toda a gente esperava que, havendo uma libertação de documentos, Israel fosse o país mais embaraçado. Suspeita-se hoje que havia um acordo entre o Julian Assange e o primeiro-ministro israelita. Por vontade de Julian Assange? Porque a Mossad é uma agência de serviços secretos que não olha a meios para destruir os seus inimigos? Nunca saberemos. Estamos a passar de um período em que os activistas eram todos aqueles que estavam normalmente de fora - os revolucionários, os anarquistas, os sindicalistas não tinham nada a ver com o sistema - para um período em que as transformações, as alterações têm partido de dentro do sistema. Vêm de quem tem acesso ao conhecimento.

A forma de fazer diplomacia poderá mudar daqui para a frente?

Com certeza que sim. As escolas diplomáticas de todo o mundo devem estar a analisar estes documentos e a dizer assim: realmente, se os cidadão se derem ao trabalho de ler os jornais e, todos os dias, os jornais trazem novas informações sobre o nível da diplomacia, verificam que o que resulta dessa análise é que o nível da diplomacia é muito baixo. Dizem coisas que estão factualmente erradas.

São preguiçosos...

São preguiçosos. Perdem muito tempo nos jantares, nas recepções, naquela vida diplomática que hoje não é o ritmo da vida. A vida já corre por outras vias e eles continuam ainda como se estivéssemos no século xix. Hoje está-se a verificar que a informação que os diplomatas enviam já é do domínio público no momento em que eles a escrevem. Isto desacredita o sistema actual de diplomacia que a gente tem ainda mais porque é um sistema caro e eu acredito que quem quiser fazer as contas de custo benefício analisando estes documentos poderá tomar algumas decisões interessantes. É muito importante saber-se se nas festas do Berlusconi as senhoras se despem todas ou se só fazem topless? Os países pagam altamente a serviços diplomáticos para andarem a coscuvilhar a vida privada do Berlusconi ou do Sarkozy?

A diplomacia é um pouco como fazer manteiga: toda a gente a come, mas ninguém gosta de ver como se faz...

É exactamente isso.

 

in iOnline

 

 

 

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Segunda-feira, 30 de Maio de 2011

Vive-se bem com os dinheiros públicos!

Presidente de Junta desvia cheque para oferecer cruzeiro marítimo à esposa

 

 

Um ex-presidente de Junta de uma freguesia do concelho de Santarém desviou um cheque de 750 euros dos cofres daquele órgão para oferecer um cruzeiro marítimo à esposa, como prenda pelos 25 anos de matrimónio.

Foi o próprio quem o confessou à Polícia Judiciária (PJ), quando foi ouvido no âmbito do processo judicial em que está acusado de quatro crimes: dois de peculato, um de peculato de uso e outro de falsificação de documento.

É também suspeito de ter falsificado à mão uma factura que entregou na Junta de Freguesia para pagamento e de ter dado outros fins a verbas transferidas pela Câmara Municipal de Santarém.

 

 

in O Ribatejo

 

 

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Quarta-feira, 6 de Abril de 2011

Se não é de Portugal, então deve ser da União Europeia

 
Se não é de Portugal, então deve ser da União Europeia
Se não é de Portugal, então deve ser da União Europeia

Foram tomadas medidas draconianas esta semana em Portugal pelo Governo "socialista" (só em nome) de José Sócrates, um caso de um outro governo de centro-direita/direita pedindo ao povo Português a fazer sacrifícios, um apelo repetido vezes sem fim a esta nação trabalhadora, sofredora, historicamente deslizando cada vez mais no atoleiro da miséria.

E não é porque eles são portugueses. Vá ao Luxemburgo, que lidera todos os indicadores sócio-econômicos, e você vai descobrir que doze por cento da população é português, o povo que construiu um império que se estendia por quatro continentes e que controlava o litoral desde Ceuta, na costa atlântica, tornando a costa africana até ao Cabo da Boa Esperança, a costa oriental da África, no Oceano Índico, o Mar Arábico, o Golfo da Pérsia, a costa ocidental da Índia e Sri Lanka. E foi o primeiro povo europeu a chegar ao Japão….e Austrália.

 


Esta semana, o Primeiro Ministro José Sócrates lançou uma nova onda dos seus pacotes de austeridade, corte de salários e aumento do IVA, mais medidas cosméticas tomadas num clima de política de laboratório por acadêmicos arrogantes e altivos desprovidos de qualquer contato com o mundo real, um esteio na classe política elitista Português no PSD/PS, gangorras de má gestão política que têm assolado o país desde a Revolução de Abril de 1974.


O objectivo? Para reduzir o défice. Por quê? Porque a União Europeia assim o diz. Mas é só a UE?
Não, não é. O maravilhoso sistema em que a União Europeia deixou-se a ser sugado é aquele em que

 a agências de Ratings, Fitch, Moody's e Standard and Poor's, baseadas nos EUA (onde havia de ser?) virtual e fisicamente controlam as políticas fiscais, económicas e sociais dos Estados-Membros da União Europeia através da atribuição das notações de crédito.


Com amigos como estes organismos, e Bruxelas, quem precisa de inimigos?


Sejamos honestos. A União Europeia é o resultado de um pacto forjado por uma França tremente e com medo, apavorada com a Alemanha depois que suas tropas invadiram seu território três vezes em setenta anos, tomando Paris com facilidade, não só uma vez mas duas vezes, e por uma astuta Alemanha ansiosa para se reinventar após os anos de pesadelo de Hitler. França tem a agricultura, a Alemanha ficou com os mercados para sua indústria.
E Portugal? Olhe para as marcas de automóveis novos conduzidos por motoristas particulares para transportar exércitos de "assessores" (estes parecem ser imunes a cortes de gastos) e adivinhem de qual país eles vêm? Não, eles não são Peugeot e Citroen ou Renault. Eles são Mercedes e BMWs. Topo-de-gama, é claro.


Os sucessivos governos formados pelos dois principais partidos, PSD (Partido Social Democrata, direita) e PS (Socialista, de centro-direita), têm sistematicamente jogado os interesses de Portugal e dos portugueses pelo esgoto abaixo, destruindo sua agricultura (agricultores portugueses são pagos para não produzir) e sua indústria (desapareceu) e sua pesca (arrastões espanhóis em águas lusas), a troco de quê? O quê é que as contra-partidas renderam, a não ser a aniquilação total de qualquer possibilidade de criar emprego e riqueza em uma base sustentável?


Aníbal Silva, agora Presidente, mas primeiro-ministro durante uma década, entre 1985 e 1995, anos em que estavam despejando bilhões através das suas mãos a partir dos fundos estruturais e do desenvolvimento da UE, é um excelente exemplo de um dos melhores políticos de Portugal. Eleito fundamentalmente porque ele é considerado "sério" e "honesto" (em terra de cegos, quem vê é rei), como se isso fosse um motivo para eleger um líder (que só em Portugal, é) e como se a maioria dos restantes políticos (PSD/PS) fossem um bando de sanguessugas e parasitas inúteis (que são), ele é o pai do défice público em Portugal e o campeão de gastos públicos.


Sua “política de betão” foi bem concebida, mas como sempre, mal planejada, o resultado de uma inepta, descoordenada e, às vezes inexistente localização no modelo governativo do departamento do Ordenamento do Território, vergado, como habitualmente, a interesses investidos que sugam o país e seu povo. Uma grande parte dos fundos da UE foram canalizadas para a construção de pontes e auto-estradas para abrir o país a Lisboa, facilitando o transporte interno e fomentando a construção de parques industriais nas cidades do interior para atrair a grande parte da população que assentava no litoral.


O resultado, concreto, foi que as pessoas agora tinham os meios para fugirem do interior e chegar ao litoral ainda mais rápido. Os parques industriais nunca ficaram repletos e as indústrias que foram criadas, em muitos casos já fecharam.


Uma grande percentagem do dinheiro dos contribuintes da UE vaporizou em empresas e esquemas fantasmas. Foram comprados Ferraris. Foram encomendados Lamborghini. Mazerati. Foram organizadas c açadas de javalí em Espanha. Foram remodeladas casas particulares. O Governo e Aníbal Silva ficou a observar, no seu primeiro mandato, enquanto o dinheiro foi desperdiçado. No seu segundo mandato, Aníbal Silva ficou a observar os membros do seu governo a perderem o controle e a participarem. Então, ele tentou desesperadamente distanciar-se do seu próprio partido político.
E ele é um dos melhores.

Depois de Aníbal Silva veio o bem-intencionado e humanitário, António Guterres (PS), um excelente Alto Comissariado para os Refugiados e um candidato perfeito para o Secretário-Geral da ONU, mas um buraco negro em termos de (má) gestão financeira. Ele foi seguido pelo diplomata excelente, mas abominável primeiro-ministro José Barroso (PSD) (agora Presidente da Comissão da EU, “Eu vou ser primeiro-ministro, só que não sei quando”) que criou mais problemas com seu discurso do que ele resolveu, passou a batata quente para Pedro Lopes (PSD), que nunca tinha qualquer hipótese de governar (não viu a armadilha), resultando no horror de dois mandatos do José Sócrates, um Ministro do Ambiente competente mas ...
As medidas de austeridade apresentado por este…senhor...são o resultado da sua própria inépcia como primeiro-ministro no período que antecedeu a última crise mundial do capitalismo (aquela em que os líderes financeiros do mundo foram buscar três triliões de dólares de um dia para o outro para salvar uma mão cheia de banqueiros irresponsáveis, enquanto nada foi produzido para pagar pensões dignas, programas de saúde ou projetos de educação).


E, assim como seus antecessores, José Sócrates demonstra uma falta de inteligência emocional, permitindo que os seus ministros pratiquem e implementem políticas de laboratório, que obviamente serão contra-producentes. Pravda.Ru entrevistou 100 funcionários, cujos salários vão ser reduzidos. Aqui estão os resultados:


Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou trabalhar menos (94%)
Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou fazer o meu melhor para me aposentar cedo, mudar de emprego ou abandonar o país (5%)
Concordo com o sacrifício (1%)

 


Um por cento. Quanto ao aumento dos impostos, a reação imediata será que a economia encolhe ainda mais enquanto as pessoas começam a fazer reduções simbólicas, que multiplicado pela população de Portugal, 10 milhões, afetará a criação de postos de trabalho, implicando a obrigatoriedade do Estado a intervir e evidentemente enviará a economia para uma segunda (e no caso de Portugal, contínua) recessão. Não é preciso ser cientista de física quântica para perceber isso. O idiota e avançado mental que sonhou com esses esquemas, tem resultados num pedaço de papel, onde eles vão ficar. É verdade, as medidas são um sinal claro para as agências de ratings que o Governo de Portugal está disposto a tomar medidas fortes, mas à custa, como sempre, do povo português.


Quanto ao futuro, as pesquisas de opinião providenciam uma previsão de um retorno para o PSD, enquanto os partidos de esquerda (Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português) não conseguem convencer o eleitorado a votar em excelentes ideias e propostas concretas. No caso do PCP, é melhores salários, maior produção, a diversificação da economia e, basicamente, o respeito pelas pessoas que têm apoiado essa absurda e demente governação PSD/PS durante décadas. PCP: Um excelente produto sem um departamento de vendas capaz.


Só em Portugal, a classe elitista dos políticos PSD/PS seria capaz de punir o povo por se atrever a ser independente. Essa classe, traidora, enviou os interesses de Portugal no ralo, pediu sacrifícios ao longo de décadas, não produziu nada e continuou a massacrar o povo com mais castigos. Esses traidores estão levando cada vez mais portugueses a questionarem se deveriam ter sido assimilados há séculos, pela Espanha.


Que nojento e ao mesmo tempo, que convidativo, o ditado português “Quem não está bem, que se mude”. Certo, bem longe de Portugal, como todos os que possam, estão fazendo. Bons estudantes a jorrarem pelas fronteiras fora. Que comentário lamentável para um país maravilhoso, um povo fantástico, e uma classe política abominável (do centro, à direita). Quanto à esquerda, ainda existe a divisão, e a falta de marketing.


Timothy Bancroft-Hinchey
Pravda.Ru

 

in Pravda

 

 

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Quarta-feira, 15 de Dezembro de 2010

Será medo ou covardia?!

Maddie: WikiLeaks revela conversa entre embaixadores britânico e americano

“Influência política exige inquérito”

Gonçalo Amaral, antigo responsável pela investigação ao desaparecimento de Madeleine McCann da Praia da Luz, na noite de 3 de Maio de 2007, não está surpreendido com a revelação pela WikiLeaks de um telegrama para Washington do embaixador norte-americano em Portugal, Alfred Hoffman.

  

Por:Paulo Marcelino / J.F. / R.R. com agências

 

 

 

Gerry e Kate McCann foram constituídos arguidos no dia 7 de Setembro de 2007 e regressaram depois a casa

Nessa missiva, de 28 de Setembro de 2007, o diplomata informa sobre uma conversa com o seu congénere do Reino Unido, Alexander W. Ellis, na qual este disse que "a polícia britânica obteve as provas contra os pais McCann". O antigo coordenador da Polícia Judiciária admite ter sentido "pressão política durante a investigação" e pede agora a criação de uma comissão de inquérito na Assembleia da República, alegando que a interferência política na investigação criminal põe em causa o Estado de Direito.

"Houve influência política no rumo da investigação e no arquivamento do processo", disse ao CM Gonçalo Amaral. O antigo responsável pela investigação – afastado na fase final – diz mais: "Perante a passividade, a quase cumplicidade do Governo [português] ainda em exercício, torna-se imperioso que, no seio da Assembleia da República, seja criada uma comissão de inquérito para averiguar as influências e manobras políticas que levaram à interrupção da investigação e ao arquivamento do processo. Está em causa do Estado de Direito."

E a propósito da revelação de que teria sido a polícia britânica a reunir provas contra o casal Gerry e Kate McCann (os pais da menina desaparecida), Amaral é peremptório: "Eles não arranjaram provas nenhumas." O antigo coordenador reconhece a boa colaboração dos polícias ingleses enviados na altura ao Algarve, mas acrescenta que "quem estava em Inglaterra tinha outras ideias". E dá exemplos: "A polícia inglesa até escondeu a denúncia de Catherine Gaspar sobre um potencial pedófilo [David Payne] no grupo de férias na Luz." E recorda que este acabou por ser interrogado em Inglaterra sem a presença de inspectores da PJ. Recorde-se que as informações de crédito pedidas pela PJ nunca obtiveram resposta. E Amaral diz ainda que "há fortes suspeitas" de que os resultados laboratoriais em Inglaterra foram manipulados. E já eram conhecidos à data do telegrama. A conclusão laboratorial desvalorizou os vestígios encontrados no apartamento e carro do casal por cães britânicos especializados em farejar sangue e odor a cadáver.

PISTA DE MORTE

Primeiro oferecidos em Maio e depois disponibilizados com reticências em Agosto de 2007, os cães ‘Eddie’ e ‘Keela’ assinalaram odor a cadáver e vestígios de sangue no apartamento de onde desapareceu Maddie e na bagageira do carro alugado depois pelos McCann.

RAPTO SEM PROVA

Gonçalo Amaral diz que não há provas de rapto no processo além das declarações de Jane Tuner, que estava com os McCann de férias na Praia da Luz. "Reconheceu várias pessoas como autores do rapto e mentiu descaradamente", afirma o antigo coordenador da PJ.

"SENTI PRESSÃO": Gonçalo Amaral, Antigo coordenador da PJ

Correio da Manhã – Sentiu pressões políticas na investigação?

Gonçalo Amaral – Senti. Fui confrontado, através da direcção nacional da PJ, com uma questão coincidente com o pensar do Procurador-Geral da República, na altura, de que nem todos os processos têm uma conclusão.

– Como explica a interferência política?

– A iniciativa foi do casal McCann, através de contactos familiares, para se defenderem.

– A revelação do telegrama surpreendeu-o?

– Não. Só espero que a Justiça portuguesa oiça os dois embaixadores. São potenciais testemunhas.

CASAL FORMA NOVA EQUIPA DE INVESTIGAÇÃO

Uma nova equipa de investigadores formada pelo casal McCann e constituída por elementos portugueses e ingleses e chefiada por um ex-polícia britânico já está no Algarve, segundo a TVI. O casal alega estar interessado na revisão dos avistamentos constantes do processo. Mas Gonçalo Amaral contrapõe: "Estes pais não procuram a filha. Só se preocupam com a imagem." E argumenta que, se assim não fosse, pediriam a reabertura do processo, como ele próprio defende. "Basta uma cartinha. Gastam apenas e só o valor do selo", ironiza o antigo coordenador responsável pela investigação.

CAVACO DIZ QUE DIPLOMATAS TÊM IMAGINAÇÃO

"Os embaixadores às vezes são bastante imaginativos." Foi desta forma que o Presidente da República reagiu ao seu retrato traçado nos telegramas da embaixada norte--americana e divulgados pela WikiLeaks. "Quase não apareço nessa fotografia. Dizem que queria ter sido convidado à Sala Oval na Casa Branca, mas posso dizer que fui o português, ou pelo menos o político português, que mais vezes foi à Casa Branca. Estive em todas as salas privadas", frisou Cavaco Silva, manifestando-se "surpreendido "com a fragilidade do sistema de segurança [dos EUA]".

LIBERTAÇÃO DE ASSANGE ADIADA

O fundador da WikiLeaks, Julian Assange, foi ontem libertado sob fiança por um juiz britânico, mas acabou por voltar à cadeia devido a um recurso interposto pela Justiça sueca, que pretende julgá-lo por violação.

O juiz Howard Riddle, que no dia 7 decretou a prisão preventiva de Assange, aceitou ontem libertá-lo mediante o pagamento de uma fiança de 200 mil libras (237 mil euros), ficando obrigado a usar pulseira electrónica e a apresentar-se todos os dias à polícia. O juiz exigiu ainda que a fiança fosse paga em dinheiro, o que terá impedido a sua libertação imediata.

Enquanto o advogado de Assange tentava a todo o custo reunir em numerário a verba necessária, a Justiça sueca interpôs recurso da decisão, afirmando que continua a existir risco de fuga. Como resultado, o juiz Riddle ordenou que Assange fosse levado de volta à prisão de Wandsworth até nova audiência, hoje ou amanhã. "Isto está realmente a transformar-se num julgamento-espectáculo", queixou-se entretanto o advogado Mark Stephens.

VIÚVA DE ARAFAT EXPULSA DA TUNÍSIA POR GUERRA COM PRIMEIRA-DAMA

Um telegrama da embaixada dos EUA em Tunis deslinda o mistério por detrás da expulsão da viúva de Yasser Arafat da Tunísia, em 2007. Suha Arafat, que durante anos viveu na Tunísia com o líder da OLP e ali regressou após a sua morte, em 2004, ter-se--á desentendido com a primeira-dama tunisina, Leila Ben Ali, tida pelos EUA como a "líder da corrupção" no país. As duas mulheres chegaram a ser parceiras em negócios, mas tudo terminou quando Suha descobriu que Leila "conspirava para casar a sua sobrinha", de 18 anos, com o xeque Mohamed al-Maktoum, emir do Dubai, casado com uma irmã do rei da Jordânia. Suha correu a avisar a amiga Rania da Jordânia, mas Leila descobriu tudo e não lhe perdoou.

 

in Correio da Manhã

 

Que eles "baixavam as calças" eu já sabia, a minha dúvida é se é por medo ou covardia.

À muito que sabemos que aqueles que nos representam, eleitos por nós, antes das eleições juram que irão servir-nos e tudo farão em nosso interesse, mas, mal são eleitos, todo será priorizado, ficando os nossos interesses na gaveta que diz: "Promessas para aqueles que precisamos antes das eleições".

Logo eleitos as prioridades passam a ser dos partidos que representam, dos amigos que continuam a necessitar, das influências e da bajulação.

Desconheço se ainda exista alguém que acredite que a "Politica" é a actividade que procura servir o interesse do "povo" e do país! A imagem que estes políticos dão leva a crer que a "Política" é a arte que serve para oprimir, explorar e enganar o povo em proveito de outros interesses.....

 

 

 

publicado por portuga-coruche às 07:00
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