Por: Joaquim Duarte, editorial jornal O Ribatejo
Figurações, símbolos e marcas, temos muitas na região. Golegã, capital do cavalo. Cartaxo, capital do vinho. Santarém, capital do Ribatejo (ou capital do gótico, como também se lê em Veríssimo Serrão e no painel da auto-estrada, ou ainda capital da liberdade, no gosto duvidoso dos pórticos de Moita Flores). Rio Maior, capital do desporto. Almeirim, sopa da pedra (cá está uma das poucas que dispensa a designação de capital). Mação, capital do presunto. E “Fátima, altar do mundo”, a exceder-se a tudo. Enfim, todas estas designações, à parte o acidental exagero que possam transportar, são apenas representações simbólicas, marcas criadas a partir de especificidades locais ou regionais que, através de um simples slogan, pretendem diferenciar e promover estas localidades. Pois também Coruche se descobriu agora como capital mundial da cortiça. E, convenhamos, com inteira oportunidade o fez. Pela dimensão do montado de sobro existente no seu território. Pelas fábricas que tem a laborar no concelho e a produzirem cinco mil rolhas de cortiça por dia. E, sobretudo, pela FICOR, uma feira que começou atrevida e sob a reserva habitual dos críticos locais, mas que conseguiu, em apenas três anos, conquistar o estatuto de Feira Internacional da Cortiça. Uma proeza que nasceu da iniciativa corajosa da câmara municipal, em associação com os produtores, e que descortinou neste nicho de mercado da cortiça – em que Portugal é tão só o maior produtor mundial e, também, o maior exportador, como se pode ver pelos gráficos que publicamos nas páginas do Especial FICOR – uma oportunidade de afirmar o município fora de portas e, com inteira justiça, baptizar “Coruche, capital da cortiça”. A Vila do Sorraia vai receber durante a FICOR e pela segunda vez consecutiva, a bolsa da cortiça, o maior mercado desta matéria-prima que permite fixar os preços a nível mundial.
Como se vê, também o marketing, pela sua natureza invasiva, viajou paulatinamente para outras latitudes que não apenas o da promoção das marcas de produtos provenientes das fábricas. As cidades e vilas também se vêm assumindo como marcas, na busca de uma singularidade que as distinga entre as demais. Embora, diga-se de passagem que nem todas com o mesmo sucesso na promoção económica e cultural das suas especificidades territoriais. Dito de outro modo, a economia tornou-se cultura e o cultural penetrou o comércio. Tudo se pensa em termos de competição e de mercado, de maximização de resultados ao melhor custo, de eficácia e de benefícios. Pelo que as nossas cidades e vilas, como as marcas dos produtos que retemos na memória, são forçadas a construir a sua imagem e legitimidade num tempo e num espaço muito competitivo e frenético. Infelizmente, nem todas com o mesmo sucesso que Coruche já alcançou.
in O Ribatejo
. O que distingue Coruche c...
. acidente
. água
. almeirim
. assalto
. burla
. carina
. cdu
. china
. ciência
. cigana
. ciganos
. clima
. cobre
. comboio
. cortiça
. coruche
. couço
. cp
. crianças
. crime
. crise
. dai
. desporto
. dívida
. douro
. droga
. economia
. edp
. educação
. emprego
. energia
. ensino
. escola
. espanha
. etnia
. fajarda
. faleceu
. fascismo
. festas
. finanças
. fmi
. fome
. gnr
. humor
. impostos
. insólito
. internet
. ipcc
. justiça
. ladrões
. lamarosa
. mic
. morte
. música
. pobreza
. política
. pontes
. racismo
. roubo
. santarém
. saúde
. sub
. tempo
. ticmais
. toiros
. tourada
. touros
. trabalho
. tráfico
. video
. videos
. Blogs de Coruche
. Conspirações da Vila de Coruche!
. Coruche...Passado, Presente e Futuro
. Cruxices
. Núcleo de Investigação Criminal de Coruche
. Strix
. Sites de Coruche
. APFC
. Buzios
. CORART
. Museu
. O leme
. RVS
. Sites de Interesse
. BioTerra
. Blogs de interesse
greenbit@sapo.pt