Mário Soares diz estar preocupadíssimo com a situação na Europa e admite que podemos estar em vésperas de “uma revolução”.
Em entrevista ao jornal 'i', Mário Soares diz que "a Europa está numa crise profundíssima, está à beira do abismo" e "a União Europeia está desorientada", lembrando que "dantes era constituída por duas grandes famílias políticas: os socialistas e os democratas-cristãos, que seguiam a doutrina social da Igreja. Hoje não há democratas-cristãos, ou quase não há, porque já não seguem a doutrina social da Igreja, seguem o neoliberalismo, tendo o dinheiro como principal valor. Estas duas famílias políticas foram colonizadas pelo neoliberalismo". E aponta um dos culpados pela actual situação da Europa: "O senhor Blair teve uma importância maléfica nisto tudo, porque convenceu bastantes partidos socialistas europeus a converterem-se à 'terceira via'".
Considerando "grave" a nomeação de primeiros-ministros não eleitos, como aconteceu em Itália e na Grécia, o histórico socialista defende que, para subsistir, a Europa "não pode deixar de ser uma federação democrática". E se o actual estado de coisas no Velho Continente não mudar "vai ser terrível. Não só para nós, europeus, mas para o resto do mundo. E não sabemos onde podemos parar". Assim sendo, conclui: "terá de haver uma revolução. As revoluções às vezes são rupturas e resolvem os problemas. Tenho alguma esperança numa revolução pacífica, não violenta, mas na ruptura profunda. Não gostaria de uma revolução violenta no meu País. Seria terrível para todos".
Na mesma entrevista, o ex-Presidente da República criticou ainda o comportamento da 'troika'. "A troika, como diz, bem, o presidente do BPI, é um conjunto de tecnocratas de quinta ou sétima linha, que julgam poder governar por nós. Alguém aceitará que tecnocratas estrangeiros, de várias procedências, governem o nosso País? Mas por que carga de água?", disse. E o mal, frisou Mário Soares, é os conselhos da troika estarem a ser "acolhidos pelo Governo. Como se fossem ordens. Ora nós estamos a cortar tudo e não estamos a construir nada para obter maior crescimento económico e para reduzir o desemprego. Se assim continuar, daqui a um ano vamos estar pior do que estamos hoje".
in Económico
Livro do ex-deputado do PS natural de Coruche foi apresentado na Fundação Mário Soares
Fernando Pereira Marques escreve sobre as causas do atraso nacional
Fernando Pereira Marques apresentou na sexta-feira, 3 de Dezembro, o livro “Sobre as causas do atraso nacional”, editado pela Coisas de Ler, na Fundação Mário Soares, em Lisboa. Tendo como subtítulo “Contributos para uma arqueologia”, o autor, natural de Coruche, garante que não teve a pretensão de sistematizar as causas do atraso de Portugal, mas perceber apenas alguns dos motivos que têm travado o desenvolvimento do país.
“Fernando Pereira Marques preocupa-se com Portugal e este livro é o registo das suas preocupações. Encontramos passagens de uma actualidade impressionante”, começa por dizer Paulo Ferreira da Cunha, professor de Direito na Universidade do Porto e autor do livro “Para uma Ética Republicana”, com chancela também da Coisas de Ler.
O que está na origem da riqueza e pobreza das nações é, para Paulo Ferreira da Cunha, a pergunta central do livro. “Os portugueses adoram o luxo e têm repugnância pelo trabalho. Depois há um modo de ser egocêntrico, intolerante, mesquinho e ignorante. O incivismo, a cunha e a corrupção são outras das características apontadas por Pereira Marques ao povo português. O nosso crónico problema da dependência pelo exterior, o atraso técnico e tecnológico também são algumas das causas do nosso atraso nacional”, sintetiza.
O livro deixa contudo, no entender de Paulo Ferreira da Cunha, uma mensagem positiva: “Dá-nos ganas de trabalhar, lembra-nos que respiramos o ar da liberdade e que este tempo pode ser a nossa derradeira oportunidade”.
“Era bom que este livro fosse uma interpelação em relação àquilo que somos enquanto país. Fernando Pereira Marques retoma uma parte das palavras de Antero de Quental, proferidas há mais de cento e trinta anos, na sua célebre conferência do Casino, “mas está mais interessado em descobrir as razões do nosso atraso no plano económico e agora mais recentemente na área científica e tecnológica. Passa tudo o que se tem escrito em revista para compreender se o nosso atraso é assim tão excepcional”, disse Eduardo Lourenço. O livro deve ser lido, na opinião de Lourenço, para se meditar não só no passado como também no futuro.
Na apresentação esteve também presente Mário Soares que “apesar de só ter tido tempo para ler algumas páginas” achou a obra interessante e prometeu uma leitura atenta.
in O Mirante
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