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Castro acusa os EUA de manterem "instrumentos do poder imperial" (Reuters) |
Na sua coluna Reflexiones, o ex-Presidente cubano pergunta: “O que vai acontecer em Espanha, onde está a haver protestos nas principais cidades do país porque cerca de 40 por cento dos jovens estão desempregados? Por acaso irão começar bombardeamentos a esse país da NATO?”
Num tom irónico, o líder cubano compara a situação em Madrid, onde tem havido protestos pacíficos, com os confrontos na Líbia, onde está a decorrer uma operação militar da NATO depois de o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado a tomada de “todas as medidas necessárias” para proteger os civis.
Castro reagiu ao discurso de Obama, nesta quinta-feira, em que o Presidente norte-americano reiterou o seu apoio aos movimentos de contestação no mundo árabe e no Norte de África. Disse que o Pentágono e a CIA “conservam os instrumentos fundamentais do poder imperial, incluindo a tecnologia capaz de destruir o género humano numa questão de minutos e os meios para penetrar nessas sociedades, enganá-las e manipulá-las impunemente o tempo que for preciso, acreditando que o poder do império não tem limites”, adiantou, citado pelo “El Mundo”.
Entre várias acusações, Fidel Castro considerou que os EUA são “incapazes de ver o que na realidade acontece com a pobreza, a falta de serviços elementares de educação, saúde, emprego, pior ainda, a falta de resposta a necessidades vitais como a alimentação, água potável ou um tecto”.
in Público
É uma questão pertiinente embora para Fidel, dada a situação internacional de Cuba, fosse melhor estar calado! Cuba não é exemplo de justiça social. Espanha ainda está muito longe de poder ser comparada à Libia.
Aquela carga policial em Madrid para despejar da praça os manifestantes levou-me a perceber que existe um regime que é dono do poder e que vê o povo do seu país ou como apoiantes ou como destabilizadores, mandando a polícia "pôr na ordem" quem devia na verdade apoiar e proteger. Caramba! Pessoas sem trabalho e sem casa, que não podem sequer planear o seu futuro. Demitam-se, manifestem-se contra ou a favor, agora expulsar ou agredir acho que não está na lista de direitos/deveres como eleitos democráticos. Se está, que se altere.