Sexta-feira, 5 de Abril de 2013

Enric Durán - Pediu empréstimos bancários para destruir o sistema financeiro

ESSE CARA PEGOU UM EMPRÉSTIMO GIGANTE PARA DESTRUIR O SISTEMA FINANCEIRO

By Paul Geddis

 

Em 2008, o ativista anticapitalista Enric Durán pegou emprestado €492.000 (cerca de R$1.260.000) de 39 entidades financeiras sem nenhuma intenção de devolver essa grana. Mas – como você já devia esperar de um ativista anticapitalista – ele não gastou tudo com facas de cozinha de diamante ou frisbees de luxo. Ao invés disso, ele aplicou o dinheiro em várias causas anticapitalistas não especificadas e gastou o resto com o Crisi, um jornal gratuito que detalha como ele fez isso e incentiva outras pessoas a fazer o mesmo.

Essa jogada estilo Robin Hood o transformou num herói da noite para o dia, mas o problema de se transformar num herói através de meios legalmente questionáveis é que a polícia acha que precisa te prender por causa disso. Enric passou dois meses na cadeia em 2011 e foi libertado até o julgamento, que estava marcado para o começo deste mês. Sua sentença mínima será de oito anos, o que pode explicar por que ele se recusou a aparecer nas primeiras datas do julgamento, o que resultou num mandado para que ele fosse libertado.

Venho tentando entrevistar o Enric há alguns anos, mas como as 14 entidades que atualmente tentam mandá-lo para a cadeia por desfalque podem comprovar, ele é um cara difícil de pegar. Depois de incontáveis e-mails, eventualmente marcamos uma entrevista por Skype que acabou acontecendo com três horas de atraso, mas acho que quando se está tentando derrubar o sistema capitalista você não vê o tempo da mesma maneira que todo mundo mesmo. Quando finalmente conseguimos conversar, falamos sobre foder com bancos, a teoria dele de desobediência civil e seu novo projeto: a criação de uma cidade completamente autônoma nos arredores de Barcelona.

 


Enric com uma cópia do seu jornal, o Crisi.


VICE: Oi, Enric. O que aconteceu com o seu julgamento?
Enric Durán: A corte aceitou a renúncia do meu advogado no dia 13 de fevereiro, depois me disseram que eu tinha que voltar ao tribunal no dia 18, mas não compareci. E agora não está claro se eles continuarão com o caso porque não tenho um novo advogado, então seria contra os meus direitos se eles continuassem.

Entendo. Vamos voltar ao começo. Você entrou para o ativismo em 2000. O que desencadeou seu interesse pelo sistema financeiro?
Bom, naquela época eu era parte do movimento antiglobalização. Em 2005, comecei a ler sobre a crise energética, que estava relacionada ao sistema financeiro. Percebi que não só o sistema era indesejado, como também não podia continuar do jeito que era. Foi assim que surgiu a ideia do ato de desobediência – tirar o dinheiro dos bancos e investir em projetos anticapitalistas.

De certa maneira você antecipou uma ligação entre o sistema financeiro, a política, as multinacionais e os governos quando isso ainda não era claro para muitas pessoas. O que te fez perceber que não era só uma parte do sistema desmoronando, mas uma coisa global abrangendo todos esses aspectos?
Foi em 2000, quando estávamos lutando contra o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, que começamos a perceber que isso era algo global. O que ainda não estava claro para nós era que o sistema poderia falir em si. Achávamos que teríamos que fazê-lo cair, não tínhamos percebido que ele podia desmoronar naturalmente.

Pegar emprestado todo aquele dinheiro foi uma demonstração de como se pode tirar vantagem do sistema?
Foram várias coisas, mas eu tinha dois objetivos principais. O primeiro era denunciar o sistema financeiro como algo insustentável, e o segundo era mostrar que podemos ser desobedientes, corajosos, e que podemos dar poder a nós mesmos. Quando comecei tudo isso, me inspirei em personagens históricos, como Gandhi, e achei que era importante trazer para o século XXI ações como essas. Queríamos usar o dinheiro para um projeto que pudesse provar como diferentes métodos de capitalismo são possíveis.

 


Enric no tribunal.


Como era o processo cotidiano de ir aos bancos para pedir crédito?
Isso foi entre o verão de 2005 e a primavera de 2008 – aproximadamente três anos. Aprendi como o sistema de empréstimos funcionava e as informações em que os bancos confiavam para concedê-los. Aprendi sobre os buracos no sistema e como passar por eles. No começo eu conseguia um empréstimo para cada três requisições, no final eu já conseguia nove empréstimos a cada dez pedidos. Por exemplo, um dos buracos do sistema é que o Banco da Espanha compartilha as informações de crédito com outros bancos, mas só para empréstimos acima de €6.000 [em torno de R$15.000]. Então só pedi empréstimos abaixo desse valor por dois anos, movimentando fundos sem ter o Banco da Espanha controlando minhas ações.

Chegou um ponto onde você pensou: “Puta merda, tenho um monte de dinheiro?” ou você investiu isso conforme ia conseguindo os empréstimos?
O dinheiro era investido. Nunca tive mais de €50.000 [em torno de R$130.000] comigo. Tudo foi gasto em vários projetos.

Você não revelou nenhum dos projetos onde investiu o dinheiro, mas você sabe se algum deles sofreu algum tipo de ação jurídica por causa do seu investimento?
Não mesmo. Na verdade, ficou claro que os bancos não estavam interessados para onde esse dinheiro foi. Não houve nenhuma investigação e, como isso era uma ação política, eles queriam reprimir só a mim e não ao coletivo. Eles não queriam transformar isso em algo maior do que já era.

Você publica seu próprio jornal, o Crisi. Por que você quis difundir sua mensagem através disso e não usar os canais normais de mídia?
Passei muito tempo imaginando como colocar essa história em domínio público. Eu queria que isso alcançasse o maior número possível de pessoas, mas fiquei preocupado em ser reprimido. Então decidi usar um pouco do dinheiro para publicar o jornal e acho que foi uma das melhores decisões que tomei. A mídia viu que esse jornal estava sendo distribuído de graça nas ruas e eles não queriam ficar de fora de algo que estava sendo falado por toda parte, então publicar meu próprio jornal realmente ajudou a mensagem a chegar até a mídia mainstream.

 


Se você tiver sucesso, qual será o efeito? Como o mundo será?
Bom, muitas pessoas já estão fazendo isso por acidente; deixar de pagar seus débitos foi uma das coisas que derrubou o sistema financeiro em primeiro lugar. Não tanto com pequenos empréstimos ou hipotecas particulares, mas com grandes companhias de construção e desenvolvimento que não puderam pagar suas dívidas e acabaram falindo. A chance do plano geral se tornar global não é muito provável, mas o importante é espalhar a ideia de pequenas mudanças e decisões que você pode tomar para ajudar o mundo a se tornar um lugar melhor.

Você disse essa frase: “Prefiro uma liberdade perigosa a uma servidão pacífica”. Essa é uma grande parte do que você está fazendo – abrindo as portas para a desobediência civil em massa.
É, isso é uma questão de agir de maneira consistente com o que você sente e fazer o que é melhor, mesmo que as autoridades queiram que você faça de outro jeito. Seria interessante começar um debate sobre a eficiência do sistema judiciário e questionar como ele funciona. Trata-se de um sistema de prisão que não ajuda ninguém – nem as vítimas e muito menos os presos ou o governo, que são aqueles que precisam pagar por tudo. É tempo de repensar e criar algo novo, certo?

Sinto como se você fosse um rato de laboratório com bombas amarradas no corpo tentando desmantelar o sistema e ver se alternativas podem funcionar.
O principal é que estamos construindo outro sistema desde o começo. É um sistema aberto, o que significa que ninguém vai obrigar você a ser parte disso. Podemos reformular tudo com essa liberdade e decidir como queremos que sejam os sistemas de saúde e educação, a economia, os conflitos e muitas outras coisas. Já estamos colocando isso em prática através da Cooperativa Integral Catalã (CIC) e outros projetos associados.

 


A base da Cooperativa Integral Catalã.


Fale mais sobre a CIC.
É uma assembleia onde construímos uma economia comum, organizamos o consumo, cobrimos as necessidades, organizamos todo o trabalho e estabelecemos relações financeiras para apoiar novos projetos produtivos. Temos uma infraestrutura para cobrir saúde, moradia, necessidades básicas de alimentação, transporte, energia – o básico. O ponto principal é que isso funciona com base na autonomia. O que precisamos são mudanças profundas nas relações humanas, confiança entre as pessoas. A revolução integral não é sobre mudar o sistema econômico, é sobre mudar tudo, mudar o ser humano. Estamos falando de mudanças em todos os aspectos da vida.

Você nunca pensou em aplicar essas ideias através de um partido político?
A maior questão aqui é que o conceito de partidos políticos contradiz o conceito de assembleia. A assembleia é um processo aberto que funciona através do consenso. O sistema político de partidos, por outro lado, é baseado em confrontação.

 

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By Paul Geddis 

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Sábado, 28 de Abril de 2012

Multibanco explode no Monte da Barca

Madrugada deste sábado

Coruche: Ladrões explodem multibanco

 
Assalto ocorreu na zona industrial de Monte da Barca

Uma caixa multibanco instalada na zona industrial de Monte da Barca, Coruche, foi assaltada este sábado de madrugada com recurso a explosão de gás, revelou fonte da GNR.

 

A explosão foi registada às 03h10 na Zona Industrial de Monte da Barca, tendo os assaltantes "usado gás para fazer explodir a caixa multibanco", indicou a fonte, ao descrever a técnica de assalto.

A GNR desconhece o número de pessoas envolvidas no assalto, assim como o montante furtado.

 

in Correio da Manhã

 

 

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Quinta-feira, 27 de Outubro de 2011

Eduardo Galeano: quatro frases que fazem o nariz do Pinóquio crescer

 

A recuperação do planeta ou daquilo que nos sobre dele implica na denúncia da impunidade do dinheiro e da liberdade humana.
1 – Somos todos culpados pela ruína do planeta.

 

 
Eduardo Galeano não se cansa de dizer verdades
A saúde do mundo está feito um caco. ‘Somos todos responsáveis’, clamam as vozes do alarme universal, e a generalização absolve: se somos todos responsáveis, ninguém é. Como coelhos, reproduzem-se os novos tecnocratas do meio ambiente. É a maior taxa de natalidade do mundo: os experts geram experts e mais experts que se ocupam de envolver o tema com o papel celofane da ambiguidade.
Eles fabricam a brumosa linguagem das exortações ao ‘sacrifício de todos’ nas declarações dos governos e nos solenes acordos internacionais que ninguém cumpre. Estas cataratas de palavras – inundação que ameaça se converter em uma catástrofe ecológica comparável ao buraco na camada de ozônio – não se desencadeiam gratuitamente. A linguagem oficial asfixia a realidade para outorgar impunidade à sociedade de consumo, que é imposta como modelo em nome do desenvolvimento, e às grandes empresas que tiram proveito dele. Mas, as estatísticas confessam.. Os dados ocultos sob o palavreado revelam que 20% da humanidade comete 80% das agressões contra a natureza, crime que os assassinos chamam de suicídio, e é a humanidade inteira que paga as consequências da degradação da terra, da intoxicação do ar, do envenenamento da água, do enlouquecimento do clima e da dilapidação dos recursos naturais não-renováveis. A senhora Harlem Bruntland, que encabeça o governo da Noruega, comprovou recentemente que, se os 7 bilhões de habitantes do planeta consumissem o mesmo que os países desenvolvidos do Ocidente, “faltariam 10 planetas como o nosso para satisfazerem todas as suas necessidades.” Uma experiência impossível.
Mas, os governantes dos países do Sul que prometem o ingresso no Primeiro Mundo, mágico passaporte que nos fará, a todos, ricos e felizes, não deveriam ser só processados por calote. Não estão só pegando em nosso pé, não: esses governantes estão, além disso, cometendo o delito de apologia do crime. Porque este sistema de vida que se oferece como paraíso, fundado na exploração do próximo e na aniquilação da natureza, é o que está fazendo adoecer nosso corpo, está envenenando nossa alma e está deixando-nos sem mundo.
2 – É verde aquilo que se pinta de verde.
Agora, os gigantes da indústria química fazem sua publicidade na cor verde, e o Banco Mundial lava sua imagem, repetindo a palavra ecologia em cada página de seus informes e tingindo de verde seus empréstimos. “Nas condições de nossos empréstimos há normas ambientais estritas”, esclarece o presidente da suprema instituição bancária do mund o. Somos todos ecologistas, até que alguma medida concreta limite a liberdade de contaminação.
Quando se aprovou, no Parlamento do Uruguai, uma tímida lei de defesa do meio-ambiente, as empresas que lançam veneno no ar e poluem as águas sacaram, subitamente, da recém-comprada máscara verde e gritaram sua verdade em termos que poderiam ser resumidos assim: “os defensores da natureza são advogados da pobreza, dedicados a sabotarem o desenvolvimento econômico e a espantarem o investimento estrangeiro.” O Banco Mundial, ao contrário, é o principal promotor da riqueza, do desenvolvimento e do investimento estrangeiro. Talvez, por reunir tantas virtudes, o Banco manipulará, junto à ONU, o recém-criado Fundo para o Meio-Ambiente Mundial. Este imposto à má consciência vai dispor de pouco dinheiro, 100 vezes menos do que haviam pedido os ecologistas, para financiar projetos que não destruam a natureza. Intenção inatacável, conclusão inevitáve l: se esses projetos requerem um fundo especial, o Banco Mundial está admitindo, de fato, que todos os seus demais projetos fazem um fraco favor ao meio-ambiente.
O Banco se chama Mundial, da mesma forma que o Fundo Monetário se chama Internacional, mas estes irmãos gêmeos vivem, cobram e decidem em Washington. Quem paga, manda, e a numerosa tecnocracia jamais cospe no prato em que come. Sendo, como é, o principal credor do chamado Terceiro Mundo, o Banco Mundial governa nossos escravizados países que, a título de serviço da dívida, pagam a seus credores externos 250 mil dólares por minuto, e lhes impõe sua política econômica, em função do dinheiro que concede ou promete. A divinização do mercado, que compra cada vez menos e paga cada vez pior, permite abarrotar de mágicas bugigangas as grandes cidades do sul do mundo, drogadas pela religião do consumo, enquanto os campos se esgotam, poluem-se as águas que os alimentam, e uma crosta seca cobre os desertos que antes foram bosques.
3 – Entre o capital e o trabalho, a ecologia é neutra.
Poder-se-á dizer qualquer cois a de Al Capone, mas ele era um cavalheiro: o bondoso Al sempre enviava flores aos velórios de suas vítimas… As empresas gigantes da indústria química, petroleira e automobilística pagaram boa parte dos gastos da Eco 92: a conferência internacional que se ocupou, no Rio de Janeiro, da agonia do planeta. E essa conferência, chamada de Reunião de Cúpula da Terra, não condenou as transnacionais que produzem contaminação e vivem dela, e nem sequer pronunciou uma palavra contra a ilimitada liberdade de comércio que torna possível a venda de veneno.
No grande baile de máscaras do fim do milênio, até a indústria química se veste de verde. A angústia ecológica perturba o sono dos maiores laboratórios do mundo que, para ajudarem a natureza, estão inventando novos cultivos biotecnológicos. Mas, esses desvelos científicos não se propõem encontrar plantas mais resistentes às pragas sem ajuda química, mas sim buscam novas plantas capazes de r esistir aos praguicidas e herbicidas que esses mesmos laboratórios produzem. Das 10 maiores empresas do mundo produtoras de sementes, seis fabricam pesticidas (Sandoz-Ciba-Geigy, Dekalb, Pfizer, Upjohn, Shell, ICI). A indústria química não tem tendências masoquistas.
A recuperação do planeta ou daquilo que nos sobre dele implica na denúncia da impunidade do dinheiro e da liberdade humana. A ecologia neutra, que mais se parece com a jardinagem, torna-se cúmplice da injustiça de um mundo, onde a comida sadia, a água limpa, o ar puro e o silêncio não são direitos de todos, mas sim privilégios dos poucos que podem pagar por eles. Chico Mendes, trabalhador da borracha, tombou assassinado em fins de 1988, na Amazônia brasileira, por acreditar no que acreditava: que a militância ecológica não pode divorciar-se da luta social. Chico acreditava que a floresta amazônica não será salva enquanto não se fizer uma reforma agrária no Brasil. Cinco an os depois do crime, os bispos brasileiros denunciaram que mais de 100 trabalhadores rurais morrem assassinados, a cada ano, na luta pela terra, e calcularam que quatro milhões de camponeses sem trabalho vão às cidades deixando as plantações do interior. Adaptando as cifras de cada país, a declaração dos bispos retrata toda a América Latina. As grandes cidades latino-americanas, inchadas até arrebentarem pela incessante invasão de exilados do campo, são uma catástrofe ecológica: uma catástrofe que não se pode entender nem alterar dentro dos limites da ecologia, surda ante o clamor social e cega ante o compromisso político.
4 – A natureza está fora de nós.
Em seus 10 mandamentos, Deus esqueceu-se de mencionar a natureza. Entre as ordens que nos enviou do Monte Sinai, o Senhor poderia ter acrescentado, por exemplo: “Honrarás a natureza, da qual tu és parte.” Mas, isso não lhe ocorreu. Há cinco séculos, quando a América foi aprisionada pelo mercado mundial, a civilização invasora confundiu ecologia com idolatria. A comunhão com a natureza era pecado. E merecia castigo. Segundo as crônicas da Conquista, os índios nômades que usavam cascas para se vestirem jamais esfolavam o tronco inteiro, para não aniquilarem a árvore, e os índios sedentários plantavam cultivos diversos e com períodos de descanso, para não cansarem a terra. A civilização, que vinha impor os devastadores monocultivos de exportação, não podia entender as culturas integradas à natureza, e as confundiu com a vocação demoníaca ou com a ignorância. Para a civilização que diz ser ocidental e cristã, a natureza era uma besta feroz que tinha que ser domada e castigada para que funcionasse como uma máquina, posta a nosso serviço desde sempre e para sempre. A natureza, que era eterna, nos devia escravidão. Muito recentemente, inteiramo-nos de que a natureza se cansa, como nós, seus filhos, e sabemos que, tal como nós, pode morrer assassinada. Já não se fala de submeter a natureza. Agora, até os seus verdugos dizem que é necessário protegê-la. Mas, num ou noutro caso, natureza submetida e natureza protegida, ela está fora de nós. A civilização, que confunde os relógios com o tempo, o crescimento com o desenvolvimento, e o grandalhão com a grandeza, também confunde a natureza com a paisagem, enquanto o mundo, labirinto sem centro, dedica-se a romper seu próprio céu.

 

in Pragmatismo Político

 

 

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Segunda-feira, 30 de Maio de 2011

Portugueses ainda guardam 183,5 milhões de euros em notas de escudo

Os portugueses ainda têm em casa o equivalente a 183,5 milhões de euros em notas de escudo, apesar de já terem passado dez anos desde a introdução do euro.

 

 

 

A nostalgia do escudo é evidente. Os portugueses ainda guardam 183,5 milhões de euros em notas de escudo, uns por esquecimento, outros para mostrarem aos seus precedentes, de acordo com o “Correio da Manhã”.

Apesar de o euro já ter sido introduzido em 2001, em Portugal ainda persistem cerca de 30 milhões de notas antigas. Segundo dados do Banco de Portugal, as notas de 500 são as mais prováveis de ainda se encontrarem em muitas casas.

Na moeda antiga, ainda existem cerca de 36,7 milhões de contos nas mãos dos portugueses. O prazo para a troca dos antigos escudos é de 20 anos após a implementação do euro, por isso até 2022 os portugueses ainda poderão trocar as notas antigas que encontrarem em casa.

No entanto, o prazo para a troca de moedas era só até 2002. O processo de troca é moroso, e necessita de cumprir certas regras.

Em 2010, o Banco de Portugal recolheu cerca de 8,43 milhões de notas de escudos, o que correspondeu a 7,85 milhões de euros. Só no primeiro ano do euro, foram recolhidas 95% das notas de escudo.
 
 
 
 
 
 
 
Andreia Major - amajor@negocios.pt
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Terça-feira, 5 de Abril de 2011

Outra vez o engano dos resgates: agora Portugal?

 

 

Em outros artigos referentes ao caso espanhol salientei que quando se fala de "resgatar" um país se verifica um grande engano que é imprescindível por a nu.

Passa-se o mesmo com Portugal, agora quando as autoridades europeias e os chamados "mercados", na realidade os grandes grupos financeiros e empresariais, insistem em que o governo português solicite que o seu país seja "resgatado".

Geralmente, quando se fala de "resgatar" um país parte-se de uma situação real e grave que costuma manifestar-se num grande endividamento que dificulta ou impede enfrentar os compromissos de pagamento adquiridos. Contudo, quando isto ocorre produz-se um engano muito bem orquestrado em relação às razões, aos problemas, às soluções e aos efeitos da operação que se deseja efectuar.

O primeiro engano costuma dar-se quanto à natureza dos problemas que sofre o país ao qual se diz que é preciso "resgatar". Agora, como nos recentes casos grego ou irlandês, afirma-se que Portugal tem um grave endividamento público decorrente do crescimento excessivo dos seus gastos que o obriga a recorrer a um empréstimo vultoso para com ele liquidar as suas dívidas. Não é de todo certo, assinalarei a seguir.

O segundo engano decorre da anterior. Para que o "resgate" seja útil afirma-se que deve ir acompanhado de medidas que resolvam o problema que originou a situação que se quer resolver e que, portanto, devem consistir principalmente em cortar despesas. Em consequência, os que concedem o empréstimo para "resgatar" o país, neste caso Portugal, impõem políticas consistentes em cortar qualquer tipo de despesa pública e especialmente a que está vinculada a actividades que dizem poder ser efectuadas mais eficazmente pelo sector privado, ou seja, com os serviços públicos (mais outro engano porque não é certo que o faça melhor e contudo é inevitável que o capital privado o faça mais caro e para menos população), ou o que se considera improdutivo, como por exemplo o salários dos funcionários.

Ao mesmo tempo engana-se também quando se afirma que o resultado do resgate será o maior incremento da actividade e da criação de emprego e que, portanto, graças a ele as águas da economia voltarão ao seu leito anterior e inclusive a um nível muito mais satisfatório de rendimento económico.

Desde que na década de oitenta começaram a verificar-se "resgates" em economias da América Latina pudemos ver como acabam este tipo de operações (com menos actividade, emprego e desigualdade e com mais pobreza) e analisando a situação dos países que foram ou vão ser "resgatados" podemos comprovar sem demasiada dificuldade a natureza desta fraude.

Os problemas económicos de Portugal não são exactamente o resultado de ter havido muita despesa pública [NT] , de endividamento público. É verdade que o défice aumentou muito nos últimos anos mas isso verificou-se em consequência da crise que os bancos provocaram e de se haver imposto uma resposta à mesma baseada no salvamento à custa de um preço extraordinariamente alto. De facto, o governo português, seguindo diretrizes e exemplos europeus e a pressão dos próprios poderes financeiros, chegou a nacionalizar bancos em operações que lhe custaram muito caro.

Mas nem sequer é isso o que provoca os problemas mais agudos da economia portuguesa. O seu problema mais grave não é o endividamento público e sim o externo e este tem-se verificando nos últimos anos não precisamente porque tenha havido desperdício público e sim como consequência das políticas neoliberais que destruíram a sua riqueza produtiva, a sua indústria e agricultura e que lhe restringiram as fontes de geração de rendimentos, já em si muito débeis. Como em tantos países, foram estas políticas geradoras de escassez – a fim de salvar o lucro dos grandes grupos oligárquicos e que obrigaram Portugal a vender seus melhores activos produtivos ao capital estrangeiro – que destruíram tecido industrial e a produção agrícola e que provocaram um enfraquecimento da sua capacidade de criar impulso económico, da sua competitividade e, em consequência, o incremento da dívida externa.

A realidade é que as politicas neoliberais auspiciadas pela União Europeia significaram um espartilho para a economia portuguesa e tem produzido nos últimos anos um agravamento do desemprego e da pobreza que se tentou dissimular, entre outros meios, graças ao domínio dos grandes meios de comunicação, os quais estão cada vez mais nas mãos desses mesmos capitais estrangeiros.

E quando estalou a crise e quando o governo assumiu os encargos extraordinários do salvamento bancário, assim como quando sofreu maior declínio de rendimentos e aumentos de despesas para evitar o colapso da economia, é que a situação se tornou insustentável.

Portanto, é mentira que o "resgate" seja obrigatório porque a economia portuguesa sofre devido ao endividamento público. Se se encontra cada vez mais debilitada é por outro tipo de razões.

E aqui vem outro engano especialmente perigoso. As medidas que Portugal precisa para salvar sua economia não são aquelas destinadas a reduzir a despesas e sim em mudar o tipo de política que vem provocando perda de rendimentos, de actividade e de emprego e uma desigualdade cada vez maior, que fez com que os rendimentos em aumento das classes ricas se tenham destinado ao investimento financeiro ou imobiliário especulativo que deram grandes lucros a bancos, também estrangeiros, dentre os quais destacam-se os espanhóis, mas que acumularam muito risco e criaram uma base cada vez mais volátil e débil para a economia portuguesa, como agora se pode confirmar.

O engano seguinte tem a ver com os efeitos benéficos que dizem que teria o "resgate".

Ao contrário do que afirmam os porta-vozes dos grandes grupos financeiros, se aos problemas reais que acabo de mencionar acrescentar-se agora, como querem os que se dispõem a "resgatar" Portugal, cortes na despesa, diminuições de salários e em geral políticas que vão provocar diminuição da procura, o que ocorrerá será que a economia portuguesa ficará ainda pior porque tudo isso só vai provocar uma queda do consumo, do investimento e do mercado interno e, portanto, menos actividade e menos emprego.

RESGATE DOS BANCOS, NÃO DO PAÍS

A realidade é que o "resgate" de Portugal, tal como se verificaria seguindo a linha de outros tantos anteriores (um empréstimo muito vultoso para que Portugal pague as dívidas acompanhado de medidas restritivas e de cortes de direitos sociais e de despesas) não vai salvar a sua economia. É mentira que este tipo de operações resgate os países. Isto é só um último e definitivo engano: do que se trata não é de salvar ou resgatar um país e sim os bancos, principalmente, e os grupos mais ricos e poderosos, uma vez que o que se faz com o resgate é por dinheiro para que eles cobrem suas dívidas e obrigar a que a sociedade arque com a factura da operação durante anos.

Isto é tão certo que se torna fácil e patético comprovar que são precisamente estes grupos financeiros e as autoridades europeias que o servem os que se empenham em convencer os portugueses a que solicitem o "resgate", uma boa prova de quem são realmente os que dele se beneficiarão.

E isto põe em cima da mesa uma última questão. Um engano não menos importante. Talvez o pior. A que tem a ver com o tipo de regime político no qual vivemos e no qual os eleitores, os cidadãos, não podem decidir realmente sobre as questões económicas.

Chamam a isso democracia mas em vista do que tem sucedido está cada vez mais claro que não é porque foi-nos furtada a possibilidade de decidir sobre as questões económicas que evidentemente são uma parte central daquelas que afectam directamente a nossa vida. E é justamente por isso que temos de fazer tudo o que esteja ao nosso alcance para tratar de mudá-los. Isso sim é que seria um verdadeiro resgate. O demais é outro roubo.

29/Março/2011

 

 

[NT] O autor refere-se certamente ao volume da despesa pública e não à qualidade dos investimentos públicos efectuados. Todos se lembram de péssimas aplicações dos recursos públicos, como os enormes investimentos na construção de auto-estradas a partir do governo Cavaco Silva, na construção de onze estádios do jogo da bola no governo Guterres, em construções inúteis para dar serviço a clientelas de empreiteiros, na compra de submarinos, nos projectos insanos de novo aeroporto e de TGVs que mesmo hoje ainda não foram enterrados.

 

Por  Juan Torres López (Professor catedrático de Economia Aplicada da Universidade de Sevilha)
O original encontra-se em juantorreslopez.com/.... Tradução de JF.

Este artigo encontra-se em Resistir.info  

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Quarta-feira, 24 de Novembro de 2010

Cantona propõe colapso dos bancos

Um vídeo de Eric Cantona está a agitar a Internet. O ex-futebolista francês  propõe que as pessoas retirem o dinheiro dos bancos para causar um colapso no sector. "Uma verdadeira revolução", diz. Veja o vídeo

"Não pegamos em armas para matar pessoas e começar uma revolução. Nos dias de hoje é muito fácil fazer uma revolução. O sistema assenta no poder dos bancos, por isso tem de ser destruído através dos bancos", disse Cantona, numa entrevista a um jornal local francês.

 

 

Temos de ir ao banco. Neste caso haveria uma verdadeira revolução. Não é complicado; em vez de irmos para as ruas, conduzir durante quilómetros, basta ir ao banco levantar o dinheiro. Se houver muita gente a fazer levantamentos o sistema colapsa. Sem armas, sem sangue", acrescentou.

A ideia surgiu quando Eric Cantona respondia a uma questão do "Press Océan", jornal local de Nantes, sobre o trabalho do ex-futebolista na fundação Abbé Pierre, uma das mais conhecidas do mundo na defesa dos pobres e sem-abrigo.

"Não é complicado e depois as pessoas vão ouvir-nos", argumentou Cantona. "Às vezes temos de sugerir umas ideias aos sindicatos", acrescentou.

Milhares já viram o vídeo, que se multiplica no Youtube, e um movimento francês, conhecido como StopBanque, já tomou a iniciativa de liderar a campanha para levar as pessoas a levantar o dinheiro no dia 7 de Dezembro.

 

 

in Jornal de Notícias

 

 

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Quinta-feira, 9 de Julho de 2009

Turista britânico oferece 52 mil euros no aeroporto de Maiorca

Turista britânico oferece 52 mil euros no aeroporto de Maiorca

por Nelma Viana,
 

 
Estava embriagado e é provável que não se lembre do episódio, mas no aeroporto ninguém esquece o dia em que um estranho lhes deu dinheiro

 

Se lhe perguntassem o que faria com 52 mil euros teria, com certeza, vários destinos a dar ao dinheiro. Podia optar por gastar tudo num Mercedes C250 CDI BlueEfficiency. Se o mundo automóvel lhe dissesse pouco, poderia aplicar os 52 mil euros num vestido de noiva: foi quanto gastou Jennifer Lopez na fatiota do casamento. Provavelmente até distribuía algum por quem mais precisa. Ou, num acto avarento, guardava tudo para si e os outros que se arranjem, afinal o dinheiro era seu.
Há quem prefira oferecê-lo, como quem dá milho aos pombos. A história não é única, mas a quantia envolvida nunca foi tão alta. Aconteceu ontem no Aeroporto de Palma de Maiorca, em Espanha: um turista britânico distribuiu 52 mil euros  pelos passageiros no terminal. Não, não foi um acto de caridade nem tão-pouco o senhor em causa, James B.N., 59 anos, pretendia ficar famoso pelo feito. Apeteceu-lhe. Simplesmente.
A história, essa, foi contada pelos funcionários do aeroporto e pelos felizes contemplados. James B.N., que tinha acabado de aterrar de um voo procedente de Manchester, começou a dirigir-se aos turistas que encontrou e, pelo caminho, oferecia um de dois “presentes”: vales de viagem ou dinheiro vivo. No total, em viagens estavam 50 mil euros e o restante era dinheiro em mão.
Nenhum dos presenteados se fez rogado a tamanha gentileza. A festa acabou com a intervenção das autoridades. Segundo o comunicado emitido pela Polícia das Baleares, James B.N. estava “claramente embriagado e inconsciente dos seus actos”. Tinha aspecto de indigente. “Estava sujo, cheirava mal e parecia estar abandonado”, garantiram ainda os agentes.
Desconfiados de que o dinheiro não era do turista com mau aspecto, os plícias contactaram imediatamente o consulado britânico em Palma de Maiorca e, confirmada a legitimidade sobre os milhares de euros - recebera uma herança -, James B.N. foi metido num avião de regresso ao Reino Unido.

Não há duas sem três E se ninguém dá nada a ninguém, saiba-se que o episódio de Maiorca é o terceiro caso de oferta de dinheiro registado este ano. Os dois primeiros aconteceram nos EUA e, apesar de as histórias não se cruzarem, o objectivo foi sempre o mesmo.
O primeiro caso é de Fevereiro. Um homem mistério começou a distribuir dinheiro a quem passava por ele em Nova Iorque. Assim ficou durante uma manhã. Em troca não pediu rigorosamente nada. Em San Diego, em Março, a oferta foi a mesma mas o método de distribuição marcou pontos pela extravagância. Em plena auto-estrada um condutor abriu os vidros do carro e, pela janela, lançou - no ar - centenas de notas de dólares, qual Rainha Santa Isabel a dar pão aos pobres. Daí ao caos demorou pouco. Carros parados no meio da auto-estrada, gente que se atropelava para apanhar um ou outro dólar.
O episódio de ontem foi igualmente inesperado. A embriaguez do britânico faz pensar que, talvez, em estado sóbrio e perfeitamente consciente, James B.N., não tivesse dado nada a ninguém. Afinal, a crise toca a todos.

 

in i

 

Heróis são aqueles que dedicam a vida a ajudar o próximo, essa vale mais do que todo o dinheiro que existe no mundo, especialmente quando em troca nada pedem. Sentem-se realizados em praticar o que acham bem e correcto em nome de Deus e para bem da Humanidade.

Dedicam aos outros a vida, tempo a atenção num mundo em que a maioria passa a maior parte do tempo a olhar para o umbigo e a dizer "eu"; "da-me" etc.

publicado por portuga-coruche às 15:08
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