Segunda-feira, 8 de Abril de 2013

Democracia suspendida en Europa?

El primer ministro portugués anuncia más recortes en Sanidad, Educación y prestaciones de la Seguridad Social para compensar la decisión del Tribunal Constitucionalde anular la supresión de la paga extra de funcionarios y jubilados. Y por si flaquea en el intento, Bruselas recuerda en un comunicado difundido esta noche que el país no tiene más camino que la austeridad. Lo contrario, dice, le traerá más dificultades.

¿Alguien ha decretado la suspensión de la democracia en Europa? ¿Alguien ha decidido que las instituciones que articulan cada país deban ser desoídas y derribadas?

El Tribunal Constitucional dictó sentencia en Portugal y lo primero que dijo el primer ministro es que su decisión amenaza la estabilidad del país porque contradice los dictados de la troika. Pero ¿quién tiene la legitimidad última en un país, la troika -ese ente multilateral-, Bruselas o el Tribunal que debe interpretar la Constitución que votaron los ciudadanos para organizar su convivencia?

Es la prueba definitiva de la pérdida de norte de la mayoría de presidentes europeos: la justicia, las instituciones, ya no son un límite. Son una molestia.

Cómo no sentirse perplejos ante la deriva de esta Europa:

- Una quimera política en la que los poderes fácticos quitan a los presidentes electos e imponen a tecnócratas, con el resultado que hemos visto en Italia.

- Una Unión Europea en la que los bancos arruinan a sus clientes mientras salvan sus quiebras con cargo al erario público. Un lugar donde se pone en duda la seguridad jurídica de los ahorradores.

- Un continente en el que, cada vez más, sus máximos dirigentes recelan del papel de la prensamientras ordenan subidas de impuestos y bajadas de sueldos. Donde se antepone la marca país al esclarecimiento de las corrupciones. Donde se defiende más la moneda que las personas.

- Una Europa dirigida por una troika a la que nada le sale bien, pero que sigue actuando como cooperadora necesaria de los mercados.

- Ahora ha sido el Constitucional portugués. La china en el zapato de la troika y de su aplicado alumno, el Gobierno luso. Mañana puede ser el Constitucional español, que estudia un recurso similar.

¿Quién se acuerda ahora de la Europa de la democracia, la libertad y la Justicia social?

Hoy muchos parecen más cómodos en una UE sin elecciones, sin jueces y puede que incluso sin ciudadanos, porque nos da por pensar e incluso protestar, ingratos, contra el porvenir que nos tienen reservado.

 

 

Por Pepa Bueno

in Cadena SER

 

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Quarta-feira, 3 de Abril de 2013

O perigoso senhor Schauble

 

"Sempre foi assim. É como numa classe, quando temos os melhores resultados, os que têm um pouco mais de dificuldades são um pouco invejosos". A frase é de Wolfgang Schauble, o todo-poderoso ministro das finanças alemão.

Como bem defendeu Miguel Sousa Tavares, não é bem inveja que os povos da Europa sentem em relação à Alemanha. É mais ressentimento. Nascido não apenas de uma Europa destruída e do Holocausto, mas do crónico problema que a Alemanha tem com a sua própria identidade que a levou a ter dificuldades em conviver com os seus vizinhos europeus.

Não, os alemães não têm de passar séculos a pagar por crimes que cada um deles não cometeu e que aconteceram quando a maioria nem era nascida. Mas, quando se relacionam com os outros, têm de ter conta que há uma história. Quando Schauble compara a Europa a uma sala de aulas e trata os demais parceiros europeus como alunos cábulas e a Alemanha como o aluno brilhante não pode deixar de perceber, até pela sua idade avançada, os sinais de alarme que as suas declarações criam na Europa, sobretudo nos povos que estão a sofrer tanto com esta crise. Até porque estas declarações são coerentes com um comportamento arrogante, autoritário e sem respeito pela reserva que estadistas devem ter quando se referem a assuntos internos de outros países.





Depois da II Guerra, a Europa e os EUA, para consolidar a paz e não repetir os erros da guerra anterior, foram generosos com a Alemanha. Não a obrigaram a pagar pelos seus crimes de guerra. Ajudaram à sua reconstrução edemocratização. Atiraram para o baú do esquecimento as responsabilidades de muitos muitos alemães por um dos maiores crimes que a humanidade até hoje conheceu. Os parceiros europeus dividiram, na prática, os encargos dareunificação. Criaram uma moeda única cedendo, e mal, como agora se vê, a todas as exigências da Alemanha, que sempre resistiu ao euro. Fecharam os olhos à violação dos limites ao défice, que os alemães, tão intolerantes com as falhas dos outros, foram, com os franceses, os primeiros a não cumprir.




Na realidade, a sala de aula foi feita para a Alemanha se sentir lá bem. E, para isso, os interesses de outros foram esquecidos. Todas as suas falhas foram ignoradas. Mas nem é isso que interessa agora. O que interessa é que o ministro Schauble, e não os povos da Europa, está a fazer tudo para reavivar fantasmas antigos. Alguns, os portugueses, pela sua posição oportunista durante a guerra, nem compreendem bem. Mas eles resultam de feridas tão profundas, que 70 anos não chegam para os fazer esquecer. Foram, a bem da paz e do projeto europeu em que ela se sustentou, ignorados durante décadas. Mas basta que a União Europeia se desmorone, como se está a desmoronar, e que o senhor Schauble ou outro responsável político alemão repita mais umas frases infelizes para que eles regressem. Como se tudo tivesse acontecido ontem.

Willy Brandt, Helmut Schmidt e Helmut Kohl sabiam que a única forma da Alemanha conseguir regressar, como era seu direito, à comunidade internacional e europeia, era conseguindo que o resto da Europa acreditasse que ela seria capaz de conviver com os restantes Estados europeus tratando-os como iguais. A ignorância política, a insensatez, o populismo ou a estupidez de Merkel e Schauble estão a criar, entre os europeus, um desconforto crescente. Há cada vez mais gente que se pergunta se é possível ter, em simultâneo, uma Europa próspera e cooperante e uma Alemanha forte. Se esta desconfiança não for travada a tempo, os alemães serão, mais uma vez, como no passado, as principais vítimas da sua arrogância. Porque eles são, de todos os europeus, os que mais precisam desta União que, com alguma preciosas ajudas, estão a destruir.




por Daniel Oliveira

Publicado no Expresso Online



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Quinta-feira, 7 de Março de 2013

«Se o Estado não for social, então também não serve para mais nada»

Padre Lino Maia espera que «o Estado não se demita das suas funções e das suas responsabilidades»

 

O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) apelou ao «bom senso» do Governo nas reformas em curso, afirmando que se o Estado não for social «também não serve para mais nada».

«Espero que o Estado não deixe de ser social. Se o Estado não for social, então também não serve para mais nada, vamos ser todo anarquistas», afirmou o padre Lino Maia, que lidera a entidade representativa de 4.747 instituições de apoio e intervenção social em todo o país, citado pela Agência Lusa.

As declarações de Lino Maia foram feitas à margem das jornadas promovidas hoje pela diocese de Viana do Castelo sobre o «Estado Social e Sociedade Solidária».

«É importante que o Estado não se demita das suas funções, das suas responsabilidades. Pode é não ser o agente, aquele que faz fazer, [mas], havendo quem faça e o faça bem, há que apoiar, reconhecer, coordenador e suprir, quando não houver respostas», disse.

Reconheceu ainda a necessidade de «alguma ponderação, estudo, responsabilidade e bom senso» nas reformas em curso.

Segundo a CNIS, as 4.747 instituições de apoio social, que empregam 250 mil pessoas, têm um orçamento para 2013 que ronda os três mil milhões de euros. Contudo, deste montante, «apenas» 42% são asseguradas com dinheiros públicos, o que, para o padre Lino Maia, «é manifestamente insuficiente».

«Pelas nossas contas, o Estado contribui para o orçamento destas instituições com 1,3 mil milhões de euros e essas verbas têm vindo a ser congeladas, porque a atualização não chega a acompanhar o valor da inflação. Há instituições, mesmo as da Igreja, com muitas dificuldades e só com o envolvimento da comunidade é que não há colapsos», apontou.

Com estas contas, explicou, a maior parte da verba do orçamento anual destas entidades é proveniente da «generosidade, partilha de bens e comparticipações de utentes».

O presidente da CNIS acrescentou que, apesar das dificuldades vividas por estas instituições, o nível de emprego «mantém-se» estável, mesmo num cenário financeiro «pouco animador».

«Não tem havido despedimentos nesta área», disse ainda o padre Lino Maia.


por TVI24 /CP

in TVI24 (Siga o link para ver o video)


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Sexta-feira, 4 de Janeiro de 2013

O TEXTO QUE ESTÁ A "INCENDIAR" ESPANHA !

Cito"Nada disso conta para a economia financeira ou para o terrorista económico que acaba de pôr o dedo sobre o mapa, sobre um país - este, por acaso -, e diz "compro" ou "vendo" com a impunidade com que se joga Monopólio e se compra ou vende propriedades imobiliárias a fingir."
Joe Wolf

O TEXTO QUE ESTÁ A "INCENDIAR" ESPANHA !

O seguinte texto foi publicado recentemente no “El País”, tendo-se tornado absolutamente viral em Espanha. Reflecte sobre o terrorismo financeiro e a captura económica. Chama as coisas pelos seus nomes e faz uma análise sobre o capitalismo actual que está a incendiar não só Espanha como todo o mundo. O título é "Um canhão pelo cu", e é escrito por Juan José Millas.

UM CANHÃO PELO CU !

Se percebemos bem - e não é fácil, porque somos um bocado tontos -, a economia financeira é a economia real do senhor feudal sobre o servo, do amo sobre o escravo, da metrópole sobre a colónia, do capitalista manchesteriano sobre o trabalhador explorado. A economia financeira é o inimigo da classe da economia real, com a qual brinca como um porco ocidental com corpo de criança num bordel asiático.

Esse porco filho da puta pode, por exemplo, fazer com que a tua produção de trigo se valorize ou desvalorize dois anos antes de sequer ser semeada. Na verdade, pode comprar-te, sem que tu saibas da operação, uma colheita inexistente e vendê-la a um terceiro, que a venderá a um quarto e este a um quinto, e pode conseguir, de acordo com os seus interesses, que durante esse processo delirante o preço desse trigo quimérico dispare ou se afunde sem que tu ganhes mais caso suba, apesar de te deixar na merda se descer.

Se o preço baixar demasiado, talvez não te compense semear, mas ficarás endividado sem ter o que comer ou beber para o resto da tua vida e podes até ser preso ou condenado à forca por isso, dependendo da região geográfica em que estejas - e não há nenhuma segura. É disso que trata a economia financeira.

Para exemplificar, estamos a falar da colheita de um indivíduo, mas o que o porco filho da puta compra geralmente é um país inteiro e ao preço da chuva, um país com todos os cidadãos dentro, digamos que com gente real que se levanta realmente às seis da manhã e se deita à meia-noite. Um país que, da perspetiva do terrorista financeiro, não é mais do que um jogo de tabuleiro no qual um conjunto de bonecos Playmobil andam de um lado para o outro como se movem os peões no Jogo da Glória.

A primeira operação do terrorista financeiro sobre a sua vítima é a do terrorista convencional: o tiro na nuca. Ou seja, retira-lhe todo o caráter de pessoa, coisifica-a. Uma vez convertida em coisa, pouco importa se tem filhos ou pais, se acordou com febre, se está a divorciar-se ou se não dormiu porque está a preparar-se para uma competição. Nada disso conta para a economia financeira ou para o terrorista económico que acaba de pôr o dedo sobre o mapa, sobre um país - este, por acaso -, e diz "compro" ou "vendo" com a impunidade com que se joga Monopólio e se compra ou vende propriedades imobiliárias a fingir.

Quando o terrorista financeiro compra ou vende, converte em irreal o trabalho genuíno dos milhares ou milhões de pessoas que antes de irem trabalhar deixaram na creche pública - onde estas ainda existem - os filhos, também eles produto de consumo desse exército de cabrões protegidos pelos governos de meio mundo mas sobreprotegidos, desde logo, por essa coisa a que chamamos Europa ou União Europeia ou, mais simplesmente, Alemanha, para cujos cofres estão a ser desviados neste preciso momento, enquanto lê estas linhas, milhares de milhões de euros que estavam nos nossos cofres. E não são desviados num movimento racional, justo ou legítimo, são-no num movimento especulativo promovido por Merkel com a cumplicidade de todos os governos da chamada zona euro.

Tu e eu, com a nossa febre, os nossos filhos sem creche ou sem trabalho, o nosso pai doente e sem ajudas, com os nossos sofrimentos morais ou as nossas alegrias sentimentais, tu e eu já fomos coisificados por Draghi, por Lagarde, por Merkel, já não temos as qualidades humanas que nos tornam dignos da empatia dos nossos semelhantes. Somos simples mercadoria que pode ser expulsa do lar de idosos, do hospital, da escola pública, tornámo-nos algo desprezível, como esse pobre tipo a quem o terrorista, por antonomásia, está prestes a dar um tiro na nuca em nome de Deus ou da pátria.

A ti e a mim, estão a pôr nos carris do comboio uma bomba diária chamada prémio de risco, por exemplo, ou juros a sete anos, em nome da economia financeira. Avançamos com ruturas diárias, massacres diários, e há autores materiais desses atentados e responsáveis intelectuais dessas ações terroristas que passam impunes entre outras razões porque os terroristas vão a eleições e até ganham, e porque há atrás deles importantes grupos mediáticos que legitimam os movimentos especulativos de que somos vítimas.

A economia financeira, se começamos a perceber, significa que quem te comprou aquela colheita inexistente era um cabrão com os documentos certos. Terias tu liberdade para não vender? De forma alguma. Tê-la-ia comprado ao teu vizinho ou ao vizinho deste. A atividade principal da economia financeira consiste em alterar o preço das coisas, crime proibido quando acontece em pequena escala, mas encorajado pelas autoridades quando os valores são tamanhos que transbordam dos gráficos.

Aqui se modifica o preço das nossas vidas todos os dias sem que ninguém resolva o problema, ou mais, enviando as autoridades para cima de quem tenta fazê-lo. E, por Deus, as autoridades empenham-se a fundo para proteger esse filho da puta que te vendeu, recorrendo a um esquema legalmente permitido, um produto financeiro, ou seja, um objeto irreal no qual tu investiste, na melhor das hipóteses, toda a poupança real da tua vida. Vendeu fumaça, o grande porco, apoiado pelas leis do Estado que são as leis da economia financeira, já que estão ao seu serviço.

Na economia real, para que uma alface nasça, há que semeá-la e cuidar dela e dar-lhe o tempo necessário para se desenvolver. Depois, há que a colher, claro, e embalar e distribuir e faturar a 30, 60 ou 90 dias. Uma quantidade imensa de tempo e de energia para obter uns cêntimos que terás de dividir com o Estado, através dos impostos, para pagar os serviços comuns que agora nos são retirados porque a economia financeira tropeçou e há que tirá-la do buraco. A economia financeira não se contenta com a mais-valia do capitalismo clássico, precisa também do nosso sangue e está nele, por isso brinca com a nossa saúde pública e com a nossa educação e com a nossa justiça da mesma forma que um terrorista doentio, passo a redundância, brinca enfiando o cano da sua pistola no rabo do sequestrado.

Há já quatro anos que nos metem esse cano pelo rabo. E com a cumplicidade dos nossos."

(Juan José Millas; notícia dinheiro vivo)


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Terça-feira, 20 de Novembro de 2012

Proposta ao governo português

 

 

Isto anda a circular pelo Facebook e eu não pode deixar de partilhar, já que todos temos de contribuir para resolver esta crise, porque não começar pelos políticos?

 

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Segunda-feira, 12 de Novembro de 2012

Já surgem apelos ao boicote aos produtos alemães

A análise à balança de pagamentos da Alemanha e dos (mal) chamados PIGS, já muito citada por Paul Krugman e Gavyn Davies, e o dikatat imperial de Berlim sobre a Europa estão a provocar muitos tipos de reacções. Com net e redes sociais, a opinião pública pode manifestar o que lhe vai na alma, sem ficar à espera. É o que já está a acontecer. No “IE” recebemos uma mensagem, que circula na net, e apela ao boicote aos produtos alemães.  “É urgente que os cidadãos europeus exerçam o seu direito à resistência começando desde já por enviar uma mensagem  muito clara para Berlim: deixar de comprar produtos de origem alemã”. E a mensagem conclui: “Talvez assim, finalmente os financeiros alemães comecem a perceber que matar os clientes não é um bom negócio. A guerra económica, como todas as guerras, não tem vencedores antecipados… E a relação de afrontamento do fraco ao forte pode ser sempre uma caixinha de surpresas. É pena que a Alemanha não tenha conseguido aprendê-lo ainda, depois das suas duas guerras mundiais.
 
“Balança de pagamentos Alemanha/PT_SP_IT
    Com boicote ou não, há coisas que precisamos de saber!

 

O Cerne da Questão

 

 

Vejam como o Euro foi um excelente negócio para a Alemanha e péssimo para os GIPS (Grécia, Itália, Portugal e Espanha). Vejam o Gráfico do Anexo. Reparem bem na simetria das curvas.


Um gráfico idêntico aparece num texto  de Paul Krugman que cita Gavyn Davies* :  É normal debater o problema do endividamento soberano concentrando-se na sustentabilidade da dívida pública nas economias periféricas. Mas pode ser mais informativo enxergá-lo como um problema no balanço de pagamentos. Tomados em conjunto, os quatro países mais problemáticos (Itália, Espanha, Portugal e Grécia) têm um déficit conjunto de US$ 183 bilhões na conta corrente. A maior parte deste déficit corresponde ao déficit no setor público destes países, já que o seu setor privado se encontra atualmente num estado aproximado de equilíbrio financeiro. Compensando estes déficits, a Alemanha tem um superávit de US$ 182 bilhões em conta corrente, equivalente a cerca de 5% do seu PIB…
Isto significa que, ao contrário do que acontece num estado federal, o estado que produz mais riqueza não a reparte significativamente pelos outros estados (fomentando a sua economia, por exemplo).
Percebe-se assim a atitude de boicote sistemático da Srª Merkel a qualquer plano que ponha cobro aos ataques especulativos e sequenciais dos mercados financeiros, pois isso exigiria que a Alemanha utilizasse uma parte do seu superavit para realizar empréstimos que apenas renderiam uma taxa de juro modesta.
Pelo contrário, se conseguir fazer aguentar a situação de impasse por mais algum  tempo, o bloqueio do crédito fará com que um grande número de empresas tenham de ser vendidas para não falirem, sendo então compradas pelos alemães,
Temos assim um ataque em tenaz tão ao gosto germânico:  mantêm-se os países desprovidos dos normais mecanismos de defesa cambial -resultante da moeda única e das regras impostas ao Banco Central Europeu - acentuando rapidamente as suas  debilidades estruturais e, simultaneamente,  dificulta-se o acesso ao crédito, levando cidadãos  empresas e estados a um beco sem saída.
Depois de espalhar o medo, substituem-se os governos desses países (Grécia, Portugal, Espanha, Itália), reduzem-se salários e regalias sociais e, finalmente, compra-se a capacidade produtiva de um país ao preço de saldo. 
Sem disparar um tiro, a Alemanha está a conseguir  alimentar os seus desígnios imperiais melhor do que conseguiu na primeira e segunda guerras. Em menos de 100 anos a Europa tem de enfrentar uma calamidade social provocada pela Alemanha.
De facto estamos a enfrentar uma situação de Guerra, em que as armas até podem ser corteses e silenciosas, mas não deixam de ser devastadoras.
Sabendo-se que 60% das exportações da Alemanha se destinam à Europa é urgente que os cidadãos europeus exerçam o seu direito à resistência começando desde já por enviar uma mensagem  muito clara para Berlim: deixar de comprar produtos de origem alemã.
Esta é uma acção fácil de levar a cabo pois o mercado oferece uma grande variedade de alternativas ; por outro lado a contracção das economias dos países europeus em dificuldades vai  amplificar muito o efeito do boicote.
Talvez que assim, finalmente, os financeiros alemães comecem a perceber que matar os clientes não é um bom negócio.  “

 

in Inteligência Económica

 

 

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Sábado, 10 de Novembro de 2012

O QUE PAGAMOS NA FACTURA DA ELECTRICIDADE

 

 

 - 7% de Taxa para a RDP e RTP (para que Malatos, Jorge Gabrieis, Catarinas Furtados e outras que tais possam receber 17.000 e mais €/mês);

- 3% são a harmonização tarifaria para os Açores e Madeira, ou seja, é um esforço que o país (TODOS NÓS) fazemos pela insularidade, dos madeirenses e açorianos, para que estes tenham electricidade mais barata. Isto é, NÓS já pagamos durante 2011, 75 M€ para os ilhéus terem a electricidade mais barata !!!

- 10% para rendas aos Municípios e Autarquias. Mas que m... vem a ser esta renda? Eu explico: a EDP (TODOS NÓS) pagamos aos Municípios e Autarquias uma renda sobre os terrenos, por onde passam os cabos de alta tensão. Isto é, TODOS NÓS, já pagamos durante 2011, 250 M€ aos Municípios e Autarquias por aquela renda.

- 30% para compensação aos operadores. Ou seja, TODOS NÓS, já pagamos em 2011, 750 M€ para a EDP, Tejo Energia e Turbo Gás.

- 50% para o investimento nas energias renováveis. O Kw é pago aos operadores eólicos aos triplo do preço, como incentivo ao investimento neste sector, resumindo, pagamos mais 1.250 M€.

- 7% de outros custos incluídos na tarifa, ou sejam 175 M€. Que custos são estes? São Custos de funcionamento da Autoridade da Concorrência, custos de funcionamento da ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Eléctricos), planos de promoção do Desempenho Ambiental da responsabilidade da ESE e planos de promoção e eficiência no consumo, também da responsabilidade da ERSE.

Estão esclarecidos? Isto é uma vergonha. NÓS TODOS pagamos tudo !

Pagamos para os açorianos e madeirenses terem electricidade mais barata, pagamos aos Municípios e Autarquias, para além de IMI's, IRS's, IVA's em tudo que compramos e outras taxas... somos sugados, chupados, dissecados...


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Quarta-feira, 7 de Novembro de 2012

Comunicado CDS-PP Coruche

CDS ALERTA - CÂMARA DE CORUCHE DEVE BAIXAR IMI E ABDICAR DO IRS A FAVOR DAS FAMÍLIAS.

 

O CDS-PP de Coruche apela à maioria socialista na Câmara de Coruche que deve baixar a taxa do IMI para o mínimo permitido por lei e abdicar dos 5% do IRS que são consagrados às autarquias, a favor da famílias do Concelho de Coruche.

 

Dado os actuais tempos de crise e o desacerto de politicas que se têm mostrado nocivas para os portugueses, que remontam há décadas e que agora revelam o seu efeito real na vida de todos nós, alertamos a população do concelho de Coruche que a Câmara Municipal pode aliviar a carga fiscal aos coruchenses e pode fazê-lo sem dificuldade, dado que a sua situação financeira é boa e até tem dinheiro aplicado em contas a prazo.

 

Não se compreende a atitude do PS de Coruche em querer manter a taxa do IMI no seu máximo e em querer ficar com os 5% do IRS!

 

Pedimos à população de Coruche que se manifeste e pressione os seus eleitos no sentido de se poder implementar estas medidas que em muito ajudam as nossas gentes.

 

O CDS-PP de Coruche colocará estas medidas como as primeiras para as eleições autárquicas de 2013, querendo-se afirmar como uma força solidaria a favor das pessoas!

 

 

 

 

 

publicado por portuga-coruche às 07:00
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Sexta-feira, 26 de Outubro de 2012

Deputados insultados no Parlamento e nas ruas

Insultos e ameaças refletem aumento de tensão social. Deputados já a sentem fora e dentro do  Parlamento.

O semanário "Sol" escreve que o protesto de um grupo de empresários do sector da restauração nas galerias da Assembleia da República, na quarta-feira, é o episódio mais recente da contestação que tem afetado os deputados nas últimas semanas. Mas a contestação já passou a barreira dos insultos e os limites do Parlamento.


Um dos casos mais graves aconteceu com Duarte Pacheco, do PSD, à saída da Assembleia da República, no dia em que Vítor Gaspar entregava o Orçamento do Estado. Com centenas de manifestantes a cercarem o Parlamento, o deputado viu o seu carro oficial ser atacado a murro e  a pontapé quando tentava sair da garagem.


No dia-a-dia, também alguns deputados já começaram a ser contestados e ameaçados. O eurodeputado Paulo Rangel, por exemplo, saiu do seu veículo para auxiliar uma senhora que tinha acabado de  chocar com outro condutor e os curiosos que se juntaram à volta, quando o reconheceram,  começaram a insultá-lo, tendo sido chamada a polícia para evitar o agravamento da situação.

 

in DN "Revista de Imprensa" 

 

Alguns Comentários que, a meu ver, merecem destaque:

 

jpaixao - 26.10.2012/12:33

há dias nas Amoreiras, impane, passava o filho de Menezes, esse profissionalão da AR, não resisti: Imberbe de *** vai trabalhar, aprende a trabalhar e só depois chulas. Chuleco de ***...não resisti. Fui paludido por quem passava ao lado...o pequeno traste apressou o passe e lá foi para a escada rolante. Por mim é só vê-los: ando cá com uma esperança que ainda vou apanhar o Amorim, a esse dou-lhe um estalo nas trombas. Carlos as minhas mãos exigem!


Testemunha Ocular - 26.10.2012/12:26
Aqui há dias o Francisco Assis estava no Canas de Campo de Ourique. Estava numa mesa não imediatamente ao meu lado, mas de frente para ele. Ao lado dele estava um casal. A páginas tantas o homem diz em voz projectada ao empregado : "é possível mudar de mesa? Não consigo  acabar a refeição com este traste aqui ao lado". eheheh Tudo a rir-se. Foi tema de conversa o resto do jantar em todas as mesas. O Assis fez de conta, claro, mas ouviu tudinho e ficou  vermelho.

 

josé pinto - 26.10.2012/12:25
Vai sair caro ao estado a contratação de tantos guarda-costas para proteger todos estes gatunos e suas famílias da revolta do Povo.Eles não dão descanso ao Povo, mas também não irão ter descanso.


O pior está para vir - 26.10.2012/11:40
Com o que ganham com todas as mordomias que têm com a reforma ao fim de doze anos e com o subsidio de integração são demasiado bem pagos para a mherda que fazem. Não foram eleitos para controlar a acção dos sucessivos governos? O que fizeram? Peixeiradas politicas entre eles? Já Paulo Morais escreve para quer ler que a AR é um autêntico "Escritório de Representações" sem que PR, o PGR e a PAR façam seja o que fôr. Foram eleitos pelo povo para servir os interesses do povo mas só defendem os interesses deles e do partido. Cambada de xulos, corruptos e parasitas.


Isto... - 26.10.2012/11:37
... é só o começo ! E não são apenas os dos partidos que estão no poder. Os outros também. Uns desgovernaram e outros governaram-se. Tenho muito receio pelo que possa acontecer dentro de pouco, a miséria está instalada para uns, enquanto outros vivem de benesses em que governantes não tocam... Proteção mútua. E o sistema judicial está envolvido nesta teia...

 

Luis Alves - 26.10.2012/11:35
Os "politicos" nao dizem que o povo tem sempre razao? Andam a semear ventos, e nao e a austeridade, e agora colhem tempestades.Se fosse politico, livra!, ja tinha feito uma cooperativa e comprado um aviao.Cooperantes nao faltam......

 

Quem com ferro mata .... - 26.10.2012/11:29
Este governo e os seus deputados enxovalham todos dias os portugueses por isso não se admirem dos portugueses lhes pagarem na mesma moeda ...

 

 

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Quinta-feira, 4 de Outubro de 2012

A crise foi planeada pela Alemanha







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