Quarta-feira, 16 de Dezembro de 2009

Debate entre cépticos e defensores dos perigos do clima aquece Copenhaga

Cimeira de Copenhaga

 

 

De um lado estão as dezenas de cientistas cujo trabalho tem integrado os relatórios do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), que alertam que a temperatura da Terra está a aumentar devido à acção humana, com consequências graves em algumas partes do globo devido às alterações climáticas. Do outro estão os cientistas que põem em causa esta teoria e questionam o peso da acção humana nas alterações do clima.
 
AnaLuísa Marques
anamarques@negocios.pt
Raquel Martins
raquelmartins@negocios.pt


 

De um lado estão as dezenas de cientistas cujo trabalho tem integrado os relatórios do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), que alertam que a temperatura da Terra está a aumentar devido à acção humana, com consequências graves em algumas partes do globo devido às alterações climáticas. Do outro estão os cientistas que põem em causa esta teoria e questionam o peso da acção humana nas alterações do clima.

O embate entre as duas facções vem de há muito, mas a Cimeira de Copenhaga e o escândalo em torno de alegadas manipulações de resultados que, apontando para um aquecimento exagerado da atmosfera - já conhecido como "clima gate" -, colocaram o debate ao rubro um pouco por todo o mundo.

Em Portugal, a clivagem também se faz sentir. O Negócios falou com Carlos Câmara, da Universidade de Lisboa, e com João Corte Real, da Universidade de Évora. O primeiro tem poucas dúvidas quando ao aumento da temperatura. O segundo duvida, e não é indiferente ao "climategate".

Os argumentos ambos os lados são muitos (ver caixas em baixo). E os defensores de um lado e do outro são de peso. Entre as figuras mais destacadas estão Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos, que em 2006 lançou uma alerta global sobre as alterações climáticas ("Uma verdade inconveniente"), e Bjorn Lomborg, o "ambientalista céptico".

Do alerta às soluções

Al Gore não dá importância nem aos que continuam a negar as alterações climáticas, nem aos que o acusam de no documentário "Uma verdade inconveniente" ter usados dados falsos. Aos cépticos, Gore diz: "As alterações que estão a ter lugar na Terra são a uma escala bíblica", leu-se numa entrevista recente concedida ao "New York Times". E, mesmo a tempo da Cimeira de Copenhaga, Gore lançou "A nossa escolha - um plano para resolver a crise climática", um livro sobre as "soluções" para o aquecimento global. "As soluções estão ao nosso dispor. Temos de tomar a decisão já", afirma.

Mas na memória de todos permanecem os alertas lançados há três anos no documentário "Uma verdade inconveniente", de que "a crise climática é, de facto, extremamente perigosa e uma verdadeira emergência planetária". Para Al Gore é necessário agir "corajosa e rapidamente" para evitar "terríveis catástrofes, incluindo mais tempestades, e mais fortes do que o furacão Katrina, tanto no Atlântico como no Pacífico".

Sensato ou provocador?

Bjorn Lomborg, director do Centro de Consenso de Copenhaga, um "think-tank" dedicado a temas ambientais, não nega que o aquecimento global é real e provocado pelo Homem, mas critica o "eco-fanatismo" e o "pânico alarmista causado por verdades inconvenientes como as de Gore, que nos fazem esquecer problemas mais importante como a fome, a pobreza e as doenças.

Lomborg reconhece que as suas posições irritam muitas pessoas: as que acreditam que as alterações climáticas vão conduzir a "catástrofes inimagináveis" e que a única solução é reduzir drasticamente as emissões de dióxido de carbono. Mas não se considera um provocador. "Se tenho essa fama, tal deve-se, simplesmente, ao facto de eu tentar ser equilibrado nas coisas que digo. Essa moderação é entendida como uma provocação, numa altura em que o debate sobre o ambiente está demasiado apaixonado e radicalizado", afirmou numa entrevista recente ao Negócios.

Numa entrevista à Bloomberg, afirmou que Copenhaga se prepara para repetir as "estratégias falhadas" da Cimeira do Rio e de Quioto: "Em 1992 prometeram cortar as emissões de CO2 e não fizeram nada. Em 1997 prometeram cortar ainda mais emissões de CO2 e voltaram a não fazer nada. Devíamos optar por algo politicamente viável e economicamente mais inteligente", defendeu. Para Lomborg, a solução passa por investir na investigação, de forma a que as "energias alternativas se tornem tão baratas que todos, incluindo a China e a Índia, vão querer usá-las".

No debate entre cépticos e não cépticos ninguém sai, por enquanto, vencedor ou derrotado. Só o tempo poderá dizer quem tem razão. Copenhaga será apenas uma batalha nessa guerra.

DEFENSORES

O aquecimento global é provocado pelo homem

Os resultados do último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas), realizado em 2007, revela que "é muito provável que as emissões de gases com efeito de estufa provocadas por acção do Homem sejam a principal causa do aumento global das temperaturas médias desde meados do século XX". Este estudo, o quarto relatório realizado pelo IPCC, antecipa que a temperatura do planeta poderá subir entre 1,8 e 4 graus até 2100, devendo o nível das marés subir até 58 centímetros, multiplicando secas e vagas de calor.

Terra suporta cada vez menos as actividades humanas

Um estudo realizado pela Global Footprint Network revela que a Terra suporta cada vez menos o impacto ecológico das actividades humanas, já que são necessários 18 meses ao planeta para regenerar os recursos que a humanidade consome num ano. Os dados recolhidos numa centena de países indicam que a humanidade consome recursos e produz CO2 a um ritmo 44% mais elevado do que a natureza pode produzir e absorver.

Concentração de gases poluentes atinge recorde

Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a concentração de gases com efeito de estufa atingiu níveis-recorde e aproxima-se do "cenário pessimista" previsto pelos cientistas. "As novidades não são boas: a concentração dos gases com efeito de estufa continua a aumentar a um ritmo mais rápido", indica o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud. A concentração de CO2, o principal gás com efeito de estufa, aumentou 38% desde 1750, cem anos antes da Revolução Industrial, e contribuiu, desde então, para 63,5% do crescimento do efeito de estufa na atmosfera, segundo os dados da OMM. Este contributo passou mesmo para 86% nos últimos cinco anos. Esta situação "confirma a tendência para um aumento exponencial", afirmou o mesmo responsável, acrescentando: "estamos cada vez mais próximos de um cenário pessimista" apontado pelo Grupo Internacional de Peritos sobre as Alterações Climáticas.

Consequências desastrosas se a temperatura subir 4ºC

David e Ed Miliband, respectivamente, ministros britânicos dos Negócios Estrangeiros e da Energia e Alterações Climáticas, elaboraram um estudo onde se prevê, por exemplo, que vastas áreas da floresta da Amazónia poderão desaparecer devido ao stress sobre

a vegetação ou propagação incontrolável de incêndios num cenário com mais 4ºC. O trabalho mostra que a mortalidade relacionada com o calor e outros impactos nocivos para a saúde deverá aumentar consideravelmente, mesmo tendo em conta a climatização, a adaptação e o menor número de mortes relacionadas com o frio.

CÉPTICOS

As alterações climáticas são um fenómeno natural

Não há provas científicas que mostrem que o aumento dos níveis de dióxido de carbono são provocados pela actividade humana, refere um estudo realizado pela European Foundation. "Este estudo mostra quão ténues, impróprias e falsas são as declarações políticas e científicas de que o aquecimento global é provocado pelo Homem. Há muito poucas evidências que suportem esta teoria", afirmou o autor do estudo, Jim McConalogue.



Previsões de consequências desastrosas são exageradas

Mas, do lado dos cépticos, há quem defenda, como é o caso de Bjorn Lomborg, que o "aquecimento global é real e é provocado pelo Homem". No entanto, criticam o "eco-fanatismo" e o "pânico alarmista". "As declarações sobre as consequências graves, fatais e imediatas do aquecimento global são frequentemente muitíssimo exageradas", defende.

Subida do nível das águas do mar não é catastrófica

Os estudos realizados durante mais de 30 anos pelo professor sueco Nils-Axel Morner sugerem que não "há evidência de que o nível das águas do mar esteja a subir de forma catastrófica", mesmo nas Maldivas e no Bangladesh. Morner argumenta que o principal problema é a erosão costeira e que o nível das águas do mar pode subir 10 centímetros ao longo deste século.

Reduzir as emissões de CO2 não é solução

"Precisamos de soluções mais simples, mais inteligentes e mais eficientes contra o aquecimento global, em vez de esforços excessivos, ainda que bem intencionados", defende Bjorn Lomborg no seu livro "Cool it", onde acrescenta que "as amplas e extremamente caras reduções de dióxido de carbono feitas agora limitar-se-ão a ter um impacto bastante pequeno e insignificante no futuro longínquo".

Visão do IPCC é "claramente limitante"

João Corte-Real refere que a "acção humana tem perturbado o sistema climático, mas não apenas, nem principalmente, através do reforço do efeito de estufa em resultado directo da produção de energia. Não podemos esquecer a desflorestação, os incêndios florestais em grande escala, a supressão da precipitação pela poluição". "A visão do IPCC é claramente limitante, pela redução do problema ao carbono", diz.

Há questões mais importante que o aquecimento global

Do lado dos cépticos argumenta-se muitas vezes que há problemas mais importantes do que o aquecimento global, como a fome, a pobreza e as doenças. "Se os enfrentarmos, podemos ajudar mais pessoas, com menos custos e com muito mais hipóteses de sucesso do que com a implementação de políticas ambientais drásticas com custos de biliões de dólares", defende Lomborg.

 

in Jornal de Negócios On-line

publicado por portuga-coruche às 17:28
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Segunda-feira, 14 de Dezembro de 2009

A grande farsa do "Aquecimento Global"

O Canal 4 britânico produziu um documentário devastador intitulado "A Grande Fraude do Aquecimento Global". Ele não foi, ao que parece, exibido por nenhuma das redes de televisão nos EUA. Mas, felizmente, ele está disponível na Internet.

 Vale a pena rever.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

É de aproveitar para os ver agora, porque vão acabar por ser apagados como sempre tem sido desde que  o documentário saiu.

publicado por portuga-coruche às 14:08
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Assim se tratam na ONU os jornalistas que fazem perguntas inconvenientes

O Jornalista Phelim McAleer ('Mine Your Own Business', 'Not Evil Just Wrong') pergunta ao Prof Stephen Schneider da Universidade de Stanford uma pergunta inconveniente sobre os e-mails do 'Climategate'. McAleer é interrompido duas vezes pela assistente do Prof Schneider's  e pessoal das Nações Unidas, sendo-lhe depois  ordenado que parasse de filmar por um Segurança Armado da ONU.

 

 

 

 Um post no Youtube de Not Evil Just Wrong

publicado por portuga-coruche às 12:10
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Copenhaga, meu amor

Dias contados

por Alberto Gonçalves

Copenhaga, meu amor

 

 

É impossível registar as ocasiões aproveitadas pelo eng. Sócrates para nos informar de que colocou Portugal na vanguarda internacional

 

Copenhaga, meu amor

O maior indício de que a acção do homem não afecta o clima é a própria Cimeira de Copenhaga. Dado que as incontáveis viagens associadas ao evento são responsáveis pela emissão de dezenas de milhares de toneladas de dióxido de carbono, seria absurdo que os participantes causassem deliberadamente tamanho ferimento ao planeta que tanto estimam. Por pouca consideração em que se tenha a sensatez dos delegados, observadores e afins presentes na Cimeira, nenhum é obtuso a ponto de voar até à Dinamarca se acreditar que os aviões prejudicam o ambiente. Manifestamente, 20 mil (contas por baixo) não acreditam.

Significa isto que a Cimeira é inútil? Nem por sombras. Existem verbas desmesuradas a distribuir pelos investigadores, activistas e industriais do ramo, vantagens eleitorais a distribuir pelos políticos e sexo gratuito a distribuir pelos delegados. As duas primeiras benesses são connosco, a terceira é regalia exclusiva de uma associação de prostitutas de Copenhaga, que reagiu assim ao pedido da autarca local para que os ecológicos visitantes evitassem comprar escapadinhas sexuais. Graças à boa vontade da referida associação, a compra tornou-se desnecessária.

A má notícia é que a associação integra apenas 80 senhoras. A boa notícia é que 80 nórdicas devem chegar e sobrar para 20 mil indivíduos habituados a atingir o clímax com filmes de Al Gore e brincadeiras apocalípticas: como se demonstra nas convenções de Star Trek, Star Wars ou lá o que é, fãs de ficção científica e mulheres não combinam.

Terça-feira, 8 de Dezembro


Emissões e barulho

Aconteceu em Cacia. Durante o anúncio da construção de uma fábrica de baterias, o eng. Sócrates ergueu a mãozinha e juntou o polegar ao indicador para decretar: "Eu sou dos que acham que quando as cidades tiverem uma percentagem suficiente de carros eléctricos, sem emissões e sem barulho, já não vão querer andar para trás." Em seguida, explicou que Portugal será o primeiro país do mundo com uma rede nacional de abastecimento dos carros em questão. Por fim, conduziu, risonho, um exemplar dos ditos, com tamanho comparável a uma lata de atum e desempenho idem. Terminada a sessão, ficaram no ar clichés dispersos: "aposta", "investimento", "inovação", "ambição", "linha da frente", etc. Contas feitas, tratou-se de um espectáculo notável, mas quem não viu sabe exactamente o que perdeu.

Em quase cinco anos no poder, é impossível registar o número de ocasiões aproveitadas pelo eng. Sócrates para nos informar de que o Governo, o dele, colocou Portugal na vanguarda internacional de uma maravilha qualquer. Agora é o carro eléctrico. Das outras vezes foram chips de computadores, caixas de computadores, "aerogeradores", placas solares e por aí fora. Invariavelmente, cada maravilha suscita três ou quatro cerimónias de propaganda até se dissolver em falências, fracassos, trapalhadas judiciais ou nas meras intenções. E até perder a atenção do eng. Sócrates, capaz de abraçar a próxima maravilha com a candura de quem nunca se comprometeu com as anteriores.

Havia a anedota do sujeito que vendia bóias na praia enquanto o tsunami se aproximava: o eng. Sócrates continua a vendê-las após a devastação e, sobretudo, como se a devastação não tivesse ocorrido. Juro: não quero saber quanto do meu dinheiro reverte para essas duvidosas causas. Nem perguntar se não haverá um bom motivo para que nações de facto prósperas permitam a Portugal ser pioneiro no que quer que seja. Nem mesmo verificar a marca do computador que o primeiro-ministro usa, a origem da energia que consome ou o veículo em que, desde Cacia, se desloca.

O único ponto de interesse consiste em apurar se, depois de habituados às emissões e ao barulho que o PS produz, os portugueses algum dia vão querer seguir em frente. E, já agora, também conviria saber se em frente ainda haverá alguma coisa além do abismo.

Quinta-feira, 10 de Dezembro


Fitas

Sobretudo na respeitável área da "cultura", qualquer recém-nomeado para um cargo público lança os jornalistas na busca de opiniões de "personalidades" acerca do feliz contemplado. Por regra, não há surpresas: as opiniões são na maioria positivas, embora irrompam ocasionais manifestações de antipatia. Independentemente da sua orientação, porém, o teor "intimista" dos testemunhos revela o tamanho do meio, tão pequeno que não se encontra quem não tenha já roçado, metafórica ou literalmente, a criatura em questão.

Se a constatação da nossa dimensão paroquial deprime, pelo menos os argumentos das "personalidades" divertem. Esta semana, por exemplo, as reacções à designação de Maria João Seixas para directora da Cinemateca Nacional divertiram-me. Noto que, excepto por umas variedades televisivas, não conheço a senhora de lado nenhum, logo naturalmente não compreendo as razões da nomeação. O engraçado é que os que a conhecem também não parecem compreender, mas em nome da amizade elaboram imaginativas explicações.

O realizador João Botelho acha a dra. Maria João "culta, simpática e fora dos lóbis", duas razões etéreas e uma discutível. A realizadora Margarida Gil vê nela "uma pessoa do cinema", presumivelmente por ter sido casada com Fernando Lopes e recebido subsídios para publicitar fitas nacionais no estrangeiro. O produtor Paulo Branco elogia- -lhe, sem especificar, o "trabalho" e o "trajecto". E Medeiros Ferreira ganha de longe o prémio da justificação mais original: o antigo ministro e deputado louva a escolha porque num seu aniversário a dra. Maria João, cito, "convidou o plenário dos seus amigos para uma celebração natalícia na Cinemateca". Volto a citar o dr. Medeiros Ferreira: "Está tudo dito sobre o seu amor ao cinema."

Estará? Eu julgo que ainda falta aplaudir a devoção às aves de todos quantos festejam os anos em churrasqueiras. Falta esclarecer em que circunstâncias uma instituição pública se reserva para pândegas particulares. E falta certamente destacar a opinião de Nuno Artur Silva, dono das Produções Fictícias e o único a apresentar uma razão credível para a nomeação da dra. Maria João: o "traquejo político". Traduzido, isso significa que a novel directora foi assessora de António Guterres e mandatária em candidaturas de Jorge Sampaio, Mário Soares e Manuel Maria Carrilho. Agora sim, está tudo dito sobre o seu amor ao cinema.
 

Sexta-feira, 11 de Dezembro


É favor não contrariar

Desde o início que se assiste a uma luta entre o que Obama é e o que os seus devotos queriam que fosse. O discurso de aceitação do Nobel da Paz, que Obama dedicou à necessidade de determinadas guerras, é apenas o mais recente golpe numa ilusão que deu um trabalhão a criar. Aos poucos, a ilusão esvai-se e sobra aquilo que, dentro dos EUA, sempre se pressentiu: um homem, eleito por motivos válidos, absurdos e assim-assim ao mais influente cargo da Terra e cuja prestação convém avaliar em função dos factos e não de delírios.

Incrivelmente, fora dos EUA os delírios persistem. Se muitos, desanimados, desistiram de ver em Obama o ícone antiamericano com que sonharam, outros, por teimosia ou convicção real, mantêm a esperança. Alguns dos esperançados roçam o fanatismo. Alguns dos fanáticos roçam a paródia. São os que, em se tratando de Obama, "percebem" na oposição à erradicação das minas terrestres a forma de erradicar as minas terrestres, na manutenção do Patriotic Act o processo de acabar com o Patriotic Act, na detenção de terroristas em bases americanas o modo de condenar a detenção de terroristas em bases americanas e, em suma, na defesa da guerra o único caminho para a paz.

Há dias, um editorial do Público partilhava esta recusa da evidência em prol do seu reverso e exigia aos "cínicos" que se calassem. Enquanto "cínico", calo-me: certos estados mentais não devem ser contrariados. Já basta o próprio Obama contrariá-los diariamente, embora, como se nota, sem grandes resultados. 

 

A última oportunidade

Apesar das trafulhices em que a "ciência" do clima tem incorrido, o "consenso" dominante exige que se tomem à letra as respectivas especulações. As especulações variam (há quem aposte na espécie humana engolida por maremotos, tragada pelo chão ou simplesmente dedicada ao canibalismo), mas o Juízo Final é certo. Excepto, garantem-nos, se se passar imediatamente à "acção". A "acção", garantem-nos outra vez, é a única resposta possível ao "aquecimento global". Que o "aquecimento global" seja um risco por provar e, se calhar, literalmente improvável, é mero detalhe: o catastrofismo ambiental prefere a precaução excessiva aos lamentos posteriores, sob o pressuposto de que amanhã pode ser demasiado tarde. Tarde para quê? Na retórica oficiosa, para impedir eventuais tragédias climáticas. Na realidade, para aproveitar o frenesim ainda em vigor. Aqui e ali, sondagens mostram que a crença das populações no "aquecimento global" e sobretudo no papel do homem no dito tende a diminuir. Por este caminho, chegará o dia em que será difícil submeter os cidadãos dos países desenvolvidos ao retrocesso civilizacional que as pantominices do clima pretendem legitimar. Como por aí se diz, a Cimeira de Copenhaga é de facto a última oportunidade não de salvar o planeta mas de destruir o capitalismo, afinal o único objectivo de toda esta história.

 

Artigo de opinião de Alberto Gonçalves

in DN

 

publicado por portuga-coruche às 11:57
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Terça-feira, 8 de Dezembro de 2009

Al Gore arrisca-se a perder Oscar

Dois membros da Academia de Hollywood querem tirar o Oscar a Al Gore

 

Dois membros da Academia de Hollywood exigiram que se tire o Óscar concedido em 2007 ao ex vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore, por falsear dados no seu documentário sobre as alterações climáticas "Uma Verdade Inconveniente".

A exigência, veiculada sexta-feira por órgãos de comunicação locais, chegou na véspera da Conferência sobre as alterações climáticas das Nações Unidas em Copenhaga que começou sexta-feira e na qual se pretende chegar a um compromisso dos países mais industrializados para reduzir as suas emissões da gases com efeito de estufa, assim como assentar as bases de um plano que substitua o protocolo de Quioto.

Os guionistas Roger L. Simon e Lionel Chetwynd, de tendência conservadora, põem em causa a estatueta concedida a Gore argumentando com correios electrónicos divulgados recentemente que põem em dúvida a validade de alguns dados incluídos no documentário.

Os correios mostram que os cientistas da Unidade de Investigação Climática da Universidade de East Anglia que sustentaram as teorias de "Uma verdade inconveniente" tinham falsificado a informação para piorar o efeito das actividades humanas nas alterações climáticas.

A universidade está a analisar estas acusações.

O documentário "Uma Verdade Inconveniente" converteu-se depois da sua estreia em 2006 no emblema contra as alterações climáticas, porque responsabiliza a acção do homem no aquecimento acelerado que prejudica o planeta.

Gore, que foi vice-presidente dos Estados Unidos no governo de Bill Clinton e perdeu as eleições para George W. Bush em 2000, recebeu o Prémio Nobel da Paz em 2007 e, segundo o diário Los Angeles Times, cobra actualmente cem mil dólares, cada vez que dá una conferência sobre as alterações climáticas.

A Academia de Hollywood, com milhares de membros, nunca retirou o Oscar a nenhum dos vencedores.

 

in JN

publicado por portuga-coruche às 22:57
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Climategate: Instituto meteorológico britânico vai rever 150 anos de temperaturas

O instituto meteorológico britânico anunciou que vai rever 150 anos de dados sobre as temperaturas mundiais, depois de admitir que a confiança do público na Ciência foi abalada pelo caso Climategate. Clique para ler mais sobre a Cimeira de Copenhaga.

 

 
Virgílio Azevedo
 
 
O radar do Met Office e da Agência do Ambiente britânica em Sunderland, no Reino Unido, lê a pluviosidade e a queda de neve
O Met Office, o famoso instituto meteorológico britânico, anunciou que vai rever os dados das temperaturas globais dos últimos 150 anos recolhidos em cerca de mil estações em todo o Mundo.
Estas estações "foram escolhidas pela Organização Meteorológica Mundial para a monitorização do clima", explica a instituição, que tomou esta decisão depois de admitir que a confiança do público na Ciência ficou abalada com o caso Climategate.
Os dados recolhidos e tratados pelo Met Office são uma das três fontes usadas pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas da ONU (IPCC), nas negociações internacionais que começaram hoje em Copenhaga, para provar a gravidade do aquecimento global de origem humana.
Recorde-se que o Climategate é um caso de alegada manipulação de dados das temperaturas para exagerar o aquecimento global, e envolve cientistas britânicos e norte-americanos e a prestigiada Unidade de Investigação do Clima (CRU) da Universidade de East Anglia (Reino Unido).
A suposta manipulação foi descoberta há duas semanas por hackers que penetraram nas redes da CRU e vascularam milhares de mails trocados entre aqueles cientistas desde 1996, estando a causar grande polémica na comunidade científica mundial e nos bastidores das negociações climáticas.
O Met Offfice, que tem trabalhado de perto com o CRU, precisa de três anos para rever todos os dados, o que significa que só em 2012, quando terminar o Protocolo de Quioto, será possível saber com confiança absoluta qual o nível efectivo da tendência para o aquecimento global.
Segundo o diário britânico The Times, o governo de Gordon Brown está a pressionar o Met Office para não avançar com esta iniciativa, com o argumento de que seria aproveitada pelos cépticos do aquecimento global.
O presidente da instituição escreveu também aos institutos meteorológicos de 188 países a pedir os dados de base que estes recolheram em cerca de cinco mil estações meteorológicas.
 
In O Expresso
publicado por portuga-coruche às 22:40
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Confiar em Copenhaga?

Heresias

 

O pano de fundo de Copenhaga é o de que existe uma opinião científica indiscutível acerca das alterações climáticas. Mas o escândalo ‘Climategate’ veio abalar a credibilidade dessa convicção, sobretudo quanto ao principal relatório acerca do estado do ambiente: o do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC).

 

Soube-se agora que os dados foram engendrados para moldar a opinião científica (e não só). Os autores planearam, ainda, um esquema que apenas permitia a publicação em revistas de referência de textos que admitissem a veracidade do IPCC.

Essa gente lesou a confiança que a Ciência nos merece – e se Copenhaga ignorar o ‘Climategate’ estará a imitar o gesto da avestruz que esconde a cabeça julgando que tudo o resto fica disfarçado.




 

Carlos Abreu Amorim, Jurista
 
in Correio da Manhã
publicado por portuga-coruche às 21:57
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Domingo, 6 de Dezembro de 2009

Reacções desesperadas das "fontes fidedignas"

Europa mobilizada para Copenhaga

por LUÍS NAVES

 

A um dia do início da Cimeira de Copenhaga sobre o clima, a opinião pública europeia mobilizou- -se a favor de um acordo que permita reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, enquanto os dirigentes políticos criticavam as pressões vindas dos cépticos ambientais.

Pequenas manifestações ecologistas foram ontem organizadas em várias capitais europeias, nomeadamente em Londres e Paris. Em Bruxelas, um comboio baptizado "Expresso do Clima" saiu rumo a Copenhaga, transportando militantes. No plano político decorrem ainda negociações de última hora, mas os esforços dos dirigentes centram-se agora na tentativa de reduzir os efeitos negativos do chamado "Climategate", um caso em torno da divulgação de e-mails pirateados a um centro de investigação de clima e que, segundo os críticos do aquecimento global, provam a má-fé dos cientistas.

O organismo da ONU Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC, na sigla inglesa) divulgou ontem um comunicado em que reafirma a qualidade dos dados que apontam para alterações provocadas por gases com efeito de estufa. "O aquecimento do sistema climático é inequívoco. Baseia-se em medições feitas por instituições independentes de todo o mundo, que mostram mudanças significativas em terra, na atmosfera, nos oceanos e nas áreas do planeta cobertas por gelo."

Numa tentativa de apaziguar as críticas que surgiram após a divulgação dos mails, o serviço meteorológico britânico anunciou ontem que vai publicar os dados sobre temperaturas recolhidos nos últimos 150 anos por estações meteorológicas de todo o mundo (cerca de mil estações). A informação será divulgada na próxima semana no site da Internet do Met Office.

As autoridades científicas estão convencidas da fiabilidade destas séries longas e explicam que os valores mostram claramente um efeito de aumento de temperaturas globais durante o período, que é também caracterizado pelo aumento do teor de dióxido de carbono atmosférico.

Numa entrevista ao The Guardian, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, criticou em termos duros os que acreditam no Climategate. Na sua opinião, são flat- -earthers, ou seja, pessoas que acreditam que a Terra é plana. "A poucos dias de Copenhaga, não nos podemos deixar distrair por cépticos de outros tempos, anticiência", disse Brown. A divulgação dos mails (que os cientistas dizem estar descontextualizados) causou furor nos meios conservadores dos EUA e levou países como a Arábia Saudita a contestar as conclusões do IPCC.

 

in DN

 

ONU refuta teses cépticas do "Climategate"

por Sandra Pereira

 

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU refutou hoje todos os cépticos envolvidos no caso “Climategate”, que causou polémica ao sugerir que o aquecimento global e as alterações climáticas do planeta têm sido exageradas pela comunidade científica. Para as Nações Unidas, não existem dúvidas: o aquecimento do clima é “inequívoco”.

O caso surgiu no mês passado, quando centenas de e-mails entre cientistas britânicos e norte-americanos foram colocados na internet. O “Climagate” levou mesmo ao afastamento temporário de Phil Jones, director do centro de investigação para o clima  da Universidade de East Anglia, no Reino Unido.

Num comunicado, o vice-presidente do grupo 1 do IPCC explicou que “medições feitas por muitas instituições independentes em todo o mundo demonstram mudanças significativas na terra, atmosfera, oceanos e áreas cobertas de gelo do planeta”.

"Através do trabalho científico independente envolvendo métodos estatísticos e uma gama de diferentes modelos do clima, essas alterações têm sido detectadas como desvios significativos da variabilidade climática natural e tem sido atribuída ao aumento de gases de efeito estufa”, acrescentou Thomas Stocker.

"O corpo de prova é o resultado de um trabalho cuidadoso e minucioso de centenas de cientistas no mundo inteiro”, rematou o especialista da ONU, a um dia do arranque da cimeira mundial sobre as alterações climáticas, em Copenhaga.

 

in i

 

Tomem bem nota destes "jornalistas" (Luis Naves do DN e Sandra Pereira do i), depois de meterem a mão no fogo decerto vão jurar a pés juntos que não estão queimados! O que nós necessitavamos mesmo agora era de um "ilusionista" ou de alguêm que nos venha dizer que isto tudo não passa de um pesadelo! nada aconteeu é tudo imaginação nossa.......

publicado por portuga-coruche às 17:07
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Sexta-feira, 4 de Dezembro de 2009

Climategate: Nações Unidas investigam emails

 

 
As Nações Unidas decidiram investigar o caso Climategate, que está relacionado com a troca de emails durante treze anos por cientistas e especialistas em clima, e que colocam em causa a veracidade da questão do aquecimento global e das alterações climáticas.
Os responsáveis da ONU vão analisar as diversas versões da história. "Certamente não queremos empurrar nada para debaixo do tapete. É um assunto muito sério e temos de analisar cada detalhe", disse Rajendra Pachuari, responsável pela investigação.
O caso começou a 19 de Novembro, quando um site revelou o conteúdo de mais de mil emails trocados entre investigadores britânicos e americanos, o que levou esta semana ao afastamento de um dos responsáveis pelo centro de investigação para o clima - Phil Jones - da Universidade de East Anglia, no Reino Unido.
 

 

 
 

 Mariana de Araújo Barbosa

 
in i

 

 

Como são as NU a investigar, calhando, daqui a uns anos teremos o "Investigate". Despois não esqueçam de dizer: "O Portuga-Coruche bem avisou"

 

 

'Climagate' faz primeira baixa em vésperas da cimeira

por PATRÍCIA VIEGAS

 

Phil Jones, da Universidade de Anglia, demitiu-se depois de piratas divulgarem 'e-mails' seus insinuando que mentiu sobre as alterações climáticas e a subida de temperaturas.

A polémica estalou no mês passado e, em vésperas da Cimeira de Copenhaga, já é conhecida na blogosfera como Climagate. Phil Jones foi a sua primeira baixa. O director da Unidade de Investigação sobre o Clima da Universidade da Anglia Oriental demitiu-se ontem depois de ter sido acusado de manipular dados sobre as alterações climáticas. Isto porque piratas informáticos roubaram e-mails trocados entre si e outros cientistas e puseram partes a circular na Internet.

"O importante é que a unidade prossiga o seu trabalho, de alcance mundial, com as menores interrupções e distracções possíveis e, após pesar tudo, decidi que a melhor maneira de consegui-lo é demitindo-me do cargo de director enquanto for levada a cabo a investigação independente", declarou o cientista em comunicado citado pelos media internacionais.

Num dos mais de mil e-mails que foram roubados dos servidores da universidade, há um, de 1999, em que aquele cientista fala em fazer um trick, ou seja, um truque, para ocultar a queda de temperaturas. Ora, sendo a teoria prevalecente a de que as alterações climáticas causadas pela acção do homem farão subir as temperaturas, tais revelações causaram de imediato polémica entre os sectores mais cépticos.

No Congresso dos Estados Unidos, os republicanos começaram uma investigação ao trabalho dos cientistas envolvidos na troca de mensagens por e-mail, muitos dos quais conduziram investigações com o dinheiro do Governo americano. O senador James M. Inhofe, do Oklahoma, um dos maiores cépticos no Congresso em relação à questão das alterações climáticas, voltou ontem a exigir uma investigação.

Phil Jones admitiu que aquele e-mail era verdadeiro mas que as partes reproduzidas foram retiradas do contexto. E para comprová-lo divulgou toda a mensagem: "Acabo de completar o truque Nature de Mike para acrescentar tempos reais a cada série durante os últimos 20 anos (por exemplo, de 1981 em diante) e desde 1961 na de Keith para ocultar a queda."

O professor explicou que isto se refere a um diagrama e não a um estudo científico. E que a palavra truque é aí empregada de maneira coloquial para indicar um modo hábil de proceder, sendo, por isso, "ridículo" sugerir que se refere a algo reprovável. Além de Jones, também Kevin Trenberth, cientista norte-americano que participou no grupo do Painel Intergovernamental das Alterações Climáticas das Nações Unidas, no período entre 2001 e 2007, foi vítima de pirataria na Universidade de Anglia.

 

in i

 

Baixa ?! De baixa anda a minha carteira e a de muita gente, por causa de pessoas como ele que não tiveram qualquer respeito por nós nem pela ciência. Conheço pessoas que continuam a afirmar "a pés juntos" que existe "Aquecimento Global" e que Copenhaga irá mudar muita coisa para melhor.

Este senhor demitiu-se porque não lhe restou outra saída e lhe caiu a máscara.

publicado por portuga-coruche às 13:53
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Quinta-feira, 3 de Dezembro de 2009

Climategate. Quando a ciência não é transparente

 

Climategate. Quando a ciência não é transparente
 
O especialista em clima Filipe Duarte Santos diz que o caso Climategate está a mudar a forma como se faz ciência
 
 
 
Num só cenário, uma das fontes energéticas mais poluentes e uma das mais limpas do mundo. As chaminés fumegantes de Vattenfall?s Jaenschwalde, central a carvão no Leste da Alemanha, contrastam com as ventoinhas de Cottbus
PAWEL KOPCZYNSKI/Reuters
Passaram duas semanas desde que os emails roubados dos servidores da Unidade de Investigação Climática da Universidade (CRU) de East Anglia, no Reino Unido, foram divulgados na internet, mas estes continuam a alimentar uma polémica sem precedentes em torno das alterações climáticas.
A Conferência de Copenhaga, na próxima semana, não vai ser afectada, garantem diferentes especialistas ao i, mas a opinião pública já foi: o aquecimento global, provocado por emissões de gases de efeito de estufa cada vez mais intensas, foi posto em causa nos media, e as justificações dos investigadores envolvidos no caso não calaram os cépticos.

Filipe Duarte Santos, professor da Universidade de Lisboa e um dos maiores especialistas nacionais em clima, recusa que o caso venha a ter repercussões nas negociações de Copenhaga. "A ciência não é afectada", diz ao i. Porém, nas suas palavras, a situação em que se viram envolvidos investigadores de topo e um centro de investigação responsável pela grande maioria dos dados climáticos no Reino Unido, é "deplorável". "Os emails entre cientistas devem ser públicos. Deve haver uma transparência total." Filipe Duarte Santos diz que a principal consequência do caso, que recebeu o nome de Climategate depois de inicialmente ter sido omitido por órgãos de comunicação como o "The New York Times" ou a BBC, passa por uma mudança urgente na forma como se encara a ciência: "Os dados climáticos devem ser acessíveis. A ciência é algo repetível. Uma conclusão deve poder ser avaliada em qualquer centro de investigação, sem limitações", sublinha. Quanto à possibilidade de as alterações climáticas em curso serem provocadas pela acção humana, com o aumento das emissões de CO2, há muito mais dados para além da informação que poderá ou não ter sido manipulada no Reino Unido - as investigações ainda estão em curso. "Os sinais [do aquecimento global ] são claríssimos", sublinha o investigador português.

"Ciência imberbe" Sem desfecho à vista, o caso Climategate continua quente. Rui G. Moura, especialista em climatologia e autor do blogue mitos-climaticos.blogspot.com é uma das vozes críticas em Portugal. "Manipularam revistas científicas, ameaçaram directores e dirigentes de universidades. As temperaturas desde 1998 estacionaram ou têm vindo a diminuir. Isto não é explicado pela tese deles", acusa. "A única coisa de que se tem a certeza é que o dióxido de carbono é um gás com efeito de estufa. Esta mentira consegue sobreviver porque a climatologia é uma ciência imberbe", adianta. Defende que as alterações climáticas em curso fazem parte de uma variação natural do clima, que tem a ver com o facto de estarmos no fim de um período interglacial - eras regulares que duram 10 mil anos. "Não há nada a fazer. Devem tomar-se medidas de adaptação e não estar a gastar-se dinheiro inutilmente [em negociações]", diz.

A dúvida Mais de mil emails foram postos a circular na internet com conversas entre cientistas de renome, como Phil Jones, director da Unidade de Investigação Climática da Universidade de East Anglia ou Michael Mann, climatologista americano, autor de mais de 80 artigos científicos. Nos documentos lêem-se críticas a trabalhos de cientistas rotulados como "cépticos", que põem em causa a actual tese sobre as alterações climáticas. Os comentários sugerem que estes cientistas deviam ser afastados e que se intervenha na informação na comunicação social. Há, contudo, duas referências consideradas mais preocupantes pelos críticos. A primeira é que Phil Jones teria incentivado o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) a excluir do relatório de 2007 (que pedia metas de 50% a 85% na redução das emissões de gases com efeitos de estufa até 2050) artigos científicos que contrariavam a tese do aquecimento global. Pede-se ainda que sejam apagados emails relacionados com este pedido, para evitar a sua revelação de acordo com a legislação inglesa.

A segunda descreve uma manipulação num gráfico para "esconder o declínio" da temperatura do planeta desde o final da década de 90. Terão sido misturados dados reconstrutivos - obtidos, por exemplo, através de dendrologia, uma técnica que relaciona a largura dos anéis das árvores com o clima de um terminado ano - com temperaturas actuais

Rajendra Pachauri, director do IPCC, disse já que não existe qualquer possibilidade de um grupo de cientistas ter interferido no documento das Nações Unidas. "As pessoas devem ser discretas. Tudo o que escrevemos, mesmo em privado, pode tornar-se público", comentou. "Se alguém tentasse uma coisas destas num encontro do IPCC seria devorado." Phil Jones, o principal protagonista da polémica - que pediu a suspensão de funções enquanto o caso estiver a ser investigado - garante que nenhum email esconde qualquer tentativa de manipulação: "O mais importante é que a CRU continue a sua investigação de ponta com o menos interrupções e distracções possível", disse na terça-feira, quando se afastou do cargo.
"Devem tomar-se medidas de adaptação e não estar-se a gastar dinheiro inutilmente [em negociações]. A climatologia é uma ciência imberbe"

Rui G. Moura Especialista em climatologia
 
 
publicado por portuga-coruche às 12:57
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