O esquerda.net teve acesso aos emails revelados pela Wikileaks sobre a empresa de espionagem Stratfor. Um dos informadores é português e foi parar ao Governo pela mão de Miguel Relvas. Quando o assessor informou a Stratfor da sua nomeação e se disse disponível para a ajudar no que fosse preciso, a "CIA privada" promoveu-o no ranking de confiabilidade.
Há poucas semanas, a organização de Julian Assange disponibilizou ao esquerda.net o acesso ao motor de pesquisa dos emails da Stratfor. Eles revelam a troca de correspondência entre um alto responsável da empresa e um assessor do ministro Miguel Relvas. Trata-se de Diogo Noivo, que antes de entrar no círculo governamental era investigador do Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança (IPRIS). O IPRIS é dirigido por Paulo Gorjão, um dos apoiantes de Passos Coelho à presidência do PSD logo em 2008, quando perdeu a eleição para Manuela Ferreira Leite.
Assessor do Governo continuou disponível para a Stratfor
Aos 28 anos de idade, Diogo Noivo foi nomeado assessor de Miguel Relvas logo após a vitória do PSD nas eleições de junho de 2011. O despacho de nomeação publicado em Diário da República diz que o jovem investigador iria "realizar estudos e prestar apoio técnico no âmbito da respectiva especialidade, com um vencimento bruto de 3.069,33 euros, acrescido de despesas de representação", com efeito a partir do dia 22 de junho.
A entrada para o gabinete de Relvas aconteceu três meses depois de ter sido diretamente contactado pela Stratfor, por iniciativa do seu diretor para a África Subsariana, Mark Schroeder. A 23 de agosto, já com Noivo instalado no Governo, Mark Schroeder retomou o contacto com a sua fonte portuguesa para o correio eletrónico do IPRIS, desta vez agradecendo a ajuda de Noivo ao seu relatório sobre a Al-Quaeda do Magrebe (AQIM) e pretendendo recolher informações sobre os protestos dos jovens em Angola contra Eduardo dos Santos. Segundo as informações já recolhidas pela Stratfor, os protestos estariam a ser empolados a partir de Portugal, através da internet.
Na resposta, Noivo indicou o contacto de um investigador especialista em Angola, que ainda hoje pertence aos quadros do Instituto dirigido por Paulo Gorjão. Após informar Schroeder das suas novas "responsabilidades governamentais", o assessor de Relvas colocou-se ao dispor da Stratfor para futuros contactos. "Caso eu possa ajudar nalguma coisa, não hesite em contactar-me", rematou Diogo Noivo no email enviado ao responsável da Stratfor pela região da África Subsariana a 24 de agosto, dois meses depois de nomeado para o gabinete do ministro.
Na lista de fontes atualizada a 21 julho de 2011, Diogo Noivo era identificado como o informador PT050 e tinha o estatuto de "activo" e o grau C de confiabilidade. Na lista atualizada em Setembro, duas semanas após ter informado o seu contacto na Stratfor da presença no gabinete do Governo, foi promovido ao grau B. No ranking interno com que a Stratfor avalia a "confiabilidade" dos seus informadores, a escala vai de A (mais confiável) a F (nada confiável).
O que é a Stratfor?
No fim de fevereiro, a Wikileaks revelou mais de cinco milhões de emails da empresa de "inteligência global" Stratfor, com sede no Texas, produzidos entre julho de 2004 e dezembro de 2011. Entre os clientes desta empresa estão o Departamento de Segurança Interna dos EUA, a Agência de Inteligência de Defesa e a Marinha norte-americana, fabricantes de armamento e grandes multinacionais como a Dow Chemical, Lockheed Martin ou a Coca Cola, que recorreram aos serviços da Stratfor para vigiar ONG's e grupos críticos dessas empresas.
Mas nem só de serviços de vigilância para clientes especiais vive esta empresa do Texas. Os boletins mensais que a empresa produz são enviados a clientes assinantes do serviço, onde se incluem os principais grupos de comunicação social em todo o mundo, incluindo Portugal. Mas não só: por exemplo, o Instituto de Estudos Superiores Militares do exército português é um dos assinantes deste serviço, pelo qual pagou 2.500 dólares por uma assinatura anual que expira no fim de novembro.
Apesar da forte procura, a qualidade do serviço prestado é questionada entre os jornalistas. "A Stratfor é como a Economist, mas chega uma semana mais tarde e é centenas de vezes mais cara", brincava Max Fischer, editor da revista norte-americana Atlantic, em fevereiro, quando os emails foram divulgados pela Wikileaks, considerando a empresa "uma anedota". Nem de propósito, quinze dias depois a Stratfor anunciou a contratação de Robert D. Kaplan, um dos jornalistas históricos da Atlantic e considerado um dos escribas mais influentes do planeta sobre política internacional, para seu Analista-Chefe de Geopolítica.
Emails continuam a dar que falar
Apesar da projeção mediática do lançamento dos Global Intelligence Files - o nome que a Wikileaks deu aos emails da Stratfor a que o grupo de hackers Anonymous teve acesso - ter sido menor que os emails das embaixadas norte-americanas, eles são vistos como estando na origem dos ataques aos servidores da Wikileaks nas últimas semanas, reivindicados por um grupo autointitulado Antileaks.
Em causa podem estar emails que falam acerca de um sistema de videovigilância que está a ser posto em marcha em várias cidades norte-americanas e é considerado muito mais eficaz que os sistemas de reconhecimento facial existentes. Trata-se do programa "Trapwire", levado a cabo pela empresa Arbaxas, que conta nos seus quadros com antigas figuras de topo do Pentágono e da CIA. Segundo os criadores deste programa, o sistema detecta padrões de comportamento utilizados em operações de vigilância na preparação de atentados terroristas e em seguida classifica o grau de ameaça.
Na prática, quem for apanhado nas câmeras de vigilância a tirar fotografias ou a medir distâncias fará disparar um alerta no sistema. A ideia de um sistema que "prevê" a atividade criminosa tem levantado grande debate nas últimas semanas na internet, como muita gente a duvidar da sua eficácia, entre muitas citações do filme "Relatório Minoritário". Segundo a revista Newsweek, a Stratfor também ganhou com este negócio, ao assinar com a Abraxas um acordo que lhe dá 8% das vendas que recomende à sua extensa e milionária base de dados de clientes. O negócio data de 2009 e a newsletter da Stratfor já gabou esta "revolução no mercado da vigilância" várias vezes desde então, sem nunca referir a sua fatia no negócio.
in Esquerda.net
in Wikileaks Discussion Forum
A 8 de Abril de 2012, José Esteves foi visitar Fernando Farinha Simões no Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus e recebeu uma carta de 18 páginas com a confissão de Farinha Simões sobre o caso Camarate - que provocou a morte do primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro e ministro da Defesa, Adelino Amaro da Costa, a 4 de Dezembro de 1980. Farinha Simões deu depois o aval para que a carta fosse divulgada publicamente. José Esteves e Fernando Farinha Simões esperam agora que a Assembleia da República possa criar a X Comissão de Inquérito Parlamentar de Camarate e concluir assim o trabalho iniciado pela IX Comissão, interrompido pela convocação das eleições antecipadas de 2011. O actual primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, admitiu a criação da X Comissão durante a última evocação de Camarate, no passado dia 4 de Dezembro de 2011.
A ser verdade o que consta do documento, existe o envolvimento da CIA no atentado, curiosamente foi uma comissão americana que investigou os destroços e concluiu ter-se tratado de acidente e não atentado.
Curioso é também o facto de meterem um documento no youtube (!?!) e não num Blog ou outra coisa qualquer, como por exemplo o formato PDF, muito mais fácil de ler do que imagens soltas.... aguardo que o documento apareça e nessa altura meterei aqui o lik.
----> UPDATE <---
O Coruchense Abel Matos Santos enviou-me por email uma transcrição da carta. Obrigado! Graças ao FileFactory disponiblizo o referido ficheiro (Versão Winword), a carta de Farinha Simões o link leva-nos ao site do FileFactory onde podemos fazer o download do ficheiro de Winword no fim da página deve escolher-se a opção "Slow Download". Após preencher a verificação espera-se alguns segundos e voilá....
Nuno Roboredo enviou-nos uma versão em PDF, obrigado Nuno.
Pergunto-me o que mais é necessário para a reabertura do processo.....
REPRIEVE tem «zero dúvidas» de que houve colaboração lusa
O director da organização de direitos humanos britânica REPRIEVE ameaçou esta quinta-feira processar o governo português se este não colaborar voluntariamente no apuramento do envolvimento de Portugal na transferência de presos para a base de Guantanamo, refere a Lusa.
Clive Stafford Smith, que falava em conferência de imprensa na Ordem dos Advogados, em Lisboa, reafirmou haver «zero dúvidas de que houve cumplicidade do governo português e envolvimento no transporte de presos suspeitos de terrorismo».
A REPRIEVE divulgou em Janeiro um relatório de acordo com o qual mais de 700 presos foram ilegalmente transportados para a base norte-americana de Guantanamo, em Cuba, «com a ajuda de Portugal» e, pelo menos, 94 voos passaram por território português, entre 2002 e 2006.
O responsável daquela organização não governamental (ONG) é advogado de vários detidos em Guantanamo e pretende que as autoridades portuguesas lhe forneçam dados que ajudem na defesa dos mesmos.
«Não estou aqui para acusar ninguém do governo, mas é uma obrigação de todos cooperarem quando se enfrenta a pena de morte, sobretudo num sítio como Guantanamo», declarou.
«Há duas formas para o fazer: a simpática, de colaboração voluntária com o nosso inquérito e dando os esclarecimentos necessários, e a não tão simpática, é processarmos o governo e aí é obrigado a responder», explicou.
Questionado sobre se isso significava que a REPRIEVE poderia processar o governo português, Clive Smith respondeu: «Sim».
"0" (Zéro) Dúvidas
Pois é! Agora qualquer um pode chegar aqui e pedir satisfação ao estado português. Haaa estava-me a esquecer, o homem é de inglaterra!! Se calhar se tivesse perdido famíliares nos ataques terroristas não tava agora a pedir que se tratem terroristas como se fossem meninos de couro. Está a ser pago para os defender ? Porreiro. Se calhar até está a ser pago pela Al Caeda. Possivelmente também existem pessoas em Portugal que tem "0" (zero) dúvidas sobre isso. Hitler quando invadiu a Russia tinha "0" (zero) dúvidas de que iria ganhar. Se o nosso governo zelasse pelos nossos interesses em vez do relatório pedido ofereciam-lhe mas era umas férias em Guantanamo.
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