25 mil mortes por ano, 70 por dia, três por hora. As taxas de sobrevivência em alguns cancros até estão a aumentar, mas o número de novos casos é tão grande que a mortalidade não consegue recuar.
Se os números atuais são dramáticos, as previsões para o futuro são aterradoras. Estima-se que, dentro de 20 a 40 anos, dupliquem os novos casos e a mortalidade relacionada com cancro. Poderemos inverter a tendência? Como é que o país se pode preparar?
A propósito do Dia Mundial de Luta Contra o Cancro, que se assinala esta segunda-feira, alguns especialistas admitiram, ao JN, que o que tem sido feito não chega para combater este "monstro" responsável por uma em cada quatro mortes em Portugal. Apostar na prevenção, no diagnóstico precoce e em tornar mais eficientes os recursos existentes são as melhores armas.
Por INÊS SCHRECK
Fiquei "maluco"! Não só com a brutalidade dos números do cancro, mas também com o facto de a jornalista ser da familia do Shreck.
Solução líquida promete cura para SIda, Hepatite B e cancros
Está à venda na internet um líquido mortal que promete a cura para a sida, cancro, hepatite B e outras doenças graves. O produto Miracle Mineral Solution (MMS) – Solução Mineral Milagrosa – é de origem norte-americana, mas também está disponível em sites totalmente escritos em português.
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Autoridades de saúde dos EUA pedem aos consumidores para deixarem de consumir a água imediatamente |
O alerta para este produto foi dado pela FDA – autoridade norte--americana do medicamento – que pede a "todos os consumidores para pararem imediatamente a ingestão do líquido". No documento, a FDA explica que a solução produz uma lixívia industrial capaz de provocar danos graves à saúde. Segundo a autoridade norte-americana, as doses recomendadas pelos distribuidores podem causar náuseas, vómitos, diarreia e sintomas graves de desidratação. No mesmo documento, a FDA refere que a investigação prossegue, ponderando uma acção judicial de forma a garantir a máxima protecção dos consumidores.
No site destinado a Portugal e Brasil, o produto Solução Mineral Milagrosa diz-se "a coisa mais pura de todas que pode vir a tomar", capaz de "salvar a sua vida e a dos seus". Num dos princípios enumerados, pode ler-se que "náusea e diarreia são ambos bons sinais indicadores de que o MMS está a funcionar".
Contactado pelo Correio da Manhã, o Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde – explicou que "o produto em causa não é um medicamento, estando fora da sua área de competência" e acrescenta que "não foi submetido ao Infarmed qualquer pedido de Autorização de Introdução no Mercado para este produto". Uma vez que o MMS não é considerado um medicamento pelo Infarmed, apesar de prometer a cura para várias doenças graves, a autoridade nacional diz que "não dispõe de informação sobre o mesmo, nomeadamente no que respeita à sua eficácia e segurança".
O Infarmed também esclareceu não ter recebido "qualquer informação relativa a este produto no âmbito do sistema europeu de alertas de farmacovigilância".
JIM HUMBLE DESCOBRE SOLUÇÃO MÁGICA NA SELVA
O produto MMS, de acordo com os vários sites que o comercializam, foi desenvolvido por Jim Humble, um "pesquisador de ouro e metalúrgico, durante uma expedição em busca de ouro nas selvas da América do Sul". Reza a história que Jim Humble ajudou um companheiro doente com malária ao dar-lhe uma solução que se revelou mágica, curando-o em poucas horas. Segundo o site destinado a Portugal e Brasil, o MMS "ajudou mais de 75 mil pessoas no Uganda e Malawi a livrarem-se de doenças como hepatite, cancro e sida".
Outro site onde se disute esta temática: Curezone
Duas farmácias do concelho de Coruche vão colaborar com a autarquia numa campanha com descontos de vacinação contra o papiloma vírus humano, o chamado cancro do colo do útero.
Assim na Farmácia da Misericórdia o preço da primeira à terceira dose da vacina será de 8,02, 16,04 e 24,06 euros. Na Farmácia Higiene as doses são repartidas por três preços iguais, 14,04 euros.
Segundo o presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes, foram aquelas as farmácias que responderam positivamente ao repto da autarquia.
in O Mirante online
Se se encontra interessado(a) poderá consultar também os horários das farmácias em coruche
À esquerda podemos ver o o aspecto de uma vangina contaminada
Fui ao site da Liga Portuguesa Contra o Cancro para obter mais algumas informações, de modo a que esta temática seja melhor entendida, eis a informação disponibilizada sobre o HPV:
O que é o colo do útero?
O colo do útero é a extremidade inferior do útero, que liga o corpo do útero à vagina. O colo do útero sofre alterações ao longo da vida de uma mulher (puberdade, durante o parto, menopausa).
A área que une a região externa do colo do útero (exocolo do útero) e a porção interna (endocolo) é muito sensível. È aqui que se inicia a maior parte dos cancros do colo do útero.
O cancro do colo do útero é comum?
Na Europa*, o cancro do colo do útero sucede ao cancro da mama como a segunda causa de morte por cancro em mulheres com idades entre os 15 e 44 anos.
Na Europa, todos os dias, quarenta mulheres morrem de cancro do colo do útero.
Este número tem vindo a diminuir desde há alguns anos graças a programas de rastreio. No entanto, em França, em 2000, foram detectados 3400 novos casos.
O que causa o cancro do colo do útero?
Ao contrário de muitos outros cancros, a origem do cancro do colo do útero não é hereditária.
Este cancro é sempre causado por um vírus, o Papilomavírus Humano.
Certos tipos deste vírus são capazes de transformar as células do colo do útero, provocando lesões, que em alguns casos progridem para lesões cancerosas.
Esta progressão acontece apenas num número reduzido de casos e desenvolve-se ao longo de vários anos.
Quem pode ser afectado por este cancro?
Todas as mulheres podem ser afectadas.
40% de todos os casos de cancro do colo do útero são diagnosticados em mulheres com idades entre os 35 e os 54 anos. No entanto, foi demonstrado que a maioria das mulheres contraem o Papilomavírus na adolescência ou início da idade adulta
Cerca de 70% das mulheres e homens entrarão em contacto com o Papilomavírus durante as suas vidas. Este vírus é muito comum e é transmitido por simples contacto genital de uma pessoa para a outra.
Felizmente, a maioria das pessoas infectadas com o vírus não desenvolverão cancro porque, em 90% dos casos, o Papilomavírus é eliminado naturalmente.
O que é o Papilomavírus Humano?
Na verdade, existem mais de 100 tipos de Papilomavírus Humano.
Os Papilomavírus cutâneos são responsáveis pelas verrugas cutâneas, enquanto que os Papilomavírus das mucosas colonizam preferencialmente as membranas mucosas. Se entrarem em contacto com os órgãos genitais, os Papilomavírus podem causar várias patologias, entre as quais o cancro do colo do útero.
Nunca me vai acontecer
Estes vírus são muito contagiosos, comuns e podem ser totalmente silenciosos.
Os Papilomavírus infectam mulheres e homens, e a maioria de nós irá encontrar este vírus em algum momento das nossa vidas.
Qualquer pessoa que já tenha tido alguma forma de contacto genital com um portador de Papilomavírus genital, pode estar infectado.
Isto significa que não é necessário ter relações sexuais para haver infecção.
Um único parceiro com Papilomavírus é suficiente para se ser infectado.
Um estudo recente realizado na Europa, mostrou que 35% das jovens entre os 15 e os 17 anos estavam infectadas com Papilomavírus Humano, aumentando esta percentagem para 60% nas jovens de 19 anos de idade.
Quais as doenças causadas pelo Papilomavírus?
Apesar dos Papilomavírus serem comuns, felizmente são eliminados naturalmente em 90% dos casos. Nas situações em que tal não acontece, os Papilomavírus permanecem nas membranas mucosas, e podem causar sintomas clínicos a curto, médio e longo prazo.
Alguns tipos de Papilomavírus podem causar cancro do colo do útero, sendo o cancro o estádio final de um desenvolvimento que tem início em lesões nos tecidos.
Na maioria dos casos estas lesões regridem naturalmente, mas caso isso não aconteça ocorre uma progressão, em geral lenta, para lesões cancerosas.
O colo do útero não é a única região do aparelho genital que é sensível aos Papilomavírus. Eles podem também afectar a vulva e a vagina podendo provocar condilomas genitais e lesões semelhantes às provocadas no colo do útero, nomeadamente cancro.
Apesar de não serem cancerígenos, os condilomas genitais são difíceis de tratar e embaraçosos. Os tratamentos são dolorosos e as situações de reaparecimento são frequentes.
O cancro da vulva e da vagina é bastante mais raro do que o do colo do útero.
Como se podem diagnosticar estas doenças?
Como o cancro do colo do útero pode afectar todas as mulheres, o seu rastreio sistemático através de citologias regulares está implementado em muitos países.
A citologia consiste na recolha de uma amostra de células do colo do útero para consequente pesquisa de células com alterações. As anomalias cervicais causadas pelo Papilomavírus, que em geral não causam quaisquer sintomas na mulher, podem desta ser desta forma detectadas.
A maioria das lesões regredirá naturalmente. Dependendo do grau das lesões identificadas, o seu médico poderá optar por não intervir, mantendo sobre vigilância o seu desenvolvimento natural, ou por removê-las com tratamentos específicos.
Quais os tratamentos para estas doenças?
Não há nenhum tratamento que elimine o vírus em si.
Numa situação de cancro, os tratamentos são sempre longos e difíceis. Quer estejam envolvidos o colo do útero, a vagina ou a vulva (o cancro das duas últimas é o mais raro), se houver lesões cancerosas, o tecido com alterações é removido através de intervenção cirúrgica.
Os tratamentos para condilomas genitais consistem na remoção das lesões (por pequena cirurgia ou queimadura) e pelo uso de fármacos específicos. O tratamento da lesão é eficaz a curto prazo, mas pode ser doloroso e são comuns as situações de reaparecimento da doença.
Como me posso proteger contra estas doenças relacionadas com o Papilomavírus?
O rastreio é essencial porque detecta alterações nas células numa fase precoce, permitindo que se evite a progressão para lesões cancerosas. No entanto, o rastreio não protege contra a infecção por Papilomavírus nem contra as alterações nas células.
A origem vírica dos cancros relacionados com Papilomavírus oferece uma oportunidade de prevenção primária destas doenças e das lesões que as precedem, através de vacinação.
O rastreio continua contudo a ser necessário para vigiar o aparecimento de alterações celulares. A combinação do rastreio e da vacinação deverão maximizar a eficácia no combate ao cancro do colo do útero.
Quando deve ser feita a vacinação?
Uma vez que a infecção pelo vírus é mais frequente no início da vida sexual, a vacinação deverá ser feita de preferência em pré-adolescentes e adolescentes.
No entanto, a vacinação de mulheres jovens já exposta a um tipo de vírus permitirá a sua protecção contra tipos de Papilomavírus com os quais não tiveram contacto.
Contacte o seu médico para mais informação!
Agora é consigo!
Agora que tem toda a informação, não permita que o cancro decida o seu futuro, ou o da sua melhor amiga, da sua prima, da sua irmã ou da sua filha...
Passe a palavra.
Diga-lhes que o cancro do colo do útero pode afectar todas as mulheres, que é causado pelo Papilomavírus, um vírus muito comum, e que a prevenção existe!
Poderá obter mais informações no site da Liga Portuguesa Contra o Cancro
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