Sexta-feira, 5 de Abril de 2013

Enric Durán - Pediu empréstimos bancários para destruir o sistema financeiro

ESSE CARA PEGOU UM EMPRÉSTIMO GIGANTE PARA DESTRUIR O SISTEMA FINANCEIRO

By Paul Geddis

 

Em 2008, o ativista anticapitalista Enric Durán pegou emprestado €492.000 (cerca de R$1.260.000) de 39 entidades financeiras sem nenhuma intenção de devolver essa grana. Mas – como você já devia esperar de um ativista anticapitalista – ele não gastou tudo com facas de cozinha de diamante ou frisbees de luxo. Ao invés disso, ele aplicou o dinheiro em várias causas anticapitalistas não especificadas e gastou o resto com o Crisi, um jornal gratuito que detalha como ele fez isso e incentiva outras pessoas a fazer o mesmo.

Essa jogada estilo Robin Hood o transformou num herói da noite para o dia, mas o problema de se transformar num herói através de meios legalmente questionáveis é que a polícia acha que precisa te prender por causa disso. Enric passou dois meses na cadeia em 2011 e foi libertado até o julgamento, que estava marcado para o começo deste mês. Sua sentença mínima será de oito anos, o que pode explicar por que ele se recusou a aparecer nas primeiras datas do julgamento, o que resultou num mandado para que ele fosse libertado.

Venho tentando entrevistar o Enric há alguns anos, mas como as 14 entidades que atualmente tentam mandá-lo para a cadeia por desfalque podem comprovar, ele é um cara difícil de pegar. Depois de incontáveis e-mails, eventualmente marcamos uma entrevista por Skype que acabou acontecendo com três horas de atraso, mas acho que quando se está tentando derrubar o sistema capitalista você não vê o tempo da mesma maneira que todo mundo mesmo. Quando finalmente conseguimos conversar, falamos sobre foder com bancos, a teoria dele de desobediência civil e seu novo projeto: a criação de uma cidade completamente autônoma nos arredores de Barcelona.

 


Enric com uma cópia do seu jornal, o Crisi.


VICE: Oi, Enric. O que aconteceu com o seu julgamento?
Enric Durán: A corte aceitou a renúncia do meu advogado no dia 13 de fevereiro, depois me disseram que eu tinha que voltar ao tribunal no dia 18, mas não compareci. E agora não está claro se eles continuarão com o caso porque não tenho um novo advogado, então seria contra os meus direitos se eles continuassem.

Entendo. Vamos voltar ao começo. Você entrou para o ativismo em 2000. O que desencadeou seu interesse pelo sistema financeiro?
Bom, naquela época eu era parte do movimento antiglobalização. Em 2005, comecei a ler sobre a crise energética, que estava relacionada ao sistema financeiro. Percebi que não só o sistema era indesejado, como também não podia continuar do jeito que era. Foi assim que surgiu a ideia do ato de desobediência – tirar o dinheiro dos bancos e investir em projetos anticapitalistas.

De certa maneira você antecipou uma ligação entre o sistema financeiro, a política, as multinacionais e os governos quando isso ainda não era claro para muitas pessoas. O que te fez perceber que não era só uma parte do sistema desmoronando, mas uma coisa global abrangendo todos esses aspectos?
Foi em 2000, quando estávamos lutando contra o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, que começamos a perceber que isso era algo global. O que ainda não estava claro para nós era que o sistema poderia falir em si. Achávamos que teríamos que fazê-lo cair, não tínhamos percebido que ele podia desmoronar naturalmente.

Pegar emprestado todo aquele dinheiro foi uma demonstração de como se pode tirar vantagem do sistema?
Foram várias coisas, mas eu tinha dois objetivos principais. O primeiro era denunciar o sistema financeiro como algo insustentável, e o segundo era mostrar que podemos ser desobedientes, corajosos, e que podemos dar poder a nós mesmos. Quando comecei tudo isso, me inspirei em personagens históricos, como Gandhi, e achei que era importante trazer para o século XXI ações como essas. Queríamos usar o dinheiro para um projeto que pudesse provar como diferentes métodos de capitalismo são possíveis.

 


Enric no tribunal.


Como era o processo cotidiano de ir aos bancos para pedir crédito?
Isso foi entre o verão de 2005 e a primavera de 2008 – aproximadamente três anos. Aprendi como o sistema de empréstimos funcionava e as informações em que os bancos confiavam para concedê-los. Aprendi sobre os buracos no sistema e como passar por eles. No começo eu conseguia um empréstimo para cada três requisições, no final eu já conseguia nove empréstimos a cada dez pedidos. Por exemplo, um dos buracos do sistema é que o Banco da Espanha compartilha as informações de crédito com outros bancos, mas só para empréstimos acima de €6.000 [em torno de R$15.000]. Então só pedi empréstimos abaixo desse valor por dois anos, movimentando fundos sem ter o Banco da Espanha controlando minhas ações.

Chegou um ponto onde você pensou: “Puta merda, tenho um monte de dinheiro?” ou você investiu isso conforme ia conseguindo os empréstimos?
O dinheiro era investido. Nunca tive mais de €50.000 [em torno de R$130.000] comigo. Tudo foi gasto em vários projetos.

Você não revelou nenhum dos projetos onde investiu o dinheiro, mas você sabe se algum deles sofreu algum tipo de ação jurídica por causa do seu investimento?
Não mesmo. Na verdade, ficou claro que os bancos não estavam interessados para onde esse dinheiro foi. Não houve nenhuma investigação e, como isso era uma ação política, eles queriam reprimir só a mim e não ao coletivo. Eles não queriam transformar isso em algo maior do que já era.

Você publica seu próprio jornal, o Crisi. Por que você quis difundir sua mensagem através disso e não usar os canais normais de mídia?
Passei muito tempo imaginando como colocar essa história em domínio público. Eu queria que isso alcançasse o maior número possível de pessoas, mas fiquei preocupado em ser reprimido. Então decidi usar um pouco do dinheiro para publicar o jornal e acho que foi uma das melhores decisões que tomei. A mídia viu que esse jornal estava sendo distribuído de graça nas ruas e eles não queriam ficar de fora de algo que estava sendo falado por toda parte, então publicar meu próprio jornal realmente ajudou a mensagem a chegar até a mídia mainstream.

 


Se você tiver sucesso, qual será o efeito? Como o mundo será?
Bom, muitas pessoas já estão fazendo isso por acidente; deixar de pagar seus débitos foi uma das coisas que derrubou o sistema financeiro em primeiro lugar. Não tanto com pequenos empréstimos ou hipotecas particulares, mas com grandes companhias de construção e desenvolvimento que não puderam pagar suas dívidas e acabaram falindo. A chance do plano geral se tornar global não é muito provável, mas o importante é espalhar a ideia de pequenas mudanças e decisões que você pode tomar para ajudar o mundo a se tornar um lugar melhor.

Você disse essa frase: “Prefiro uma liberdade perigosa a uma servidão pacífica”. Essa é uma grande parte do que você está fazendo – abrindo as portas para a desobediência civil em massa.
É, isso é uma questão de agir de maneira consistente com o que você sente e fazer o que é melhor, mesmo que as autoridades queiram que você faça de outro jeito. Seria interessante começar um debate sobre a eficiência do sistema judiciário e questionar como ele funciona. Trata-se de um sistema de prisão que não ajuda ninguém – nem as vítimas e muito menos os presos ou o governo, que são aqueles que precisam pagar por tudo. É tempo de repensar e criar algo novo, certo?

Sinto como se você fosse um rato de laboratório com bombas amarradas no corpo tentando desmantelar o sistema e ver se alternativas podem funcionar.
O principal é que estamos construindo outro sistema desde o começo. É um sistema aberto, o que significa que ninguém vai obrigar você a ser parte disso. Podemos reformular tudo com essa liberdade e decidir como queremos que sejam os sistemas de saúde e educação, a economia, os conflitos e muitas outras coisas. Já estamos colocando isso em prática através da Cooperativa Integral Catalã (CIC) e outros projetos associados.

 


A base da Cooperativa Integral Catalã.


Fale mais sobre a CIC.
É uma assembleia onde construímos uma economia comum, organizamos o consumo, cobrimos as necessidades, organizamos todo o trabalho e estabelecemos relações financeiras para apoiar novos projetos produtivos. Temos uma infraestrutura para cobrir saúde, moradia, necessidades básicas de alimentação, transporte, energia – o básico. O ponto principal é que isso funciona com base na autonomia. O que precisamos são mudanças profundas nas relações humanas, confiança entre as pessoas. A revolução integral não é sobre mudar o sistema econômico, é sobre mudar tudo, mudar o ser humano. Estamos falando de mudanças em todos os aspectos da vida.

Você nunca pensou em aplicar essas ideias através de um partido político?
A maior questão aqui é que o conceito de partidos políticos contradiz o conceito de assembleia. A assembleia é um processo aberto que funciona através do consenso. O sistema político de partidos, por outro lado, é baseado em confrontação.

 

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By Paul Geddis 

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Terça-feira, 18 de Setembro de 2012

Gylfi Zoega: Portugal deve investigar quem do Governo e banca está na origem do alto endividamento

O membro do Banco Central da Islândia Gylfi Zoega considera que Portugal deve investigar quem está na origem do elevado endividamento do Estado e bancos, e porque o fez, e que "foi uma bênção" Portugal estar no euro.

“Temos de ir aos incentivos. Quem ganhou com isto? No meu país eu sei quem puxou os cordelinhos, porque o fizeram e o que fizeram, e Portugal precisa de fazer o mesmo. De analisar porque alguém teve esse incentivo, no Governo e nos bancos, para pedirem tanto emprestado e como se pode solucionar esse problema no futuro”, diz o responsável.

O economista, que também participou no documentário premiado com um Óscar “Inside Job – A verdade sobre a crise”, disse em entrevista à Agência Lusa que Portugal beneficiou muito de estar no euro nesta altura, porque para além do apoio dos seus parceiros da união monetária, terá de resolver os seus problemas estruturais ao invés de recorrer, como muitas vezes no passado, à desvalorização da moeda.

“Talvez para Portugal estar no euro nesta altura seja uma bênção, porque apesar de não conseguir sair do problema de forma tão fácil como antes, através da depreciação [da moeda], vocês têm de lidar com os problemas estruturais que têm”, disse.

A Islândia, na sequência da grave crise económica que sofre desde 2008, derivada do colapso do seu sistema financeiro (que chegou a ser 10 vezes maior que a economia islandesa), também teve de recorrer ao Fundo Monetário Internacional para resolver os seus problemas de financiamento, mas neste caso a experiência não é nada mal vista.

“Penso que o FMI é útil neste sentido, porque é uma instituição que pode ajudar a coordenar as acções. Existem coisas impopulares que têm de ser feitas, e pode ser utilizada como um bode expiatório para essas medidas impopulares, que teriam de ser aplicadas de qualquer forma. Ajuda os políticos locais a justificar aquilo que podiam não conseguir fazer por eles próprios”, diz.

O responsável diz mesmo que a experiência do seu país tem sido “muito boa” e que a instituição tem feito um grande esforço de coordenação para garantir que as medidas têm os efeitos desejados.

“A experiência com o FMI acabou por ser muito boa, porque actualmente têm uma tendência para serem muito pragmáticos, para encontrar soluções que funcionem. Tiveram algumas medidas pouco ortodoxas, como os controlos de capital e outras para reduzir o défice, e ajudaram a garantir que o programa estava no caminho certo, visitando todos os ministérios, o banco central. Tem sido um esforço em grande cooperação”, explica.

No entanto, recorrer a ajuda externa tem as suas consequências e a principal tem sido a falta de confiança dos mercados, explica ainda Gylfi Zoega, acrescentando que ainda não existe previsão para quando ou se a Islândia vai conseguir voltar a financiar-se nos mercados.

“[A Islândia] Não tem qualquer acesso aos mercados de capitais actualmente, e é uma questão em aberto. Quanto tempo demorará? Se os mercados ficarão completamente fechados? Se olham para isto como um problema isolado que podem perdoar ou se olham e pensam nisto como algo mais crónico. Portanto, nós não sabemos como vai ser o nosso acesso ao mercado no futuro”, afirma.
por LUSA
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Quinta-feira, 10 de Novembro de 2011

Gerald Celente: Acabemos com esta farsa de demoracia

 

 

 

 O drama da Grécia continua.
O resgate grego proposto pela Zona Euro traz a possibilidade de colocar a economia mundial de joelhos. Tem sido proposto para afastar a Grécia da Zona Euro.
Muitos dizem que esta é uma tentativa desesperada para ajudar a salvar a moeda em colapso e outros tantos acreditam que a Grécia é o bode expiatório para um problema muito maior.
Gerald Celente, editor do The Trends Journal, dá-nos a sua opinião acerca do tema.

 

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Segunda-feira, 27 de Junho de 2011

"Soberania popular" na Islândia

AS ICELAND'S GREAT REBELLION!: PORTUGAL,THEN IRELAND & GREECE PEOPLE WILL NOT PAY SOVEREIGN DEBT!

ICELANDIC ANTICAPITALIST CHAIN REACTION, CONTRA-CARTELIST PROTEST UNDER TOTAL MEDIA BLACKOUT!WHY?

 

We must withdrawal our support for the financial system. Everyday it exploits our debts, our savings, and our paychecks—to fund speculation, predatory lending, environmental destruction, and corporate expansion. This will be an indefinite strike which will not end until people’s debt is cancelled just as Wall Street has been bailed out. It won’t finish until the current international financial system is abolished and alternatives are created that cover people’s needs and not those of speculators."
Revolutionary Defeatism is a concept made most prominent by Vladimir Lenin in World War I. It is based on the Marxist idea of class struggle. Arguing that the proletariat could not win or gain in a capitalist war, Lenin declared its true enemy is the imperialist leaders who sent their lower classes into battle. Workers would gain more from their own nations’ defeats, he argued, if the war could be turned into civil war and then international revolution.


O parlamento islandês decidiu julgar, num tribunal especial, o ex-primeiro-ministro, que estava em funções quando o país faliu. Segundo a agência «France Press», Geir Haarde será acusado de «negligência» no processo que culminou com o crash... do sistema financeiro do país em Outubro de 2008.

A decisão foi alvo de votação e aprovada por uma curta margem de 33 votos a favor e 30 contra.

Geir Haarde, de 59 anos, tinha chegado ao poder em 2006 e foi reeleito em 2007. Renunciou em Janeiro de 2009, por sofrer de um cancro.

Segundo várias sondagens, a maioria dos islandeses defende que Geir Haarde e vários ex-ministros sejam julgados pelo seu papel na crise que assolou o país, nomeadamente por nacionalizarem «de urgência» os principais bancos do país que tinham falido.
Contudo, a natureza dos acontecimentos em curso na Islândia é espantosa: um povo que corre com a direita do poder sitiando pacificamente o palácio presidencial, uma "esquerda" liberal de substituição igualmente dispensada de "responsabilidades" porque se propunha pôr em prática a mesma política que a direita, um referendo imposto pelo Povo para determinar se se devia reembolsar ou não os bancos capitalistas que, pela sua irresponsabilidade, mergulharam o país na crise, uma vitória de 93% que impôs o não reembolso dos bancos, uma nacionalização dos bancos e, cereja em cima do bolo deste processo a vários títulos "revolucionário": a eleição de uma assembleia constituinte a 27 de Novembro de 2010, incumbida de redigir as novas leis fundamentais que traduzirão doravante a cólera popular contra o capitalismo e as aspirações do povo por outra sociedade. Soberania popular é a doutrina pela qual o Estado é criado e sujeito à vontade das pessoas, que são a fonte de todo o poder político. Está intimamente associada aos filósofos contratualistas, dentre eles Thomas Hobbes, John Locke,Jean-Jacques Rousseau,Voltaire e Barão de Montesquieu.

 

 

 

Alguns comentários:

 

 

PEOPLES OF EUROPE JOIN TOGETHER AGAINS ACTUAL EUROPEAN LEADRES BECAUSE THEY ARE NOT SERVING THE PEOPLES OF EUROPEAN UNION, NOR SOCIAL JUSTICE, BUT THEY ARE SERVENTS OF AMERICAN AND EUROPEAN BANKERS, THAT ARE DESTROYING EURO AND EU WITH THE APPROVAL OF DURÃO BARROSO (PRESIDENT OF THE EUROPEAN COMMISSION, SERVING THE INTERESTS OF THE AMERICANS, AS HE DID IN THE INVASION OF IRAQ, BY GIVING PERMISSION TO THE AMERICANS TO FLY FROM FROM THE MILITARY BASE OF LAGES, AZORES, PORTUGAL) AND ALL THE OTHER COMISSIONERS!!! LET US SEND THEM OUT OF BRUSSELS! LET US SUPPORT NEW EUROPEAN LEADERS THAT HAVE A NEW VISION OF EUROPE! UNION MAKE US STRONG! LET US MAKE A GREAT MANIFESTATION IN BRUSSELS! LET US MAKE A GREAT EUROPEAN MOVEMENT!

Options

Manuel Bernardo Coimbra

 

 

 

It is now time to stop using the acronym P.I.G.S as a form of identification of these 3 countries: Portugal , Ireland and Greece as we all know words are powerful, and people that are leading others should have much more consideration and taste as doing so you have named millions of people pigs as if you think you are treated like pigs and you name yourselves as pigs you will be treated as pigs as thought and words are quintenssential to become manifest in the world. The world is what it is because we chose to think and speak as we do or you think that is only by marching and doing revolutions that you will change the world? The world is what we all are. Think , act, and it will become manifest. Do not only blame or take sides as we are all human beings and we all must treat each other with the most perfect respect. Do to others what you would like others to do to you. Doing so you will meet a new world every minute of your day. Love & Blessings

Options

Graciete De Gil

 

 

 

We are not pigs!

We are the ones that were sold by the original pigs (our governments, our leaders, etc.) the one's that haven’t done any popular referendum just to check if citizens allow the entrance of more loans from the called Troika or Triumvirate (agreement between governments + European Central Bank + International Monetary Fund) or rather if we (the citizens) prefer other measures to be taken instead, for example:
it would be great if justice start doing their job and if human rights organizations wake up perhaps together they can make efforts to begin with such as blaming, condemning the pigs, I mean the one’s that spent improperly for decades up now (since our joining into the euro currency) the amounts that were supposed to be used as structural funds, and to help the development of our countries and to European cohesion as well.

So, as the bad administration and management of the funds has been causing large damages to lots of families and to society in general, we must lay up claim the returning of the money that was not spent for the purposes for which it was intended to, and blame the one’s that must give back the money that never belonged to them, pay with interest, heavy fines and jail if necessary, like that our countries can start once for all paying the real loans and interest to the IMF and ECB.

Francisca Palma

 

In Causes

 

 Alguns links para os interessados* nesta temática:

 

 

http://www.truthcontrol.com/articles/how-crown-rules-world

 

http://www.sustainablemontreal.ca/2010/12/28/holographic-power-structures/

 

http://globalguerrillas.typepad.com/globalguerrillas/

 

 

* A minha dica é para guardarem no HDD ou imprimirem aquilo que achem interessante uma vez que estes sites dentro de algum tempo poderão já não existir.

 

 

 

 

 

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Terça-feira, 5 de Abril de 2011

Outra vez o engano dos resgates: agora Portugal?

 

 

Em outros artigos referentes ao caso espanhol salientei que quando se fala de "resgatar" um país se verifica um grande engano que é imprescindível por a nu.

Passa-se o mesmo com Portugal, agora quando as autoridades europeias e os chamados "mercados", na realidade os grandes grupos financeiros e empresariais, insistem em que o governo português solicite que o seu país seja "resgatado".

Geralmente, quando se fala de "resgatar" um país parte-se de uma situação real e grave que costuma manifestar-se num grande endividamento que dificulta ou impede enfrentar os compromissos de pagamento adquiridos. Contudo, quando isto ocorre produz-se um engano muito bem orquestrado em relação às razões, aos problemas, às soluções e aos efeitos da operação que se deseja efectuar.

O primeiro engano costuma dar-se quanto à natureza dos problemas que sofre o país ao qual se diz que é preciso "resgatar". Agora, como nos recentes casos grego ou irlandês, afirma-se que Portugal tem um grave endividamento público decorrente do crescimento excessivo dos seus gastos que o obriga a recorrer a um empréstimo vultoso para com ele liquidar as suas dívidas. Não é de todo certo, assinalarei a seguir.

O segundo engano decorre da anterior. Para que o "resgate" seja útil afirma-se que deve ir acompanhado de medidas que resolvam o problema que originou a situação que se quer resolver e que, portanto, devem consistir principalmente em cortar despesas. Em consequência, os que concedem o empréstimo para "resgatar" o país, neste caso Portugal, impõem políticas consistentes em cortar qualquer tipo de despesa pública e especialmente a que está vinculada a actividades que dizem poder ser efectuadas mais eficazmente pelo sector privado, ou seja, com os serviços públicos (mais outro engano porque não é certo que o faça melhor e contudo é inevitável que o capital privado o faça mais caro e para menos população), ou o que se considera improdutivo, como por exemplo o salários dos funcionários.

Ao mesmo tempo engana-se também quando se afirma que o resultado do resgate será o maior incremento da actividade e da criação de emprego e que, portanto, graças a ele as águas da economia voltarão ao seu leito anterior e inclusive a um nível muito mais satisfatório de rendimento económico.

Desde que na década de oitenta começaram a verificar-se "resgates" em economias da América Latina pudemos ver como acabam este tipo de operações (com menos actividade, emprego e desigualdade e com mais pobreza) e analisando a situação dos países que foram ou vão ser "resgatados" podemos comprovar sem demasiada dificuldade a natureza desta fraude.

Os problemas económicos de Portugal não são exactamente o resultado de ter havido muita despesa pública [NT] , de endividamento público. É verdade que o défice aumentou muito nos últimos anos mas isso verificou-se em consequência da crise que os bancos provocaram e de se haver imposto uma resposta à mesma baseada no salvamento à custa de um preço extraordinariamente alto. De facto, o governo português, seguindo diretrizes e exemplos europeus e a pressão dos próprios poderes financeiros, chegou a nacionalizar bancos em operações que lhe custaram muito caro.

Mas nem sequer é isso o que provoca os problemas mais agudos da economia portuguesa. O seu problema mais grave não é o endividamento público e sim o externo e este tem-se verificando nos últimos anos não precisamente porque tenha havido desperdício público e sim como consequência das políticas neoliberais que destruíram a sua riqueza produtiva, a sua indústria e agricultura e que lhe restringiram as fontes de geração de rendimentos, já em si muito débeis. Como em tantos países, foram estas políticas geradoras de escassez – a fim de salvar o lucro dos grandes grupos oligárquicos e que obrigaram Portugal a vender seus melhores activos produtivos ao capital estrangeiro – que destruíram tecido industrial e a produção agrícola e que provocaram um enfraquecimento da sua capacidade de criar impulso económico, da sua competitividade e, em consequência, o incremento da dívida externa.

A realidade é que as politicas neoliberais auspiciadas pela União Europeia significaram um espartilho para a economia portuguesa e tem produzido nos últimos anos um agravamento do desemprego e da pobreza que se tentou dissimular, entre outros meios, graças ao domínio dos grandes meios de comunicação, os quais estão cada vez mais nas mãos desses mesmos capitais estrangeiros.

E quando estalou a crise e quando o governo assumiu os encargos extraordinários do salvamento bancário, assim como quando sofreu maior declínio de rendimentos e aumentos de despesas para evitar o colapso da economia, é que a situação se tornou insustentável.

Portanto, é mentira que o "resgate" seja obrigatório porque a economia portuguesa sofre devido ao endividamento público. Se se encontra cada vez mais debilitada é por outro tipo de razões.

E aqui vem outro engano especialmente perigoso. As medidas que Portugal precisa para salvar sua economia não são aquelas destinadas a reduzir a despesas e sim em mudar o tipo de política que vem provocando perda de rendimentos, de actividade e de emprego e uma desigualdade cada vez maior, que fez com que os rendimentos em aumento das classes ricas se tenham destinado ao investimento financeiro ou imobiliário especulativo que deram grandes lucros a bancos, também estrangeiros, dentre os quais destacam-se os espanhóis, mas que acumularam muito risco e criaram uma base cada vez mais volátil e débil para a economia portuguesa, como agora se pode confirmar.

O engano seguinte tem a ver com os efeitos benéficos que dizem que teria o "resgate".

Ao contrário do que afirmam os porta-vozes dos grandes grupos financeiros, se aos problemas reais que acabo de mencionar acrescentar-se agora, como querem os que se dispõem a "resgatar" Portugal, cortes na despesa, diminuições de salários e em geral políticas que vão provocar diminuição da procura, o que ocorrerá será que a economia portuguesa ficará ainda pior porque tudo isso só vai provocar uma queda do consumo, do investimento e do mercado interno e, portanto, menos actividade e menos emprego.

RESGATE DOS BANCOS, NÃO DO PAÍS

A realidade é que o "resgate" de Portugal, tal como se verificaria seguindo a linha de outros tantos anteriores (um empréstimo muito vultoso para que Portugal pague as dívidas acompanhado de medidas restritivas e de cortes de direitos sociais e de despesas) não vai salvar a sua economia. É mentira que este tipo de operações resgate os países. Isto é só um último e definitivo engano: do que se trata não é de salvar ou resgatar um país e sim os bancos, principalmente, e os grupos mais ricos e poderosos, uma vez que o que se faz com o resgate é por dinheiro para que eles cobrem suas dívidas e obrigar a que a sociedade arque com a factura da operação durante anos.

Isto é tão certo que se torna fácil e patético comprovar que são precisamente estes grupos financeiros e as autoridades europeias que o servem os que se empenham em convencer os portugueses a que solicitem o "resgate", uma boa prova de quem são realmente os que dele se beneficiarão.

E isto põe em cima da mesa uma última questão. Um engano não menos importante. Talvez o pior. A que tem a ver com o tipo de regime político no qual vivemos e no qual os eleitores, os cidadãos, não podem decidir realmente sobre as questões económicas.

Chamam a isso democracia mas em vista do que tem sucedido está cada vez mais claro que não é porque foi-nos furtada a possibilidade de decidir sobre as questões económicas que evidentemente são uma parte central daquelas que afectam directamente a nossa vida. E é justamente por isso que temos de fazer tudo o que esteja ao nosso alcance para tratar de mudá-los. Isso sim é que seria um verdadeiro resgate. O demais é outro roubo.

29/Março/2011

 

 

[NT] O autor refere-se certamente ao volume da despesa pública e não à qualidade dos investimentos públicos efectuados. Todos se lembram de péssimas aplicações dos recursos públicos, como os enormes investimentos na construção de auto-estradas a partir do governo Cavaco Silva, na construção de onze estádios do jogo da bola no governo Guterres, em construções inúteis para dar serviço a clientelas de empreiteiros, na compra de submarinos, nos projectos insanos de novo aeroporto e de TGVs que mesmo hoje ainda não foram enterrados.

 

Por  Juan Torres López (Professor catedrático de Economia Aplicada da Universidade de Sevilha)
O original encontra-se em juantorreslopez.com/.... Tradução de JF.

Este artigo encontra-se em Resistir.info  

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Quarta-feira, 24 de Novembro de 2010

Cantona propõe colapso dos bancos

Um vídeo de Eric Cantona está a agitar a Internet. O ex-futebolista francês  propõe que as pessoas retirem o dinheiro dos bancos para causar um colapso no sector. "Uma verdadeira revolução", diz. Veja o vídeo

"Não pegamos em armas para matar pessoas e começar uma revolução. Nos dias de hoje é muito fácil fazer uma revolução. O sistema assenta no poder dos bancos, por isso tem de ser destruído através dos bancos", disse Cantona, numa entrevista a um jornal local francês.

 

 

Temos de ir ao banco. Neste caso haveria uma verdadeira revolução. Não é complicado; em vez de irmos para as ruas, conduzir durante quilómetros, basta ir ao banco levantar o dinheiro. Se houver muita gente a fazer levantamentos o sistema colapsa. Sem armas, sem sangue", acrescentou.

A ideia surgiu quando Eric Cantona respondia a uma questão do "Press Océan", jornal local de Nantes, sobre o trabalho do ex-futebolista na fundação Abbé Pierre, uma das mais conhecidas do mundo na defesa dos pobres e sem-abrigo.

"Não é complicado e depois as pessoas vão ouvir-nos", argumentou Cantona. "Às vezes temos de sugerir umas ideias aos sindicatos", acrescentou.

Milhares já viram o vídeo, que se multiplica no Youtube, e um movimento francês, conhecido como StopBanque, já tomou a iniciativa de liderar a campanha para levar as pessoas a levantar o dinheiro no dia 7 de Dezembro.

 

 

in Jornal de Notícias

 

 

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Quarta-feira, 6 de Outubro de 2010

Banca estrangeira relança guerra dos 'spreads' baixos

Crédito à habitação

por PAULA CORDEIRO

 

 

Margens de 0,4 e 0,6 pontos têm exigências difíceis de contratar.

Num quadro de escassez de crédito, os bancos estrangeiros a operar em Portugal aproveitam a sua melhor capacidade de obtenção de financiamento para promover os seus empréstimos. E o crédito à habitação é o produto de eleição para captar clientes.

Os cinco bancos estrangeiros a operar no retalho português oferecem actualmente os spreads mais baixos para novos empréstimos. Quatro deles - Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), Deutsche Bank, Banco Popular e Caixa Galicia - anunciam margens entre os 0,4 e os 0,6 pontos percentuais, valores há muito abandonados pela banca nacional. O Barclays Bank, apesar do seu spread mínimo ser de 1,2 pontos (mesmo assim abaixo dos mínimos praticados pelos grandes bancos portugueses), promove actualmente um produto de taxa a dois anos, com um valor promocional de 2,25%. É a transposição para o mercado português, em alguns casos, de campanhas agressivas desenvolvidas nos seus países de origem, com os mesmos protagonistas, como o caso dos espanhóis.

Estas são as melhores ofertas actualmente existentes, algumas delas apoiadas em fortes campanhas de marketing, como a do BBVA. No entanto, o acesso a estes spreads obedece ao um 'caderno de encargos' de tal forma exigente e complexo que deixa de fora a maioria dos clientes portugueses que actualmente procuram contratar um novo empréstimo .

Em primeiro lugar (e talvez a condição mais difícil de preencher), a relação financiamento/ garantia, ou seja, o valor a conceder sobre a avaliação da casa: em três destes bancos, o crédito a conceder não pode exceder entre 50% a 60% do valor da casa, o que pressupõe a existência de um autofinanciamento improvável para a maioria dos consumidores.

Por outro lado, os candidatos ao crédito não podem ter mais de 30 anos e, entre vários produtos a subscrever no banco em causa, são obrigados a possuir, seguros e aplicações de poupança. No caso do BBVA, para se obter o spread de 0,4 pontos, é ainda necessário efectuar um plano poupança reforma (PPR) com entregas anuais de 600 euros.

 

in DN - Diário de Notícias

 

 

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