Segunda-feira, 22 de Outubro de 2012

Saiba o que é a Perella

Conheça melhor a empresa que foi escolhida, por ajuste direto, para assessorar aprivatização da EDP e da REN e o que levou José Maria Ricciardi (presidente do BESI) a protestar junto de vários membros do Governo.


A história da escolha do banco de investimento anglo-saxónico Perella Weinberg para assessorar o Caixa Banco de Investimento (CaixaBI) e o Estado nas privatizações da EDP, REN suscitou dúvidas sobre quem contratou quem.

O banco de investimento da Caixa reclama a paternidade do contrato com a Perella e diz que já está a trabalhar com a empresa, cujo rosto tem sido o português Paulo Pereira. "O CaixaBI acertou as condições com a Perella, com quem desde então está a colaborar de forma muito satisfatória", afirmou fonte oficial do banco. E esclarece: "A relação contratual é necessariamente entre o CaixaBI e a Perella".

A polémica sobre a origem da contratação estalou porque a Perella não constava da lista das entidades pré-qualificadas para a realização de operações públicas de venda (privatização da EDP e da REN). Não podendo por isso ser contratada diretamente pelo Ministério das Finanças, como se admitiu (na imprensa) ter acontecido. A questão terá sido levantada por quem ficou de fora do negócio, colocando sobre escrutínio a escolha da Perella.

  

Como nasce a Perella 

Constituída em 2006 por ex-quadros de topo da Morgan Stanley, Goldman Sachs e Merril Lynch, a Perella é uma instituição reputada com base em Londres e Nova Iorque. A empresa conta com a assessoria de mais de €280 mil milhões em transações no sector energético.

Tem 28 partners na área da assessoria estratégica - a que está a assessorar o CaixaBI - entre os quais Paulo Pereira, que trabalhou 20 anos na Morgan Stanley.Fundou a Perella juntamente com duas estrelas da alta finança: Joseph Perella, ex-vice-chairman da Morgan Stanley, e Peter Weinberg, ex-CEO Goldman Sachs International.

Paulo Pereira não é um desconhecido em Portugal, assessorou a Sonaecom na oferta pública de aquisição (OPA) sobre a Portugal Telecom. E participou na compra da espanhola Hidrocantábrico pela EDP. Tem no seu curriculum profissional transações concluídas com sucesso no valor de €450 mil milhões.Formado em Economia na Católica e com MBA do INSEAD, foi aluno do social-democrata e líder do departamento europeu do FMI António Borges, de quem se tornou amigo.




Por Anabela Campos e Isabel Vicente

in Expresso

publicado por portuga-coruche às 07:00
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Quinta-feira, 26 de Janeiro de 2012

Se pretendes emigrar isto interessa-te!

 

Os países que estão a contratar portugueses, por profissões (via IEFP).

Há 11 países sedentos de talento e onde há muitas oportunidades de emprego para os profissionais portugueses. Segundo o presidente do IEFP, Octávio Oliveira, os destinos naturais para os talentos portugueses são o Reino Unido, França, Suécia, Finlândia, Noruega, Brasil, Suíça, Bélgica, Holanda, Espanha e Alemanha.

O responsável revela que os profissionais devem procurar empresas que estejam a apostar no mercado da exportação: “Os sectores com um perfil exportador serão aqueles que estarão menos vulneráveis à retracção do mercado interno e onde a geração de postos de trabalho vai acontecer. E que, à partida, apresentarão melhor potencial”, explicou o responsável.

Em relação às áreas de procura, Octávio Oliveira mencionou seis principais: profissionais de Tecnologias de Informação; Enfermeiros; Psicólogos Clínicos; Construção Civil e Obras Públicas; Animação Turística, Desportiva e Hotelaria e Arquitectos e Engenheiros

“Os serviços públicos de emprego dos Estados-membros têm o programa EURES, que, neste momento, tem apresentado interessantes realizações neste domínio. O objectivo é que, nos próximos anos, seja efectivamente um instrumento importante de consagração da mobilidade de trabalhadores em países europeus”, revelou Octávio Oliveira.

Através dos centros de emprego e da rede EURES, o IEFP tem concretizado situações em intercâmbio com outros serviços públicos de outros Estados-membros.

Em entrevista à EVT, e respondendo ao apelo do primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, para os professores emigrarem, o responsável revelou que uma “fatia significativa de inscritos nos ficheiros dos centros de emprego” são professores, e que há hoje um conjunto de países, “como Angola e Moçambique, que podem apresentar oportunidades para essas pessoas”.

“A atitude deve ser de inovação de todos nós. Por parte dos serviços públicos de emprego em encontrar novas soluções que facilitem o ingresso no mercado de emprego. Também da parte das pessoas que estão desempregadas deverá haver uma perspectiva inovadora do confronto dos seus requisitos, um diagnóstico de pontos fortes e fracos e o estabelecimento de uma estratégia de inovação na qual o serviço de emprego pode e deve ajudar.

Octávio Oliveira explicou ainda que terá de haver pró-actividade por parte do desempregado. “Tem que ser o próprio a ter uma atitude activa e a enfrentar a solução, não é só inscrever-se no centro de emprego, isso é pouco”.

Finalmente, o responsável disse que o Brasil “tem um grande conjunto de oportunidades ao nível das arquitecturas e engenharias”, muito por causa dos próximos eventos desportivos que lá se realizarão”.

Haverá ainda uma franja de jovens diplomados que “devem tornar-se empreendedores. A criação de empresas não é uma varinha mágica que resolve os problemas, mas deve resultar de uma avaliação de diagnóstico”.

Leia a entrevista na íntegra.

Para estes, o IEFP tem programas de apoio à criação de empresas. A “muito curto prazo”, por outro lado, haverá mais iniciativas destas

 

Áreas de procura

 

Profissionais de Tecnologias de informação
Reino Unido, França, Suécia, Finlândia, Noruega, Brasil.

 

Enfermeiros
Reino Unido, França, Noruega e Suíça.

 

Psicólogos clínicos
Noruega.

 

Construção civil e obras públicas
Brasil, França, Bélgica e Holanda.

 

Animação Turística, desportiva e Hotelaria
Espanha, França.

 

Arquitectos e Engenheiros
Brasil e Alemanha.

 

 

 

in Greensavers

 

É notório que neste momento a emigração de portugueses é muito diferente das anteriores. Noutras alturas emigrava-se e havia oferta não qualificada, ou seja, havia empregos para os quais não era necessário ter qualquer tipo de formação, bastava que o trabalhador se adaptasse e se sujeitasse a fazer o que lhe apresentavam. Neste momento, mesmo nos países do terceiro mundo as necessidades são de pessoas qualificadas: engenheiros, médicos, enfermeiros. Quem não tiver qualificação está lixado! Nem aqui, nem lá fora!

 

 

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Terça-feira, 24 de Maio de 2011

Keynes e Hayek voltam à vida para uma batalha épica. Quem vencerá?

 
 

 

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Terça-feira, 12 de Abril de 2011

Portugal: único país do mundo em recessão em 2012

Isolado do mundo em termos de prestação económica. Até a Grécia e a Costa do Marfim, os outros dois países em recessão em 2011, vão inverter a tendência no próximo ano

 

PorRedacção  RL

 

Portugal vai ser o único país do mundo inteiro com a economia em recessão no próximo ano. As previsões são do Fundo Monetário Internacional (FMI) que pintam um cenário negro para o nosso país.

Mais desemprego e mais crise económica num mundo em recuperação ou com um crescimento exponencial.

E o alerta do FMI é claro: vem aí um ajustamento «muito duro».

A contrariar a tendência da maioria dos países do mundo, Portugal vai contrair 1,5% em 2011 e 0,5% em 2012. Ora, na Europa, as economias deverão crescer, em média, 2%; a Rússia deverá crescer 4,5%; o continente asiático, muito impulsionado pela China, 6,8%; a América do Norte 3% e a América do Sul, com Brasil à cabeça, 4,2%. Até no continente africano, o crescimento económico deverá ser acima de 4%.

Portugal fica assim isolado das economias do mundo inteiro, desenvolvidas ou emergentes, mesmo atrás da Grécia e da Costa do Marfim, únicos países que, em 2011, vão sofrer quedas na economia real juntamente com o nosso país.

A Grécia vai fechar 2011 com uma contracção de 3%, mas deverá concluir 2012 com um crescimento: mais 1,1%, lê-se nas Previsões da Primavera do FMI.

No caso da Costa do Marfim, a economia deverá recuar 7,5% em 2011, mas deverá crescer 6,0% já em 2012.

Na lista dos países em maiores dificuldades, como a Venezuela, o Irão e o Japão - este último devido ao tsunami que desolou o país há precisamente um mês -, o FMI prevê crescimentos na ordem dos 0% e os 2% no próximo ano.

Fecha-se assim o círculo dos países com economias com sinal negativo, fica apenas Portugal. Note-se que estas previsões ainda não incluem as medidas de austeridade que deverão ser exigidas a Portugal com o pacote de resgate da UE/FMI, a ser discutido a partir da próxima segunda-feira, dia 18, e que poderão agravar ainda mais a recessão no nosso país.

Mesmo assim, o FMI alerta para a necessidade de Portugal tomar mais medidas para conseguir atingir a meta dos 3% do PIB em 2013, como o acordado com Bruxelas.

Os partidos da oposição já reagiram: consideram que estas previsões «põem o dedo na ferida» no principal problema do país: a falta de crescimento.

 

in Agência Financeira

 

 

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Segunda-feira, 14 de Fevereiro de 2011

China tornou-se na segunda economia mundial

 

A China tornou-se na segunda economia mundial, superando o Japão em 2010, com o seu Produto Interno Bruto a superar o do arquipélago nipónico no conjunto do ano, anunciou esta segunda-feira o governo japonês.

 

O PIB do Japão, em termos nominais, ascendeu aos 5.474,2 mil milhões de dólares, segundo as estatísticas publicadas em Tóquio. Na mesma comunicação, o governo nipónico salientou que o PIB da China atingiu o equivalente a 5.878,6 mil milhões de dólares.

 

Com estes resultados, a economia chinesa ultrapassou a do seu vizinho em 2010 e tornou-se na segunda mais forte do Mundo, atrás dos Estados Unidos, um lugar ocupado pela economia japonesa desde 1968.

 

A China consegue há anos uma taxa de crescimento que se aproxima ou ultrapassa os 10%.

O PIB chinês aumentou 10,3% em 2010.

 

Duramente atingida pela recessão económica mundial em 2008 e 2009, a economia do Japão recuperou em 2010, com o seu crescimento a atingir os 3,9%, mas isso não foi suficiente para o arquipélago conservar a sua segunda posição à frente da China.

 

in Jornal de Notícias

 

 

 

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Domingo, 4 de Julho de 2010

Acabou o crédito fácil e barato em Portugal

Banca: Líder dos banqueiros afirma que o mercado estava distorcido

António de Sousa tem dado poucas entrevistas. Surge agora a afastar um cenário de dificuldades da Banca

 

O líder da Associação Portuguesa de Bancos (APB), António de Sousa, veio ontem repetir o que a maior parte dos banqueiros portugueses já deixou claro: "As empresas vão ter de se habituar... Acabou o crédito fácil e barato".

 

Por:Diana Ramos

 

Habitualmente parco em palavras, António de Sousa afirmou, em entrevista à Lusa, que 'não fazem sentido spreads de 0,25% ou 0,35%', um cenário que nos últimos anos só foi possível porque o mercado estava 'distorcido'. O líder dos banqueiros não tem dúvidas de que 'essa situação de crédito fácil e barato vai desaparecer', sublinhando que 'as empresas vão ter de voltar àquilo que sempre existiu', ou seja, ao panorama que existia antes de o mercado se ter tornado 'irracional'.

No entender do presidente da APB, perante o cenário de dificuldades que se avizinha, as empresas portuguesas deverão aumentar os capitais próprios, porque têm 'os níveis de capitalização mais baixos em todo o panorama europeu'.

Sobre a solidez da Banca portuguesa, António de Sousa fez questão de sublinhar que o sector 'está de boa saúde' e desvalorizou a necessidade de financiamento das instituições financeiras do País junto do Banco Central Europeu.

'Fala-se muito de Portugal, mas isso não é, neste momento, uma situação específica de Portugal. O montante que Portugal está a ir buscar ao BCE, em percentagem do PIB, é inferior aos de vários outros países. É uma situação que não é desejável, mas não é muito extraordinária', garantiu.

PORMENORES

RENTABILIDADE

António de Sousa está preocupado com a baixa rentabilidade dos bancos portugueses, que torna mais fáceis cenários de consolidação.

PRIVATIZAÇÃO

Para o líder da APB, 'vai ser difícil, neste momento, com os mercados como estão' voltar a privatizar o BPN. O processo deverá, assim, sofrer atrasos.

BASILEIA III

O líder dos banqueiros está ainda apreensivo com a nova directiva europeia de requisitos de capital, Basileia III, que trará dificuldades à Banca.

 

in Correio da Manhã

 

 Os bancos são gulosos! Os bancos vão ficar às moscas e os bancários desempregados....

 

publicado por portuga-coruche às 19:40
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Sexta-feira, 2 de Julho de 2010

Ministra da Saúde manda os portugueses comer sopa

«Façam sopa em casa», apela Ana Jorge
Hoje às 14:39 A ministra da Saúde apelou, esta sexta-feira, às famílias para aproveitarem a situação de crise e substituírem o "fast-food" por sopa, tornando, assim, a alimentação mais saudável e barata.
«Apelo às crianças e famílias que aproveitem a necessidade de contenção para fazerem sopa em casa, por forma a não gastarem em 'fast-food' que, para além de fazer mal, é mais caro», disse Ana Jorge.

A ministra falava à margem de uma reunião do Hospital da Prelada, no Porto, sobre a obesidade.

 

in TSF

 

Após esta sugestão da ministra decidi lançar aqui em 1.º mão alguns truques para fazer frente á crise:

 

 

1 - Mandar cortar a água e aproveitar a água da chuva

2 - Em vez de vinho ou sumo beber água (retirada do depósito de água da chuva).

3 - Cozinhar a comida ao sol. A slow food não só é saudável como nutritiva. Pode preparar a comida de manhã e deixar ao sol que à hora da refeição estará deliciosa.

4 - Se não tem dinheiro para carne abra bem os olhos e verifique bem os gatos e cães da vizinhança. Salve-os de uma vida miserável e enriqueça a sua alimentação familiar.

5- Num saco coloque todas as formigas que conseguir apanhar e meta 2 colheres de oleo ou azeite. Feche o saco e meta-o em cima do capot do carro por volta das 12 Horas, em 30 minutos terá marisco para acompanhar uma geladinha.

6 - Caso tenha muita fome, em último caso, mande-se contra a uma parede ou feche uma porta e deixe lá a mão. Depois só terá que recorrer ao Serviço Nacional de Saúde onde lhe darão analgésicos (atenua dor e fome) e soro (sorozinho alimenta e fortalece).

7 - Os mais artistas não tem que se preocupar, forjam um cartão da Câmara Municipal e sempre que venham cá os "morangos", munidos de tuparewares e sacos do intermarché é só acartar.

8 - Os mais corajosos podem cortar a água à sogra. Para quê? Bem, ao fim de 3 dias é só pedir-lhe que refresque os pés no rio. Depois é só retirar os achagans dos dedos e mete-los em limão que desinfecta, dá gosto e tira o cheiro dos pés.

 

Quem tiver mais sugestões faça o favor de comentar, assim ajuda o próximo que também sofre com a crise.

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Terça-feira, 11 de Maio de 2010

Anarquistas também ameaçam Sócrates

Cavaco Silva não será o único alvo de elementos da Extrema-Esquerda

CARLOS VARELA

As alegadas ameaças anarquistas a Cavaco Silva abrangerão também o primeiro-ministro José Sócrates.O caso está a ser seguido pelas autoridades, também atentas a supostas ligações de elementos de Extrema-Esquerda a gangues de bairros problemáticos.

Ontem surgiram informações, segundo as quais o presidente da República terá sido alvo de ameaças de morte por elementos da Rede Libertária, uma estrutura anarquista que funciona na Internet, com apoios internacionais.

Fontes policiais garantiram, no entanto, ao JN, que as autoridades não acreditam que os anarquistas constituam um risco para qualquer figura pública. Em contrapartida, na preocupação das forças policiais e do SIS estão, sim, as ligações destes grupos de extrema-esquerda a gangues de bairros problemáticos. A primeira acção concertada detectada pelas autoridades ocorreu, em Janeiro do ano passado, quando um jovem da Amadora, Kuku, foi morto a tiro pela PSP.

Duas semanas depois, no dia 18, uma manifestação em frente à uma esquadra da PSP da Amadora, enquadrada por elementos anarquistas, degenerou em confrontos com a PSP.

"É a este tipo de acções que estamos atentos", apontou, ao JN, uma fonte policial.

Ameaças na Internet

As alegadas ameaças de morte a Cavaco Silva foram colocadas no site da Rede Libertária no dia 18 de Janeiro de 2009, a propósito da morte de Kuku.

"Eles exploram, roubam e mandam matar, nenhum polícia lhes mete uma bala na cabeça. Porque esperam?", lê-se na mensagem inserida no blogue da Rede Libertária, que surge acompanhada pelas fotografias de Cavaco Silva e de José Sócrates.

Foram estas palavras e estas imagens que levaram à acção da Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo (UNCT), da PJ, em 10 de Setembro de 2009, e à detenção e constituição de arguido do suspeito de ser o autor das alegadas ameaças, no âmbito de um inquérito do DIAP de Lisboa.

Actualmente, a UNCT está a vigiar mais indivíduos ligados a grupos anarquistas, mas não será fácil às autoridades controlar a inserção de mais mensagens do género da Rede Libertária, uma vez que o IP se encontra no estrangeiro.

 

in Jornal de Notícias

publicado por portuga-coruche às 07:15
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Terça-feira, 20 de Abril de 2010

Bruxelas acusa bancos de empurrar Portugal para a falência

Crise na dívida pública
por Luís Reis Ribeiro

 

 

É certo que os países tem problemas crónicos, mas a Comissão Europeia também acusa os grandes bancos de investimento e hedge funds de agravarem as condições de financiamento

 

 

 

 

Portugal e Grécia têm culpas directas na derrocada da confiança dos investidores nas respectivas dívidas nacionais, mas os grandes bancos de investimento mundiais e os fundos de alto risco (hedge funds), que especulam sobre o valor da dívida pública dos países e lucram com isso, também não saem bem na fotografia. Segundo a Comissão Europeia, estas empresas estão a contribuir para o descarrilamento das taxas de juro, agravando a situação financeira já de si debilitada dos governos e respectivas economias.

Fonte oficial do comissário europeu dos Serviços Financeiros, Michel Barnier, explicou ao i que "não nos cabe a nós dizer quais as instituições envolvidas [de forma activa, nos negócios com a dívida pública e com derivados para cobertura do risco]", mas aponta o dedo aos "grandes bancos de investimento e hedge funds" que estão a alimentar a instabilidade dos mercados.

Segundo a sua porta-voz, Michel Barnier "acredita fortemente que precisamos de pôr um ponto final a anos de escuridão, opacidade e comportamento secreto" na área dos derivados.

Um dos maiores bancos do mundo, o Citigroup, anunciou ontem lucros de 3,7 mil milhões de euros no primeiro trimestre, o melhor resultado desde o início da crise financeira - o ressurgimento do mercado das obrigações foi um dos factores-chave nos bons resultados do banco.

Ontem, o secretário de Estado do Orçamento, Emanuel Santos, observou à TSF que "o apetite dos mercados não desaparece e há sempre tentações para atingir outros países". Para o governante, "o objectivo dos mercados é o lucro" e "portanto, se a Grécia não lhes chega, eles preparam-se para tentar colar à Grécia situações que não são iguais para tirarem partido dos spreads mais elevados", disse, referindo-se implicitamente a Portugal.

Os produtos financeiros problemáticos servem para cobrir os supostos riscos associados a outros activos - por exemplo, os CDS (Credit Default Swap) são muito usados para cobrir o risco das dívidas públicas, sobretudo as dos países mais fragilizados com a crise financeira e económica, como Grécia e Portugal. Estes seguros (CDS) cobrem o risco de incumprimento ou mesmo de falência das nações. O problema (para os contribuintes) é que, em muitos casos, quanto maior o risco e quanto pior estiver o país, mais ganham os investidores. Portanto, existem incentivos crescentes em fazer descarrilar os Estados. Portugal e Grécia acabam por ser os elos mais fracos da zona euro.

"Há neste momento duas verdades, duas metades do problema. A primeira: nós temos culpa porque nos pusemos a jeito com a evolução da situação económica nos últimos anos. Mas há outra: os inimigos do euro andam aí e há muitas pessoas que estão interessadas no fim da moeda única", constata Filipe Garcia, economista da consultora IMF.

Como e quando vai actuar a Comissão? O processo será complexo: "Temos de ver como é que os CDS estão a ser usados", refere a porta-voz de Barnier. Depois, "em Junho, faremos a nossa proposta sobre os derivados [CDS]", mas só em Outubro avançaremos com uma proposta autónoma que olhará especificamente para as vendas a descoberto [short selling] e outros aspectos em torno dos CDS".

A posição europeia terá de ser calibrada com os interesses da própria indústria e, sobretudo, com a vontade política do Reino Unido que, em Abril, provocou o adiamento dos avanços na regulação sobre os hedge funds. E terá de ser discutida com os restantes países mais ricos, nas próximas reuniões do G20. Uma acontecerá em Junho, no Canadá, outra em Novembro, Coreia do Sul.

Portugal e Grécia voltaram ontem a sentir grande hostilidade dos mercados, com os respectivos spreads [risco dos países] a disparar (ver texto ao lado) e a dificultar o financiamento da actividade interna. Há investidores, economistas e comentadores internacionais que acusam os países de terem cavado a sua própria sepultura nos últimos anos. Viveram a crédito e evoluíram pouco em termos económicos. Agora, que chegou a hora de pagar a factura, muitos levantam dúvidas sobre o músculo financeiro dessas nações e sobre a capacidade de irem ao mercado pedir emprestado.

A Grécia está bastante mal (os juros que estão a pedir ao país são exorbitantes), tendo Atenas aberto já a porta a uma possível utilização do pacto salvamento providenciado pela União Europeia e FMI. Segundo muitos especialistas, a Grécia está à beira da falência e Portugal já esteve mais longe.

A última investida foi de Simon Johnson. O antigo economista-chefe do FMI e colunista do "The New York Times", diz que Portugal vai ser "o próximo problema global". O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, ripostou: "São comentários reveladores de ignorância e que ilustram o preconceito céptico em relação ao euro". Em entrevista do "Jornal de Negócios", Johnson voltou à carga, acusando o governo de estar "em negação".

 

in iOnline

 

 

Se não fossem os ingleses a insistir minar as políticas europeias e o "Euro", o "Dólar" já não seria hoje a moeda de troca internacional. Seria o Euro!  Não estaríamos agora como estamos de certeza. Nem os EUA teriam tanta importância como tem (nem vale a pena pensarmos na dianteira, os Chineses já meteram a faixa  a reservar esse lugar) 

 

Quando é que a UE vai acordar, impor disciplina e acabar com esta corja monetária de uma vez? Quem está a ganhar com a crise? Abram os olhos senhores políticos de ordenados milionários ......

 

 

Acerca desta questão, já se vão lendo alguns comentários "interessantes" pela net fora, vou aqui públicar alguns:

 

 

No iOnline  

 

Americo Sepol
 

A Máfia instalada no sistema financeiro, só visa o lucro nem que para isso tenha de matar a credibilidade dos PECs, são uma vergonha estes banqueiros, nacioanalizem a banca e logo acaba a especulação... é um tiro no pé desses mafiosos.

 

 

 No SOL Online

 

 

A especulação financeira internacional não é novidade para ninguém.
Esta pode incidir sobre a moeda ou sobre a dívida de um país. Quanto à da moeda George Soros é o seu expoente máximo.
quanto à dívida aí estão os "edge founds".
Qualquer cidadão atento o sabe.
Só a CORJA xuxalista que se apoderou do Estado português, que no governo manipulou, enganou e se endividou muito para além do aceitável, o NÃO SABIA!
Levou Portugal à bancarrota porque colocou o nosso país na garra dos especuladores.
Sócrates é o principal responsável.
meccc

 

Quando se quer derrubar um " animal " que está ficando forte e nos pode fazer mal , ataca-se no local mais frágil , no elo mais fraco , neste caso Portugal , depois virá a Espanha , etc , já foi a Grecia ! vamos pensar quem quer que o Euro falhe ? o dono do USD !!!!!!!!!!!!!!
luisjoao

 

"quanto maior é o risco e quanto pior estiver o país, mais ganham os investidores. "
Pois é: e Portugal põe-se a jeito!
O quê que esperavam???????????
Antigamente dizia-se: quem o alheio veste na praça o despe..........
O mesmo acontece com o nosso país: a viver com o dinheiro dos outros....e com muitas dificuldades em pagar, mas mesmo assim a fazer vida de rico.
Claro que esta situação não vai acabar nada bem para nós...........
bmc

 

O capitalismo selvagem mete nojo.
É reles e asqueroso.
A maior parte dos políticos atuais não passam de grooms ao serviço do grande capital.
Saem do Governo e vão trabalhar para essas grandes empresas.
Devia ser proibido.
No tempo de Salazar o capitalismo piava baixinho pois quem mandava era o Governo.
Mesmo no pós guerra, nos anos 50, 60 e 70, os políticos de então das principais nações europeias, tinham o controlo completo de toda a atividade económica.
Hoje os políticos não passam de uma espécie de polícias de trânsito da atividade económica.
São meninos e meninas que se increveram nas juventudes partidárias, andaram de departamento em departamento a ganharem bem e sem fazerem nada, sem experiência de vida e, de repente, são deputados, ministros, gestores de empresas públicas ou camarárias, etc.
Os partidos são ineficases, ficam muito caros ao povo, são organizações fechadas.
Meu rico Salazar.
lobisomem

 

 

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Quinta-feira, 15 de Abril de 2010

"Portugal corre risco de falência económica"

Simon Johnson, antigo economista chefe do FMI, considera que Portugal, tal como a Grécia, "corre risco de falência económica" e é hoje um país mais arriscado que a Argentina de 2001.

 

Simon Johnson, antigo economista chefe do FMI, considera que Portugal, tal como a Grécia,

"Os políticos portugueses nada podem fazer senão esperar que a situação vá piorando", escreve Simon Johnson.



"O próximo no radar é Portugal. Este país só não está no centro das atenções porque a Grécia caiu numa espiral descendente. Mas estão ambos perto de falência económica e parecem hoje bem mais arriscados do que a Argentina quando entrou em incumprimento, em 2001", lê-se num artigo assinado em conjunto por Simon Johnson, antigo economista chefe do FMI, e Peter Boone, do ‘Center for Economic Performance' do London School of Economics.

Para estes dois especialistas "nem os líderes da Grécia nem os de Portugal estão preparados para impor as políticas necessárias" e, no caso português, "não se está sequer a discutir cortes sérios".

Certos de que as políticas projectadas são insuficientes, Simon Johnson e Peter Boone antecipam que "Portugal e Grécia vão ter níveis de desemprego elevadíssimos nos próximos anos" e afirmam que "Portugal está esperançado que poderá sair desta situação pelo crescimento, mas isso só poderia acontecer com um extraordinário boom económico".

"Tenhamos dó dos políticos portugueses mais ponderados quando dizem que a probidade orçamental exige apertar o cinto mais cedo (...) Os políticos portugueses nada podem fazer senão esperar que a situação vá piorando para depois pedirem ajuda externa", declaram.

Porque falhou Portugal

Tal como a Grécia, Portugal entrou numa espiral de dívida insustentável, defendem os autores.

"Portugal gastou demasiado durante os últimos anos, com a dívida pública a atingir os 78% do PIB em 2009 (comparando com 114% na Grécia e os 62% da Argentina, quando entrou em incumprimento). Esta dívida tem sido financiada sobretudo por investimento estrangeiro e, tal como a Grécia, em vez de pagar os juros desses títulos, Portugal optou por, ano após ano, refinanciar a sua dívida", sustentam.

"Em 2012, o rácio dívida pública/PIB português deverá atingir 108% se o país atingir as suas metas de corte do défice. Chegar-se-á no entanto a um ponto em que os mercados financeiros vão simplesmente recusar-se a financiar este esquema Ponzi", concluem.

Depois de descreverem a situação portuguesa, Johnson e Boone acusam as agências de ‘rating' de terem medo de "tocar em Portugal".

"Hoje, e apesar dos perigos evidentes e dos elevados níveis de dívida, as três grandes agências de ‘rating' estão certamente assustadas em dar o passo de declarar a dívida grega como ‘junk'. Têm também um receio parecido em tocar em Portugal", lê-se no texto.

 

Pedro Latoeiro

 

in Diário Económico

publicado por portuga-coruche às 08:20
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