Sexta-feira, 24 de Abril de 2009

Sobre o Serviço de Urgência Básica para o sul do distrito de Santarém

Suplemento Saúde

fotoO presidente do Conselho Directivo da ARSLVT, Rui Portugal explica o que tem sido feito para melhorar os cuidados de saúde
“A saúde do futuro será menos centrada nos médicos e mais alicerçada na polivalência e agregação de saberes”

 

O problema da falta de médicos continua a fazer-se sentir. Há alguma estratégia para resolver a situação?

Aproximadamente 14 por cento dos utentes não tem médico de família atribuído. Ainda assim, garante-se a assistência, particularmente na doença aguda, através dos serviços de atendimento complementares dispersos por todo o distrito e que existem em quase todos os Centros de Saúde. Por outro lado, encontram-se em processo formativo, no próprio distrito, 36 médicos, a concluir o internato de medicina geral e familiar, que serão um excelente suporte a curto prazo, conforme forem concluindo o seu internato e forem integrados na carreira médica de clínica geral. Não posso deixar de referir que o reforço de pessoal médico para os serviços de saúde é uma matéria permanentemente em análise pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. A questão aqui é, de facto, a carência de médicos a nível nacional.

Resta portanto esperar…

A estratégia é aguardar que as medidas tomadas nos últimos anos surtam efeito e que o número de médicos com a especialidade de medicina geral e familiar passe em cada ano a ser superior ao número de médicos que se reformam, permitindo assim ultrapassar o “deficit” que se tem verificado nos últimos anos e que vai manter-se até 2013. Até lá, terão de ser tomadas medidas de urgência, que passam por se estudar formas que permitam que os médicos que se reformam possam, se o quiserem, continuar a prestar serviço nos Centros de Saúde, medida que está já em estudo pelo Ministério da Saúde, e pelo recurso a empresas que prestam serviço de assistência médica. A constituição de novas Unidades de Saúde Familiar pode também ser muito importante para atenuar, pois permite atribuir médico de família a mais utentes.

Qual tem sido a vantagem da contratação de médicos a empresas para prestar serviço nos Centros de Saúde? O futuro passa por este tipo de procedimentos?

Tem sido mais um dos instrumentos utilizados para se conseguir continuar a garantir a prestação de cuidados de saúde, sabendo-se que a substituição de um conjunto substancial de médicos, que atingiram o tempo que lhes permite passar à situação de aposentação não foi devidamente assegurado ao longo das últimas décadas. Felizmente as coisas nos últimos anos passaram a ter alguma reversão. Exemplo objectivo disso mesmo, o facto de as faculdades de medicina este ano terem recebido mais de 1600 alunos em oposição com os pouco mais de 500, como aconteceu, em vários dos últimos anos. O recurso a estas empresas é assim uma solução de recurso, de emergência, para procurar atenuar a falta de médicos.

Quais as situações mais difíceis na região?

Alguma falta de pessoal médico, particularmente na Lezíria. Porém, não podemos deixar de referir que o distrito de Santarém tem uma óptima cobertura ao nível de outros técnicos de saúde, nalguns casos a rondar os 100 por cento, sendo que a saúde do futuro tenderá a ser cada vez menos “medicocêntrica” e mais alicerçada na polivalência e agregação de saberes, sendo que para isso o distrito de Santarém está particularmente habilitado.

Recentemente houve a transferência de valências e concentração de alguns serviços nas unidades do Centro Hospitalar do Médio Tejo. Com isto está encontrada a solução para um melhor funcionamento do CHMT?

O projecto de complementaridade entre as três Unidades Hospitalares considera-se praticamente concluído. Este projecto foi realizado por se admitir que era a melhor solução, sempre numa lógica de assegurar que o cidadão tem ao seu dispor serviços que possam funcionar com qualidade e que a proximidade entre as três unidades hospitalares que compõem o Centro Hospitalar assim o aconselhava. Não é previsível a necessidade de mais acertos a curto prazo. Porém se estes vierem a ser, à posteriori, sentidos como necessários e desde que daí advenham novos benefícios para a população, cá estaremos para os estudar devidamente e implementar se for essa a decisão.

Qual o ponto de situação do Serviço de Urgência Básica para o sul do distrito de Santarém, a instalar em Coruche?

Trata-se de uma matéria cuja decisão é relativamente recente. Apenas em 5 de Novembro de 2008 se considerou como definitivo o local onde deveria ser instalado o serviço, o qual vai ficar localizado nas instalações da sede do Centro de Saúde de Coruche. O que se pretende é que o mesmo reúna todas as condições para um funcionamento pleno e em pleno, garantindo que todos os critérios que são entendidos como necessários para o seu funcionamento estão salvaguardados.

Que condições são necessárias?

Recorda-se que o SUB vai dispor de dois médicos, dois enfermeiros e um técnico de radiologia em serviço permanente, e destina-se ao atendimento de situações urgentes numa lógica de proximidade para com as populações. O serviço vai estar equipado com RX, electrocardiógrafo com capacidade para telemedicina, monitor-desfribilhador com capacidade de ligação directa ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes do INEM, exames clínicos e equipamento para pequena cirurgia.

Para quando está prevista a instalação do serviço?

Estão a ser desenvolvidos os procedimentos que o permitam instalar e fazer funcionar nas condições pretendidas, admitindo-se que a curto prazo essas condições possam estar concretizadas. Assim, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo está a efectuar todos os esforços para que este equipamento possa entrar em funcionamento no final do primeiro semestre deste ano, embora subsistam ainda algumas questões que podem fazer com que este prazo possa ser revisto.

Quais são as vantagens para as populações dos agrupamentos de centros de saúde?

Esta reforma é mais do que uma reorganização territorial. Os centros de saúde reorganizados no novo modelo caracterizam-se por uma estrutura com autonomia administrativa e técnica para procurar soluções que respondam de forma mais eficaz às necessidades dos utentes. Em termos de ganhos para o utente, os ACES vão organizar a sua actividade em áreas específicas como, por exemplo, a Saúde Familiar, Saúde Pública e Cuidados na Comunidade. Procura-se assim proporcionar uma melhoria da eficácia organizacional e de funcionamento, que se traduza não só num aumento da qualidade, mas também da quantidade dos cuidados de saúde prestados.

Pode dar um exemplo?

Em termos práticos, ACES permitirão um melhor planeamento e uma oferta mais ampla de serviços. Veja-se o exemplo da consulta de cessação tabágica: um agrupamento de centros de saúde pode ter mais recursos para implementar um serviço desta natureza, enquanto que um centro de saúde isolado tem pouca capacidade para a criação desta consulta diferenciada.

Há a perspectiva de criação de novos serviços?

A população usufruirá de uma acessibilidade qualificada e uma oferta mais vasta de serviços. Será também possível deslocalizar os profissionais, pelos vários Centros de Saúde dos ACES, para oferecer este e outro tipo de serviços. Os novos ACES prevêem ainda a existência de Unidades de Cuidados na Comunidade. Estas equipas vão ser compostas por enfermeiros, assistentes sociais, médicos, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas da fala e outros profissionais, consoante as necessidades e a disponibilidade de recursos.

Estas Unidades vão prestar cuidados de saúde e apoio psicológico e social de âmbito domiciliário e comunitário, especialmente às pessoas, famílias e grupos mais vulneráveis, em situação de maior risco ou dependência física e funcional ou doença que requeira acompanhamento próximo, como por exemplo, a prestação de Cuidados Continuados Integrados. Pretende-se que actuem também na educação para a saúde, na integração em redes de apoio à família e na implementação de unidades móveis de intervenção.

Como é que estão a funcionar as unidades de saúde familiar?

O distrito tem actualmente sete USF em funcionamento, as quais vieram permitir a atribuição de médico de família a cerca de 10.775 utentes que até então não dispunham de médico assistente. Para além deste acréscimo de utentes com médico de família, a informação de que dispomos aponta para uma melhoria da satisfação dos utentes e dos próprios profissionais, os primeiros porque verificaram que têm à sua disposição um maior acesso aos serviços de saúde e os segundos porque trabalham de forma auto-organizada. A avaliação que a Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo faz do funcionamento das USF é positiva.

Em termos práticos para que servem estas unidades?

As Unidades de Saúde Familiar (USF) são unidades operativas dos Centros de Saúde com autonomia funcional e técnica, que garantem aos cidadãos inscritos uma carteira básica de serviços, com consultas médicas destinadas e adequadas a grupos específicos, cuidados em situação de doença aguda e acompanhamento clínico de situações de doença crónica, entre outros. Deste modo, com este tipo de unidades é possível melhorar os serviços de saúde prestados à população, apostando numa relação de maior proximidade com os utentes.

Está prevista a criação de mais unidades destas?

Como a criação de novas USF depende da capacidade de auto-organização dos profissionais, os quais apresentam candidaturas para a criação deste tipo de unidades, à administração do serviço de saúde resta garantir, e é isso que temos procurado fazer, que uma vez aprovadas essas candidaturas as USF têm todas as condições que necessitam para iniciar o seu funcionamento e depois assegurá-lo com qualidade.

 

Quem é Rui Portugal

O presidente do Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Rui Portugal, é natural de Espinho onde nasceu a 8 de Julho de 1963.

É Master of Science in Public Health Medicine pela London School of Hygiene and Tropical Medicine da University of London e licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Lisboa.

Foi vogal do Conselho Directivo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, assessor da secretária de Estado da Saúde, membro da Agência de Contratualização da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, administrador do Hospital de Pulido Valente e docente na Faculdade de Medicina de Lisboa, Universidade Católica, Universidade Atlântica e Escola Superior de Tecnologias de Saúde de Lisboa.

 

in O Mirante

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Terça-feira, 9 de Dezembro de 2008

Benavente garante Serviço de Atendimento Permanente depois da unidade em Coruche

O presidente da Câmara Municipal de Benavente obteve a garantia do responsável pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo de que o Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de Benavente não vai encerrar após a abertura do novo Serviço de Urgência Básica (SUB) de Coruche.

António Ganhão foi recebido pelo presidente da ARS, na quarta-feira, 3 de Dezembro depois de ter manifestado intenção de pedir uma audiência à ministra da Saúde Ana Jorge e de te criticado a falta de agenda do novo presidente da ARS, Rui Portugal para o receber.

A nova unidade de urgência de Coruche vai servir os concelhos de Benavente, Salvaterra de Magos e Coruche e vai funcionar nas instalações do actual centro de saúde de Coruche, a mais de 50 quilómetros da freguesia de Samora Correia (Benavente). O presidente da câmara de Benavente considerou uma aberração construir a unidade em Coruche e diz que os doentes do seu concelho continuarão a ser assistidos no SAP de Benavente e no Hospital de Vila Franca de Xira.

Salvaterra de Magos defendeu a construção do serviço num local equidistante e com bons acessos e sugeriu junto do nó de acesso à A13 em Foros de Salvaterra. A ARS considerou que avaliadas várias hipóteses, a melhor e mais viável é em Coruche e o presidente da ARS-LVT anunciou a decisão.

“Deslocar cerca de 55.000 pessoas, em média, para mais de 30 quilómetros por uma estrada perigosa (EN 114-3 - ligação Salvaterra-Coruche), ou pela EM 115 e um troço da EN119, com problemas de interrupção nas pontes, para que os doentes sejam triados em Coruche e depois conduzidos, ou para Vila Franca ou para Santarém, não lembra a ninguém", afirmou o presidente de Benavente, António José Ganhão.

O SUB de Coruche, que integra a Rede de Referenciação de Urgência/Emergência, vai dispor de dois médicos, dois enfermeiros e um técnico de radiologia em serviço permanente, e destina-se ao atendimento de situações urgentes "numa lógica de proximidade para com as populações", afirma um comunicado da ARSLVT.

O serviço vai estar equipado com Raio-X, electrocardiógrafo com capacidade para telemedicina, monitor-desfribilhador com capacidade de ligação directa ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes do INEM, exames clínicos de química seca e equipamento para pequena cirurgia, acrescenta.

 

in O Mirante

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Terça-feira, 2 de Dezembro de 2008

Benavente não quer urgência básica em Coruche

 
 

O Serviço de Urgência Básica (SUB) dos concelhos mais a sul do distrito não devia ser transferido para Coruche no final do primeiro semestre de 2009, segundo o presidente da Câmara Municipal de Benavente, que tem tecido bastantes críticas à decisão do Ministério da Saúde.

"Quem decidiu fazer esta mudança revela que não conhece os concelhos de Benavente nem de Coruche e não percebe nada de saúde", afirmou à Lusa António José Ganhão.

No dia 10 de Novembro, o autarca pediu uma reunião de urgência com o presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT), "para tratar do assunto relativo à localização do SUB em Coruche".

Como não recebeu nenhuma resposta, António Ganhão decidiu enviar um outro ofício no dia 18 de Novembro, onde afirmava que a decisão de mudar o SUB para Coruche "colide com compromissos assumidos anteriormente pelo Governo".

"Gostava de explicar ao novo presidente da ARSLVT, Rui Portugal, que a ex-Secretária de Estado, Cármen Pignatelli e o ex-presidente António Branco tinham assumido outros compromissos", afirmou o autarca.

António José Ganhão, considera que "as mais de 50 mil pessoas que vivem no eixo urbano Salvaterra de Magos, Benavente, Samora Correia e Porto Alto, merecem ter conhecimento detalhado das implicações que esta mudança vai provocar".

O presidente afirmou que vai solicitar uma audiência à ministra da Saúde, Ana Jorge, "já que o presidente da ARSLVT se recusa a agendar uma reunião".

A assessoria de imprensa da ARS-LVT explicou à Lusa que o novo presidente "tem tido sempre disponibilidade para reunir com autarcas, governadores civis, presidentes de juntas de freguesia e outros agentes locais".

Mas, "no caso de Benavente, tal só ainda não sucedeu devido a incompatibilidades de agenda, mas essa reunião deverá acontecer muito em breve", explicou o assessor Pedro Coelho Santos.

Sobre a mudança do Serviço de Urgência Básica para Coruche, o presidente da ARSLVT, Rui Portugal, explica que "essa decisão teve em conta a densidade populacional, as acessibilidades, localização de outros serviços de saúde, caracterização demográfica, entre outros".

"A instalação do SUB em Coruche é a melhor solução porque vai servir todas as populações que vão ser servidas", esclareceu por email o assessor de imprensa da ARSLVT.

António José Ganhão acha exactamente o contrário: "tirar o SUB de Benavente é a pior das decisões. Trata-se de uma decisão política apenas para servir um concelho que é socialista".

Na opinião dos bombeiros voluntários de Benavente e Salvaterra de Magos, "quando essa mudança ocorrer vão surgir diversos problemas que explicam por si só como esta decisão foi errada".

No dia 5 de Novembro, a ARSLVT divulgou um comunicado onde esclarecia que depois de "ponderados vários factores ficou decidido que o Serviço de Urgência Básica seria transferido para as instalações do Centro de Saúde de Coruche".

O novo serviço deverá entrar em funcionamento até ao final do primeiro semestre de 2009 e vai dispor de dois médicos, dois enfermeiros e um técnico de radiologia em serviço permanente.

Para o presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes, "esta decisão é a mais acertada e aquela que melhor vai servir as populações".

"Valeu a pena lembrar aos decisores a enorme dimensão do nosso concelho, explicar-lhes que temos um povoamento muito disperso e que a distância até ao hospital de Santarém ainda é considerável", afirmou Dionísio Mendes.

Segundo o autarca socialista, "ter o serviço em Coruche representa mais qualidade de vida para a população".
 

 

in O Ribatejo

 

 

Até os Bombeiros opinam sobre onde deve estar ou não o SUB! Ainda bem que Portugal transborda de competência. 10 milhões de treinadores, 10 milhões de presidentes da república e agora - só espero - que nada seja descurado para "provar" que esta decisão foi errada, isto porque tanto pode alguém de Coruche ter um acidente em Benavente ou Salvaterra como o contrário, pelo que, aos olhos de todos os intervenientes aquando de um acidente deverá prevalecer a vida humana, independentemente da localização dos recursos.

Acho que não é difícil as coisas funcionarem, basta deixar decidir quem tem competência para decidir e cada um fazer o seu trabalho.

É claro que quem é de um local, seja onde for, quer os recursos o mais perto possível de si, importa agora saber, nesse caso, uma multiplicidade de factores que só quem está habilitado e possui informação suficiente pode decidir.

 

publicado por portuga-coruche às 10:47
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Sexta-feira, 31 de Outubro de 2008

Presidente da ARS visita Coruche com urgências na mira

O presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT), Rui Portugal, vai estar esta quinta-feira, dia 30 de Outubro, em Coruche, para discutir com o presidente da câmara o estado da saúde no concelho. A discussão vai centrar-se na questão da instalação de um Serviço de Urgência Básico (SUB) no concelho, para servir também os municípios de Benavente e Salvaterra de Magos.

O autarca de Coruche, Dionísio Mendes (PS), diz que vai reforçar a ideia junto de Rui Portugal de que o município tem uma preferência clara pela construção do SUB na sede de concelho e não no Biscainho, como está previsto pela ARS. “Vamos reforçar a ideia que temos manifestado de que o concelho está afastado de hospitais. Estamos a 40 quilómetros do Hospital de Santarém, que tem as urgências cheias, a que se somam mais 30 quilómetros para o Couço e 20 ou 25 quilómetros para a Branca ou Biscainho”, alega Dionísio Mendes.

Recorde-se que o gabinete de imprensa da ARS-LVT garantiu a O MIRANTE que o SUB irá ser instalado na freguesia do Biscainho, sendo esse o ponto mais equidistante entre os concelhos de Coruche, Benavente e Salvaterra de Magos (ver edição 09 Outubro). No entanto não foi avançada uma data para o arranque da construção daquele equipamento.

 

in O Mirante

publicado por portuga-coruche às 12:11
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Segunda-feira, 13 de Outubro de 2008

Administração Regional de Saúde garante Serviço de Urgência Básico no Biscainho

Foi criada uma comissão de trabalho da Assembleia Municipal de Coruche para saber ponto de situação do processo do SUB por não haver notícias desde 2006.

O Serviço de Urgência Básico (SUB) que irá servir as populações dos concelhos de Coruche, Benavente e Salvaterra de Magos vai ser construído na freguesia do Biscainho. Segundo informou o gabinete de imprensa da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo a O MIRANTE, a freguesia do concelho de Coruche é a melhor localização para a construção do equipamento por ser o ponto mais equidistante entre os três municípios. Pedro Coelho dos Santos acrescentou que, neste momento, não existe informação para dar acerca do prazo para construção daquele equipamento.

O assunto foi abordado na última reunião da Assembleia Municipal de Coruche de sexta-feira onde, por proposta do grupo socialista, se decidiu criar uma comissão de trabalho para tentar apurar junto da ARS o ponto de situação da criação do SUB no concelho. Um equipamento que vem sendo falado desde 2006 e cujo processo vinha sendo conduzido por António Branco na ARS até este ter apresentado a sua demissão da presidência dessa estrutura em 8 de Agosto último, alegando motivos pessoais. Foi substituído por Rui Portugal, curiosamente um médico com família originária de Coruche.

A proposta do grupo socialista foi aceite por PSD e CDU, e tem como objectivo recuperar um assunto que desapareceu da agenda e do qual mais nada se disse, lembrou Luísa Portugal (PS). Da comissão fará parte a presidente da assembleia, Fernanda Pinto (CDU), um vogal de PS, PSD e CDU, e o presidente da câmara, Dionísio Mendes (PS).

Recorde-se que o estudo de reorganização das urgências realizado pelo Ministério da Saúde apontava para a instalação de um SUB no concelho de Coruche. Primeiro indicou-se o Biscainho, que o município não via com bons olhos pela distância à sede de concelho e a outras freguesias. Depois falou-se da sua instalação em Coruche, aproveitando as condições do centro de saúde local. Em ambos os casos um equipamento que serviria os municípios de Coruche, Benavente e Salvaterra de Magos.

Dionísio Mendes esclareceu na assembleia que ao longo de 2008 teve duas reuniões com o anterior líder da ARS, António Branco. Uma primeira, em Junho, onde lhe foi garantido que apenas faltava definir o local para instalar o SUB. “Noutra reunião foi-me dito que o local não seria questão decisiva e que o importante era instalar o SUB no concelho. Considero importante auscultar o novo presidente da ARS, apesar de considerar que esta não é uma opção individual”, adiantou o presidente da câmara.

Apesar de aceitarem entrar na comissão, PSD e CDU acusaram Dionísio Mendes de ter feito eleitoralismo com o processo ao anunciar que o SUB estava garantido para o concelho. “Se no caso do SUB há terreno, no caso do quartel dos bombeiros há dinheiro e não há terreno”, ironizou o social-democrata Francisco Gaspar.

Recorde-se que no processo do SUB para Coruche a assembleia municipal se manifestou mais que uma vez a favor da criação do equipamento. Mas do lado de Benavente a questão não é pacífica e o presidente da câmara, António Ganhão (CDU), mostrou-se mais que uma vez solidário com a população, quer na manutenção do serviço de urgências nocturnas no centro de saúde local, como na não aceitação do SUB a instalar no concelho vizinho. Isto por considerar que é em Benavente e Salvaterra de Magos que se encontram os potenciais utilizadores do novo SUB, além do seu concelho estar a menos de 10 quilómetros no previsto novo hospital de Vila Franca de Xira (ver edição 7 Março 2007).

 

Queixas acerca do funcionamento do centro de saúde

Na discussão do assunto sobre o SUB para Coruche o vogal Joaquim Banha (PS) aproveitou para lembrar que a Unidade de Saúde Familiar do Vale do Sorraia (a funcionar no Centro de Saúde de Coruche) não está a funcionar convenientemente no que respeita à emissão de receitas e credenciais.

Fernanda Pinto, na qualidade de médica da Unidade de Saúde Familiar de Coruche, esclareceu que a separação do serviço burocrático e dos serviços médicos ajudou a aumentar a acessibilidade dos utentes às consultas. “O coordenador da unidade pode esclarecer melhor essa questão mas os utentes podem receber as receitas pelo correio. De qualquer forma estamos abertos a sugestões”, indicou.

 

in O Mirante

publicado por portuga-coruche às 09:14
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