Quinta-feira, 30 de Abril de 2009

Investimento de 70 milhões na agro-indústria do Ribatejo

Processo que visa reforçar a competitividade
 
Por Jorge Talixa 
Adriano Miranda

A região do Ribatejo vai ter um cluster agro-industrial devidamente desenvolvido e articulado dentro de três anos, de acordo com uma candidatura recentemente aprovada no âmbito do Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional (Feder), que prevê investimentos globais de 70 milhões de euros.

O objectivo é garantir a melhoria das condições de competitividade de mais de 30 empresas da região ribatejana. Liderada pela Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant), a candidatura prevê a criação de uma Associação para o Desenvolvimento da Agro-Indústria (ADAI). Entre os parceiros envolvidos contam-se empresas como a Compal (bebidas), a Idal (transformação de tomate) e a DAI (transformação de beterraba).

De acordo com a Nersant, o projecto foi recentemente aprovado no âmbito do Concurso para Enquadramento de Estratégias de Eficiência Colectiva - Reconhecimento de Pólos de Competitividade e Tecnologia desenvolvido pelo Feder. Decorrem, agora, reuniões com as cerca de 30 empresas envolvidas para lançamento das iniciativas previstas no plano de acção.

Fomentar a inovação

O cluster ribatejano (zona onde há um forte presença do complexo agro-industrial) pretende “fomentar a inovação e melhorar a competitividade das empresas do sector, procurando criar sinergias” entre todos os actores desta área e outros com que se relacionam. Visa, também, aproximar as empresas e instituições de ensino e de investigação e desenvolvimento (I&D), estimular projectos de I&D tendentes a criar novos produtos e apoiar a internacionalização das empresas, apostando na diferenciação.

Uma das suas principais vantagens deste projecto reside no facto de os projectos constantes do plano de acção poderem ter acesso a sistemas de incentivo com verbas específicas e “tratamento preferencial no acesso aos sistemas de incentivos do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) já em funcionamento, através da majoração de taxas de incentivo e de concursos específicos”.

Podem, igualmente, beneficiar de acesso preferencial aos programas comunitários de promoção do potencial humano e de desenvolvimento regional.

A candidatura apresentada pela Nersant baseia-se na criação da ADAI, com o objectivo de gerar “um novo ciclo de crescimento” e de transformar a agro-indústria ribatejana num “sector de referência a nível europeu num prazo de 10 anos”.

A associação deverá promover a colaboração e a cooperação entre as empresas e entidades relacionadas, “encorajando a reestruturação competitiva do sector e assegurando uma ampla participação nos circuitos comerciais”.

Os diferentes parceiros encontram-se já divididos em áreas de actuação para a constituição de um pólo de competitividade e tecnologia (PCT), que constituirá “o principal motor” desta estratégia. Ele assentará num sector agro-industrial que já é “uma referência nacional”, devido “às características dos solos, do clima e do emparcelamento” ribatejanos. A grande dimensão de algumas das empresas, muitas já integradas em grupos multinacionais, e a existência de instituições de ensino com “grande tradição e competência em I&D” são outras das vantagens regionais.

Para além do desenvolvimento do pólo de competitividade e tecnologia agro-industrial (contempla a criação de novos produtos e de marcas, a recuperação de produtos tradicionais, a experimentação de novas culturas e a criação de mecanismos de cooperação), o plano definido contempla, ainda, a criação de um Centro de Competências para a Agricultura e Agro-Indústria e de um Centro de Transferência de Tecnologia Alimentar. O projecto prevê, igualmente, a criação de espaços para incubação de novas empresas e de um Centro de Incubação de Oportunidades de Negócio.

O PCT dará especial realce às áreas de transformação de carnes e de frutos e produtos hortícolas, à produção de bebidas e à produção de gorduras e óleos (em especial azeite).

 

in Público Economia

 

publicado por portuga-coruche às 15:10
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Cabeças de crianças descobertas confirmam tráfico de órgãos

A descoberta de uma caixa com cabeças de crianças, que fora levada em 2007 de Moçambique para a África do Sul, esteve na origem de um relatório sobre tráfico de órgãos e do «despertar» da sociedade moçambicana para o problema, refere a Lusa.

 

«Antes do relatório (apresentando em Fevereiro deste ano) havia muitas negações. Hoje o Governo e a sociedade civil aceitam que este tráfico é uma realidade», afirmou um representante da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos (LDH), Simon Fellows.

A LDH promoveu nesta quarta-feira em Maputo uma reunião alargada para iniciar um debate com vista à criação de legislação sobre tráfico de órgãos humanos, que até agora não existe, nem em Moçambique nem na África do Sul.

Por falta dela, afirmou Simon Fellows, se alguém for identificado a transportar partes de órgãos humanos não é penalizado pelo acto.

A reunião, «a primeira de muitas», revelou a presidente da LDH, Alice Mabote, junta representantes do Governo, da Procuradoria-Geral da República, da Polícia de Investigação Criminal, de embaixadas, dos principais partidos políticos (Frelimo e Renamo), médicos tradicionais e organizações não-governamentais.

Cabeças vêm de Moçambique

Segundo Simon Fellows, a questão do tráfico de órgãos humanos começou a ser debatida quando, em 2007, a organização Save The Children Norway ¿ Mozambique Programme foi alertada para a descoberta, numa viatura, de 17 cabeças de crianças na fronteira de Moçambique com a África do Sul, já do lado sul-africano.

Simons Fellows afirmou que uma testemunha contou que as cabeças, congeladas, tinham origem em Moçambique mas que só foram descobertas do lado sul-africano.

«As ONG que trabalhavam em Moçambique não tinham até então conhecimento de casos nem tinham qualquer pesquisa sobre o assunto», pelo que o trabalho da LDH apresentado este ano foi o primeiro.

Simons Fellows contou que ele mesmo falou com a testemunha do caso das 17 cabeças e que ficou surpreendido quando, no decorrer da investigação da LDH, outra testemunha, sem qualquer contacto com a primeira, referiu o mesmo caso, ainda que sem pormenores. «A primeira soube que eram 17 cabeças porque viu a polícia sul-africana a contá-las».

Órgãos usadaos para feitiçaria

«Partes do corpo humano são traficadas regularmente, entre a África do Sul e Moçambique e dentro de cada um dos países», afirmou o responsável, acrescentando a quase totalidade das pessoas com quem a LDH falou disseram que esses órgãos eram para «práticas tradicionais», denominadas «muti» (feitiçaria).

«As autoridades não fazem uma ligação entre partes de corpos encontradas e corpos encontrados aos quais faltam pedaços. Não há legislação para pessoas que são encontradas com partes de corpos, porque nem sequer existe uma definição específica para partes de corpo. É isso que estamos a tentar definir hoje», explicou à Lusa.

A LDH, adiantou, vai continuar a investigar a existência de casos de tráfico de órgãos humanos, tentando «reduzir a oferta e a procura», num momento em que, em Moçambique, «é difícil negar a existência» deste tráfico. 
 

 

in IOL Diário

 

 

Notícia também no Expresso:

 

Moçambique: Cabeças de crianças descobertas em 2007 tornaram tráfico de órgãos indesmentível

Maputo, 29 Abr (Lusa) -- A descoberta de uma caixa com cabeças de crianças, que fora levada em 2007 de Moçambique para a África do Sul, esteve na origem de um relatório sobre tráfico de órgãos e do "despertar" da sociedade moçambicana para o problema.

Maputo, 29 Abr (Lusa) -- A descoberta de uma caixa com cabeças de crianças, que fora levada em 2007 de Moçambique para a África do Sul, esteve na origem de um relatório sobre tráfico de órgãos e do "despertar" da sociedade moçambicana para o problema.

"Antes do relatório (apresentando em Fevereiro deste ano) havia muitas negações. Hoje o Governo e a sociedade civil aceitam que este tráfico é uma realidade", disse à Lusa um representante da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos (LDH), Simon Fellows.

A LDH promoveu hoje em Maputo uma reunião alargada para iniciar um debate com vista à criação de legislação sobre tráfico de órgãos humanos, que até agora não existe, nem em Moçambique nem na África do Sul.

 

in Expresso

 

Gente sem coração! Se fazem isto a crianças imagino o que fazem a um adulto...... Acho que mais baixo não é possivel descer.

publicado por portuga-coruche às 14:59
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Quarta-feira, 29 de Abril de 2009

Dinossauros viveram num mundo perdido

Paleontologia

Dinossauros viveram num mundo perdido

por LUÍS NAVES

 

Fósseis descobertos nos EUA sugerem que alguns dinossauros sobreviveram meio milhão de anos após a extinção em massa destes animais, há 65 milhões de anos. Ainda não havia humanos, mas a mesma ideia já fascinou a literatura. Num romance de 1912, Conan Doyle imaginou uma expedição científica a um local semelhante ao que terá mesmo existido.
 

Os dinossauros foram extintos num único evento catastrófico, há 65 milhões de anos, mas esta ideia tem sido desafiada, pelo menos na ficção. Em 1912, o escritor britânico Arthur Conan Doyle (criador do popular detective Sherlock Holmes) imaginou uma história em que uma expedição científica encontrava um planalto onde ainda viviam dinossauros. Na literatura, este Mundo Perdido ficava na Venezuela.

Conan Doyle não falhou por muito. De facto, segundo um polémico estudo agora publicado em Palaentologia Electronica, este mítico Mundo Perdido poderá mesmo ter existido, meio milhão de anos após a extinção dos dinossauros, neste caso não na Venezuela mas no Sul dos Estados Unidos. (Enfim, o erro cronológico será de apenas 64,5 milhões de anos).

Os cientistas encontraram fósseis num local chamado Ojo Alamo, na bacia de San Juan, nos estados americanos de Novo México e Colorado. O estudo químico destes restos e das rochas onde os fósseis foram encontrados sugeriram uma data posterior à extinção do evento do Cretácico.

Liderada por Jim Fassett, da Universidade de Santa Fé, a equipa científica teve de ultrapassar a dificuldade imposta pela obrigação de provar que os ossos não eram anteriores à extinção. A acção de um rio, por exemplo, poderia incorporar os fósseis em rochas mais novas.

Fassett concentrou os seus esforços em demonstrar que as rochas eram posteriores ao evento da extinção, o que fez analisando a sua polaridade magnética. Também verificou que as concentrações de elementos metálicos raros nos ossos dos dinossauros estudados naquele local eram diferentes da concentração encontrada nos dinossauros anteriores à extinção do final do Cretácico, que curiosamente terá ocorrido por impacto de um meteorito na Península do Iucatão, no México, um pouco mais a norte da Venezuela e a sul de Ojo Alamo. A tese de que estes fósseis são posteriores à extinção é difícil de aceitar pela comunidade científica. No entanto, sabe--se que uma parte dos dinossauros sobreviveu à extinção maciça, nomeadamente as espécies que depois evoluíram para as actuais aves e crocodilos. Se houve sobreviventes numa região isolada, uma coisa parece certa: eram em escasso número e viveram durante pouco tempo.

 

in DN Ciência

 

 

Pois .... meio milhão de anos não é nada!

publicado por portuga-coruche às 10:00
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Terça-feira, 28 de Abril de 2009

Presidentes de câmara da Lezíria do Tejo multados por irregularidades em obras

Dez presidentes de câmara da Lezíria do Tejo foram multados pelo Tribunal de Contas (TC) devido a irregularidades na empreitada de remodelação e ampliação do dique de protecção e do emissário, sistema elevatório e ETAR de Coruche. A decisão vem na sequência de uma acção de fiscalização do TC à Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, responsável pelas obras.

 

Cada autarca vai pagar 1.335 euros por deliberação em que tenha participado no âmbito desse processo. Um dos presidentes que já foi notificado para pagar uma multa, no valor de cerca de 1.335 euros, é o de Santarém, Francisco Moita Flores, que já adiantou que vai reclamar.

 

O MIRANTE já tinha noticiado em Fevereiro deste ano que no relatório da auditoria o tribunal questionava a adjudicação por ajuste directo dos trabalhos a mais no acesso à estação elevatória de Coruche, que custaram 106 mil euros. O TC considera que a obra devia ter sido objecto de concurso limitado, de modo a garantir os princípios da concorrência, igualdade, legalidade e transparência. Nessa altura a notícia já avançava que estava aberta a possibilidade de aplicação de multas.

 

O Tribunal de Contas apontou ainda o que considerou irregularidades na adjudicação à empresa FCC de diversos trabalhos rectificativos no valor de 139 mil euros, que deveriam também ter sido sujeitos a concurso público ou limitado. Esses trabalhos, realçava o relatório, visaram corrigir “erros grosseiros do projecto inicial”, desde as terraplanagens à arquitectura, passando pelos pavimentos ou rede de rega.

 

As decisões que levaram às irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas, foram tomadas em 2006 e 2007 pelos presidentes das câmaras de Almeirim, Alpiarça, Coruche, Santarém, Salvaterra de Magos, Benavente e Chamusca, Azambuja, Cartaxo e Rio Maior. Só o presidente da Câmara da Golegã escapou porque não participou nas reuniões.

 

in O Mirante

 

Então mas que raio tem a ver os "Presidentes" com isto ?! O empreiteiro, compreendo, os contabilistas que fizeram as contas, compreendo, agora não cabe na cabeça de ninguém que as decisões dos eleitos se tenham sobreposto a pareceres e decisões técnicas. Mesmo que tal tenha acontecido, compreendia-se uma multa ao de Coruche, quanto aos restantes torna-se caricato. Bem vistas as coisas, o presidente que se baldou é que devia pagar pelos outros.

publicado por portuga-coruche às 11:36
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Segunda-feira, 27 de Abril de 2009

O Santo que foi em jejum para a Batalha de Aljubarrota

Nuno Álvares Pereira é canonizado este domingo no Vaticano
 

O Santo que foi em jejum para a Batalha de Aljubarrota
Nuno Álvares Pereira demorou 600 anos a ser canonizado, mas, olhando para a sua história, com uma espiritualidade única, não se entende a demora do processo. Era preciso um milagre? Mas quantos terão ficado por avaliar nos séculos passados?

O Santo que foi em jejum para a Batalha de Aljubarrota
Nuno Álvares Pereira demorou 600 anos a ser canonizado, mas, olhando para a sua história, com uma espiritualidade única, não se entende a demora do processo. Era preciso um milagre? Mas quantos terão ficado por avaliar nos séculos passados? Nuno Álvares Pereira todos os dias ouvia duas missas, confessava-se frequentemente e comungava quatro vezes por ano. Diariamente, rezava as suas Horas, levantando-se pontualmente para rezar Matinas à meia-noite. Jejuava às quartas-feiras, sextas e sábados e nada o demovia. Até no dia das batalhas de Aljubarrota e dos Atoleiros, que ocorreram na Vigília de Nossa Senhora da Assunção e numa Quarta-Feira Santa foi em jejum defrontar os espanhóis. No livro "S. Nuno de Santa Maria", recentemente editado pela Zéfiro para assinalar a canonização de Nuno Álvares Pereira, é apresentada a mais completa colectânea de textos sobre a vida interior do Beato que se vai tornar Santo no próximo domingo, numa cerimónia que tem lugar no Vaticano. Pinharanda Gomes é o responsável pela selecção de textos e autor da cronologia fundamental de D. Nuno, também publicada no livro. Entretanto, esta semana, a Guimarães Editora também reeditou "A Vida de Nun' Álvares", de Oliveira Martins.

Olha-se para a história de Nuno Álvares Pereira e não se percebe como é que o Condestável do reino, unha com carne com D. João I, demorou seiscentos anos a ser canonizado. Em 1433, dois anos após a sua morte, já são evidentes os sinais da vontade régia de Nuno Álvares Pereira ser canonizado, tanto a nível da Corte como a nível popular, que nele reconhecia "o Santinho" ou "o Conde Santo". Nesta data também eram já frequentes as romarias ao Convento do Carmo, chegando a pintarem-se e esculpirem--se as primeiras imagens, algumas delas com aureóla, significando que era santo e não apenas beato. Em 1431, D. Duarte, que anos antes já tinha feito um sermão para pregar na festa do Condestável, escreve uma carta a D. Fr. Gomes, beneditino, abade do Mosteiro da sua ordem em Florença, solicitando empenho no processo de canonização. Era Papa Eugénio IV. Mas o rei não foi bem sucedido. Só 200 anos mais tarde o processo havia de ser retomado. Fr. José Alencastro, vigário-geral da ordem do Carmo, apresentou um pedido ao regente D. Pedro para que intercedesse junto da Santa Sé para a canonização de Nuno Álvares Pereira. O Papa era Clemente X mas parece não ter havido, da parte de Portugal, decisivo empenho. Em 1894, a causa foi retomada pelo Cardeal-Patriarca D. José Sebastião Neto no pontificado de Leão XIII, mas uma vez mais sem sucesso. Em 1914, sendo Papa Pio X, o patriarca D. António Mendes Belo entregou em Roma um novo processo diocesano, demonstrando a existência de um culto imemorial e contínuo ao Santo Condestável. Antes de falecer, Pio X aumentou, por decreto, as formalidades requeridas para o reconhecimento da antiguidade do culto. Porém, atendendo aos pedidos do Episcopado português, a Santa Sé dispensou o processo de Nuno Álvares dos novos requisitos. Em 1917, pouco depois das aparições de Fátima, o processo de Nuno Álvares Pereira foi apresentado na Congregação dos Ritos e votada por unanimidade. Em Janeiro de 1918, o Papa Bento XV ratificou a sentença da Congregação dos Ritos. Um mês depois o patriarca D. António Mendes Belo dá conta, em nota pastoral, da beatificação de Nuno Álvares Pereira. Em 1940, o cardeal Cerejeira faz uma Súplica ao Papa Pio XII pela canonização do Santo Condestável. Apesar de faltar a confirmação documental, é voz corrente que Pio XII se dispôs a canonizar por equipolência mas os canais diplomáticos não funcionaram adequadamente, pelo que se volveu ao formalismo e à exigência dos milagres. Em 7 de Março de 2008, o Papa Bento XVI autorizou a publicação de dois Decretos: um, reconhecendo as virtudes heróicas do Condestável; outro, atestando a cura milagrosa da senhora Guilhermina de Jesus, residente em Vila Franca de Xira, que perdera a visão do olho esquerdo num acidente, quando fritava peixe e foi atingida por salpicos de óleo a ferver, sem que por via médica obtivesse cura. Em 21 de Fevereiro de 2009 o Papa Bento XVI anunciou a canonização de Nuno Álvares Pereira para o dia 26 de Abril, o próximo domingo, no Vaticano. O cardeal D. José Saraiva Martins, Prefeito da Sagrada Congregação para as Causas dos Santos teve um papel essencial na condução de todo o processo, resignando ao lugar logo a seguir à aprovação dos decretos de 7 de Março. O SEMANÁRIO publica alguns extractos da selecção de textos do livro editado pela Zéfiro, de Alexandre Gabriel e Sofia Vaz Ribeiro. "Desde o início, Nuno encarava a Revolução Nacional como uma obra de Deus. Por espírito de Deus, disse ele, veio-me o pensamento de que a defesa do reino não pertencia a outrem, nem o devia nem o podia fazer, senão o Mestre de Avis. Em Santarém, ao ouvir as primeiras notícias sobre os acontecimentos que se desenrolaram em Lisboa, observou aos irmãos que isto era obra de Deus, que se queria lembrar de Portugal; que o Mestre agira bem ao vingar a desonra do irmão e ao pôr-se a defender o Reino, que os seus Avós com grande trabalho conquistaram, pois Portugal sempre fora um reino independente. Este pensamento continuou a guiar Nun' Álvares na sua árdua empresa, como mostra a Batalha dos Atoleiros. Esta batalha foi dupla: contra a desconfiança dos seus e contra os Castelhanos, lembra aos seus comandados que toda a vitória vem de Deus só, não dos homens. Não se cansa em repetir que, com a ajuda de Deus, há-de vencer. E na hora decisiva não apenas para ele, senão para Portugal todo, exortou: que se encomendassem a Deus e à Virgem Maria sua Mãe Concretização deste pensamento é o seu célebre estandarte, que representa por duas vezes Jesus e a sua Mãe virginal, além de S. João, S. Jorge e S. Tiago. Pois vendo como, não somente nas grandes coisas mas ainda nas muito pequenas, devemos sempre demandar ajuda daquele Senhor, sem o qual nenhuma coisa pode haver bom começo nem fim, propôs em sua alma haver Deus por seguidor principal de seus feitos. E onde são maiores os perigos, ali convém mais devota lembrança daquele Senhor de quem todo o auxilio o homem espera. Em Aljubarrota, antes que amanhecesse, começou a ouvir suas missas, e naquela tenda onde ele estava, clérigos davam o Santo Sacramento a quantos comungar queriam. Pouco antes da batalha chegaram-lhe alguns parlamentários, entre eles seu irmão Diogo, e por duas vezes observou-lhes: sois mais numerosos e melhor preparados, maior porém é o poder de Deus e a sua ajuda. Não sei se sois hereges ou infiéis, mas sei que o vosso rei faria melhor em tirar-se da excomunhão. E durante todo esse dia conservou-se em jejum, por ser a vigília de Santa Maria d'Agosto. Impressionante, quase lendária, é a sua atitude em Valverde: Nuno a rezar, escondido entre penhascos, no mais aceso da luta, quando as suas hostes estavam na iminência de uma derrota fatal. Mesmo informado do perigo, pelos que angustiados o encontraram, terminou calmamente as suas orações. Ainda não chegara a sua hora. Mas quando se levantou, era outra vez o guerreiro destemido e sempre vencedor. Mas disse mal, não era outra vez o guerreiro, pois não o deixara de ser quando estava a rezar. Nuno era diferente de nós, que assim o julgamos. Criado e crescido no serviço de Deus, nele interpenetravam-se o natural e o sobrenatural, ou mais exactamente: toda a sua actuação natural era aperfeiçoada e elevada pelo sobrenatural. Vivia na presença de Deus em todos os momentos e circunstâncias. Os seus afazeres e obrigações de estado não o afastavam de Deus - cumpria-as, olhos fitos em Deus." (Manuel Maria Wermers, O. Carm.) "Todos os dias ouvia duas missas e três nos sábados e domingos (...) confessava-se amiúde e comungava quatro vezes por ano: pelo Natal, Páscoa, Pentecostes e Santa Maria de Agosto, o que se admirava muito, visto os leigos, então, quase só comungarem pela Quaresma. Diariamente, rezava as suas Horas, levantando-se pontualmente a rezar Matinas à meia-noite, como se fosse um religioso; e isto enquanto viveu no mundo. Jejuava às quartas-feiras, sextas e sábados, e guardava todas as festas e dias prescritos pela igreja. Do jejum nunca se dispensava mesmo que viesse a cair nos dias em que havia de dar batalha. Este exercício de mortificação observou com o rigor costumado nos dias em que se travaram as batalhas dos Atoleiros e Aljubarrota, pois esta ocorreu na Vigília de Nossa Senhora da Assunção, 14 de Agosto de 1385, e aquela na Quarta-Feira Santa, 16 de Abril de 1384." J. Vaz de Carvalho, S. J. Logo a seguir à Batalha de Aljubarrota o Santo Condestável pôs mãos à obra de tributar à Senhora a sua homenagem. Tal facto de o Beato Nuno ter começado a planear uma tão grandiosa obra em honra de Maria levou a crer a vários autores que o mosteiro de Santa Maria tivesse resultado de um voto feito durante a Batalha de Aljubarrota ou Valverde. Crê-se, porém, mais plausível a opinião de Pereira de Sant'Anna que refere que a fundação não provinha de um determinado favor, senão das múltiplas mercês que a Virgem lhe havia concedido em várias ocasiões. O beato Nuno deve ter sentido muitas vezes a mão protectora da Virgem a quem tão ternamente amava. Nada mais tolerável que, vivendo a Pátria em paz, pensasse em retribuir à Senhora os favores recebidos. Em 1386, decorrido um ano após Aljubarrota, já estava alcançada licença do monarca e do Pontífice Urbano VI para a fundação do mosteiro. Foi lançada a primeira pedra em Julho de 1389. O imenso trabalho dos alicerces prolongou-se até ao ano de 1397 devido à fraca consistência do terreno e só em 1407 eram possíveis os primeiros actos cultuais no templo, não havendo por agora acomodação no edifício do claustro para os frades. Pela bula de 1386 do Papa Urbano VI vê-se que o Condestável não havia ainda determinado os moradores do convento, ou não tinha ainda, pelo menos, tornado pública a sua decisão. Quando cerca de 1392, escreveu ao vigário-geral dos carmelitas de Moura convidando-os a tomar conta do seu mosteiro, fala de conversas havidas já anteriormente a esse respeito. Pelo menos no ano de 1392 não era segredo para o vigário-geral que o convento de Lisboa era destinado aos Carmelitas. Que o Condestável desde o início havia pensado nos Carmelitas não no-lo diz a História. Todavia compreende-se que teria feito questão para o templo da Santa Maria, sua homenagem à Mãe de Deus, ser entregue a quem reconhecia os mais devotados à Virgem. (...) Ao entrar o portal do Mosteiro de Santa Maria do Carmo, onde acabou os seus dias, outra coisa não tinha além da samarra de pano que vestia, e vestia sempre até que Deus o levou". O desapego atingia o auge. Longe do mundo podia agora sem peias entregar-se a Deus e à Santa Virgem. Nuno de Santa Maria era o seu nome, porque quis ser filho devotado da sua Santíssima Mãe. Já de idade avançada e tendo sempre sido o general a quem todos e tudo se curvava, podemos compreender a ígnea espada, animava-o a usar contra si as armas do espírito de que fala o capítulo XV da Regra. Não dava tréguas à própria natureza; não era ele um incansável militante de Cristo? Os pobres, que o rodeavam à porta do convento, constituíam a sua felicidade, pois via neles a imagem do Senhor. Não são do Senhor as palavras de "aquilo que fizerdes a um dos mais pequeninos a mim o fazeis"? Já no mundo se tinha dedicado a esta virtude da perfeição cristã: a caridade. Não seria perfeito religioso se o não fosse cristão, ele o sabia; daí a sua ânsia da prática do bem para os outros, a quem amava como ao próprio Jesus. A si mesmo não poupava; não lhe bastava a humílima condição que levava no mosteiro. O mundo também devia saber que o grande Condestável era uma aragem de glorioso passado. Saiu a esmolar pelas ruas, pedindo a caridade de um pedaço de pão e um copo de água. Quem havia de reconhecer, neste frade mendigo, o herói de Atoleiros. Aljubarrota e Valverde? À espiritualidade Carmelita, a essa sim, devia aplicar-se com todas as forças da alma. Não lhe bastava a solidão do convento e o silêncio da sua cela; construiu na cerca do mosteiro uma pequena ermida em honra da Mãe de Deus onde, horas a fio, meditava em doces colóquios com os seus amigos. Era uma alma profundamente Carmelita, imbuída do espírito da Ordem. O essencial para o monge carmelita é a união com o Senhor, por meio de Sua Mãe. B. Nuno compreendeu-o perfeita e completamente. Na sua pobre cela apenas quis a imagem de Cristo crucificado. As paredes eram nuas: só se viam nelas uns cilícios e disciplinas. Na ermida do claustro do convento conservava uma imagem da Virgem da Assunção; e nada mais... Passava longas horas diante do Santíssimo Sacramento a rezar, sempre a rezar... Buscando contacto com o Criador em cuja presença devia viver, conforme disse, "como pedra no seu centro". Nove anos passou dentro de paredes do convento preparando-se para o derradeiro combate. Não conseguiu, no entanto, aquilo que era sua tenção: ser esquecido pelo mundo! Mas sucedeu o contrário: a sua fama de santidade passava irradiante para fora dos muros do mosteiro e, através dos séculos, chegou até nós."

 

in Semanário

publicado por portuga-coruche às 14:32
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Testemunho de uma sobrevivente

Gianna Jessen sobreviveu a um aborto por envenenamento salino. Deveria estar morta, mas milagrosamente sobreviveu. Nesse discurso na Austrália, Gianna nos comove com o exemplo de sua vida. Diga NÃO ao aborto! www.giannajessen.com

 

 

1.ª Parte

 

 

2.ª Parte

Parte 2 do depoimento em que Gianna Jessen conta como sobreviveu a um aborto por envenenamento salino, e incentiva a promoção da vida.

 

 

Inspiração: Blog Plataforma Pensar Claro

 

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Sexta-feira, 24 de Abril de 2009

Cortaram a porta de ourivesaria e levaram todo o ouro em exposição

A Ourivesaria Gordo, em Coruche, foi assaltada na madrugada de quinta-feira tendo os larápios levado todos os artigos em ouro que estavam em exposição. O mais incrível é que para entrarem na loja, situada na rua de Santarém, uma das mais centrais da vila, os indivíduos cortaram a parte de baixo da porta em chapa de aço e o vidro foi partido.

O proprietário da ourivesaria, Modesto Teixeira, disse a O MIRANTE que só perto da sete da manhã é que foi avisado da situação por um conhecido que lhe deu conta que a GNR estava junto ao estabelecimento. “Levaram tudo em ouro. Anéis, brincos, alianças, até tabuleiros vazios, tal foi a pressa que tiveram em roubar. Só se «esqueceram» relógios e outros artigos. Pelos vistos ninguém viu ou ouviu nada. Até a pessoa que mora por cima da loja foi dormir a casa da filha nesse dia”, lamenta Modesto Teixeira, que também mora a cerca de 200 metros do local.

Os indivíduos terão também tentado abrir o cofre da loja mas sem sucesso. A ourivesaria não tem alarme instalado mas Modesto Teixeira pensa agora em colocar um aparelho, já que até à data apenas tem confiado em cadeados blindados e nas grades nas montras.

Recorde-se que em Janeiro de 2008 Modesto Teixeira e o irmão Libério foram surpreendidos por dois indivíduos que entraram na loja ao final da tarde de dia 16. Libério foi de imediato agredido com um pé de cabra na cabeça, que lhe provocou lesões graves mas entretanto recuperou. Modesto estava na parte de trás da loja e surgiu com uma arma de calibre 6.35 milímetros com a qual conseguiu afugentar os ladrões, que se meteram num carro em aceleração onde estavam outros dois homens. Na altura ficou com os balcões em vidro danificados.

 

in O Mirante

publicado por portuga-coruche às 23:10
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Alunos de EMRC de Évora estiveram com S. Paulo

A localidade de Coruche recebeu mais de quatro mil alunos de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC). Realizado ontem (dia 23 de Abril), no Inter-Escolas da diocese de Évora os alunos aprofundaram conhecimentos – as viagens e os escritos - sobre S. Paulo. O Pe. Elias Martins, pároco de Coruche e professor de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) disse à Agência ECCLESIA que o tema central deste encontro partia do «Hino do Amor - (Carta de S. Paulo aos Coríntios) Sem Amor nada sou»

Na partilha das reflexões, cada escola da diocese apresentou um pensamento de S. Paulo. Para além deste momento formativo, “fizemos coreografias e mímicas relacionadas com S. Paulo” – frisou aquele docente.

A praça de touros da localidade foi a sede do encontro. “Antes, fizemos um desfile pelas ruas da vila onde predominava a alegria e a cor” – referiu o Pe. Elias Martins. Estiveram presentes mais de quarenta escolas da diocese. Ao nível da taxa de inscrição nas aulas de EMRC, aquele professor sublinhou que em Coruche, no Secundário, ronda os 60% e mais de 80% na Básica.

Os temas das aulas, os professores e a influência dos colegas são as razões do sucesso. “Não podemos esquecer que no secundário há competição de notas para entrar na Faculdade” – afirma. E completa: “se não tiverem EMRC têm mais uma hora livre para estudar”.

Aulas participativas, utilização de audiovisuais e mesas redondas são formulas que este professor utiliza para cativar os alunos. “O tempo em que se fazia somente exposição doutrinal já passou” – avança. E acrescenta: “não podemos confundir as aulas de EMRC com a catequese”.

No próximo ano, o Inter-Escolas da diocese de Évora será em Montemor-o-Novo.

 

 

in Agência Eclesia

publicado por portuga-coruche às 23:04
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Coruche promove Feira da Cortiça

A Câmara Municipal de Coruche apresentou esta semana, em Lisboa no restaurante “Portugalidade” na Praça de Toiros do Campo Pequeno, a primeira edição da Feira Internacional da Cortiça (FICOR), que acontece de 29 a 31 de Maio, em Coruche. Esta apresentação foi abrilhantada por uma “gourmet session” com a assinatura do conceituado chef Luis Suspiro que apresentou um prato de autor em torno da carne de rês brava e dos ingredientes do montado; tuberas, cogumelos, espargos, poejo, alecrim, rosmaninho, mel, entre outros produtos, temperos e condimentos. Isto porque a Feira Internacional da Cortiça vai ter também uma forte componente gastronómica, incluindo uma Praça de Restauração “Sabores do Montado”, um Casino do Vinho e uma prova vinhos que a organização quer colocar no livro de recordes do Guiness ao envolver no evento cerca de 7 mil pessoas.
Mas esta será uma feira essencialmente técnica e que contará com a presença de vários especialistas nacionais e internacionais. O debate será sobretudo em torno da valorização do montado de sobro, da matéria-prima “cortiça” e da sua sustentabilidade ecológica.
Nesta feira vai haver uma vertente lúdica no Parque do Sorraia, na zona ribeirinha, onde vão acontecer um vasto conjunto de iniciativas: um desfile de moda “Coruche Fashion Cork” by Ana Maria Lucas, com peças em cortiça assinadas por Luis Buchinho; a 45.ª Corrida de Toiros da RTP - 50 Anos da Casa de Pessoal, no dia 30 de Maio, às 22h, com transmissão em directo na RTP e ainda um vasto conjunto de actividades radicais e de ar livre.
Coruche aposta neste certame para relançar a cortiça como alavanca da economia nacional, um sector que representava 853.8 milhões de euros de facturação em 2007, isto é, 0,7% do PIB nacional e 2,3% do valor das exportações. Ao todo existem cerca de 720 mil hectares de montado de sobro em Portugal. Portugal exporta para mais de 100 países 90% da cortiça sendo que os principais destinos são: França, Estados Unidos da América, Espanha, Alemanha e Itália. As rolhas de cortiça continuam a liderar as exportações portuguesas de cortiça, atingindo 590 milhões de euros, seguido da cortiça como material de construção com 176 milhões de euros. De uma unidade industrial de Coruche saem diariamente cerca de 5 milhões de rolhas de cortiça.

 

in O Ribatejo

 

Finalmente uma corridinha, para tirar a "barriguita" da miséria, como se costuma dizer.

A propósito de "Corridas" e do programa a que assiti ontem à noite na SIC, o debate sobre os direitos dos animais, em que se fala do sofrimento do touro bravo como se de um animal doméstico se tratasse se tentou a todo custo retirar a dignidade à Tourada.

Um animal bravo que procura a luta a sério e que às vezes chegam a matar-se no campo tem lá comizeração e pena de si próprio para ter esse tipo de "sofrer" ? Desde que me conheço que vejo touradas e já tenho visto em animais bravos comportamentos que me levam a achar que eles como bravos também procuram a dor, assim como procuram a luta. E, se em força e agressividade o toureiro não lhes ganha, contrapõe com técnica, mestria e arte. Porque o Homem também é um animal e embora racional não se deve negar nem à sua hambição e procura de aperfeiçoamento, enfrentando com coragem e valentia os seus medos e desafios.

Considerar a tourada uma tortura como o jovem da associação de Amigos dos Animais é típico de quem desconhece a tourada o touro e o toureiro. Nós só conseguimos ver aquilo que sabemos. Avaliamos a realidade com o que sabemos e com base nisso tiramos conclusões, cada um pode tirar as suas, o que não se deve fazer é olhar para dentro e achar que tudo o que pensamos é o mais certo e tudo o que os outros defendem não é nada. Só aprendemos a partir do momento que conseguimos aprender e para aprender temos que reconhecer que não sabemos tudo. Para isso é necessária humildade.

Resta-me perguntar ao jovem vegan se um dia se descobrir que as plantas sentem ao morrer ele passa a comer pedras! De momento não se sabe se sentem, de qualquer modo a inocencia das plantas ou a falta de sensores nervosos não dignifica o acto de lhe tirar a vida ou dignifica ? Uma vida é uma vida e se não temos o direito de tirar a vida a um animal, seja para comer seja por fazer parte da nossa cultura ou mesmo espetáculo também não o temos em ralação às plantas e a todos os outros seres vivos, como os insectos e até microrganismos como as bactérias, isso porque os antibioticos e os antibacterianos dizimam muitos seres vivos microscópicos dos quais as associações de defesa dos animais nunca falam porque só se importam com os animais.... então e as plantas ?! os insectos ? os microrganismos ?!  O Homem ?

publicado por portuga-coruche às 11:53
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Tarifário criado pela Águas do Ribatejo gera reacções de desagrado

fotoFacturas da água e saneamento vão duplicar ou triplicar nalguns concelhos da Lezíria

As primeiras reacções políticas ao novo tarifário de água e saneamento implementado pela Águas do Ribatejo já começaram a surgir nalguns dos concelhos da Lezíria do Tejo. O candidato do PS à Câmara de Salvaterra de Magos classifica os novos preços como “uma violência inaceitável”. O PSD de Coruche diz em comunicado que nesse concelho o aumento mínimo é de 20 por cento e responsabiliza o presidente da câmara, o socialista Dionísio Mendes, que pertence também à administração da Águas do Ribatejo.

A entrada em funcionamento da empresa intermunicipal que agrega seis municípios (Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche e Salvaterra de Magos) motivou a criação de um tarifário único nesses concelhos, que até aí tinham tabelas distintas que eram estipuladas pelas respectivas câmaras municipais. Consequência: enquanto nalguns concelhos, como Alpiarça, o novo tarifário representa uma descida média de 12,5 por cento no preço da água, noutros, como Salvaterra de Magos e Chamusca, os aumentos nas facturas vão ultrapassar os cem por cento. Já que aí a conta mensal da água era pouco menos que simbólica.

Em Salvaterra de Magos, por exemplo, o preço da água não era actualizado há 11 anos. A factura, nalguns casos, pode triplicar ou quadruplicar. Um consumo mensal de 10 metros cúbicos de água passa de 4,30 euros para 12,85 euros com a taxa de saneamento incluída. O que leva o candidato do PS à câmara, Helder Esménio, a apelar aos deputados municipais “para que aprovem uma norma regulamentar na assembleia municipal que garanta que os aumentos sejam progressivos e não tão violentos, sendo o diferencial, no período mínimo de dois ou três anos, suportado pela autarquia”.

Foi essa, aliás, a medida assumida pela Câmara da Chamusca para reduzir os impactos do novo tarifário junto dos consumidores do seu concelho. A autarquia decidiu suportar parte desse aumento nos próximos três anos. “Vamos fazer o esforço de suportar cinquenta por cento do aumento no primeiro ano, 25 por cento no segundo ano e 12,5 por cento no terceiro. Pensamos que é um espaço de tempo normal para que os consumidores se adaptem aos novos tarifários”, disse Sérgio Carrinho numa sessão da assembleia municipal.

Mesmo assim, e segundo a Águas do Ribatejo, o novo tarifário “é mais vantajoso do que a generalidade dos praticados noutros sistemas de outras zonas do país e, até, na nossa região”. E acrescenta que em 2009 será praticado um tarifário social para apoiar as famílias mais carenciadas. A empresa está a enviar cartas aos consumidores onde, a par do novo tarifário, dá conta desses argumentos e dos investimentos que pretende realizar.

A Águas do Ribatejo foi inicialmente concebida com a participação de 9 municípios da Lezíria do Tejo. Santarém e Cartaxo saíram em ruptura e decidiram avançar com projectos autónomos. Golegã também saiu entretanto, num processo considerado pacífico. Actualmente fazem parte da empresa os municípios de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche e Salvaterra de Magos. Na calha está a adesão de Torres Novas, que se deve processar ainda este ano.

 

Investimento de 75 milhões até 2015

A Águas do Ribatejo garantiu recentemente o financiamento comunitário no valor de 42 milhões de euros do Fundo de Coesão para investir nos sistemas de abastecimento de água e de saneamento básico até 2015. Ao todo a empresa prevê gastar cerca de 75 milhões de euros nesse período. O objectivo é: construir 17 novas estações de tratamento de águas residuais (ETAR) e remodelar 13; construir 44 estações elevatórias e remodelar 12; construir 240 quilómetros de colectores de esgotos; criar 15 novas captações de água e remodelar duas; erguer 10 reservatórios de água e remodelar um.

 

O novo tarifário

Consumidores domésticos: 1º escalão (0 a 5 metros cúbicos) – 0,25 euros/m3; 2º escalão (6 a 15 m3) – 0,57 euros/m3; 3º escalão (16 a 25 m3) – 0,95 euros/m3; 4º escalão (26 a 50 m3) – 1,50 euros/m3; 5º escalão (mais que 50 m3) – 5 euros/m3.

Consumidores comerciais, industriais, garagens, instalações agrícolas e outras: 1º escalão (0 a 150 m3) – 0,85 euros/m3; 2º escalão (mais que 150 m3) – 1 euro/m3.

Estado e outras pessoas colectivas de direito público – 1,38 euros/m3.

Autarquias – 0,80 euros/m3.

Instituições privadas e associações: 1º escalão (0 a 20 m3) – 0,53 euros/m3; 2º escalão (mais que 20 m3) – 0,57 euros/m3.

 

in O Mirante

 

Vender água é o negócio da China e como perderam o aluguer dos contadores metem agora a "mão" na água.

Fazem-nos ainda o "favor" de facilitar e dar desconto a quem não pode pagar. Isso também eu ou qualquer pessoa pode fazer no serviço que presta:

Exemplo: Vamos á oficina mudar um peneu furado, o dono leva-nos mil euros, nós admirados, reclamamos ao que o dono diz que não nos devemos preocupar pois podemos pagar em suaves prestações ou então, em caso de não podermos mesmo pagar faz bom desconto. O que está aqui em causa não é é a justiça do sistema de pagamentos mas o facto de 1000 Euros ser demasiado para substituir um peneu furado.

O mesmo se pode aplicar ao preço da água que é um produto que embora necessite de estruturas para captar, tratar e destribuir, não  necessita de a produzir porque esta está disponível na natureza eles só a tem que tornar potável e fornecer em condições (o que também daria "pano para mangas").

Posso estar a cometer aqui algumas injustiças uma vez que desconheço como se encontram as estruturas de captação, tratamento e distribuição, assim como os parâmetros e objectivos da empresa Águas do Ribatejo. Espero que a qualidade da água melhore e deixe de ter calcário, metais pesados ou excesso de cloro como tem acontecido um pouco em todo o lado com consequências para os nossos aparelhos e a nossa saúde.

publicado por portuga-coruche às 11:20
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