Segunda-feira, 17 de Maio de 2010

Etario está com o Mic

O Blog "Etario" de Ernestino Tomé Alves, das Fazendas de Almeirim faz um comentário ao já depurado caso da Assembleia Municipal onde os deputados do Mic, Abel Matos e Gonçalo Ferreira se recusaram a votar favoravelmente uma moção elogiosa ao 25 de Abril de 1974.

Como para mim todas as opiniões são importantes e por isso mesmo ao fazer aqui um post lanço a debate toda e qualquer opinião.

Eis o post do Blog:

Salazar ainda assusta

O velho hábito de ler jornais  muitos dias após a sua publicação, levou a que lesse uma notícia publicada "in O Mirante de 05/05/2010, pág 33," que, não psso deixar de comentar.

 

O título rezava assim: "Eleitos do MIC de Coruche elogiam regime de Salazar na assembleia municipal ,SIC."

 

 Depois, em sub-título de menor dimensão: Sessão ficou marcada por troca de galhardetes a propósito de saudações feitas à Revolução dos Cravos.

 

Pelo desenvolvimento da aludida notícia se ficou a saber que os Deputados Municipais do MIC de Coruche não apoiavam a moção de apoio ao 25 de Abril, e, davam as suas razões para esse não apoio. Com a devida vénia transcrevo parte da declaração do Deputado Municipal que lidera o MIC de Coruche, igualmente publicada no desenvolvimento da referida notícia;..... SIC. "não posso votar favoravelmente uma moção que apoia um golpe de Estado, que por incompetência e leviandade acabou numa revolução onde quem fez o golpe não ficou com o poder e o poder caíu na rua, dando azo a todo o tipo de anormalidades, que só não se tornou numa ditadura comunista devido ao contra golpe do 25 de Novembro.

 

Por estes Deputados Municipais,  foram feitas ainda outras menções elogiosas correlacionadas com o estado da Nação no período de antes do 25 de Abril de 1974, mencionando o facto de, nesse tempo, ser Portugal um País respeitado internacionalmente, crescendo 6% ao ano havia emprego e estabilidade, a guerra do Ultramar estava ganha e tudo estava calmo, rematando com a pergunta : seria necessária uma revolução? E concluía que, agora sim, "temos tudo para que exista uma revolução, com o povo na rua, a contestação e a falência do País no horizonte.

 

Claro que a oposição, (segundo a dita notícia), contestou as afirmações, considerando-as um insulto.

 

Pois bem, as palavras do deputado Municipal do MIC de Coruche, levam-nos a uma reflexão de natureza axiológica com o passado recente,  e, finalmente,   alguém tem a coragem de dizer publicamente aquilo que uma grande maioria pensa baixinho.

 

Em boa verdade, e ressalvando o que de demagógico possa existir naquelas afirmações, para um Português, ou mesmo não o sendo, que tenha vivido os dois períodos políticos em questão, fácil se torna concluir que, existe muita verdade nas afirmações produzidas pelo deputado Municipal do MIC de Coruche .

O  humilde escriba destas linhas viveu os dois períodos políticos, tendo prestado serviço militar obrigatório no período de antes do 25 de Abril de 1974, portanto, em período de guerra no ultramar. Das reflexões, já muita vezes feitas, não tem sido possível, com certeza concluir, qual o período melhor ou pior, em termos globais. Releva a favor do período de antes do 25 de Abril de 1974, a incógnita do que teria acontecido em termos políticos e sociais, se não tivesse ocorrido a revolução dos cravos. Mas,  fica uma certeza quase absoluta; em termos sociais, políticos, económicos e de prestígio internacional, muito perdemos com a revolução. Somos agora um País periférico de uma Europa que faz o favor de nos acolher como membros, mas, com o rótulo de País sem políticos e políticas credíveis, em que, os seus governantes se embrenham em manobras de corrupção, cujo apuramento de responsabilidades e correspondente condenação, se perdem em intermináveis inquéritos. E isto é, a negação pura e simples, do ideal revolucionário de Abril de 1974.

 

 No período de antes de 25 de Abril de 1974, (vigência do Governo do Prof Marcelo Caetano) a política nunca foi uma actividade profissional , mas sim uma missão, para a qual eram escolhidos os melhores, havendo  respeito ou temor, no modo como se gastava os fundos públicos. Havia uma hierarquia que era respeitada e actuava célere contra os que ousassem desobedecer.

 

Éramos respeitados internacionalmente, independentes e não mendigávamos nada a ninguém, e, internamente,  não tínhamos a possibilidade de ser libertinos, vadios, arruaceiros, abusar de poder (como hoje fazem os sindicatos à ordem dos Partidos de esquerda). E, quem não cumpria com os seus deveres, cometendo crimes, era julgado e cumpria  a pena ou sanção a que fosse condenado até ao fim.

 

Com a revolução perdemos quase tudo! Apenas ganhamos a ilusão de que somos livres.

 

in Blog Etario

publicado por portuga-coruche às 07:00
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Sexta-feira, 7 de Maio de 2010

Eleitos do MIC Coruche elogiam regime de Salazar na assembleia municipal

Sessão ficou marcada por troca de galhardetes a propósito de saudações feitas à Revolução dos Cravos

Alguns deputados abandonaram a sala para não ouvir as intervenções que classificaram de “agressões”.

 

 

“Não posso votar favoravelmente uma moção que apoia um golpe de Estado, que por incompetência e leviandade acabou numa revolução, onde quem fez o golpe não ficou com o poder e o poder caiu na rua, dando azo a todo o tipo de anormalidades, que só não se tornou numa ditadura comunista devido ao contra golpe do 25 de Novembro”. Foi com este tipo de declaração que o líder do Movimento Independente de Cidadãos (MIC) por Coruche na assembleia municipal, Abel Matos Santos, contribuiu para que a sessão de sexta-feira ficasse marcada por uma acesa discussão.

Momentos antes, os deputados de PS e CDU, Artur Salgado e Rui Aldeano, tinham lido documentos de saudação ao 25 de Abril de 1974, e o choque foi inevitável.

Assim que o texto de Abel Santos começou a ser lido, sentiram-se as vozes de protesto. O eleito continuou na mesma tónica, com elogios à situação que se vivia em Portugal e no Ultramar antes da revolução. “Era preciso uma Revolução? O país crescia mais de 6 pontos percentuais por ano, a guerra do Ultramar estava ganha, havia emprego e estabilidade, Portugal era reconhecido internacionalmente, tudo estava calmo! Agora sim, temos tudo para que exista uma revolução, com o povo na rua, a contestação, a falência do país no horizonte”, pode ler-se na sua intervenção.

Vários deputados abandonaram a sala durante as declarações dos eleitos do MIC, preferindo não ouvir os jovens deputados que não viveram o 25 de Abril de 1974. É que a intervenção de Gonçalo Ferreira acentuou ainda mais o tom crítico, ao referir-se a “mortes, prisões políticas, censura, corrupção, tortura, ausência de liberdade”, na sequência da revolução. Situações que, em seu entender, não mereceriam qualquer celebração.

De volta à sessão, o deputado da CDU, Rui Aldeano, sugeriu que toda a “provocação” foi uma situação instigada por alguém exterior à assembleia, defensor do fascismo e contra a Constituição de Abril. E respondeu à letra. “Estes indivíduos estão aqui porque há dois anos houve apoios a este tipo de gente com conferências e apoios a estátuas do velho regime. Se esta vergonha se passou aqui foi porque eles perderam a vergonha e começam a sair da toca. E o senhor presidente da assembleia tinha obrigação de cortar a palavra ou acabar a assembleia. Por todos quantos conheço que sofreram na pele os horrores do fascismo em Portugal, viva o 25 de Abril!”, saudou o deputado, acolhido com vivas e aplausos pelas restantes bancadas municipais.

Ao longo da discussão o presidente da assembleia, José Coelho (PS), foi tentando que as intervenções se acalmassem durante o período mais quente, enquanto o presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes (PS), sentado a seu lado, não proferiu qualquer comentário.

A assembleia viria a acalmar. O deputado do PSD, Francisco Gaspar, apresentou uma moção saudando o 25 de Abril, à qual os dois deputados do MIC deram o seu voto contra. Armando Rodrigues (CDU) votou também contra por considerar que o 25 de Abril não era para todos, referindo-se aos deputados do MIC. Luísa Portugal (PS) declarou, a esse propósito, que só o 25 de Abril permitiu que aqueles elementos, como os restantes tivessem manifestado opiniões tão contestadas, e foi um dos deputados a ausentar-se para não ouvir o que apelida de agressões.

 

in O Mirante

publicado por portuga-coruche às 07:10
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Quinta-feira, 6 de Maio de 2010

Comunicado do MIC - Discussão em 30 Abril

COMUNICADO

 

“Democratas” tentam silenciar opiniões diferentes

 

 

No passado dia 30 de Abril, na Assembleia Municipal (AM) de Coruche, gerou-se acesa discussão no período de antes da ordem do dia, quando dois deputados (um do PS e outro da CDU) fizeram uma saudação ao 25 de Abril, que na perspectiva dos dois deputados do MIC estava cheia de inverdades e injustiças.

 

Se os deputados do MIC e toda a sala, escutaram sem interromper tudo o que os deputados do PS e da CDU quiserem dizer, já quando chegou a vez dos deputados do MIC usarem da palavra, alguns deputados da CDU e do PS quiseram silenciar os deputados do MIC, porque não concordavam com a opinião deles, utilizando alguns comportamentos próprios de arruaceiros.

 

O Deputado da CDU chegou a dizer à mesa que se devia “cortar a palavra ou interromper a sessão” para os deputados do MIC, Abel Matos Santos e Gonçalo Ramos Ferreira, não poderem falar.

 

Bem, esteve José Coelho, presidente da AM, que metendo ordem na sala, afirmou que “todos têm o direito à sua opinião e de a exprimir e que se não querem ouvir, saiam da sala”.

 

Excelente exemplo da “Democracia” que estes senhores professam, onde pelos vistos, só as ideias e opiniões deles, alinhadas pela sua doutrina, pode ser expressa, sendo que nada pode ser posto em causa, como os deputados do MIC fizeram.

 

Para que todos possam saber o que lá foi dito, e tirar a sua opinião, convido-os a visitar www.miccoruche.org onde estão na integra as declarações dos dois deputados do MIC, com os quadros apresentados, o áudio completo e um pequeno vídeo da comunicação social.

 

 

 

 

    

 

 

 

MIC – Movimento Independente de Cidadãos por Coruche

 

   

 

Contactos: www.miccoruche.org        info@miccoruche.org      960 240 665

 

publicado por portuga-coruche às 06:55
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Terça-feira, 4 de Maio de 2010

Discurso salazarista inflama Assembleia de Coruche

 No dia 30 de Abril, o "verniz estalou" na Assembleia Municipal de Coruche.

 

Observem o vídeo na Mirante TV:

 
O que motivou esta reacção ? Bem ... Consultado o site do MIC, temos acesso aos seguintes discursos (link para PDF) que transcrevo na integra:

Assembleia Municipal de Abril de 2010

 

Declarações dos deputados municipais do MIC, na Assembleia Municipal de Coruche no passado dia 30 de Abril de 2010, no período de antes da ordem do dia, a propósito de uma saudação cheia de inverdades.

Depois de ler as declarações, oiça o áudio das intervenções e tire a sua opinião sobre aqueles que se dizem "democratas" e que querem silenciar opiniões distintas das suas. Veja ainda como a comunicação social "imparcial", apresenta os acontecimentos.

 

Declaração de Abel Matos Santos

 

Ao ouvir a saudação ao 25/4, pelo deputado Salgado, quando afirma que “Abril é fazer estradas e regularizar as margens do rio, construir acessos”, lembrei-me logo das 7 pontes que o injustiçado Major Luís Alberto de Oliveira conseguiu para Coruche, e que pela primeira vez ligaram as margens do Sorraia até ao Monte da Barca, e que são as únicas que ainda temos.
Quanto ao Sr. Deputado Aldeano do PCP, ao ouvi-lo fazer a sua descritiva alocução, só me veio à mente, Cuba, Coreia do Norte e a União Soviética, onde o fascismo vermelho produziu os campos de morte, Gulags, e milhares de extermínios, como o de Kattin, só agora oficialmente revelado pela Rússia, onde milhares de polacos foram fuzilados.

Gostava de dizer o seguinte;

Não posso votar favoravelmente uma moção que apoia um golpe de Estado, que por incompetência e leviandade acabou numa revolução, onde quem fez o golpe não ficou com o poder e o poder caiu na rua, dando azo a todo o tipo de anormalidades, que só não se tornou numa ditadura comunista devido ao contra golpe do 25 de Novembro.
E depois quem ficou com o poder não defendeu os interesses nacionais, foram assumidas as razões dos nossos inimigos, dos inimigos de Portugal, daqueles que mataram os nossos soldados e as nossas populações
A questão é: Era preciso uma Revolução? O País crescia mais de 6 pontos % por ano, a guerra do Ultramar estava ganha, havia emprego e estabilidade, Portugal era reconhecido internacionalmente, tudo estava calmo! Agora sim, temos tudo para que exista uma revolução, com o povo na rua, a contestação, a falência do País no horizonte… enfim, a resposta está dada.
Mas esse golpe corporativo dos oficiais do quadro permanente, consubstanciado depois no MFA e na fraca democracia ou ditadura dos partidos, não evitou a destruição do Pais e colocou Portugal no caminho da falência, como se podem ver nestes 2 gráficos, apresentados recentemente na SIC por José Gomes Ferreira.
 

Como se pode constatar, a 1.ª Republica e o pós 25/4 são descritos com aumentos brutais da Dívida Pública (deficit) e diminuição extrema do saldo orçamental, enquanto durante a 2.ª Republica ou Estado Novo, existiram superavits que diminuíram a dívida a níveis nunca antes alcançados e os saldos orçamentais eram positivos.
 
 
E sem dinheiro da UE, todas as obras eram feitas com dinheiros nossos. As mais de duas mil Escolas que Sócrates fechou e as dezenas de Maternidades, já para não falar na Ponte Salazar e outras grandes obras feitas nessa época, são apenas alguns, poucos exemplos do que foi realizado.
Até a respeitabilidade internacional que tínhamos, fruto da honestidade e da verdade, é hoje uma miragem. Veja-se o exemplo, ainda há dias publicado na imprensa, quando em 1962 a Embaixada de Portugal em Washington recebeu pela mala diplomática um cheque de 3 milhões de dólares (em termos actuais algo parecido com 50 milhões de euros) com instruções para o encaminhar ao State Department para pagamento da primeira tranche do empréstimo feito pelos EUA a Portugal, ao abrigo do Plano Marshall.
Fomos o único Pais do mundo a pagar o empréstimo causando embaraço mundial, dado que mais nenhum país o fez. Que diferença para os dias de hoje!

Hoje em dia, fazem-se obras com dinheiros que não são nossos e estamos mais do que endividados, com assessores e lugares de nomeação política, que no plano autárquico representam por exemplo, mais de 2 mil administradores só em empresas municipais que para nada servem, a receber ordenados inconcebíveis, com lugares de nomeação dados aos membros dos partidos, com vencimentos chorudos, obscenos, com as implicações publicas que se sabem e nada se faz!

Portugal está a bater no fundo! A pouca vergonha e a corrupção, os favores, e a descredibilidade invadiram a Nação!
Foi isto que Abril nos trouxe! Nada mais do que isto! Um golpe de Estado, um acto duvidoso de uns quantos oficiais do quadro permanente, por questões corporativas e salariais, apoiados por desertores no exterior(imagine-se que um deles pretende hoje, ser Presidente da República), que nos quiseram trazer os famosos 3 D's - Descolonização, Democracia e Desenvolvimento.

A Descolonização “exemplar” tão propalada, foi a maior das vergonhas, tendo vitimado milhões de Portugueses de Timor, Angola, Moçambique e Guiné. Até Mário Soares, disse há dias numa conferência que, por exemplo, Cabo Verde não devia ter sido independente, que o povo não queria e ele também não, mas que nada pôde fazer. Hoje também ele percebe que foi um erro enorme!
A verdade chega aos poucos com os remorsos que atormentam o Fundador do Partido com maioria nesta sala e nunca sendo tarde para admitir erros é pena que só agora estas verdades venham a lume. A Verdade chega, tarde mas chega... mas ficamos a saber que afinal os Povos das nossas províncias de além-mar, queriam continuar a ser portugueses, não queriam ser abandonados à mercê dos caprichos das potências estrangeiras.
 
A Democracia, simplesmente não existe! Vivemos numa Ditadura dos partidos, dos apparatchiks. O Povo para nada conta, somente para ser manipulado e usado! Esta é a realidade aos olhos de todos!
 
O Desenvolvimento - Onde está? O interior do Pais deserto, as escolas fechadas, os correios, as maternidades, os centros de saúde, com os Portugueses fronteiriços a terem de ir a Espanha para serem tratados! Que VERGONHA, Crimes de Lesa Pátria! Somos hoje um Pais em subdesenvolvimento, mas enganem-se aqueles que acham que a situação não vai piorar ainda mais.

Portanto, de facto o que sobra são os 3 D’s, é DÍVIDA, DÉFICIT e DESEMPREGO, e acrescento um 4.º que é a DESAVERGONHICE.
 
Tenho dito!
 
 
Abel Matos Santos

 

 

 

 

 

Declaração de Gonçalo Ramos Ferreira

Devo dizer que aquilo que espero desta Assembleia Municipal, é que façamos sempre por construir um Concelho melhor para os nossos concidadãos, no entanto ouvi atentamente, ser feita aqui a defesa de uma suposta comemoração, que nada tem que ver com a resolução de problemas da nossa Terra e que é para a grande maioria do Povo Português, sinónimo de alheamento, desilusão e mentira.

Podia perguntar o que continuam a comemorar os Senhores? Mas não o perguntarei, até porque cresci à sombra de muita da propaganda mitificada, que aqui ouvi hoje, que visa por um lado colmatar a necessidade de recordar os melhores tempos de uma vida que já não volta, expurgar os sentimentos de remorso e por outro lado, legitimar um poder a todo o custo, mesmo que esse custo seja a perda da comunidade que dizem servir.

Mas tudo isso se vai esboroar, pois o que é falso não é sentido e quem mente, jamais conquista o coração de quem o ouve.

Para além do retrocesso social e económico provocado pelo Golpe dos Espinhos e pela posterior desordem que tomou o País, não PODEMOS esquecer que esta data marca o abandono, por Portugal, de milhões de pessoas, que foram simplesmente entregues à morte, pessoas essas que acreditavam e lutavam por uma ideia, que teve eco durante 500 anos da nossa história.
Mortes, prisões políticas, censura, corrupção, tortura, ausência de liberdade, tudo isto Abril nos trouxe, não me é possível portanto, comemorar uma data responsável por tamanha injustiça e derramamento de sangue.

Não foi uma revolta do Povo, como aprendemos nos bancos da escola, surgiu sim de motivos pessoais de alguns, que se serviram do socialismo de sofá, para legitimarem uma estória, cheia de ingredientes demasiado repetidos e demasiadamente mal contados.

Hoje vivemos numa sociedade profundamente materialista, que nega o espírito, a vida humana como valor supremo, para ser praticamente amoral. A sua tendência para a exploração das massas sem benefício palpável para o Povo, para o igualitarismo por baixo, levou-nos ao ódio das coisas Portuguesas e a tudo o que é superior pela inteligência, pela virtude e pela beleza.

Tempos houve em que foram criadas as condições para se ter esperança numa vida melhor e hoje essa esperança já não existe. Somos o País mais pobre da Europa Ocidental e estamos irremediavelmente à margem da História, num obscuro canto da Europa.

É difícil comparar algo tão complexo como a qualidade de vida, mas podemos comparar a evolução portuguesa com as economias mais desenvolvidas da Europa, e o facto é que Portugal foi o país da Europa com maior crescimento do PIB per capita até 1974, quintuplicando o valor inicial de 1926.
 

Hoje, e como nunca antes, assistimos ao abandono do País, pelos Portugueses em busca de melhores condições de vida, estando em curso uma substituição demográfica, que só nos leva a um caminho, a perda da nossa ancestral Identidade.

O nosso país abriu falência, e é hoje uma colónia de Bruxelas, que nos vai dando esmolas para conseguirmos sobreviver, pois os tais capitães de Abril, reduziram Portugal a uma «pobreza franciscana», onde só houve liberdade para se hipotecar as futuras gerações e nos entregarmos à agenda de sociedades secretas como a Maçonaria.

A entrada de Portugal na Europa, que data do século XIX e não da entrada aos trambolhões na CEE, nunca beneficiou a generalidade do Povo Português. Beneficiou, sim, os interessados no carreirismo político e aqueles que estavam cansados do controlo que fora em tempos exercido sobre os negócios e fortunas e que se viram assim sem contas a prestar, aos Portugueses.

Hoje, temos o nosso interior votado ao abandono, as nossas aldeias a desaparecer, os nossos campos sem cultivos, a Europa paga-nos para não produzirmos, bastando os camiões pararem três semanas para os Portugueses saberem o que é não terem comida para colocar na mesa, é impensável como nos deixamos chegar conscientemente a esta situação.

Se Portugal tivesse sido governado por um Estadista nos últimos quinze anos, há muito que ele teria sido deposto. Tinham-se-lhe exigido responsabilidades pela estagnação económica, o desemprego galopante, o estado das contas públicas. Porém, como o país foi governado pela maioria, pedem-se responsabilidades a quem? Ninguém. É impossível, uma maioria não é uma pessoa, é uma entidade impessoal, logo ninguém é responsável por nada.
 
 

Tempos houve em que o Estado prestava contas, era sério, sem nunca recorrer à partidarização do serviço público.

Hoje o dinheiro, as possibilidades de ascensão e o apossamento de lugares a todos premeia, desde que embarquem na imoralidade do carreirismo político e na venda de convicções a troco de benesses, fechando-se uma porta para uma realização profissional discreta e honesta, para uma vida de dedicação sincera a valores e a pessoas, mas onde se abre uma janela, para o exibicionismo, para o servilismo de mão estendida.

O legado do 25 de Abril não gerou portugueses mais inteligentes, nem mais cultos, nem criou o capital necessário para fazer hospitais e maternidades. Antes pelo contrário. Criou a ilusão, de que o desenvolvimento não requer nem esforço, nem trabalho, nem estudo, nem poupança, criou a ilusão de que o desenvolvimento é um direito que os governos atribuem por decreto.

Depois do fracasso do socialismo, o capitalismo e a lei de mercado não são a única via possível, devemos caminhar para uma sociedade em que  vivamos em harmonia com a natureza, abolindo a submissão à economia, evitando as seitas políticas, fazendo a defesa do nosso interior, das nossas famílias, dos trabalhadores, contra a desumana capacidade do capitalismo e contra a usura.

Nada garante que o curso da governação seja corrigido e reorientado para o bem comum, quem dirige a nossa política externa, não sabe tirar partido das vantagens que a nossa situação geográfica nos garante. Devemos retomar uma política, que vire Portugal para o Atlântico.

Só podemos ser absolutamente livres de servidões e de interesses e só temos um partido, Portugal.

Gonçalo Ramos Ferreira
 
 
                   
Vamos fazer o seguinte: Colorir a verde tudo aquilo que concordo e a azul aquilo que não concordo!
Comentarei assim que consiga recuperar (!) e tenha tempo. Faço questão de o fazer, dado o teor dos discursos e reacções.
Os meus comentários ficarão a verde de modo a se destacarem do azul.
Eis as "frases mais quentes":
Discurso de Abel Matos Santos
1 - "Não posso votar favoravelmente uma moção que apoia um golpe de Estado, que por incompetência e leviandade acabou numa revolução, onde quem fez o golpe não ficou com o poder e o poder caiu na rua, dando azo a todo o tipo de anormalidades...." Se os militares tivessem mantido o poder passaríamos para uma ditadura militar? Estamos a falar de pessoas cultas que sabiam a liberdade que gozava um francês ou inglês! Estamos a falar de pessoas que sabiam que o futuro de Portugal não passava pela exploração e imposição de ideias mas pela liberdade e evolução do nosso país num quadro democrático, que eram onde se encontravam os restantes países europeus ou para lá caminhavam, como era o caso da Espanha e Itália 
2 - "A questão é: Era preciso uma Revolução? O País crescia mais de 6 pontos % por ano, a guerra do Ultramar estava ganha, havia emprego e estabilidade, Portugal era reconhecido internacionalmente, tudo estava calmo! Agora sim, temos tudo para que exista uma revolução, com o povo na rua, a contestação, a falência do País no horizonte… enfim, a resposta está dada. " Opsss Espera aí! Estamos a falar de Portugal? A guerra estava ganha?! A guerra estava perdida! Em terra, no mar e até no ar. O apoio internacional de que beneficiavam os grupos armados permitia-lhes possuir armamento mais moderno e poderoso. O emprego que existia era precário e a calma era de medo.
3 - "Mas esse golpe corporativo dos oficiais do quadro permanente, consubstanciado depois no MFA e na fraca democracia ou ditadura dos partidos, não evitou a destruição do Pais e colocou Portugal no caminho da falência". A revolução era inevitável, dado que o estado novo insistia a todo o custo continuar a perder homens e material numa guerra perdida (para não me repetir, noutros pontos destaco outras razões). O facto de Portugal estar numa situação difícil terá mesmo a ver com o fim do regime e com o "25 de Abril"? O facto de Portugal ter ficado com 50 anos de atraso, relativamente a outros países não conta? As escolhas, ou as más escolhas do povo não tem também a ver com o atraso que o país tem?
4 - "... Ponte Salazar ..." Que eu saiba agora chama-se "Ponte 25 de Abril" Conheço apenas uma razão para se continuar a insistir que a ponte tem o antigo nome, pode ser que alguém apareça e me diga que para além da apologia do estado novo existem outras razões para insistir em chamar o antigo e não o novo nome.  
5 - "Até a respeitabilidade internacional que tínhamos, fruto da honestidade e da verdade, é hoje uma miragem" A respeitabilidade não existia! Portugal não tinha nenhuma credibilidade internacional! Todos, de uma maneira ou de outra pressionavam Portugal para resolver a questão colonial. A questão da ditadura política, nomeadamente a manutenção de presos políticos a perseguição ideológica eram temas diários a nível internacional. O atraso industrial e o analfabetismo do nosso povo também eram tema de preocupação internacional. A tortura e monopolização da opinião pública através da censura também não abonavam nada a nosso favor. Portugal era visto como um país atrasado em todas essas vertentes e mais algumas.
6 - "Foi isto que Abril nos trouxe! Nada mais do que isto! Um golpe de Estado, um acto duvidoso de uns quantos oficiais do quadro permanente, por questões corporativas e salariais, apoiados por desertores no exterior" Acham pouco? Tenha sido por qualquer razão. Uma ditadura repressiva que perseguia quem não se dobrava, que mantinha asquerosos bufos denunciadores, que asfixiava o pensamento. 
7 - "A Descolonização “exemplar” tão propalada, foi a maior das vergonhas, tendo vitimado milhões de Portugueses de Timor, Angola, Moçambique e Guiné." Não duvido! Tudo poderia ter sido feito de outra maneira. Acredito que se Salazar tivesse ouvido Spínola e aceite a sugestão de atempadamente negociar autonomias este problema não teria surgido. A persistência em continuar a remar contra a vontade internacional enfraqueceu o regime.
8 - "ficamos a saber que afinal os Povos das nossas províncias de além-mar, queriam continuar a ser portugueses, não queriam ser abandonados à mercê dos caprichos das potências estrangeiras.Nunca foram os "povos" a escolher! Havia uma guerra fria entre duas grandes potências (URSS e EUA) e os lideres revolucionários africanos foram doutrinados directa ou indirectamente por elas, ou sob a sua influência. Eram por isso também apoiados monetariamente, com armamento e treino. Em Abril de 74, exceptuando Cabinda que insistimos em incluir no "Pack Angola", quais eram as colónias que queriam continuar a pertencer a Portugal? Timor? NÂO; Guiné? NÂO; Angola?NÂO; Moçambique?NÂO; Cabo Verde ou S.Tomé? NÂO, o que é que resta!?
Discurso de Gonçalo Ramos Ferreira
1 - "ouvi atentamente, ser feita aqui a defesa de uma suposta comemoração, que nada tem que ver com a resolução de problemas da nossa Terra e que é para a grande maioria do Povo Português, sinónimo de alheamento, desilusão e mentira." Discordo, principalmente porque como está comprovado se continua a ignorar a realidade. O 25 de Abril é e deverá ser uma comemoração. É um dia em que se deveria expor o que foi o Estado Novo, falar-se das torturas e prisões, da censura e daqueles que morreram a lutar. Muitos foram também aqueles que voltaram inválidos ou com traumas de guerra. Muitos são aqueles que ficaram sem um pai, um irmão ou um tio ou ainda o seu grande amigo de infância.
2 - "cresci à sombra de muita da propaganda mitificada, que aqui ouvi hoje, que visa por um lado colmatar a necessidade de recordar os melhores tempos de uma vida que já não volta, expurgar os sentimentos de remorso e por outro lado, legitimar um poder a todo o custo, mesmo que esse custo seja a perda da comunidade que dizem servir." Os problemas actuais, sejam de segurança, sejam morais ou ainda políticos ou sociais, não são causados pela revolução de 25 de Abril de 1974! Estamos em 2010! Não percebi a referência aos "...melhores tempos de uma vida que já não volta..." seria aos tempos em que uma sardinha era comida por seis pessoas? Em que se era preso por discordar da guerra ou por outra razão qualquer? Eu ainda sou do tempo em via em Coruche pessoas descalças. Ou ainda dos tempos em a maioria dos portugueses nem a 4.ª classe acabavam porque tinham de ajudar a família a sobreviver, enquanto na restante Europa os jovens estudavam línguas e história e viajavam livremente. Quantos intelectuais se perderam com o analfabetismo? Quantos poetas e escritores? Políticos ou cientistas? Pessoas que podiam ter contribuído para o nosso país e que agora nem cultura geral sabem discutir. Vê-se idosos ingleses e alemães, japoneses e americanos, assim como franceses por todo o lado! Viajam e conhecem, falam várias línguas e estudam e depois que quisermos ver os nossos, basta ir a um Centro de Saúde. É o mais longe que eles vão. Isto porque nasceram sem nada num país inculto e rural.
3 - "o que é falso não é sentido e quem mente, jamais conquista o coração de quem o ouve." Também não concordo! Os políticos prometem o que não tem, a quem nunca pretendem beneficiar pelo poder que querem conquistar. As pessoas acreditam e votam neles e o resultado é aquele que todos sabemos!
4 - "Para além do retrocesso social e económico provocado pelo Golpe dos Espinhos e pela posterior desordem que tomou o País, não PODEMOS esquecer que esta data marca o abandono, por Portugal, de milhões de pessoas, que foram simplesmente entregues à morte, pessoas essas que acreditavam e lutavam por uma ideia, que teve eco durante 500 anos da nossa história.
Mortes, prisões políticas, censura, corrupção, tortura, ausência de liberdade, tudo isto Abril nos trouxe, não me é possível portanto, comemorar uma data responsável por tamanha injustiça e derramamento de sangue." Realmente ...... Gonçalo, tem sentido febre? Acha que pondo as coisas desta maneira não é ser salazarista nem fazer a apologia do Estado Novo? Nesse caso o que será? Não me cabe a mim defender a descolonização e o modo como foi feita, mas, como já referi nos comentários que fiz, a principal razão que levou a semelhante desfecho foi o arrastar da situação. Imaginem um autocarro em crescente velocidade a dirigir-se para um penhasco, quanto mais tarde sairmos mais nos magoamos e se continuarmos morremos.  Houve quem dissesse atempadamente para se parar, enquanto era possível parar, mas quem mandava achava que não .... o resultado já todos sabemos qual foi.
5 - "A entrada de Portugal na Europa, que data do século XIX e não da entrada aos trambolhões na CEE, nunca beneficiou a generalidade do Povo Português. Beneficiou, sim, os interessados no carreirismo político e aqueles que estavam cansados do controlo que fora em tempos exercido sobre os negócios e fortunas e que se viram assim sem contas a prestar, aos Portugueses." Continuo a discordar. A nossa entrada na CCE foi a nossa única saída. Não ocupamos a posição que desejamos, mas estariamos sem dúvida muito pior se estivessemos sozinhos nesta pontinha da Peninsula Ibérica e com o Escudo.
6 - "Se Portugal tivesse sido governado por um Estadista nos últimos quinze anos, há muito que ele teria sido deposto. Tinham-se-lhe exigido responsabilidades pela estagnação económica, o desemprego galopante, o estado das contas públicas. Porém, como o país foi governado pela maioria, pedem-se responsabilidades a quem? Ninguém. É impossível, uma maioria não é uma pessoa, é uma entidade impessoal, logo ninguém é responsável por nada." Será que tinha sido deposto ou teria eliminado qualquer oposição? A responsabilidade, independentemente se um político é eleito por maioria ou minoria existe sempre. A grande diferença é que mesmo que mesmo que um político seja eleito por maioria e seja um crápula, foi o povo que lá o meteu.
7 - "O legado do 25 de Abril não gerou portugueses mais inteligentes, nem mais cultos, nem criou o capital necessário para fazer hospitais e maternidades. Antes pelo contrário. Criou a ilusão, de que o desenvolvimento não requer nem esforço, nem trabalho, nem estudo, nem poupança, criou a ilusão de que o desenvolvimento é um direito que os governos atribuem por decreto. " Novamente discordo! O país está hoje muito mais evoluido em todos os aspectos. Infelizmente temos muitos anos de atraso e ainda por cima entre os políticos não apareceu ainda um visionário, alguém carismático que nos possa orientar de modo a que possamos sair da lama, tipo Charles de Gaulle.
Digam o que acham nos comentários a este post ou enviando um e-mail para estes Coruchenses do MIC
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Domingo, 21 de Março de 2010

Comunicado do MIC


 
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Basta de Insegurança!

É preciso fazer cumprir a Lei!

 

A insegurança, as agressões físicas e verbais são uma realidade nas escolas de Coruche.
 

No dia 18 de Março, uma auxiliar da Escola de Vale Mansos foi bárbara e cobardemente agredida, tendo sido transportada em estado grave para o Hospital Distrital de Santarém.
Tem havido agressões físicas a alunos nas várias escolas de Coruche e agressões verbais e ameaças físicas aos Professores. Basta!

Todos sabem quem pratica os actos criminosos de violência e coacção, alguns elementos da etnia cigana, que vêem os seus subsídios sociais serem cortados devido ao não cumprimento dos requisitos legais para poderem ser apoiados, nomeadamente às famílias de jovens que têm de frequentar a escola e não o fazem.

O Agrupamento Escolar de Coruche criou um projecto específico para os alunos dessa etnia, para a sua integração e eles não aderem. Onde está a CPCJ?

As Escolas pelo simples facto de terem de cumprir a Lei, vêem os funcionários ameaçados, os professores têm medo, as crianças e jovens não querem ir à escola. O medo e o terror instalaram-se nas nossas escolas!

Onde estão a Autoridade e as Forças de Segurança? Estão sem efectivos permanentes e meios legais para poderem fazer cumprir a Lei e dar segurança efectiva aos cidadãos, aos alunos, aos professores, às famílias. Politicamente não lhes é dado força! Ninguém se queixa com medo e o Ministério Público não pode actuar.

Onde está a Câmara Municipal de Coruche? O MIC nas últimas eleições defendeu a criação de um corpo de Polícia Municipal e acções concretas para aumentar a segurança, como o estabelecimento de um contrato local de segurança com o Estado.

Sabíamos que esta situação iria acontecer e vai piorar se nada for feito! É preciso dar segurança a quem toma decisões e é preciso ser firme e enérgico no cumprimento da lei.

É aqui que o Estado de Direito é posto em causa, pelo que é preciso agir já! Não podemos permitir que a justiça se torne popular e caia na rua com os cidadãos a terem de zelar pela sua própria segurança.

O MIC – Movimento Independente de Cidadãos por Coruche apela ao Executivo Municipal que tome decisões excepcionais para apoiar o Agrupamento Escolar e a GNR no cumprimento da sua missão e da legalidade.

O MIC já solicitou no órgão onde se encontra eleito uma reunião de emergência com o Sr. Presidente da Assembleia Municipal e apela à união de todos os líderes autárquicos no sentido de coordenar acções e esforços para dar segurança à população de Coruche e punir os criminosos.

O MIC fará chegar esta informação e o pedido de acções e medidas eficazes ao Sr. Presidente da Autarquia de Coruche, ao Sr. Governador Civil de Santarém, ao Sr. Comandante Geral da GNR, aos diversos grupos parlamentares da Assembleia da República, ao Sr. Ministro da Administração Interna, ao Sr. Primeiro Ministro e ao Sr. Presidente da República.

É fundamental que a população de Coruche se una em torno de um objectivo vital para a nossa vivência em sociedade, a Segurança!
 
 
MIC - Movimento Independente de Cidadãos por Coruche

 

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publicado por portuga-coruche às 15:06
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Quarta-feira, 30 de Dezembro de 2009

“Os primeiros planos directores municipais foram feitos por ignorantes”

Arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles esteve em Coruche numa palestra
 

“Os primeiros planos directores municipais foram feitos por ignorantes”
 

fotoRegressou à terra que o viu nascer para criticar o que tem sido feito em termos de urbanismo e ordenamento do território. “A política que se faz em Portugal não conhece o país no sentido do que é a terra e o território”, diz Gonçalo Ribeiro Telles.
 

 

“Os primeiros planos directores municipais (PDM) foram feitos por ignorantes com a intervenção de responsáveis políticos”. A opinião foi expressa pelo arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles em Coruche durante a conferência “Coruche na perspectiva de Portugal”, promovida pelo MIC – Movimento Independente de Cidadãos por Coruche.

Perante uma plateia com cerca de 20 pessoas, no auditório do museu municipal, entre as quais se encontravam os sobrinhos do palestrante António e João Ribeiro Telles e o seu irmão, David Ribeiro Telles, Gonçalo Ribeiro Telles foi directo ao assunto. Segundo o arquitecto, a par do desconhecimento de quem projecta os planos directores, fez-se e tem-se feito uma campanha contra a reserva agrícola e reserva ecológica catalogando-as erradamente como obstáculos ao desenvolvimento.

“Estes instrumentos de defesa do território devem ser sim aperfeiçoados para nos servirem melhor. Não há coe-são do território, o mais importante é a revisão dos planos directores. E as populações têm que saber o que é, como é e como se faz uma estrutura ecológica municipal”, salientou o arquitecto.

Para o reputado especialista, a consequência da cada vez maior expansão urbana é o incremento da especulação imobiliária e a morte progressiva das aldeias, em vez de se construir em cima do que se demoliu. “A política que se faz em Portugal não conhece o país no sentido do que é a terra e o território”, acrescentou.

Gonçalo Ribeiro Telles identificou ainda o corredor que atravessa Benavente, Coruche, Ponte de Sôr e Mora como sendo de vital importância para o abastecimento alimentar da região da grande Lisboa. Sublinhou que há que aproveitar esse facto para apostar numa agricultura intensiva de abastecimento da área urbana da capital, já que num futuro próximo as cidades vão necessitar de ter a agricultura cada vez mais perto de si, defende.

No que respeita à região de Coruche, o arquitecto paisagista considera que a construção do novo aeroporto de Lisboa é uma oportunidade para não fazer do espaço um dormitório de Lisboa. “Isso seria um desastre”, garante.

 

Margem do Sorraia perdeu

a sua “naturalidade”

Gonçalo Ribeiro Telles confessa que não lhe agrada o que se fez à margem ribeirinha do rio Sorraia em Coruche, sua terra natal. Para o arquitecto as margens criadas em forma de dique de protecção de pedra são margens mortas, que afastam os peixes. “É preciso naturalizar as margens, com os caniços, com uma estrutura arbustiva e árvores de pequeno porte, para se criarem margens elásticas que amorteçam as forças das correntes e criem espaço de vida para os peixes se desenvolverem e a vida se estabelecer” exemplificou.

O arquitecto censurou ainda a construção de edifícios de três e quatro pisos, com elevador e caves para garagens, em terrenos húmidos, que só pode vir a significar inundações nestas estruturas. Mas também não esqueceu a morfologia dos novos parques infantis, inseridos em zonas de lazer, que considera descabidos. “Que pode querer melhor uma criança do que um amplo espaço verde de relva e árvores para brincar?”, questionou.

 

in O Mirante

publicado por portuga-coruche às 22:24
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Comunicado do MIC - Regionalização


 
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Somos a favor do Municipalismo, da Descentralização, não da Regionalização

 

Os objectivos da maçonaria ainda não foram todos cumpridos. Falta a regionalização. Desde 1820, que alguns sectores da sociedade buscam a criação da República Federal da Ibéria, que António Sardinha, o Pensador integralista, já havia denunciado em “Na Feira dos Mitos” e “Ao Ritmo da Ampulheta”.
 
A regionalização, recusada pelos Portugueses, no referendo de 1998, implica perda do sentido de coesão nacional, esvaziamento das competências das autarquias e a criação de uma estrutura político-administrativa, que irá aumentar o já enorme peso do Estado na nossa sociedade.
 
Miguel Torga também não compreendia porque motivo estava o mundo a braços com o drama das diversidades e nós que há novecentos anos temos unidade na língua, nos costumes e na religião, a queríamos destruir desmioladamente. Até o socialista Mário Soares classifica a regionalização como um erro colossal, dizendo-se sim, "a favor da descentralização de muitos serviços e da desconcentração de decisões" afirmando ainda que "a regionalização iria criar uma nova classe de políticos, com tendência para retirar poderes às autarquias".
 
Mas José Sócrates já decidiu que o país terá cinco regiões. Não serão quatro ou seis ou qualquer outro número a decidir pelas populações. No fundo esta manobra, trata-se apenas de lançar mais areia para os olhos dos Portugueses, com o intuito de desviar a atenção dos reais problemas do País, como tem sido apanágio desde executivo.
Onde está a descentralização deste PS no contexto da Saúde, da Educação?
Porque querem destruir a unidade nacional que existe desde a nossa fundação?
 
A perda do sentido de coesão nacional será inevitável. Um chefe de um governo regional tem que estar politicamente empenhado com a sua região, não tem que se preocupar com os problemas das outras regiões. Assim, a solidariedade das regiões mais ricas, para com as mais pobres que também deixariam de receber a acção equilibrada do governo central, seria de imediato abolida pelos novos sobas, oriundos das diversas máquinas partidárias.
Com a regionalização, o País sofrerá assimetrias bem maiores.
 
Os políticos tendem a gostar da regionalização porque esta criará mais cargos, muito apetecidos por quem vive da política profissional. Se as regiões vão ter alguma autonomia financeira, em vez de viverem penduradas no Orçamento de Estado, terão de poder elas próprias lançar impostos, de maneira a existir responsabilidade fiscal.
Ora lançar impostos regionais implica, ter um pequeno parlamento em cada região, isso apenas irá aumentar os custos de gestão do Estado, o número de cargos para as máquinas partidárias e o número de guichés a visitar quando se tem um qualquer ofício em mãos. A regionalização irá multiplicar os obstáculos burocráticos às pessoas e às empresas e é disso que a corrupção também se alimenta.
 
O funcionalismo público cresceu nas últimas três décadas, de 200.000 para 750.000 funcionários. Portugal não se pode dar ao luxo de alimentar os 100.000 funcionários políticos que existem actualmente, quanto mais acrescentar os milhares que a regionalização irá criar, para nada produzirem e serem factor de imobilismo.
 
Somos a favor do Municipalismo através da acção descentralizadora do Estado, ao dar autonomia às unidades locais para gerirem os seus recursos, aumentando a sua responsabilização. Somos a favor da Descentralização equilibrada, através da acção governativa conciliadora que deve ser o papel do Estado, assegurando mecanismos de prevenção e de controlo dos caciquismos locais.
 
Há países eficientes onde não existem regiões administrativas, no entanto podemos constatar, citando o exemplo do Brasil, que a adopção do federalismo em 1891, não contribuiu para equilibrar as assimetrias dos seus vários Estados, como ainda os fez divergir ao nível do desenvolvimento.
Actualmente, Portugal é um país litoralizado com um interior entregue ao abandono, entendemos ser emergente uma reorganização e uma verdadeira descentralização e desconcentração dos centros de decisão por parte do poder central, que visem enfrentar os problemas locais, através de uma delegação efectiva de poderes e competências.
 
No entanto, criar regiões à semelhança da Madeira e dos Açores, apenas multiplicaria as dificuldades, as assimetrias, a despesa e o aumento das conflitualidades em detrimento do todo Nacional.

 

Abel Matos Santos e Gonçalo Ramos Ferreira
Deputados Municipais pelo
MIC - Movimento Independente de Cidadãos por Coruche

 

publicado por portuga-coruche às 09:33
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Gonçalo Ribeiro Teles em Coruche


 
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Gonçalo Ribeiro Teles em Coruche

 

Não se sabe para onde se vai, porque não se sabe de onde se vem

 

Foi assim que o Arquitecto Paisagista Gonçalo Ribeiro Teles, iniciou a sua conferência intitulada “Coruche na perspectiva de Portugal”, no passado dia 19 de Dezembro, no auditório do Museu Municipal de Coruche, em iniciativa do MIC – Movimento Independente de Cidadãos por Coruche.

Numa extraordinária palestra, que durou cerca de duas horas, o Arq. Ribeiro Teles continua a mostrar uma vitalidade fora do comum e um pensamento acutilante e esclarecido, preocupado essencialmente com o futuro, nomeadamente com a forma como actuamos sobre o território e as consequências que isso tem na vida das populações.

Ribeiro Teles, fez um enquadramento global e nacional da problemática dos espaços, para se referir a Coruche e ao corredor que enquadra os concelhos de Benavente, Coruche, Mora e Ponte de Sôr, como sendo de vital importância para o abastecimento alimentar da região da grande Lisboa.

Apontou as revisões dos Planos Directores Municipais (PDM) como fundamentais para se corrigirem erros do passado, mas referiu que estes "estão a ser feitos por pessoas sem qualificação e a possibilidade de tudo ficar pior, ainda é bem real", isto se não se tiver em conta a estrutura ecológica municipal e as reservas naturais e agrícolas, disse.
Definiu também a importância de “naturalizar” os espaços verdes e as margens dos rios, de onde salientou o Rio Sorraia, referindo que “o que lá se fez é um desastre”, sendo necessário agora “se quiserem corrigir o erro, não é preciso destruir o que se fez, mas complementar com vegetação adequada às margens dos rios, arbustiva e árvores de pequeno porte, para se criarem margens elásticas que amorteçam as forças das correntes e criem espaço de vida para os peixes se desenvolverem e a vida se estabelecer”.

Esta organização do MIC, por iniciativa do seu grupo autárquico na Assembleia Municipal de Coruche, foi a primeira de outras que se pretendem realizar, sendo que “se lamenta que todas as forças politicas e órgãos autárquicos tenham sido formalmente convidados e nenhum tenha comparecido ou se tenha feito representar, o que seria indispensável para se poder aprender com quem sabe, para ajudar a desenvolver Coruche e a região de forma integrada”, referiu Abel Matos Santos do MIC.

publicado por portuga-coruche às 09:31
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Quarta-feira, 23 de Dezembro de 2009

Aprovada moção pela Regionalização

O Movimento Independente de Cidadãos por Coruche – MIC foi o único partido a votar contra a moção apresentada pelo PS na Assembleia Municipal de Coruche na qual se defende a implementação urgente do processo de regionalização do país.

 

Mara Coelho (PS) recordou como a Regionalização é a única lei fundamental da Constituição Portuguesa que ainda não foi implementada e que pode proporcionar uma nova desenvolvimento administrativo e o esbater das assimetrias regionais. A moção, aprovada com os votos favoráveis de PS, PSD e CDU, expressa ainda uma posição solidária com a postura assumida pela Associação Nacional de Municípios Portugueses sobre a matéria.

 

Na discussão desse ponto Joaquim Banha e José Coelho, ambos do PS, concordaram que a regionalização é há muito devida aos portugueses. Espantado diz ter ficado Armando Rodrigues (CDU) com as queixas e críticas dos socialistas da assembleia quando as freguesias, a câmara, a assembleia local e o Parlamento, além do Governo, são todos do partido rosa. O MIC, que votou contra, não emitiu opinião.

 

 

in O Mirante

publicado por portuga-coruche às 10:53
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Sexta-feira, 11 de Dezembro de 2009

Primeira Assembleia Municipal pós-eleições

Na passada sexta-feira dia 27 de Novembro, no Museu Municipal de Coruche decorreu a primeira Assembleia Municipal pós-eleições autárquicas, com a nova composição de maioria absoluta PS (12 deputados), contra os 9 deputados da oposição (6 deputados CDU, 2 do MIC e 1 do PSD), ao que se deve juntar os 8 presidentes de junta que têm lugar por inerência (6 do PS e 2 da CDU). Neste contexto de maioria absoluta, o actual executivo pode passar tudo o que entender, pelo que o interesse seria ver como se portavam as bancadas da CDU, do PSD e os debutantes do MIC.

Foi interessante ver a CDU com a mesma postura de ataque cerrado ao executivo PS, o PSD reduzido a um elemento e muito fragilizado e os recém-chegados do MIC revelando conhecimento das matérias e acrescentando valor com propostas novas e concretas aos temas discutidos, com uma atitude construtiva e não de bloqueio.
Já o PS, com maioria absoluta, apresentou-se calmo e descontraído, rechaçando as investidas da CDU. José Coelho, o novo presidente da Assembleia Municipal, tem assim o trabalho muito mais facilitado do que a presidente cessante, Fernanda Pinto.
A ordem de trabalhos da sessão extraordinária da Assembleia, tinha como pontos, a eleição dos representantes do município na CIMLT (Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo), dos representantes das Freguesias na Associação Nacional de Municípios Portugueses e na Assembleia Distrital e ainda, a declaração de interesse público da manutenção dos acessos rodoviários à ponte militar sobre o rio Sorraia, a isenção do IMT de um terreno propriedade da autarquia para a entrada no capital em espécie na Sociedade de Reabilitação Urbana LT e por último a aprovação das taxas do IMI (antiga contribuição autárquica) para o ano de 2010.

Eleição para a CIMLT

O município de Coruche tem 5 lugares na assembleia da CIMLT, para serem eleitos a partir dos membros da Assembleia Municipal de Coruche. A votos foram três listas (PS, CDU e MIC), tendo sido eleitos 4 elementos do PS e 1 da CDU, com 13 votos para o PS (do PS e PSD), 6 votos para a CDU e 2 para o MIC.

Representantes das Freguesias
Para eleger estavam os lugares de um representante efectivo e um suplente para a Associação Nacional de Municípios e para a Assembleia Distrital, tendo o PS eleito todos os seus candidatos por maioria (17 votos em 28).

Ponte por unanimidade

A votação para declarar de interesse público as infra-estruturas construídas para a colocação da ponte militar provisória que serviu Coruche no verão passado, com o intuito de permitir uma futura construção de uma ponte definitiva, foi aprovada por unanimidade com a cotação favorável de todas as bancadas.

Isentado IMT de terreno para SRU
Foi deliberado isentar de Imposto Municipal sobre a transmissão onerosa de imóveis para a entrada em espécie na L.T - Sociedade de Reabilitação Urbana, E.M., um terreno que faz esquina com a Rua Direita e a Travessa do Monteiro, propriedade da autarquia, e que servirá para a entrada em espécie no capital social da empresa de reabilitação urbana LT, uma empresa intermunicipal e que já conta com Coruche e Santarém.

Aprovadas taxas de IMI por maioria

Era no último ponto da ordem de trabalhos que residia o maior interesse para ver a performance dos grupos municipais. À votação estava a proposta do Executivo camarário para fixar as taxas do Imposto Municipal sobre Imóveis em 0,4% e 0,7%, consoante, o imóvel tenha o valor tributável actualizado ou ainda tenha o valor antigo, respectivamente.
O executivo PS sustentou a opção perante a quebra de receita para o plano de investimento da CMC e de ser a taxa que tem sido sempre usada.
A CDU mostrou-se em oposição clara à proposta do PS, tendo votado contra, chegando a propor que os valores passassem para 0,3% e 0,6% respectivamente.
O PSD votou contra, apenas por já na legislatura anterior ter votado contra, não tendo apresentado qualquer proposta.
O MIC considerou a proposta da CDU não sustentada, pelo valor da redução ser baixo em termos da diminuição do valor a pagar, pois não foram evidenciados dados que permitam diagnosticar uma redução significativa para uma família de classe média, visto as famílias desfavorecidas, com baixo rendimento e quem compra casa para habitação própria nos primeiros anos, estarem isentas do IMI.
Neste sentido o MIC votou a favor da proposta do executivo PS em relação à fixação das taxas do IMI e apresentou duas propostas concretas: a de diminuir o IMI no centro histórico e isentar ou diminuir por 8 anos todos aqueles que façam obras de reabilitação nos imóveis com mais de 50 anos, por todo o concelho, desde que comprovem as obras, que não podem ser de conservação, mas sim de recuperação.
 
in “O Jornal de Coruche” n.º 44 de Dezembro de 2009
 
 
Enviado por Miccoruche
publicado por portuga-coruche às 13:48
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