Sexta-feira, 9 de Novembro de 2012

Bloco de Esquerda - Nota de Imprensa

Distrito de Santarém

Nota de Imprensa

 

Delegação do Bloco de Esquerda do Distrito de Santarém visita Unidade Industrial – DAI – em Coruche


Uma delegação do Secretariado da Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda de Santarém, composta por Carlos Matias e Francisco Colaço, efectuou uma visita à empresa DAI – Sociedade de Desenvolvimento Agro-Industrial, no âmbito do acompanhamento regular da omo no tecido económico distrital. Procurou ainda conhecer as suas perspectivas para o futuro.

Com uma capacidade de refinação instalada de 250000 toneladas / ano de produção de açúcar, esta empresa surgiu aquando do desenvolvimento de um projecto nacional de produção de açúcar de beterraba, em 1997. Chegou a sustentar 2000 postos de trabalho directos e indirectos, na área máxima do cultivo de 8000 hectares cultivados.

Com a aplicação das políticas da PAC (Política Agrícola Comum) pelos sucessivos governos do Bloco Central, as quotas portuguesas de produção de açúcar de beterraba foram sendo reduzidas drasticamente, a ponto de inviabilizar a sua transformação industrial, e levando ao abandono do cultivo. Dessa forma, as produções do Centro da Europa, eixo França-Alemanha, libertaram-se da concorrência.

Estas políticas agrícolas hegemónicas do Centro da Europa prejudicaram um projecto bom e rentável que contribuía para que Portugal diminuísse as importações e desenvolvesse a actividade agrícola, com potencialidades suplementares para exportação.

Não é aceitável que Portugal tenha perdido a quota de produção de beterraba. Os governos portugueses capitularam e, agora --- que está a ser renegociada a PAC---, é necessário reverter a situação. Há que renegociar uma quota alargada para a produção de beterraba, com as respectivas ajudas à reconversão do sector, seja em apoios ligadas à produção, seja para a requalificação da indústria.

Se tal não suceder, mais um importante sector agro-industrial poderá abandonar o nosso país, por falta de viabilidade no fornecimento de matérias primas, dependente em exclusivo da importação e refinação de ramas de cana do açúcar. Importação que poderíamos substituir em grande parte pela produção nacional de beterraba, com bons rácios de produtividade agrícola e de qualidade.

Sendo a produção de beterraba na Europa, neste momento, deficitária, mais se justifica que se encare este sector como de urgente resolução nas negociações europeias para a reforma da PAC. Esta produção poderia permitir uma baixa do preço do açúcar ao consumidor e é vantajosa para os agricultores: permite boas colheitas, insere-se bem na rotação sazonal  com o cultivo do milho e será um bom aproveitamento de novas áreas de regadio.

O Bloco de Esquerda irá, através do grupo parlamentar, questionar o governo sobre a estratégia que tem para este sector e que soluções pensa adoptar. Bater-nos-emos, também, pelo desbloqueio de quotas de produção de açúcar de beterraba,  em sede de negociação da PAC.

 

Pelo Secretariado da Coordenadora Distrital

do Bloco de Esquerda                                                                                        6 de Novembro de 2012

 

in Website do BE

 

be, bloco de esquerda, dai, beterraba, pac, europa

publicado por portuga-coruche às 07:00
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Quarta-feira, 7 de Novembro de 2012

Fábrica de Coruche pode ajudar a baixar preço do açúcar

 

O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda vai questionar o governo sobre a estratégia que tem para o sector da produção de beterraba sacarina e que soluções pensa adotar para aumentar as quotas de produção de açúcar de beterraba, em sede de negociação da Política Agrícola Comum (PAC).

A decisão foi tomada após uma visita de dois elementos do secretariado da Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda de Santarém, à empresa DAI – Sociedade de Desenvolvimento Agro-Industrial, em Coruche, que se dedica à refinação de açúcar.

Com uma capacidade de refinação instalada de 250.000 toneladas/ano de produção de açúcar, esta empresa surgiu na altura do desenvolvimento de um projecto nacional de produção de açúcar de beterraba, em 1997. Chegou a sustentar 2.000 postos de trabalho directos e indirectos, na área máxima do cultivo de 8000 hectares cultivados.

Com a aplicação das políticas da PAC, as quotas portuguesas de produção de açúcar de beterraba foram sendo reduzidas drasticamente, a ponto de inviabilizar a sua transformação industrial, e levando ao abandono do cultivo. Dessa forma, as produções do centro da Europa, eixo França-Alemanha, libertaram-se da concorrência.

Sendo a produção de beterraba na Europa, neste momento, deficitária, o Bloco de Esquerda do distrito de Santarém considera que é a oportunidade de Portugal – e a região – recuperarem as suas quotas, criando uma rotação sazonal com o cultivo do milho, o que poderia ser um bom aproveitamento de novas áreas de regadio.

Recorde-se que em Janeiro, o grupo parlamentar do PSD apresentou um projecto de resolução na Assembleia da República que visava relançar a produção de beterraba sacarina em Portugal, documento que, a ser aprovado e implementado, permitiria que as instalações fabris da DAI, em Coruche, voltassem a laborar com esta matéria-prima.

 

 

in Rede Regional

publicado por portuga-coruche às 07:17
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Quinta-feira, 26 de Janeiro de 2012

PSD vai propor a retoma da produção de beterraba sacarina

 

Deputados do PSD vão propor ao Governo que tome "as diligências necessárias, em termos nacionais e comunitários" para que a fábrica de açúcar de Coruche volte a laborar beterraba sacarina, que abandonou em 2006 devido a legislação europeia.

 

Num projecto de resolução entregue, esta quarta-feira, na Assembleia da República, os deputados do grupo de Agricultura do PSD recomendam ao Governo que tome "as diligências necessárias, em termos nacionais e comunitários, no sentido de dotar a fábrica de Coruche dos meios necessários para voltar a laborar beterraba sacarina, mantendo no futuro um sistema com capacidade de processamento simultâneo de beterraba e das ramas, matérias-primas que originam o açúcar".

 

Na proposta, os sociais-democratas recordam que o cultivo de beterraba sacarina em Portugal foi "um caso de sucesso em termos agronómicos e tecnológicos": entre 1995 e 2006, apresentava "níveis de produtividade bem acima da média europeia e elevada qualidade".

 

"O êxito da cultura permitiu que, durante os anos em que houve produção nacional de beterraba, as importações de açúcar fossem drasticamente reduzidas, tendo Portugal capacidade de abastecer grande parte do mercado nacional", refere o projeto de resolução.

 

Hoje, a realidade é inversa: o país depende totalmente da importação de ramas, disse à Lusa um dos autores do diploma, Pedro Lynce.

 

Com a reforma da organização comum de mercado, em 2006, os produtores portugueses interromperam a produção de beterraba sacarina. "Paralelamente foi acordado, ao abrigo dos regulamentos comunitários, uma ajuda à reestruturação do sector para as indústrias que renunciassem à sua quota de açúcar ou de isoglicose, como foi o caso da fábrica DAI de Coruche, que passou a processar unicamente açúcar proveniente das ramas ao invés de beterraba sacarina, devendo ser caso único na Europa", afirmam os deputados do PSD.

 

"Tal decisão levou ao fim de uma produção agrícola com vantagens comparativas e tornou Portugal mais vulnerável às crises internacionais de abastecimento de açúcar", acrescenta o projecto de resolução.

 

O regresso a esta cultura seria também uma "boa alternativa para o regadio", além de configurar um "interessante produto a explorar pelos agricultores portugueses, desde que as instalações da fábrica de Coruche possam voltar a laborar também a matéria-prima em casa, defende o PSD.

 

 

 

in Jornal de Notícias

 

 

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Quarta-feira, 23 de Fevereiro de 2011

A "Fúria do Açúcar"

 

Portugal pede taxa zero na entrada de cana para evitar ruptura no fornecimento de açúcar

 

 

 

 

O mercado do açúcar vive também momentos de turbulência MAURICIO LIMA/AFP


 

Por José Manuel Rocha

Ministro da Agricultura, António Serrano, solicita suspensão de taxas aduaneiras para a importação de 500 mil toneladas de rama de cana

 

 

Portugal pediu ontem à Comissão Europeia que abra uma excepção para a importação de 500 mil toneladas de cana-de-açúcar sem aplicação de taxas aduaneiras. O objectivo é reforçar os stocks de armazenamento para refinação e evitar que se repita uma crise de fornecimento de açúcar como aconteceu pouco antes do Natal.

O pedido foi formulado pelo ministro da Agricultura, António Serrano, num conselho de ministros sectorial que ontem se realizou em Bruxelas. Serrano recordou que Portugal andou "um ano a tentar que a Europa reconhecesse que havia um problema de abastecimento do mercado europeu de ramas de canas-de-açúcar", o que acabou por acontecer "tardiamente".

Quando os problemas de abastecimento afectaram gravemente Portugal, o Governo pediu a suspensão de taxas aduaneiras e Bruxelas aceitou uma política de abertura de fronteiras. Mas o perdão de taxas ficou-se por um volume pouco significativo de matéria-prima. Ou seja, insuficiente para normalizar os mercados.

O pedido de Portugal é típico de um país que continua muito dependente da rama de cana para satisfazer o mercado interno. No resto da Europa, há muito que a beterraba passou a ser utilizada como a principal matéria-prima para a produção de açúcar refinado.

Em Portugal, este caminho foi iniciado, mas a produção deixou de ser rentável para os agricultores e a única fábrica vocacionada para a transformação de beterraba, em Coruche, acabou por ser obrigada a dedicar-se, também, à refinação de cana, por falta de matéria-prima interna a preços atractivos.

Neste contexto, não vai ser fácil ao Governo fazer com que a pretensão manifestada por António Serrano seja atendida. Um perdão de taxas em larga escala iria suscitar o protesto dos países que praticamente vivem do açúcar feito a partir da beterraba e, entre eles, estão alguns dos mais poderosos no seio da União Europeia.

O próprio ministro está consciente de que esta é uma missão complicada. António Serrano reconheceu que "vai ser difícil" satisfazer a pretensão de Portugal, pois "o que a Europa diz" é que é preciso "conciliar esse interesse com o dos produtores de beterraba que produzem açúcar".

O argumento utilizado pelo governante português é o de que, na última reforma do sector açucareiro, ficou expresso que os países que vivem essencialmente da refinação da cana não iriam ser prejudicados pela aposta na cultura da beterraba. "Mas isto não aconteceu nos últimos anos", queixou-se António Serrano, citado pela agência Lusa. Uma decisão sobre o pedido português deverá ser tomada no próximo conselho de ministros da agricultura, agendado para Março.

Colheitas abaixo dos padrões normais, nomeadamente na Austrália (um dos maiores produtores do mundo), geraram dificuldades de abastecimento do mercado mundial e fizeram com que o preço da matéria-prima aumentasse cerca de 40 por cento nos últimos seis meses.

 

in Público

 

 

 

 

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Terça-feira, 4 de Janeiro de 2011

O défice de açúcar

 
Do Brasil, nos séculos XVI e XVII, eram enviados para Portugal uns blocos duros e escuros, chamados pães de açúcar.
Chegados a Lisboa, eram enviados para a Holanda, para serem refinados. Aos holandeses comprávamos, depois, o açúcar refinado para consumo. Portugal tem, desde sempre, um problema com o açúcar. Faz parte do seu dia-a-dia. Nesse aspecto assemelha-se à dívida externa. O pão de açúcar é a versão deliciosa do pão do défice. Hoje tanto temos défice de açúcar como de dinheiro. Não mudámos muito nestes últimos séculos. Pedíamos aos outros para nos refinarem o açúcar que produzíamos nas colónias e consumíamos com requinte. Depois pedíamos dinheiro ao Barings e ao Rothschild para que pudéssemos pagar aos holandeses a nossa gulodice. Pedimos sempre para gastar e não para produzir. A digressão mundial de Teixeira dos Santos em busca de quem compre a nossa dívida parece a de um grupo rock. Não damos espectáculo. Estendemos a mão. E já não temos açúcar para oferecer. A dúvida soberana tornou-se o nosso açúcar por refinar. Paga-se com juros. A gulodice sai-nos cara mas continuamos sem aprender. O dinheiro pede-se, não para criar riqueza, mas para gastar nas nossas pequenas extravagâncias. Teixeira dos Santos deixou de ser ministro das Finanças: transformou-se no nosso caixeiro-viajante de estimação. Tudo isto é triste, e nem sequer é Fado: ao olharmos para a China e para o Brasil como os possíveis garantes da nossa dívida soberana, apenas mostramos que se a UE não acredita em nós, nós também já não esperamos grande coisa dela. Com ou sem pães de açúcar.
Os comentários também são de interesse:
touaki 17 Dezembro 2010 - 17:01
Ai a História
cadavezmaislixadosepobres 16 Dezembro 2010 - 23:06
por cá
omarsalgado 16 Dezembro 2010 - 16:26
poie é
jrcoelho 16 Dezembro 2010 - 12:57
Poupa primeiro
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Quarta-feira, 29 de Dezembro de 2010

NA UE NÃO HÁ ESPAÇO PARA SONHOS

Sobre a falta de AÇÚCAR na época de Natal…

 

Em 2004 as autoridades europeias da união impuseram a Portugal que abandonasse a cultura da beterraba. Nessa altura Portugal produzia açúcar de beterraba em Coruche que era cerca de 20% do que consumia e tinha capacidade para a curto prazo vir a dobrar essa produção.
Mais uma vez a política da UE foi no sentido de retirar capacidade produtiva a Portugal (ao contrário de Espanha que continua a produzir açúcar de beterraba). E os nossos deputados na UE, o que fizeram? E o nosso Ministro da Agricultura da altura, o que fez? E os nossos produtores de beterraba, o que fizeram? Para além das balelas e discursos indignados do costume no momento, cederam. Os agricultores devem ter recebido uns «trocos» para se calarem, mas perderam o factor produtivo.

Mas não tem sido sempre assim? Na agricultura, nas pescas, etc.? Pagam-nos para abater barcos, arrancar árvores, fechar fábricas… Recebemos esses dinheiros chamados compensatórios e calamo-nos. Como pode um País crescer e tornar-se economicamente independente se a UE e os políticos que nos têm governado, não têm estado interessados em assegurar Portugal como país viável?

Como podem agora, perante as dificuldades económico-financeiras globais da sociedade europeia em geral, vir a própria UE impor a Portugal que cumpra objectivos de redução de deficit ou outras economices quaisquer?

 

Ontem tiraram-nos o «açúcar», hoje reclamam que neste Natal não há «sonhos»…

 

Por FV

 

in blog LUMINÁRIA

 

 

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Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

A furia do açúcar

É o último artigo que se espera ver desaparecer das prateleiras das lojas, sobretudo quando o tempo é de festa e se esperam doces na mesa para, pelo menos, compensar um Natal cheio de amargos de boca.

 

Mas o certo é que, nos últimos dias, o açúcar começou a evaporar-se em vários supermercados e grandes superfícies do País. Primeiro, porque muitos vendedores começaram a moderar - e depois racionar - a venda dos seus ‘stocks'. Depois porque os próprios consumidores, inflamados pelo pânico de faltar açúcar nas despensas ou, pior, de o terem de pagar ao preço do caviar, correram às lojas para comprar o máximo que podiam. Uma espécie de pilhagem que acelerou o desaparecimento de açúcar das lojas e que levou até o ministro da Agricultura a apelar à calma dos portugueses.

Portugal torna-se assim no primeiro país europeu a enfrentar uma crise do açúcar, algo que não vivia há mais de 30 anos. Uma escassez que se conta em três colheradas: os preços da matéria-prima, regulados por Bruxelas, caíram para valores abaixo dos praticados nos mercados internacionais, levando os tradicionais exportadores a preferir vender a matéria-prima para outros países.

Por cá, a falta de açúcar em rama levou mesmo refinarias, como a da RAR, a suspender temporariamente a produção e, como efeito secundário, vários hipers e supermercados decidiram limitar as vendas. A redução de matéria-prima disponível está, por isso, a provocar hipertensão no preço do açúcar no mercado que continua a subir nos mercados internacionais. E, se a procura continuar a aumentar enquanto a oferta se torna mais escassa, há receios de que a escassez volte às prateleiras das lojas nos primeiros meses de 2011.

Como as refinarias portuguesas continuam a ser alimentadas pelo açúcar de cana que compram fora do País, a agitação dos mercados internacionais pode trazer novas preocupações. Mas essa é uma dependência que podia evitar-se se projectos como o da produção de açúcar de beterraba em Portugal não tivessem sido abandonados. Há cerca de 17 anos, a DAI criou uma sociedade para produzir açúcar a partir de beterraba sacarina em Coruche. Foram até dados incentivos aos agricultores da região para produzirem a matéria-prima. Passados uns anos, a mesma Comissão Europeia que incentivara a aposta, diminuiu a quota de açúcar de beterraba atribuída a Portugal por, alegadamente, não ter conseguido cumprir as metas de produção definidas. Uma decisão que, aliada a outros factores, inviabilizou a fábrica. E a empresa acabou por trocar a lógica da beterraba pelo tradicional açúcar de cana.


A dificuldade em ter alternativas próprias (que a produção de beterraba, neste caso, poderia alimentar), é mais um exemplo de como Portugal se coloca nas mãos dos mercados internacionais. É assim na dívida pública, no financiamento da banca e em muitas outras situações. Depender de terceiros pode ser confortável a curto prazo, porque evita preocupações imediatas. Mas, como tudo o que é doce, também se acaba. E, no final, essa dependência paga-se cara.

 

  

____

Helena Cristina Coelho, Subdirectora
helena.coelho@economico.pt

 

in Económico

 

 

 

 

 

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Segunda-feira, 13 de Dezembro de 2010

Autoridades continuam a dormir na formatura!

RAR DESPEDE FUNCIONÁRIOS OPTANDO POR IMPORTAR…

 

Existe falta de açúcar no mercado internacional. O preço do açúcar tem vindo a aumentar, segundo a RAR, exponencialmente. Objectivamente, seria de esperar que a RAR incrementasse o refinamento de açúcar de forma a dar resposta ao mercado: i) porque há procura adicional, e,  ii) o preço está a subir, logo favorável aos produtores (curva da oferta explica esta nossa dedução).

Constata-se no entanto, que a RAR está num processo oposto, isto é, tem vindo a abandonar o refinamento de açúcar em Portugal (despedindo os trabalhadores excedentários) em prol da sua importação (segundo informações do Sindicato do sector). Para quem leu ontem a notícia do Jornal de Noticias, encontrou uma das razões pelas quais os actuais gestores têm destruído emprego e diminuído a capacidade produtiva no nosso país.

Temos vindo a chamar à atenção para o que consideramos práticas gestoras destruidoras da riqueza em Portugal, não podendo deixar de dar ênfase à opção estratégica da RAR. Como é óbvio e RAR é livre de fazer as suas opções estratégicas e optar pelas soluções que considera serem adequadas aos interesses dos seus legítimos donos.

Em termos de consequências dessa decisão para a nossa actividade económica, e, recorrendo-nos da notícia de ontem do JN (da qual transcrevemos vários excertos), iremos comentar algumas situações que nos parecem nefastas para a economia portuguesa:

1º Excerto:  “…uma vez que os países produtores de rama de cana-de-açúcar qualificados para vender para a UE não conseguiram atingir as quantidades suficientes para fazer face às necessidades de abastecimento estimadas pela Comissão Europeia”-  Isto quer dizer que Portugal poderia estar a produzir internamente açúcar para consumo (interno e externo) – matéria prima com bastante procura a nível mundial.  

 2º Excerto: “…o preço do açúcar no mercado mundial aumentou exponencialmente nos últimos meses para mais do dobro dos seus valores históricos, perdendo o mercado da UE o estatuto de destino preferencial” – parece-nos que existe procura doutros mercado que não a UE para o açúcar, e uma vez que a oferta é insuficiente, o preço tem vindo a aumentar. Então a RAR poderá estar a sacrificar emprego e vendas!

3º Excerto: Questões que explicam o cenário descrito ao JN pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação do Norte. “Desde finais de Outubro que a RAR não refina açúcar. Tem importado já refinado e só embala”. Esta diminuição da produção é a razão “descrita nas cartas para o despedimento – para já são 15 -, mesmo aos que chegaram a acordo com a empresa”, frisou o sindicato. Esta situação aponta para substituição de mão-de-obra interna por subcontratação externa, prejudicando: emprego, volume de negócios e aumentando as importações. Será este tipo de gestão que o governo português pretende incentivar facilitando ainda mais os despedimentos em Portugal? Nenhuma empresa portuguesa tem actualmente dificuldade em despedir qualquer trabalhador. Mais, as empresas podem apresentar várias razões para justificar os despedimentos colectivos e a formalização é cada vez mais célere, impessoal e até desmaterializada – neste campo Portugal está na linha da frente. Abandonar produção em Portugal de bens que têm procura e preço compatível à manutenção de postos de trabalho, não deveria ser analisado e questionado?

Enfim, os nossos políticos e gestores continuam a tomar as decisões “erradas” apresentando, sem pudor, aos que produzem, a factura do insucesso e perda de oportunidades para o país em termos globais.

Por fim, ressalvamos que tal como a RAR, muitas empresas deslocalizaram na última década capacidade produtiva para o exterior, tendo contribuído para a deterioração das condições económicas do país. São os tais custos da globalização. Embora caiba aos gestores de cada empresa procurar os meios de produção que melhor se coadunam com os objectivos estratégicos preconizados pelos seus detentores de capital, também não podemos deixar de evidenciar os efeitos nocivos que algumas dessas práticas de gestão têm contribuído para a actual crise económica que se instalou no nosso país, cujo maior e preocupante flagelo, é precisamente o desemprego.

Na actual conjuntura, a mão-de-obra portuguesa está concorrencial, sendo difícil de entender a facilidade com que continuamente se destrói a riqueza dum país.

 

 

in Apoios Financeiros

 

 

publicado por portuga-coruche às 07:10
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Sexta-feira, 10 de Dezembro de 2010

Volta beterraba, estás perdoada !......

Supermercados racionam venda de açúcar

  

por ILÍDIA PINTO

  

A escassez de matéria-prima já obrigou à paragem das refinarias. Há quem fale em estratégia para fazer subir o preço. Há cadeias a limitar a venda de açúcar por cliente e outras com ruptura de 'stocks'.

  

Há falta de açúcar no mercado nacional. Prateleiras vazias ou letreiros a limitar a compra de dois quilogramas por cliente tem sido o panorama nos últimos dias em algumas das cadeias de supers e hipermercados de Lisboa e Porto. A RAR (Refinarias de Açúcar Reunidas) invoca a falta de matéria-prima no mercado internacional e até já suspendeu a refinação. Recentemente, o presidente do grupo, Nuno Macedo Silva, explicou que a alternativa foi comprar "algum açúcar branco" para cumprir os compromissos, mostrando--se convicto de que, dentro de uma a duas semanas, a empresa deverá "receber um barco de rama e retomar a refinação".

Mas no mercado as versões variam entre os que acreditam que os produtores nacionais não tomaram precauções e que isso resulta de uma tentativa de evitar perder ainda mais dinheiro, na sequência do disparar das cotações internacionais (em Novembro atingiram o nível mais alto em 29 anos), já que os contratos com a distribuição são assinados numa base anual. "Preferem não não entregar do que perder muito dinheiro e portanto vão esperando que as cotações desçam", dizem. Outros há que argumentam que "podemos estar a assistir a uma tentativa de escassear o produto para fazer subir o preço", já que qualquer contrato prevê sempre que em circunstâncias excepcionais seja revisto.

A Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição desdramatiza: "Os consumidores podem estar tranquilos, não se prevê ruptura de stocks." A directora-geral da APED admite "casos pontuais de grupos que limitaram a venda de açúcar, o que pode ter levado a uma ou outra ruptura de stock", mas, diz, "a situação está normalizada".

A RAR não é tão peremptória e limita-se a assegurar que "tem vindo a ajustar" as suas posições no mercado, "explorando todas as oportunidades disponíveis", de modo a "garantir os compromissos com os clientes". O grupo aponta a falta de capacidade dos países produtores de rama de cana-de-açúcar para vender para a UE (o Brasil, entre outros), de suprir as necessidades do mercado, e o facto de o preço do açúcar, no mercado mundial, ter aumentado nos últimos meses para mais do dobro dos seus valores históricos, "fazendo que a UE perdesse o estatuto de destino preferencial de colocação desta matéria-prima".

Admite, como outros operadores, que reflecte sobre a oportunidade e necessidade "de implementação de mecanismos específicos de intervenção previstos na regulamentação comunitária para os casos de escassez de matéria-prima.

 

in Diário de Notícias

 

Hipermercados racionam vendas de açúcar

Elisabete Felismino  

 

Cada cliente só pode comprar três quilos nos Modelo e Continente. E no Minipreço só duas unidades.

 

As maiores cadeias de super e hipermercados em Portugal estão com falta de açúcar, o que os levou a começar a racionar este bem alimentar. Na origem da escassez deste bem alimentar está a falta de matéria-prima, facto que leva as empresas de produção a não refinarem açucar.

A Sonae, que detém as marcas Modelo e Continente, impôs como limite a compra de três quilos por cliente, avançou ao Diário Económico fonte oficial da empresa.

Já o grupo Dia - detentor dos supermercados Minipreço - foi mais austero, ao permitir apenas a compra de duas unidades de açucar por cada cliente.

A escassez da matéria-prima que já se faz sentir desde meados de Novembro deverá agravar-se devido à época de Natal, altura em que os portugueses consomem mais açúcar. E é, justamente, para precaver situações limites que as cadeias de distribuição avançaram com políticas de racionamento.

Segundo fonte oficial da Sonae, "a nossa limitação tem sobretudo a ver com a época em que estamos, em que tradicionalmente é uma altura de picos de consumo de açúcar e é para evitar situações abusivas".

 

in Económico

 

 

Alguns comentários dignos de destaque que encontrei nestas duas notícias:

 


DN: Anónimo
10.12.2010/07:57
Temos capacidade de produzir o nosso próprio açucar, o de beterraba... é mais saudável e é produto nosso. Porque acabaram ou tentam acabar com esta cultura? o que aconteceu a fabrica? foi benefico abrir as fronteiras ao açucar? hoje estamos dependentes de produtores internacionais, mais uma boa postura do nosso país.

 

DN: Anónimo
10.12.2010/08:26
A fabrica mantem-se a trabalhar como refinaria.O fim da producao de acucar de beterraba deveu-se à imposicao da UE ao reduzir as cotas para Portugal donde foi impossivel garantir a materia prima para a respectiva producao.Foram pagos subsidios aos agricultores para deixarem de produzir.

 

DN:  ana
10.12.2010/09:06
Esta na horinha de começar a ter produção nacional. Nos Açores tem a beterraba que é bom. O que me chateia é que nem com esta crise somos capazes de investir na n/podução. Triste

 

DN: Theend
10.12.2010/09:18
Portugal - Viana do Castelo
Em tudo em Portugal há sempre "espertezas"! Sabiam que temos os produtos em Portugal mais caros do que em toda a Europa Ocidental(Spain, France, Italia, Deuthcland, etc) e de quem é a culpa? das distribuidoras é claro que querem ganhar ganhar ganhar!!

 

DN: Anónimo
10.12.2010/09:19
Fecharam a fabrica em Coruche e acabaram com a beterraba em portugal para plantarem oliveiras, agora temos azeite e não hà acuçar.É o pais que temos.

 

DN: Anónimo
10.12.2010/09:25
Antes de dizerem asneiras como acima descrito é bom ver com os proprios olhinhos.A fabrica de coruche nao fechou ok?Simplesmente foi reconvertida em refinaria.

 

DN: Anónimo
10.12.2010/09:30
Hum falta de stock de açucar nos aqui na madeira estamos a nadar em canas de açucar outra vez (não pra usar em produção de açucar puro mas em derivados\mel\run) talvez seja o tempo de voltar aos velhos tempos da produção de açucar pareçe que pode render algo outra vez

 

DN:Anónimo
10.12.2010/09:31
Reconvertida é o mesmo que dizer que acabou a prodição nacional de acuçar.Podemos dar muitos nomes mas o que conta é que já não ha produçao nacional de acuçar, logo as toneladas de beterraba que era produzida em Portugal já eram!Refinar não é produzir e fabricar mas sim transformar.

 

DN: Luso
10.12.2010/10:00
ATENÇÃO! Esta história está mal contada eu trabalho para a British Sugar na Inglaterra e neste momento posso garantir temos excesso de matéria prima inclusivo algum desse excedente esta a ser transformado em rações para animais e o preço do açucar não sofreu qualquer alteração. Isso deve fazer parte de algum golpe de que alguem se vai aproveitar. Olho vivo Zé Povinho!

 

DN : ana lima
10.12.2010/10:05
No hiper continente já houve ruptura mas no Jumbo não porque a distribuidora é outra e ainda bem. Como cliente do Jumbo que sou ainda não tive dificuldades


DN: Costa pina
10.12.2010/10:09
é a RAR que está com pressões. Existem outras distribuidoras e não há problemas. Deixem-se de conversas pois querem é mais dinheiro.

 

DN: Chicos-espertos
10.12.2010/10:15
Para os espertalhões que acham que os preços estão a ser manipulados a nível nacional aqui fica a evolução do preço do açúcar: http://www.indexmundi.com/commodities/?commodity=sugar É como na gasolina, o petróleo sobe em todo o lado mas o português acha sempre que foi a Galp, como se tivesse algum controlo sobre a nossa dependência externa TOTAL.

 

DN: MyWay
10.12.2010/11:19
Portugal - Lisboa
Ora aqui está uma excelente noticia! E auguro que com a crise os bardajanas dos agricultores franceses deixem de receber os biliões que recebem para produzir açucar de beterraba (aquele que comemos) e para exportar para o 3.º mundo ao preço da uva mijona arruinando as agriculturas locais, como fizeram com Moçambique p.e.! E pode ser que os 'alimentos' hiper doces subam exponencialmente de preço que é para ver se há menos gordos, gulosos e cariados!

 

E: Miguel , | 10/12/10 08:50
Este é o resultado da spolíticas agrícolas comuns da PAC. Destrui-se a cultura da beterraba sacarina na Europa e agora não há ramas que cheguem. Verifica-se assim que o "mercado" não funcionou como defendem os neoliberais e por isso caimos num regime de racionamento.

 

E: Miguel , | 10/12/10 10:34
Sr. LA
Em Portugal já não se produz açúcar desde que a UE destruiu a cultura da betrerraba sacarina. Em Portugal só se refina açúcar produzido e importado das ex-colónias e dos países asiáticos. A escassez resulta da redução da produção excedentária desses países e pela utilização do açúcar para aprodução d ebio combustíveis.

 

E: ALCOBIA , | 10/12/10 10:47
POIS ESTA A INTELIGENCIA DE ALGUNS POIS FECHARAM A FABRICA DE BETERRABA QUE FAZIA O ACUCAR E AGORO ESTAO DE COCURAS HA ESPERA DO ACUCAR IMPORTADO ESTE PAIS ASSIM NAO SE SAFA COM ESSES TAIS INTELIGENTES AO CONTRARIO

 

E: Oiçam seus papalvos... , | 10/12/10 10:56
o problema é mundial. Há falta de produção agrícola a nível mundial pelo consumo voraz de países como a Índia, Brasil e China, que começam a ter hábitos de consumo semelhantes aos Ocidentais à medida que começam a ter mais poder de compra. O problema está a tornar-se de tal ordem grave que a ONU já veio dizer hoje que se a produção agrícola mundial não aumentar, os preços dos bens agrícolas continuaram a subir a pique. Portanto esqueçam essas vossas teorias da conspiração. Há muito tempo que se previa este possível cenário. Desde que esses países aderiram ao capitalismo que este cenário se tornou previsível. O pior ainda está para vir, porque não se consegue adaptar a oferta à procura de um momento para o outro!

 

E: Guloso , | 10/12/10 11:15
   Miguel , | 10/12/10 10:34, você meteu o dedo na ferida !
Os efeitos das decisões à lá ex-USSR na CEE, começam a fazer-se sentir.
Os maravilhosos e fantásticos sábios que tudo sabem, deram mais uma barraca homérica ! É como aquela de dar subsídios para abater os barcos de pesca.
Deixem-se de tretas e deixem os mercados funcionarem. Não andem com planos quinquenais à lá ex-USSR, pois isso destrói a economia e tudo o resto.

publicado por portuga-coruche às 07:00
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Quinta-feira, 25 de Junho de 2009

PCP alerta para problema do desemprego, da agricultura e da Saúde

PCP alerta para problema do desemprego, da agricultura e da Saúde


Uma nova política para o País

Jerónimo de Sousa participou na apresentação dos primeiros candidatos às Eleições Legislativas do distrito de Évora, Santarém e Setúbal, onde pediu o reforço eleitoral da CDU, «a força da alternativa construída num programa claro de ruptura com a política de direita e num percurso marcado por um firme e coerente combate a essa política».

Na sexta-feira, na colectividade «Os Penicheiros», no Barreiro, o Secretário-geral do PCP denunciou o «gravíssimo» problema do desemprego que, em sentido lato, se fixa já nos 11 por cento, correspondendo a cerca de 625 mil desempregados.
«Não há muito ainda falavam despudoradamente da criação de 133 mil postos de trabalho, mas o verdadeiro balanço, a quatro anos de Governo nesta matéria, é de menos 16 100 empregos e uma taxa de desemprego jovem de cerca de 20,3 por cento», afirmou, acusando o Executivo PS de manter «uma inaceitável recusa da proposta do PCP de alteração das regras restritivas de acesso ao subsídio de desemprego que este Governo impôs e que impede cerca de 200 mil desempregados ao seu acesso».
«É esta a negra herança em matéria de emprego do Governo PS que é muito o resultado da sua política de drásticos cortes no investimento e desprezo pelos sectores produtivos nacionais, cuja evolução negativa é cada vez mais preocupante. Uma evolução que em grande medida está a determinar a crise económica e social que hoje vivemos e que é a mais decisiva das causas do atraso relativo do País e do empobrecimento dos portugueses», disse ainda.
Jerónimo de Sousa criticou, de igual forma, a redução, praticamente para metade, dos sectores produtivos, nomeadamente a agricultura, a silvicultura, as pescas e a indústria.
«Apenas florescem as actividades financeiras e imobiliárias que com este Governo na direcção do País passaram a superar a indústria», destacou, lembrando que «a extensão, profundidade e duração da crise em que o País hoje se encontra não pode, de facto, ser desligada desta realidade que acabou por conduzir à crescente substituição da produção nacional pela estrangeira e à sub-contratação desvalorizada da economia portuguesa».

Desastre governamental

Em Santarém, no sábado, na apresentação de António Filipe, Madeira Lopes e Liliana de Sousa, Jerónimo de Sousa explicou «o desastre que foi e é a política agrícola do Governo».
«Este Governo e o seu ministro da Agricultura, com alguns cúmplices locais, decidiu substituir a designação “Vinhos do Ribatejo” por “Vinhos de Lisboa”. Muda a designação para encobrir as reais dificuldades dos vitivinicultores regionais (e de todo o País), que têm problemas de preços e de escoamento dos seus vinhos», lamentou, apontando o dedo à «desastrosa Reforma da Organização Comum do Mercado do Vinho, aprovada, para vergonha nossa, durante a presidência portuguesa da União Europeia».
«Reforma, certamente boa para quem fabrica vinho à custa da beterraba (alemães e alguns franceses), certamente adequada aos interesses dos grandes importadores de vinho, mas um desastre para quem produz um vinho de qualidade como o nosso», referiu.
Esta situação também acontece, entre muitos outros produtos, com o leite, com o arroz e com o azeite. «Um desastre de política agrícola que quer acabar com estas produções, como liquidou a produção de beterraba sacarina nos campos do Sorraia, aceitando mais uma inaceitável reforma da Organização Comum do Mercado da Beterraba, pondo a fábrica de Coruche a trabalhar com matéria-prima importada», exemplificou, criticando, de igual forma, a retirada da electricidade verde e o aumento «dos preços dos adubos, rações, sementes, fertilizantes e gasóleo agrícola».
Contra esta situação e esta política, o PCP tem-se batido, na Assembleia da República e fora dela, com inúmeras propostas e sugestões, «que o Governo faz orelhas moucas». «Não é assim de admirar que tenha posto contra si todas as confederações agrícolas. Que o mundo rural tenha dado um forte contributo para a derrota do PS e de Sócrates nas eleições para o Parlamento Europeu. O povo penalizou o executante da política de direita. Mas importa derrotar a política de direita e outros anteriores executantes aos seus apoios», frisou o Secretário-geral do PCP.

Diminuição do investimento público

No domingo, em Évora, Jerónimo de Sousa denunciou a política de fragmentação, enfraquecimento e encerramento no Serviço Nacional de Saúde (SNS), levada a cabo pelo Executivo PS.
«No distrito de Évora sente-se bem a brutal diminuição do investimento em infra-estruturas de saúde por parte do Governo. Desde logo no atraso da construção do novo hospital, que tanta falta faz às populações e que tanto é reivindicado pelos profissionais de saúde. Mas também na falta de novas instalações para unidades de cuidados primários de saúde. Entretanto as populações pagam cada vez mais pela saúde, pelas consultas, pelos exames, pelas taxas moderadoras, pelos medicamentos», sublinhou.
Sobre a reforma nos cuidados primários de saúde, com as Unidade de Saúde Familiar, o Secretário-geral do PCP frisou que «é preciso tomar medidas concretas para resolver os problemas das populações».
«É por isso que propomos um programa especial para garantir o acesso à consulta no próprio dia nos Cuidados Primários de Saúde. Para que todos possam ser atendidos quando precisam e se acabe com o flagelo das consultas para semanas ou meses depois, que obrigam a que as pessoas se desloquem para as urgências hospitalares mesmo quando isso não seria necessário», afirmou.
No final da apresentação dos candidatos da CDU (João Oliveira, Ângela Sabino, José Correia, Mariana Chilra, José Barroso e Samuel Quedas), Jerónimo de Sousa disse ainda que «os portugueses precisam de um novo rumo e de uma nova política». «Do que o País precisa é de uma ruptura com a política de direita e essa só se faz com o reforço da CDU, com mais votos e mais eleitos, para uma nova política e uma vida melhor», terminou.
 

 

in Jornal «Avante!»

publicado por portuga-coruche às 10:29
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