Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012

As verdades ocultadas por trás da divida e da ajuda da TROIKA.

Um artigo indispensável de Garcia Pereira... As mentiras sobre o caos de Portugal. 


PORQUE NÃO DEVEMOS ACEITAR A "AJUDA" DA TROIKA


"Se não tivéssemos dinheiro agora para fazer face às questões relevantes para o Povo Português, também não é com o acordo da Troika que o teríamos, já que dos 78 mil milhões de euros a que o mesmo se reporta, 12 mil milhões são para meter directamente na banca, 34 mil milhões para pagar juros - os juros exorbitantes, especulativos e usurários que a banca estrangeira, em particular a alemã, nos foi impondo - e 30 mil para avales e outras garantias do Estado a instituições do sector financeiro. Ou seja, nada destinado ao pagamento de salários, pensões ou subsídios ou a matar a fome a quem dela sofre.

A verdade é que, sem esta "ajuda" da Troika, o País continua a produzir - ainda que bastante menos do que podia e devia - e os trabalhadores continuam a pagar todos os meses os seus impostos e contribuições. Todos os meses são produzidos cerca de 15 mil milhões de euros de riqueza (média mensal do nosso PIB) pelo que é uma falácia dizer que o País já não teria dinheiro para pagar salários no próximo mês. Pois só não teria se continuasse a pagar os tais juros especulativos, a meter dinheiro na banca (só no BPN já lá vão mais de 5 mil milhões), nas parcerias público-privadas (que representam mais de 50 mil milhões de dívida), etc., etc.

Se a isto se somar que, como todos sabemos, em Portugal só paga impostos quem trabalha, que, por exemplo, a banca tem pago cerca de 1/4 dos impostos pagos pela generalidade das empresas enquanto a sua dívida ao exterior é a mais elevada de todas e que a evasão e fraude fiscais são calculadas, por defeito, pela própria Troika, em cerca de 7,5 mil milhões de euros, creio que fica à vista que consequências negativas para o Povo Português decorrerão é dele aceitar cumprir as imposições da Troika e pagar uma dívida que não contraiu e que era, e é, perfeitamente possível ao País seguir o caminho do não pagamento de tal dívida.

Finalmente, um plano de desenvolvimento económico assente no aproveitamento das nossas vantagens competitivas (como as nossas águas e a nossa localização geo-estratégica) permitiria criar economia e, mais do que isso, atrair investimento. Recordo que, por exemplo, o Porto de Sines - que é o único porto atlântico de águas profundas da Península Ibérica e que dispõe da mais moderna tecnologia - é contribuinte líquido positivo para o Estado Português, tem uma taxa de endividamento financeiro de 0% e vai auto-financiar-se para a sua ampliação. E a própria Lisnave, vendida a privados pelo preço simbólico de 1€ está hoje a impôr-se como uma empresa altamente rentável na área da reparação naval, onde sempre fomos dos melhores do mundo. Estes são apenas alguns exemplos mas acredito que é este o caminho!



Por Garcia Pereira
in Blog Não votem mais neles, pensem...

publicado por portuga-coruche às 07:07
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Terça-feira, 9 de Outubro de 2012

Ingratidão e falta de memória

A Alemanha regista a pouco honrosa distinção de ter entrado em bancarrota em 1920 e em 1953. Da última vez, Berlim contou com a ajuda financeira da Grécia

 

 

A ingratidão dos países, tal como a das pessoas, é acompanhada quase sempre pela falta de memória. Em 1953, a Alemanha de Konrad Adenauer entrou em default, falência, ficou Kaput, ou seja, ficou sem dinheiro para fazer mover a actividade económica do país. Tal qual como a Grécia actualmente.

A Alemanha negociou 16 mil milhões de marcos em dívidas de 1920 que entraram em incumprimento na década de 30 após o colapso da bolsa em Wall Street. O dinheiro tinha-lhe sido emprestado pelos EUA, pela França e pelo Reino Unido.

Outros 16 mil milhões de marcos diziam respeito a empréstimos dos EUA no pós--guerra, no âmbito do Acordo de Londres sobre as Dívidas Alemãs (LDA), de 1953. O total a pagar foi reduzido 50%, para cerca de 15 mil milhões de marcos, por um período de 30 anos, o que não teve quase impacto na crescente economia alemã.

O resgate alemão foi feito por um conjunto de países que incluíam a Grécia, a Bélgica, o Canadá, Ceilão, a Dinamarca, França, o Irão, a Irlanda, a Itália, o Liechtenstein, o Luxemburgo, a Noruega, o Paquistão, a Espanha, a Suécia, a Suíça, a África do Sul, o Reino Unido, a Irlanda do Norte, os EUA e a Jugoslávia. As dívidas alemãs eram do período anterior e posterior à Segunda Guerra Mundial. Algumas decorriam do esforço de reparações de guerra e outras de empréstimos gigantescos norte-americanos ao governo e às empresas.

Durante 20 anos, como recorda esse acordo, Berlim não honrou qualquer pagamento da dívida.

Por incrível que pareça, apenas oito anos depois de a Grécia ter sido invadida e brutalmente ocupada pelas tropas nazis, Atenas aceitou participar no esforço internacional para tirar a Alemanha da terrível bancarrota em que se encontrava.

Ora os custos monetários da ocupação alemã da Grécia foram estimados em 162 mil milhões de euros sem juros.

Após a guerra, a Alemanha ficou de compensar a Grécia por perdas de navios bombardeados ou capturados, durante o período de neutralidade, pelos danos causados à economia grega, e pagar compensações às vítimas do exército alemão de ocupação. As vítimas gregas foram mais de um milhão de pessoas (38 960 executadas, 12 mil abatidas, 70 mil mortas no campo de batalha, 105 mil em campos de concentração na Alemanha, e 600 mil que pereceram de fome). Além disso, as hordas nazis roubaram tesouros arqueológicos gregos de valor incalculável.

Qual foi a reacção da direita parlamentar alemã aos actuais problemas financeiros da Grécia? Segundo esta, a Grécia devia considerar vender terras, edifícios históricos e objectos de arte para reduzir a sua dívida.

Além de tomar as medidas de austeridade impostas, como cortes no sector público e congelamento de pensões, os gregos deviam vender algumas ilhas, defenderam dois destacados elementos da CDU, Josef Schlarmann e Frank Schaeffler, do partido da chanceler Merkel. Os dois responsáveis chegaram a alvitrar que o Partenon, e algumas ilhas gregas no Egeu, fossem vendidas para evitar a bancarrota.

“Os que estão insolventes devem vender o que possuem para pagar aos seus credores”, disseram ao jornal “Bild”.

Depois disso, surgiu no seio do executivo a ideia peregrina de pôr um comissário europeu a fiscalizar permanentemente as contas gregas em Atenas.

O historiador Albrecht Ritschl, da London School of Economics, recordou recentemente à “Spiegel” que a Alemanha foi o pior país devedor do século xx. O economista destaca que a insolvência germânica dos anos 30 faz a dívida grega de hoje parecer insignificante.

“No século xx, a Alemanha foi responsável pela maior bancarrota de que há memória”, afirmou. “Foi apenas graças aos Estados Unidos, que injectaram quantias enormes de dinheiro após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, que a Alemanha se tornou financeiramente estável e hoje detém o estatuto de locomotiva da Europa. Esse facto, lamentavelmente, parece esquecido”, sublinha Ritsch. O historiador sublinha que a Alemanha desencadeou duas guerras mundiais, a segunda de aniquilação e extermínio, e depois os seus inimigos perdoaram-lhe totalmente o pagamento das reparações ou adiaram-nas. A Grécia não esquece que a Alemanha deve a sua prosperidade económica a outros países. Por isso, alguns parlamentares gregos sugerem que seja feita a contabilidade das dívidas alemãs à Grécia para que destas se desconte o que a Grécia deve actualmente.

 

 

Por Sérgio Soares

in iOnline

 

 

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Terça-feira, 18 de Setembro de 2012

Gylfi Zoega: Portugal deve investigar quem do Governo e banca está na origem do alto endividamento

O membro do Banco Central da Islândia Gylfi Zoega considera que Portugal deve investigar quem está na origem do elevado endividamento do Estado e bancos, e porque o fez, e que "foi uma bênção" Portugal estar no euro.

“Temos de ir aos incentivos. Quem ganhou com isto? No meu país eu sei quem puxou os cordelinhos, porque o fizeram e o que fizeram, e Portugal precisa de fazer o mesmo. De analisar porque alguém teve esse incentivo, no Governo e nos bancos, para pedirem tanto emprestado e como se pode solucionar esse problema no futuro”, diz o responsável.

O economista, que também participou no documentário premiado com um Óscar “Inside Job – A verdade sobre a crise”, disse em entrevista à Agência Lusa que Portugal beneficiou muito de estar no euro nesta altura, porque para além do apoio dos seus parceiros da união monetária, terá de resolver os seus problemas estruturais ao invés de recorrer, como muitas vezes no passado, à desvalorização da moeda.

“Talvez para Portugal estar no euro nesta altura seja uma bênção, porque apesar de não conseguir sair do problema de forma tão fácil como antes, através da depreciação [da moeda], vocês têm de lidar com os problemas estruturais que têm”, disse.

A Islândia, na sequência da grave crise económica que sofre desde 2008, derivada do colapso do seu sistema financeiro (que chegou a ser 10 vezes maior que a economia islandesa), também teve de recorrer ao Fundo Monetário Internacional para resolver os seus problemas de financiamento, mas neste caso a experiência não é nada mal vista.

“Penso que o FMI é útil neste sentido, porque é uma instituição que pode ajudar a coordenar as acções. Existem coisas impopulares que têm de ser feitas, e pode ser utilizada como um bode expiatório para essas medidas impopulares, que teriam de ser aplicadas de qualquer forma. Ajuda os políticos locais a justificar aquilo que podiam não conseguir fazer por eles próprios”, diz.

O responsável diz mesmo que a experiência do seu país tem sido “muito boa” e que a instituição tem feito um grande esforço de coordenação para garantir que as medidas têm os efeitos desejados.

“A experiência com o FMI acabou por ser muito boa, porque actualmente têm uma tendência para serem muito pragmáticos, para encontrar soluções que funcionem. Tiveram algumas medidas pouco ortodoxas, como os controlos de capital e outras para reduzir o défice, e ajudaram a garantir que o programa estava no caminho certo, visitando todos os ministérios, o banco central. Tem sido um esforço em grande cooperação”, explica.

No entanto, recorrer a ajuda externa tem as suas consequências e a principal tem sido a falta de confiança dos mercados, explica ainda Gylfi Zoega, acrescentando que ainda não existe previsão para quando ou se a Islândia vai conseguir voltar a financiar-se nos mercados.

“[A Islândia] Não tem qualquer acesso aos mercados de capitais actualmente, e é uma questão em aberto. Quanto tempo demorará? Se os mercados ficarão completamente fechados? Se olham para isto como um problema isolado que podem perdoar ou se olham e pensam nisto como algo mais crónico. Portanto, nós não sabemos como vai ser o nosso acesso ao mercado no futuro”, afirma.
por LUSA
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Quarta-feira, 30 de Maio de 2012

Os Mercados, esses Malvados!

Certamente já ouviu falar nos Mercados. Recentemente, o Ministro das Finanças definiu Setembro de 2013 como a altura do regresso aos Mercados. Mas quem são então os Mercados? Onde estão? Para que servem? Como funcionam? 

 

A dívida pública é a base do sistema monetarista em que assenta o capitalismo. A FED (Reserva Federal Americana) e a sua política de reservas fraccionadas é a principal responsável pela  existência de dívida. Basicamente começou-se a criar dívida a partir do… nada! O que está subjacente à criação da FED é tema que daria “pano para mangas”. O anterior PM referiu as dívidas como eternas.

 

Segundo ele, estas não são para pagar mas sim para gerir. Isto é verdade dentro de certos limites até porque praticamente todos os países têm dívida pública, mesmo os mais ricos. A questão é que quando se ultrapassam esses limites (normalmente acima de 60% do PIB) essa gestão torna-se inviável. Entra-se numa situação em que só se consegue satisfazer o serviço da dívida contraindo ainda mais dívida.

 

E assim entra-se numa espiral que aniquila qualquer crescimento económico, induzindo recessão e consequentemente mais desemprego e miséria por largos e vários anos. O país contrai dívida para… empobrecer! Esta é a razão pela qual Portugal não conseguirá regressar aos Mercados em 2013. Estes, cientes dessa realidade, não acreditam que o país tenha crescimento económico suficiente para cumprir com as suas obrigações. O pior é que a dívida externa de Portugal não se resume só à parte pública. Se lhe somarmos a parte privada esta então é das maiores do Mundo. Não há economia que resista a isso até porque há limites para a própria austeridade. 

 

Então para que serve esta austeridade? Para que Portugal possa continuar a sua escalada de endividamento? A resposta é simples: Portugal na altura em que solicitou ajuda à Troika não dispunha de qualquer outra alternativa. Entretanto o que irá suceder nos próximos tempos será algo do género: Antes de Setembro de 2013 Portugal vai negociar um novo resgate senão entrará em incumprimento. Em paralelo ou quiçá um pouco mais tarde, à semelhança do que aconteceu na Grécia, terá de haver uma renegociação da dívida que passará por um perdão parcial desta na ordem dos 50% (o chamado “hair-cut” correspondente à dívida que poderá ser classificada de odiosa), por um alargamento dos prazos de pagamento e pela descida das taxas de juro da dívida remanescente. Só assim é que Portugal se tornará viável dentro do Euro. A vantagem é que com isto Portugal será “obrigado”, por muito que isso custe à classe política, a efectuar todas as reformas estruturais de que carece. Para o bem ou para o mal, Portugal terá de passar a viver apenas de acordo com as suas possibilidades porque dificilmente, tal como a Grécia, terá condições para voltar aos Mercados em condições vantajosas, especialmente nas obrigações a 10 anos.

 

Os Mercados são todas as entidades que negoceiam no sistema financeiro e no mercado de capitais, sejam estas Bancos, Fundos Soberanos ou de Investimento e até investidores particulares. Os juros da dívida pública de um país são tanto mais altos quanto o seu risco de incumprimento (default). Mas por vezes esse risco é de tal ordem elevado que nem a ganância dos Mercados está disposta a correr. Excepto em certas situações nas quais algumas dessas entidades que compõem os Mercados se sentem “protegidas”. Estas ao verem que são “imunes” ao risco, graças ao caso BPN, passaram a ser destemidas para não dizer irresponsáveis na sua gula pelo lucro fácil. Os famigerados e malvados Mercados no caso grego incluem a banca… portuguesa! Segundo os dados da imprensa económica, em termos de peso no PIB, o sistema financeiro português é recordista em exposição à dívida grega – sete mil milhões de euros ou 4,2% do PIB (em segundo lugar nesta escala está a França com 2,1% do PIB (Francês) com 40 mil milhões de euros). 

 

Já ouviu falar num esquema Ponzi mais conhecido por esquema em pirâmide? Um esquema Ponzi é uma operação fraudulenta de investimento que envolve o pagamento de altos rendimentos aos investidores à custa do dinheiro pago pelos investidores que chegarem posteriormente, em vez da receita gerada por qualquer negócio real. O nome do esquema refere-se ao criminoso financeiro italo-americano Charles Ponzi (ou Carlo Ponzi).

 

Mas o que é que isso tem a ver com a nossa situação? Bem, qualquer crise tem a sua origem. O facto de muitos países terem ultrapassado o seu limite razoável de endividamento não aconteceu por acaso. O que aconteceu? Numa palavra: subprime. Consiste no crédito hipotecário concedido em condições de risco muito elevado, maximizado, multiplicado por mil e uma bolhas de especulação. Começou nos Estados Unidos em 2003, levou a uma  espectacular subida do preço das casas e foi até 2006, viajando numa tão intensa velocidade de novas e tão complexas aplicações financeiras que só mesmo os grandes especialistas as entendiam - com os reguladores atrás, muito atrás dessa “inovação” financeira. Com essa expansão global, e o seu excesso, percebeu-se que tudo estava assente numa coisa que não existia: o dinheiro não existia; o hipotecado não tinha dinheiro para pagar a hipoteca. A partir daí a enorme “bolha” rebentou e gerou-se um efeito dominó sobre a depreciação do valor das casas. 

 

Mas como é que tudo isto é global? Como é possível que o gesto de permitir o acesso a habitação a quem, noutras condições, nunca poderia ter casa própria se pode transformar neste monstro total? Foi um brasileiro, autor anónimo, a encontrar a melhor das explicações, num exemplo prosaico de linguagem rasa, recta e real. A história chama-se "O Boteco do Seu Biu" e reza assim: 

 

"O Seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça fiada aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados. Porque decide vender fiado, pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o valor extra que os clientes pagam pelo crédito).

 

O gerente do banco do Seu Biu, um ousado administrador, decide que as cadernetas de  calotes do bar constituem, afinal, um activo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento, tendo o fiado dos bêbados sempre como garantia.

 

Uns seis executivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e transformam-nos em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrónimo financeiro que ninguém sabe exactamente o que quer dizer.

 

Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas de calotes dos clientes do Seu Biu). Esses  derivativos são negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.

 

Até que alguém descobre o inevitável: que a garrafa tem fundo e que os bêbados da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas.

 

A descoberta do vazio arrasta consigo os mercados de 73 países, a bolsa de mercados e futuros, todos os bancos, o ousado administrador e o pobre do Seu Biu, o primeiro a ir à falência".

 

Conclusão brasileira de humor crocante: "O que aconteceu? Toda a cadeia se f…".

 

Nada melhor para encerrar este tema dos Mercados do que um vídeo em que 2 humoristas britânicos explicam como estes funcionam com o bom humor que os caracteriza.

 

 

in Blog "Bicadinhas"

 

Só consegui encontrar a versão do vídeo legendado em Espanhol, mas, se forem ao blog Bicadinhas tem a versão legendada em Português.

O autor do Blog refere no fim que autoriza a divulgação ("Se o leitor gosta do blogue ou de algum texto em particular, não hesite em tomá-lo como seu e eventualmente até partilhá-lo. Este só fará sentido se chegar às pessoas.") mas depois, trancou a origem do vídeo, por isso não me foi possível reproduzir aqui.

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Segunda-feira, 28 de Maio de 2012

Criança de 12 anos explica porque a maioria do mundo tem dívida

Apresento-vos um video que se torna um contra-senso daquilo que disse no post anterior (embora continue a defender que a excepção não faz a regra) uma vez que aparece uma criança a explicar aquilo que muitos adultos literados não conseguem {#emotions_dlg.happy}

 

 

 

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Terça-feira, 20 de Dezembro de 2011

O politico que representa realmente a opinião da população... :-)

 
 

 

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Segunda-feira, 12 de Dezembro de 2011

"Χρεοκρατία" (Dividocracia), em Português

Na Internet, toda a gente fala do documentário sobre a crise grega preparado pelos jornalistas Katerina Kitidi e Aris Hatzistefanou e que tem por título "Debtocracy". Rodado com dinheiro próprio e com donativos de alguns amigos, o filme tem exibição gratuita em http://www.debtocracy.gr. Em menos de dez dias, foi visto por 600 mil utilizadores. Todos os dias, defensores e adversários do documentário apresentam os respetivos pontos de vista no Facebook, no Twitter e em blogues.

Os principais atores do documentário (cerca de 200 pessoas) assinam um pedido de criação de uma comissão internacional de auditoria, que teria por missão especificar os motivos da acumulação da dívida soberana e condenar os responsáveis. No caso vertente, a Grécia tem direito a recusar o reembolso da sua "dívida injustificada", ou seja, da dívida criada através de atos de corrupção contra o interesse da sociedade.

"Debtocracy" é uma ação política. Apresenta um ponto de vista sobre a análise dos acontecimentos que arrastaram a Grécia para uma situação preocupante. As opiniões vão todas no mesmo sentido, sem contraponto. Foi essa a opção dos autores, que apresentam a sua maneira de ver as coisas, logo nos primeiros minutos: "Em cerca de 40 anos, dois partidos, três famílias políticas e alguns grandes patrões levaram a Grécia à falência. Deixaram de pagar aos cidadãos para salvar os credores".
Os "cúmplices" da falência perderam o direito à palavra.

Os autores do documentário não dão a palavra àqueles que consideram "cúmplices" da falência. Os primeiros-ministros e ministros das Finanças gregos dos últimos dez anos são apresentados como elos de uma cadeia de cúmplices que arrastaram o país para o abismo.

O diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, que se apresentou aos gregos como o médico do país, é comparado ao ditador Georges Papadopoulos [primeiro-ministro sob o regime dos coronéis, de 1967 a 1974]. O paralelo é estabelecido com uma facilidade notável desde o início do documentário mas não é dado ao personagem relevante (DSK) o direito a usar da palavra.

À pergunta "Porque não fazer intervir as pessoas apontadas a dedo", um dos autores, Kateina Kitidi, responde que se trata de "uma pergunta que deve ser feita a muitos órgãos de comunicação que, nos últimos tempos, difundem permanentemente um único ponto de vista sobre a situação. Nós consideramos que estamos a apresentar uma abordagem diferente, que faz falta há muito tempo". O público garante a independência do filme.

Para o seu colega Aris Hatzistefanou, o que conta é a independência do documentário. "Não tínhamos outra hipótese", explica. "Para evitar as limitações quanto ao conteúdo do filme, que as empresas [de produção], as instituições ou os partidos teriam imposto, apelámos ao público para garantir as despesas de produção. Portanto, o documentário pertence aos nossos 'produtores associados', que fizeram donativos na Internet e é por isso que não há problemas de direitos. De qualquer modo, o nosso objetivo é difundi-lo o mais amplamente possível."

O documentário utiliza os exemplos do Equador e da Argentina para suportar o argumento segundo o qual o relatório de uma comissão de auditoria pode ser utilizado como instrumento de negociação, para eliminar uma parte da dívida e do congelamento dos salários e pensões de reforma.

"Tentamos pegar em exemplos de países como a Argentina e o Equador, que disseram não ao FMI e aos credores estrangeiros que, ainda que parcialmente, puseram de joelhos os cidadãos. Para tal, falámos com as pessoas que realizaram uma auditoria no Equador e provaram que uma grande parte da dívida era ilegal", acrescenta Katerina Kitidi. Contudo, "Debtocracy" evita sublinhar algumas diferenças de peso e evidentes entre o Equador e a Grécia. Entre elas, o facto de o Equador ter petróleo.

Fonte original do vídeo:
http://www.debtocracy.gr

Fonte da matéria utilizada para esta descrição:
http://www.presseurop.eu/pt/content/article/618481-debtocracy-o-julgamento-da... 

 

 

 
 
 

 

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Segunda-feira, 28 de Novembro de 2011

A especulação financeira «vai arrasar tudo»

Louçã defende que dívidas públicas devem ser retiradas «das garras do capital financeiro»

 

 

O líder do Bloco de Esquerda defendeu este domingo em Santarém que as dívidas públicas sejam retiradas «das garras do capital financeiro», passando o Banco Central Europeu a financiar os Estados, «exactamente como acontece nos Estados Unidos e em Inglaterra».

Francisco Louçã referia-se às notícias que dão conta de um «gigantesco plano de resgate» da Itália por parte do FMI, da ordem dos 600.000 milhões de euros, para frisar que «é toda a Europa, todo o euro, todos os europeus que estão a ser atingidos pelo capital financeiro».

No seu entender, se não for o BCE a financiar os Estados, «o euro será destroçado por esta via gananciosa, liberal, agressiva» que, afirmou, tem vindo a ser imposta pela chanceler alemã, Angela Merkel.

Para o coordenador do BE, a especulação financeira «vai arrasar tudo», considerando que a decisão da Alemanha que esta semana retirou emissão de dívida pública prova que a pressão financeira já se faz sentir «no centro dos mais ricos, dos mais poderosos».

Segundo Louçã, «a ser verdade o que diz imprensa italiana, de que vai ser necessário um plano de resgate para Itália, para o qual não há dinheiro, ou então Espanha, para o qual também não há dinheiro, é porque o plano do FMI e da Comissão Europeia destruiu de tal modo a economia europeia que não há alternativa».

Francisco Louçã defendeu a existência de «um plano B», que deve passar pela emissão de eurobonds, de políticas europeias para o emprego e por mais cooperação económica.

«É decisivo saber se vai haver ou não intervenção do BCE para retirar a dívida pública dos mercados financeiro. Se o fizer, o euro salva-se, se não, o euro entra em colapso em pouco tempo», advertiu.

Para o líder bloquista, a saída de Portugal do euro «não é uma boa alternativa», já que uma nova moeda seria de imediato desvalorizada, com todo o impacto nos salários, nos impostos, nos preços.

 

in Agência Financeira

 

 

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"Ajudinha" vai custar 34.400 milhões de euros!

Portugal vai pagar 34.400 milhões de euros em juros pelos empréstimos da troika, dizem Finanças

 

 

Portugal vai pagar um total de 34.400 milhões de euros em juros pelos empréstimos do programa de ajuda da troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), segundo dados do Governo.

 

Este valor foi apresentado pelo Ministério das Finanças em resposta a uma questão de Honório Novo, deputado do PCP.

O total do crédito oferecido a Portugal no âmbito do programa de assistência da troika é 78 mil milhões de euros.

Durante o debate parlamentar do Orçamento Rectificativo para 2011, no final de Outubro, o deputado comunista pelo Porto perguntou: "Quanto é que serão os juros globais desta ajuda? Quanto é que Portugal pagará só em juros para nos levarem pelo mesmo caminho que a Grécia, ao empobrecimento generalizado do país?".

A resposta do Ministério das Finanças, 34.400 milhões de euros, corresponde ao valor total a pagar ao longo do prazo dos empréstimos.

Isto presumindo que Portugal recorre integralmente ao crédito disponível. Ou seja, que "é utilizado na totalidade" o montante destinado às empresas do sector financeiro - os 12 mil milhões de euros reservados para a recapitalização da banca.

Na resposta do Ministério das Finanças a Honório Novo nota-se ainda que as condições dos empréstimos concedidos por instituições europeias são bastante mais favoráveis que as dos créditos do FMI.

Os empréstimos do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) ou do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) têm uma maturidade (duração) média de 12 anos, a uma taxa de juro média de 4%.

Já os empréstimos do Fundo têm uma maturidade média de sete anos e três meses, e uma taxa de juro média de 5% - mas neste caso "a taxa de juro é variável, à qual acresce um 'spread' [diferencial] que depende do montante em dívida e pode chegar a perto de 400 [pontos base] depois dos três primeiros anos", lê-se no documento das Finanças.

Contactado pelo Negócios, o Ministério não quis fazer qualquer comentário à notícia.

 

Por Lusa

in Negócios Online

 

 

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Terça-feira, 18 de Outubro de 2011

Medina Carreira - Olhos Nos Olhos 19-09-2011

 

  

 

 

 

 

 
 

 

 
 

 

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