Um familiar de uma das moradoras na rua de Santa Margarida, entre o antigo cine-teatro Rosa Damasceno e o jardim das Portas do Sol, está a impedir as demolições das casas degradadas que apresentam risco de desabar pela barreira.
José Fernando, genro de uma das sete moradoras aconselhadas a abandonar a sua residência, colocou-se à frente dos camiões e das retroescavadoras e diz que não sai dali enquanto não o convencerem da necessidade de efectuar aquele tipo de intervenção.
José Fernando manteve-se no local ao longo da manhã até à chegada de um técnico da autarquia que à falta de explicações, mandou suspender o trabalho até às duas da tarde.
O autor do protesto garante que vai voltar à carga e critica a postura da câmara que só agora parece ter voltado a lembrar-se que as barreiras existem.
A sogra de José Fernando mora há mais de trinta anos numa das casas que agora a autarquia quer ver desabitada. Apesar de reconhecer que a barreira está insegura, Branca Saloio garante que a sua casa está bem sustentada e diz que não tem qualquer receio de ali continuar a morar.
in O Ribatejo
... prefere ser atropelado a ter que dar guarida à sogra! (isto é a brincar, claro, espero não ferir susceptibilidades).
Realmente não havia necessidade, não fosse o facto de haver risco de derrocada! Mas como a Dna. Branca Saloio e o Sr. José Fernando advogam conhecimentos de engenharia popular lutam contra o inevitável: demolição ou derrocada, uma delas terá lugar, embora acreditem numa terceira alternativa.