Segunda-feira, 30 de Abril de 2012

O estranho mundo em que vivemos

Bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, conduzimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos a televisão tempo demais e raramente rezamos.

 

Multiplicamos os nossos bens, mas reduzimos os nossos valores.

Falamos demais, amamos raramente, odiamos frequentemente.

 

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho.

 

Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

 

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar,mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

 

Aprendemos a apressar-nos e não, a esperar.

 

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas comunicamo-nos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de carácter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

 

Esta é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Esta é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas". Um momento de muita coisa na montra e muito pouco na despensa. Uma era que leva esta mensagem até ao teu computador, e uma era que te permite dividir esta reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.

 

Lembra-te de passar tempo com as pessoas que amas, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembra-te dar um abraço carinhoso num amigo, pois não te custa um cêntimo sequer. Lembra-te de dizer "amo-te" à tua companheira(o) e às pessoas que amas, mas, em primeiro lugar, ama... Ama muito.

 

Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro. O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que se tem!

 

Por isso, valoriza o que tens e as pessoas que estão ao teu lado.

 

 

George Carlin

 

 

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Sábado, 28 de Abril de 2012

Multibanco explode no Monte da Barca

Madrugada deste sábado

Coruche: Ladrões explodem multibanco

 
Assalto ocorreu na zona industrial de Monte da Barca

Uma caixa multibanco instalada na zona industrial de Monte da Barca, Coruche, foi assaltada este sábado de madrugada com recurso a explosão de gás, revelou fonte da GNR.

 

A explosão foi registada às 03h10 na Zona Industrial de Monte da Barca, tendo os assaltantes "usado gás para fazer explodir a caixa multibanco", indicou a fonte, ao descrever a técnica de assalto.

A GNR desconhece o número de pessoas envolvidas no assalto, assim como o montante furtado.

 

in Correio da Manhã

 

 

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Sexta-feira, 27 de Abril de 2012

Portugal em 90 segundos

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Coruche em festa

 

 

 

 

 

 

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Segunda-feira, 23 de Abril de 2012

“A classe dominante nunca será capaz de resolver a crise. Ela é a crise!”

Rob Riemen. “A classe dominante nunca será capaz de resolver a crise. Ela é a crise!”

 

O filósofo holandês esteve em Lisboa à conversa com o i sobre o espírito de resistência e o “eterno retorno do fascismo”

 

 

 

Thomas Mann e Franklin Roosevelt são dois dos homens que mais inspiram Rob Riemen, que esteve em Lisboa na semana passada a convite de Mário Soares para falar sobre o direito à resistência e para apresentar o seu último livro, “Eterno Retorno do Fascismo”. A chegada da fotojornalista ao lobby do Ritz acabou por dar o mote à conversa com o i.

A Patrícia foi uma das fotojornalistas em trabalho agredida pela polícia na greve geral de há um mês em Portugal.
Pela polícia?!

Sim. O episódio parece remeter para o “Eterno Retorno do Fascismo”...
Sim, falo disso neste livro. Estamos a lidar com o pânico da classe dominante, que se habitua ao poder para controlar a sociedade. Isso que me contas é um acto de pânico. E o interessante é que a classe dominante só entra em pânico quando perde a autoridade moral. Sem a autoridade moral, só lhe resta o poder que se transforma em violência.

O fascismo continua latente?
A minha geração cresceu convencida de que o que os nossos pais viveram nunca voltaria a acontecer na Europa. Quando vocês se livraram do fascismo nos anos 70, nos anos 90 devem ter pensado que não mais o viveriam. Mas uma geração depois, já estamos a assistir a uma espécie de regime fascista na Hungria, na Holanda o meu governo foi sequestrado pelos fascistas, pelo sr. [Geert] Wilders [do Partido da Liberdade]... Com uma nota comum a todos que é o ódio à Europa. Para Wilders, o grande inimigo era o Islão e agora são os países de alho.

Países de alho?
É o que ele chama a países como o vosso, Espanha, Polónia... A Europa tornou--se uma ameaça. Com a II Guerra Mundial aprendemos a lição de que a única saída, depois de séculos de sangue derramado, era ter uma Europa unida e agora as forças contra [essa união] estão a ganhar controlo. É o primeiro ponto.

E o segundo?
A actual classe dominante nunca será capaz de resolver a crise, porque ela é a crise! E não falo apenas da classe política, mas da educacional, da que controla os media, da financeira, etc. Não vão resolver a crise porque a sua mentalidade é extremamente limitada e controlada por uma única coisa: os seus interesses. Os políticos existem para servir os seus interesses, não o país. Na educação, a mesma coisa: quem controla as universidades está ali para favorecer empresas e o Estado. Se algo não é bom para a economia, porquê investir dinheiro?

Nos media o mesmo.
Sim. No geral, os media já não são o espelho da sociedade nem informam de facto as pessoas do que se está a passar, existem sim para vender e vender e vender.

E as consequências estão à vista.
Pois, estamos a assistir à desintegração da sociedade. Tudo é baseado na premissa de que as pessoas devem ficar mais ricas e é daqui que vem a crise financeira, daqui e deste comportamento totalmente imoral e irresponsável de um pequeno grupo de pessoas que não podia importar-se menos [com a sociedade] e sem interesse em ser responsável. Quando uma sociedade está focada na economia, na economia, na economia e na economia, perde-se a noção do que nos dá qualidade de vida. E quando somos privados dessa noção, surge um vazio.

A sociedade kitsch que refere no livro?
Sim, em que a identidade das pessoas não depende do que elas são, mas do que têm. Quando se torna tão importante ter coisas, serves um mundo comercial, porque pensas que a tua identidade está relacionada com isso. Estamos a criar seres humanos vazios que querem consumir e ter coisas e que acabam por se vestir e falar todos da mesma forma e pensar as mesmas coisas. E a classe dominante está muito mais interessada em que as pessoas liguem a isso do que ao que importa.

A classe dominante teme que as pessoas comecem a questionar tudo?
Claro que sim! Frederico Fellini, o realizador italiano, disse um dia: “Eu sei o que é o fascismo, eu vivi-o, e posso dizer- -vos que a raiz do fascismo é a estupidez. Todos temos um lado estúpido, frustrado, provinciano. Para alterar o rumo político, temos de encontrar a estupidez em nós”. Mas se as pessoas fossem um bocadinho mais espertas, não iriam para universidades estúpidas, nem veriam programas estúpidos na TV. Existe uma elite comercial e política interessada em manter as pessoas estúpidas. E isso é vendido como democracia, porque as pessoas são livres de escolher e blá blá.

Quando não é assim.
Não, não, não, não! [Bento de] Espinoza – muito obrigado a Portugal por o terem mandado para a Holanda – explicou que a essência da democracia é a liberdade, mas que a essência da liberdade não é teres o que queres; é usares o cérebro para te tornares num ser humano bem pensante. Se não for assim, se não fores crítico perante a sociedade mas também perante ti próprio, nunca serás livre, serás sempre escravo. Daí que o que estamos a viver não tenha nada a ver com democracia.

Tem a ver com quê?
Vivemos numa democracia de massa, uma mentira que abre os portões a mentirosos, demagogos, charlatães e pessoas más, como vimos no séc. XX e como vemos agora.

O retorno do fascismo é inevitável?
Vamos fazer uma pausa (risos). Acho que não podemos entregar-nos ao pessimismo. Se acharmos que estamos condenados, que não há saída, que é inevitável, mais vale bebermos champanhe (risos). A razão pela qual publiquei esta dissertação e o meu outro livro, “Nobreza de Espírito”, e pela qual dou estas palestras e entrevistas é porque a primeira coisa de que precisamos é de pôr a verdade em cima da mesa.

E como podemos fazer isso?
Primeiro, admitindo que as coisas estão a correr mal e não apenas no nível económico. Relembremos uma grande verdade do poeta Octávio Paz: “Uma crise política é sempre uma crise moral.” Quando reconhecemos a verdade nisto, percebemos que a crise financeira é também ela uma crise moral. E aí devemos questionar de que tipo de valores universais estamos a precisar e o que é que devemos ter na sociedade para confrontar isto. Aí percebemos que há coisas erradas no sistema de educação.

Por causa de quem o controla?
Porque não está interessado na pessoa que tu és, mas no tipo de profissões de que a economia precisa. Se o preço é falta de qualidade, se o preço é falta de dignidade humana, é haver tanta gente jovem sem instrumentos para lidar com a vida e para descobrir por si própria o sentido da vida ou que significado pode dar à sua vida, então criamos o “Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley. Aqui surge a sociedade kitsch. E a dada altura já é segunda-feira, a festa acabou, chegou a crise financeira e as pessoas já não conseguem pagar esta sociedade e surgem políticas de ressentimento, que é o que fazem os fascistas e é o que o sr. Wilders está a fazer de forma brilhante.

Que políticas são essas?
Em vez de tentar fazer algo positivo com as preocupações das pessoas e com os problemas que existem, explora-os.

De que forma?
Usando a velha técnica do bode expiatório. “Isto é por causa do Islão, por causa dos países de alho, por causa dos polacos. Nós somos as vítimas, vocês são o inimigo.” Ou “Isto é por causa da esquerda e das artes e da cultura, os hobbies da esquerda.” Este fulano [Wilders] é contra tudo o que pode alertar as pessoas para o facto de ele ser um dos maiores mentirosos de sempre.

Como as artes e a cultura que referiu?
Sim. O que temos de enfrentar é: se toda a gente vai à escola, se toda a gente sabe ler, se tanta gente tem educação superior, como é que continuam a acreditar nestas porcarias sem as questionar? E porque é que tanta gente continua a achar que quando X ou Y está na televisão é importante, ou quando X ou Y é uma estrela de cinema é importante, ou quando X ou Y é banqueiro e tem dinheiro é importante? A insanidade disto... [suspiro] Se tirarmos as posições e o dinheiro a estas pessoas, o que resta? Pessoas tacanhas e mesquinhas, totalmente desinteressantes. Mas mesmo assim vivemos encantados com a ideia de que X ou Y é importante porque tem poder. É a mesma lengalenga de sempre: é pelo que têm e não pelo que são, porque eles são nada. E a educação também é sobre o que podes vir a ter e não sobre quem podes vir a ser.

Reformar o ensino seria uma solução?
Eu não sou pedagogo e quero mesmo acreditar que existe uma variedade de formas de chegar ao que penso que é essencial: que as pessoas possam viver com dignidade, que aceitem responsabilidade pelas suas vidas e que reconheçam que o que têm em comum – quer sejam da China, Índia, África ou esquimós – é que somos todos seres humanos. Sim, há homens e mulheres, homossexuais e heterossexuais, pessoas de várias cores, mas somos todos seres humanos. Não podemos aceitar fundamentalismos e ideologias e sistemas económicos como o capitalismo, mais interessados em dividir as pessoas do que em uni-las.

E de onde pode vir a união?
Só pode ser baseada na aceitação de que existem valores universais. A Europa é um exemplo maravilhoso disso: há esta enorme riqueza de tradições e línguas e histórias, mas continuamos a conseguir estar abertos a novas culturas e é onde pessoas vindas de qualquer parte podem tornar-se europeias. Mas isto só acontece se valorizarmos e protegermos o espírito democrático. A democracia é o único modelo aberto e o seu espírito exige que percebamos que Espinoza estava certo, que o difícil é mais interessante que o fácil, que não devemos temer coisas difíceis porque só podemos evoluir se estivermos abertos ao difícil, porque a vida é difícil. Que para lá das habilidades de que precisamos para a profissão em que somos bons, todos precisamos de filosofia, todos precisamos da arte e da literatura para nos tornarmos seres humanos maduros, para perceber o que as nossas experiências internas encerram. É para isto que existem as artes, é por isso que vais ver um bom filme e ouves boa música e lês um poema.

É por isso que a cultura está sob ataque? Aqui em Portugal o actual governo eliminou o Ministério da Cultura.
E é isso que o partido fascista está a fazer na Holanda e é o que outros estão a fazer em todo o lado. Óbvio! Quem quer matar a cultura são as pessoas mais estúpidas e vazias do mundo. Claro que é horrível para eles olharem-se ao espelho e verem “Sou apenas um anão estúpido”.

Por isso querem livrar-se da cultura?
Por isso e porque ela ajuda as pessoas a entender o que realmente importa. O medo da elite comercial é que as pessoas comecem a pensar. Porque é que os regimes fascistas querem controlar o mundo da cultura ou livrar-se dele por completo? Porque o poeta é a pessoa mais perigosa que existe para eles. Provavelmente mais perigoso que o filósofo. Quando usam o argumento de que a cultura não é importante e de que a economia não precisa da cultura, é mentira! Isso são as tais políticas de ressentimento, um grande instrumento precisamente porque eles nos querem estúpidos.

E alimentam essa estupidez.
Claro. A geração mais jovem tem de questionar as elites de poder. Sim, vocês precisam de emprego, mas, acima de tudo, precisam de qualidade de vida. E essa qualidade está relacionada com várias coisas: com a qualidade da pessoa que amas e com a qualidade dos teus amigos, com o que podes fazer que é importante e significativo para ti. Quando vês que te estão a tirar isso, percebes que não estão no poder para te servir, querem é que a sociedade os sirva.

A democracia parece estar limitada a ir às urnas de x em x anos. O que é afinal uma verdadeira democracia?
Quando Sócrates foi levado a julgamento disse “Vocês já não estão interessados na verdade” e isso continua a ser assim. É por isso que chamei ao meu primeiro livro “Nobreza de Espírito”, porque para a teres não precisas de dinheiro, nem de graus académicos. Nobreza de espírito é a dignidade de vida a que todos podem ter acesso e é a essência da democracia. O espírito democrático é mais do que ir às urnas e se eles [políticos eleitos] não se baseiam nessa nobreza, os sistemas colapsam, como estão a colapsar. Foi Platão que disse que “a democracia pode cometer suicídio” e é assim que começo o “Eterno Retorno do Fascismo”. A grande surpresa para Ortega y Gasset foi que, livres do poder da Igreja e da tirania e aristocracia, finalmente havia democracia e o que fazemos? Estamos a matá-la! Isso aconteceu em Espanha, em Portugal, em Itália, na Alemanha, esteve perto de acontecer em França... Há um livro lindíssimo que Sinclair Lewis escreveu, “Não pode acontecer aqui”, mas a verdade é que pode facilmente acontecer nos EUA. O livro de Philip Roth, “A Conspiração contra a América”, prova-o.

Em 2009 escreveu uma carta a Obama, então presidente eleito. Quatro anos depois, que avaliação faz do mandato?
Na altura era a favor de Hillary Clinton.

Porquê?
Porque acho que ela tem instintos políticos muito melhores e mais experiência política que Obama. Estava na América no dia em que ele foi eleito, a 4 de Novembro de 2008, e foi um momento histórico, mas teria sido igualmente histórico se a América tivesse escolhido uma mulher. O problema com Obama é que não é um grande presidente. [risos]

Em que sentido?
Tornou-se demasiado vulnerável aos interesses infestados. Teve uma equipa económica com pessoas que vieram todas de Wall Street, como Larry Summers e Timothy Geithner. O poder do dinheiro no sistema político americano é assustador! E ele não conseguiu escapar a isso. E depois a política é uma arte e demasiados intelectuais pensam que, por terem lido sobre política, sabem de política. Não é verdade. A política tem a ver com pequenos passos, grandes passos são impossíveis numa democracia. Mas vamos esperar e rezar para que Obama seja reeleito. Senão vamos ter um problema, todos nós. E já agora, que no segundo mandato ele consiga fazer mais, tem esse dever.

Obama legalizou em Janeiro a detenção por tempo indefinido e sem julgamento de qualquer suspeito de ligação a redes terroristas. O que pensa disso?
Se lhe perguntasse sobre isso, ele dir-lhe--ia: “Aqui que ninguém nos ouve, não tive alternativa”. O problema sério com que estamos a lidar tem a ver com o poder dos media. Eles querem vender e só podem vender se tiverem notícias de última hora constantes. Têm de alimentar este monstro chamado público. Tudo tem de ser a curto prazo. Na política é o mesmo, é sobre o dia seguinte. Onde está a elite política que quer pensar à frente, a um ou dois anos? Onde estão os media que expliquem às pessoas a importância do longo prazo? Na economia é o mesmo. Tudo tem de ser agora. Perdemos a noção de tempo. No mundo político, as pessoas deviam poder dizer: “Não sei a resposta a essa questão. Dê-me uma semana e falarei consigo.” Mas se um político disser “Não sei”, é morto. Vivemos a política do instante, onde as questões estruturais são esquecidas. Veja, estou cá [em Lisboa] a convite de Mário Soares. O que quer que se pense sobre ele ou sobre Mitterrand, etc, essa geração viveu a guerra, experienciou a vida, leu livros. Cometeram erros? Claro que sim, mas é uma classe completamente diferente de tantos actuais políticos, jovens, sem experiência, que não sabem nada. Nada! Se lhes perguntarmos que livros leram, eles quase têm orgulho de não ler!

O que pensa dos movimentos como os Occupy ou o 15M de Espanha?
É extremamente esperançoso que estejamos a livrar-nos da passividade. Finalmente temos uma nesga de ar, mas precisamos de um próximo passo, protestar não basta. A História mostra-nos que as mudanças vêm sempre de um de três grupos: mulheres, jovens ou minorias. Acho que agora vai ter de vir dos jovens. Se isto continuar por mais três ou cinco anos, o seu futuro estará arruinado, não haverá emprego, casas, segurança social, nada. É tempo de reconhecer isto, de o dizer publicamente, de parar e depois avançar. Se os jovens pararem os jornais, os jornais acabam. Se os jovens decidirem que não vão à universidade, ela fecha.

Mas parece não haver união para isso.
É preciso solidariedade! Será que é preciso ir ver o Batman outra vez? Qual é o papel do Joker? É dividir as pessoas!

Os actuais políticos são Jokers?
No mínimo não estão a fazer o que deviam. Não estão a dizer a verdade. O perfeito disparate de que todas as nações europeias não podem ter um défice superior a 3% é pura estupidez económica. Temos de investir no futuro. Como? Investindo numa educação como deve ser, que garanta seres humanos bem pensantes e não apenas os interesses da economia. Investindo na qualidade dos media... O dinheiro que demos aos bancos é milhões de vezes superior ao que é preciso para as artes, a cultura, a educação...

A WikiLeaks revelou que a CIA espiou o 15M e que divulgou um documento onde diz ser preciso evitar que destes movimentos “surjam novas ideologias e líderes”.
Uau! Isso prova o que defendo! Não sabia disso mas é muito interessante. Veja, porque é que temos democracias? Porque percebemos que o poder é um animal estranho para todos os que o detêm e que ninguém é imune a ele. Se dermos poder às pessoas elas começam a comportar-se como pessoas poderosas. Philip Zimbardo levou a cabo esta experiência, o Efeito Lucifer, na qual uns fingiam ser prisioneiros e outros guardas. A experiência teve de ser parada, porque os “prisioneiros” começaram a perder a sua individualidade e a portar-se como escravos e os “guardas” tornaram-se violentos e sádicos. De repente percebemos: “Uau, é isto a natureza humana, é disto que somos capazes.” Lição aprendida: há que controlar o poder, venha ele de onde vier.

A sociedade é que pode controlá-lo?
Sim, todos têm de aceitar uma certa responsabilidade. Os intelectuais têm de se manter afastados do poder, porque só assim podem dizer a verdade. Os media também, porque sem sabermos os factos a democracia não sobrevive. Se esses mundos de poder não tiverem total controlo, as pessoas têm tentações. Quem tem dinheiro quer mais dinheiro, quem tem poder quer mais poder. E há que garantir a distribuição equilibrada destas coisas na sociedade.

Só quando soube que vinha entrevistá-lo é que li sobre o Instituut Nexus.
Está perdoada, não somos famosos. (risos)

Porque é que decidiu criá-lo?
Quando estava na universidade percebi que já não é o sítio onde podemos adquirir conhecimento e onde há conversas intelectuais, essenciais à evolução. Na altura conheci um judeu que dedicou tudo – tempo, energia, dinheiro – a resgatar o que Hitler queria destruir: a cultura europeia. Abriu uma editora, uma biblioteca, uma livraria. Tornou-se meu professor e começámos um jornal, o Nexus, e depois da primeira edição percebemos que tínhamos de levar a ideia a outro nível e criar uma infraestrutura aberta onde intelectuais de todo o mundo pudessem discordar uns dos outros e falar de tópicos importantes. Qualquer pessoa pode participar pagando 10 euros. Estamos sempre esgotados e temos pessoas a vir de todo o mundo.

Qual será a próxima conferência?
É a 2 de Dezembro, sobre “Como mudar o mundo”. O Slavoj Zizek vai lá estar, um deputado britânico conservador também, [o escritor] Alessandro Baricco. E no próximo ano vamos abrir um café com uma livraria europeia e um salão cultural, num antigo teatro de Amesterdão. Se tivesse dinheiro gastava-o a abrir um assim em cada cidade, arranjava orquestras... Temos de reconstruir as infraestruturas culturais, precisamos disso com urgência. E temos de ser nós porque as elites no poder não o vão fazer.

 

Por Joana Azevedo Viana

in iOnline

 

 

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Cuidado com burla telefónica!

Enganada por falsa técnica da PT fez chamada que custou 60 euros

foto Artur Machado/Global Imagens
Enganada por falsa técnica da PT fez chamada que custou 60 euros
Mónica Santos

Mónica Santos repetiu inúmeras vezes que não queria comprar nada e que não se deixava enganar com telefonemas.

"No início deste mês, recebi um telefonema de uma senhora que se intitulou técnica da PT e disse estar a fazer um estudo de opinião sobre a situação do país e que tinha um prémio para me oferecer. Eu disse-lhe que estava "escaldada" e que não queria prémio algum", contou ao JN Mónica Santos, proprietária de um salão de cabeleireiro no Porto.

A falsa técnica, no entanto, insistiu então para que Mónica Santos ligasse para um número a começar por 607, de valor acrescentado, que "era o departamento de registo. Assim fiz e caí na esparrela", disse a empresária, enquanto mostrava a fatura com 58,93 euros para pagar.

Não comprou nada, não se inscreveu e sempre lhe foi dito que a intenção da chamada era apenas fazer um inquérito sobre o que as pessoas pensam a situação do país, a anunciada proibição de fumar nos automóveis, as férias, o que pensava sobre turismo rural.

"Vejo, agora, que a mulher estava era interessada em prolongar a conversa o mais possível. Quando lhe disse o que fazia até brincou e que quando viesse ao Porto viria ao meu salão. No final da conversa, disse que, no prazo máximo de quatro semanas, iria receber o prémio, que seriam duas noites num hotel à escolha", afirmou.

A chamada durou 16,59 minutos, cada um faturado a 2,80 cêntimos, mais IVA. "Liguei para a PT, mas disseram-me que eram apenas intermediários e não faziam inquéritos. Entretanto, uma cliente disse-me que lhe tinha acontecido o mesmo, mas que a chamada tinha durado mais tempo e até estava com medo de ver a conta", disse Mónica Santos.

 

Por R.P.

in Jornal de Notícias

 

 

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Acidente mortal em Coruche

Despiste de pesado de mercadorias fez dois mortos em Coruche

foto pedro correia/arquivo jn
Despiste de pesado de mercadorias fez dois mortos em Coruche
GNR esteve no local do acidente
Duas pessoas morreram, esta segunda-feira, na sequência do despiste de uma viatura pesada de mercadorias, na estrada municipal 515, junto a Várzea de Água, em Coruche.

Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro de Santarém, o acidente ocorreu cerca das 05.30 horas desta segunda-feira, tendo estado no local quatro viaturas e 12 elementos dos Bombeiros Municipais de Coruche, a GNR e a viatura médica de emergência e reanimação do Hospital de Santarém.

 

in Jornal de Notícias

 

 

 

 

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Sexta-feira, 20 de Abril de 2012

Incrível história de vida!

Google Earth leva indiano a casa, 25 anos depois de se ter perdido

 

Saroo na altura em que foi adoptado (Foto d'O Expresso)

Um rapaz indiano, perdido da sua família desde 1986, reencontrou a sua terra, casa e família, através de imagens de satélite do Google Earth. Publicitários e produtores de filmes já manifestam interesse nesta história insólita.

Saroo, o jovem indiano, tinha apenas cinco anos quando se perdeu. Acompanhado pelo irmão mais velho, trabalhava na limpeza das linhas férreas dos comboios da Índia, quando desapareceu.

Uma noite em que o cansaço se abateu sobre o seu pequeno corpo de cinco anos, Saroo sentou-se num banco de uma estação de comboios e adormeceu. Quando abriu os olhos, o seu irmão já não estava em lado nenhum.

Aquele breve "passar pelas brasas" determinou o resto da sua vida. Crente de que o seu irmão iria volta atrás para o acordar, quando abriu os olhos ficou incrédulo ao não ver ninguém a seu lado.

"Vi um comboio à minha frente e pensei que ele (o irmão), estivesse lá dentro." afirmou Saroo.

O jovem indiano não encontrou o irmão mais velho dentro do comboio. Em vez disso, voltou a adormecer e acordou 14 horas depois.

A viagem que fez levou-o a Calcutá, a terceira maior cidade da Índia. Completamente assustado e sem saber onde estava, Saroo tornou-se um pedinte, tal como muitos outros meninos indianos.

Pelas ruas e sem auxílio de ninguém, Saroo rapidamente aprendeu a defender-se sozinho, afirmando que "era um sítio assustador para se estar".

Desconfiado de tudo e de todos, após uma jornada nas ruas, Saroo foi levado para o orfanato. Resignado à sua sorte, o jovem indiano acabou por ser adotado por um casal que o levou para a Tasmânia, Austrália.

Rapidamente Saroo se adaptou à nova casa, mas à medida que ia crescendo, o desejo de encontrar a família de origem ia aumentando.

Entrave aos seus desejos era o fato de um menino de cinco anos não se lembrar do nome da cidade de onde vinha, tudo o que lhe restava eram memórias de infância.

Com o advento dos tempos e das tecnologias, Saroo começou a utilizar o Google Earth para pesquisar o local onde poderia ter nascido.

"Era como ser o Super-Homem. Era capaz de ver e fazer uma fotografia mentalmente e questionar-me se combinava ou não. Independentemente da resposta, continuas à procura, vezes e vezes sem conta", afirmou o jovem.

Saroo acabou por arranjar uma estratégia baseada no tempo em que esteve no comboio, tendo em conta a velocidade média do transporte ferroviário da Índia e calcular uma distância de cerca de 1200 km, à volta de Calcutá.

Com o raio do círculo a partir do centro da terceira maior cidade indiana, o jovem acabou por descobrir o que estava à procura: Khandwa.

Com apenas uma fotografia da sua juventude e com os nomes da família na memória, arrumou as tralhas e partiu rumo a Khandwa, a cidade que descobriu online.

Quando chegou ao bairro que se lembrava ser o seu, viu um cadeado com um ar velho e ferrugento à porta de casa, dando uma ar de que nunca ninguém tinha morado ali.

Depois de encontrar vários vizinhos, um finalmente levou-o até à sua mãe.

Saroo sentiu-se completamente anestesiado por ouvir tais palavras, sem poder acreditar que ao fim de 25 anos iria reencontrar a sua progenitora.

Quando viu a mulher que o vizinho dizia ser sua mãe, não a reconheceu imediatamente. A mulher, tal como ele, estava em êxtase e incrédula por reencontrar o filho desaparecido.

No meio da boa nova e do regresso a casa, uma má novidade assolou Saroo; o seu irmão mais velho tinha morrido um mês após o seu desaparecimento, desfeito por um comboio.

Apesar disso, Saroo, que desde sempre pediu para reencontrar a família verdadeira, diz poder dormir agora muito mais descansado.

Publicitários e produtores de filmes estão já de olhos postos nesta história, que ao jeito de "Slumdog Millionaire", pode vir a faturar milhões.

 

in Jornal de Notícias

 

 

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Lembrando.... Aquilino Ribeiro

 

 

 

 

Esta mensagem serve directamente para todos aqueles que comunicam com o universo humano através da escrita (políticos, escritores, jornalistas, redactores de jornais, bloggers, etc..,), e, indirectamente, para todos aqueles que escrevem com a vida e marcam o seu timbre na sociedade (políticos, cidadãos, artistas, cineastas, apresentadores de televisão, especialmente de telejornais ou de agências noticiosas, músicos, funcionários públicos, etc..).

 

"(...)que o escritor realize o mundo de beleza que traz em si, e já é alguma  coisa. Quanto ao mais, que seja o que lhe apetecer, desde que não arme em fariseu, e não esteja nunca contra os simples, de braço dado com os trafulhas, nem contra os fracos de braço dado com os poderosos."

Aquilino Ribeiro

 

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Quinta-feira, 19 de Abril de 2012

Coisas a que ninguém espera assistir

Ninguém espera que um Afro-Americano adira ao Ku Klux Klan!

 

 

 

Ninguém espera que um Judeu, que saiba que é judeu adira a ideais nazis!

 

 

 

 

 

Também, ninguém espera que o presidente honorário da filial espanhola do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) adira a uma caçada de um animal em vias de extinção.

 

 

 

Actualmente todas as espécies de elefantes são considerados como espécies em perigo de extinção, segundo a UICN - União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais.  (In Wikipedia)

 

 

Não basta o Homem explorar, subjugar e destruir aquilo que é doutros Homens, o Homem explorar todos os recursos do planeta que deveriam ser partilhados com todas as criaturas vivas, ainda as caçamos e matamos até à extinção?! Os poderosos e ricos tem bastantes coisas para fazer quando entediados e em lazer, porque tem de destruir aquilo que a natureza levou milhões de anos a criar? 

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